Reconhecimento de inúmeros erros – Um bom caminho para resoluções de problemas

Ficamos particularmente muito satisfeitos com o aceno de bandeira da paz vinda do presidente da diretoria administrativa do Club de Regatas Vasco da Gama.

Isso nos sugere o reconhecimento de todas as infrações estatutárias cometidas pelo próprio, desde o momento em que foi instaurada uma comissão de sindicância contra si no ano passado, passando pelo acordo feito por ele próprio junto ao atual presidente da Assembleia Geral, com a promessa de entrega da lista àquele, que, na verdade, era vista por outros indivíduos que o assessoravam, não necessariamente membros do Conselho Deliberativo do clube.

Posteriormente a isso, a dificuldade criada pelo presidente da diretoria administrativa em apresentar o que a maioria da Junta Deliberativa solicitava e que só foi obtido na Justiça, ou seja, a lista com as fichas financeiras dos associados para que a higidez do processo não fosse atingida.

A apresentação das listas, conforme o devido, foi tão procrastinada pelo presidente da diretoria administrativa, que nos parecia até ser uma estratégia para que estatutariamente não houvesse tempo suficiente para que houvesse uma Assembleia Geral Extraordinária, valendo a reforma do estatuto (matéria em voga nas discussões da Junta Deliberativa, muito mais que qualquer outro tema) com validade ainda para este ano. Talvez fosse uma tentativa torpe de prorrogar seu mandato ou alterar o calendário eleitoral do clube, diriam alguns, a fim de que tivesse mais tempo no poder antes do pleito. Mas, no fim das contas, não é nada disso. Alexandre Campello pretende apenas que o estatuto do Vasco seja respeitado (sem senões). Como a maioria da Junta Deliberativa já vinha na mesma toada, agora é convencer o presidente da Assembleia Geral a não agir contrário a isso, como, em tese, é o seu dever.

Sobre o presidente da Assembleia Geral, aliás, não é necessário aqui repetir todas as infrações estatutárias cometidas por ele e se houver alguma dúvida ainda a respeito, basta ler a convocação da reunião do Conselho Deliberativo marcado para se reunir hoje. Quaisquer elucidações a respeito do teor das infrações estão, também, esmiuçadas na postagem feita via twitter pelo único dentre os que pleiteiam gerir o clube, que se mostrou sensível a tantas infrações, elucidando as inúmeras irregularidades ao público.

Diante disso, esse chamamento do presidente do clube, uma espécie de mea culpa por tudo o que fez, desde a derrota de 150 x 01, que ensejou uma comissão de sindicância contra si no ano passado, passando pela demora na entrega do que era necessário para a Junta Deliberativa trabalhar, pelo visto agora será resolvido com o cumprimento do estatuto do clube, proposta que certamente sairá nessa reunião harmônica.

Seria bom que o pedido do presidente da Diretoria Administrativa fizesse amolecer, também, o coração do presidente da Assembleia Geral, a fim de que entendesse que aquele negócio que chamam de estatuto do Club de Regatas Vasco da Gama é para ser cumprido e não usado quando é adequado, que o regimento interno da Assembleia Geral deve ser respeitado.
Por outro lado, tal ato republicano talvez inibisse a apresentação de ações na Justiça contra o clube visando algum golpe contra o estatuto ou sua evolução, dando impressão para alguns até mesmo de lide simulada (uma injustiça, claro).

Temos visto ultimamente lides propostas contra o cumprimento do estatuto do clube, pinçando aqui ou ali um artigo conveniente ou a junção de alguns que ignorem o todo, querendo fazer o Poder Judiciário de bobo e, convenhamos, em nada isso ajuda no processo de harmonia e higidez do processo, pelo contrário.

Além disso, tais procedimentos causam desnecessárias tensões entre os membros da Junta Deliberativa, que estão ali, temos certeza, buscando o cumprimento do estatuto, dos prazos necessários às Assembleias e, também, claro, respeito às datas da AGO e, também, do fim de mandato do atual presidente do clube no tempo estatutário previsto.

Por ora, lamentamos mais uma vez a atitude destrambelhada do presidente da Assembleia Geral, que com mais de 1.000 (hum mil) impugnações sem julgamento resolveu simplesmente produzir uma ata da Junta recursal, ignorando tal fato e encerrando a análise sobre o tema, o que impede, evidentemente, que haja lista confiável para uma Assembleia Geral futura.

Casaca!

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