Contra o ódio a leveza

O Casaca! vislumbra, de fato, um futuro para o Vasco em 2021 fora da lógica atual de se tentar limpar uma administração sujando a outra.

O cenário do Vasco hoje tem origem numa tentativa pouco institucional de união para ganhar uma eleição da situação sem que a oposição tivesse nada de concreto para mostrar, como aliás foi dito pelo rapaz que se candidatou e perdeu na Lagoa, afirmando ao público que nada tinham para apresentar a não ser uma solução para que o clube chegasse a 250.000 sócios, tal qual era a realidade do Benfica na época.

A torcida cruzmaltina, todos nós na mesma campanha e remando para o mesmo lado, obtivemos quase isso em duas semanas, numa mera promoção (no caso sócio torcedor), que foi primordialmente uma resposta dada por parte dos vascaínos ao momento e incensar do maior rival, que sem Eurico no poder pintou e bordou com o clube nos últimos 25 anos e meio, o que não conseguiu nos 25 anos e meio com ele com poder, como é sabido por todos e os números mostram.

Na véspera da partida contra a Chapecoense o Casaca! fez uma sugestão à gestão (mesmo como oposição) de que aproveitasse o momento e estendesse a campanha até o Natal.

Usamos a frase no twitter “Não há limite para o Vasco” e, de fato, não haveria se o presidente do clube com o Maracanã lotado anunciasse a manutenção da promoção até 25 de dezembro.

A direção deixou um espaço de três dias para fazer o que deveria ter feito no domingo e a campanha perdeu o embalo.

A gestão de Alexandre Campello foi mais do que ajudada, mas infelizmente mostrou-se inapta para gerir.

Nos primeiros dois anos de gestão da administração anterior chega a ser piada querer comparar o produzido por aquela e esta, mas com uma diferença: a gestão comandada por Eurico Miranda não teve apoio de ninguém a não ser dos que se aproximaram para ajudar.

A oposição torceu contra, trabalhou contra, atuou contra, mentiu, distorceu e entendeu que esse caminho era o correto para chegar ao poder. Não é, e a prova disso é a gestão torta atual.

Mas, voltemos ao enredo dos dois primeiros anos de gestão da administração anterior e dos resultados esportivos e patrimoniais obtidos até o fim dela.

Primeiramente vale recordar que o Vasco:

1 – Foi recebido com o futebol ostentando o 3º lugar na segunda divisão, sem ter naquela competição liderado a tábua de classificação em rodada alguma.

2 – Durante seis anos e meio o clube havia vencido uma competição, a Copa do Brasil, ocasião na qual o Vasco não enfrentou nenhum grande clube do futebol brasileiro.

3 – Em 22 confrontos diante do Flamengo o Vasco havia vencido três e o clube também se mostrara nesse período freguês do Botafogo…

4 – O Vasco disputara seis decisões, de turno e campeonato, contra Botafogo (2010, 2012, 2013), Flamengo (2011, 2014) e Fluminense (2012) e havia perdido todas.

5 – A base do Vasco estava instalada em Itaguaí e os destaques dela do SUB 20 e profissionais eram: Jordi, Gabriel Félix, Luan, Henrique, Lorran, Jhon Cley, Marquinhos do Sul, Iago, Thales.

6 – O clube não tinha crédito para nada, seu parque aquático e ginásio estavam desativados, o estádio de São Januário tinha capacidade de público reduzida para 15.000 pagantes e faltava (acreditem) papel higiênico e desinfetante para os banheiros do clube.

Mais de 30 toneladas de lixo estavam esparramados a céu aberto e o Vasco não tinha crédito com empresas prestadoras de serviços mais comezinhos, desde postos de gasolina até desentupidoras de sanitários, devia 10,8 milhões a CEDAE, estava o clube com dois meses de salários atrasados (embora tivesse sido recebido com salários em dia quando o MUV assumiu) e o décimo terceiro salário daquele ano venceria no mês que a nova gestão assumia.

7 – A dívida do Vasco havia mais que dobrado em seis anos e cinco meses, chegando a 688 milhões de reais.

8 – O Vasco do primeiro grupo nas cotas de TV passou para 5º lugar.

9 – O Vasco devia à CBF e FERJ um total de R$22.959.000,00.

10 – O Vasco, que havia sido deixado sem nenhum título protestado, foi encontrado com mais de 200 (duzentos) em dezembro de 2014.

Havia grupos da estirpe de Cruzada, que brigou na Justiça para prorrogar o mandato de Roberto Dinamite e expor o Vasco ao ridículo mais alguns meses, período no qual vivemos mais estripulias daquela trupe, com direito a um 0 x 5 diante do Avaí, em São Januário, confissões de dívida e acordos feitos até 02/12, com parceiros daquela gestão.

Detalhe: a tal Cruzada era oposição ao presidente Roberto Dinamite e no início de 2014 fizera discurso exigindo sua renúncia.

Vale lembrar que ela própria, Cruzada, foi quem garantiu Dinamite no poder após a eleição de 2011 ter sido anulada (alguma urna 7 da gestão MUV que levou a juíza de primeira instância naquela oportunidade a anular o pleito).

Os mais curiosos façam pesquisa com dados da época.

Mas a brava Cruzada, ela que dizia haver sérios indícios de problemas na lista de eleitores apresentada pelo MUV, se mostrou como terceira interessada para garantir Dinamite gerindo, por liminar.

Não podemos esquecer, também, o ato de seus membros, que votaram com a situação pelo não reconhecimento da dívida do clube para com Romário, isso em dezembro de 2011, o que levou o ex atleta a processar o clube.

Ele, que recebera todas as parcelas do Vasco entre agosto de 2004 até junho de 2008, teve freado o pagamento quando o MUV chegou ao poder em julho de 2008.

A dívida passou a não constar no balanço (não cremos que no balanço de 2018 dívidas do clube tenham tomado o mesmo caminho) e em 2011 o Conselho Deliberativo, com os votos e defesa ferrenha da tal Cruzada deixou de reconhecer de vez a dívida.

O resultado disso foi uma ação de execução de Romário contra o Vasco e a apresentação de provas no processo.

Mas durante o processo a tal Cruzada andava pela internet para dizer que não existia dívida alguma, que aquilo era uma armação de Eurico Miranda e Romário, fazendo eco a declarações de alguns que quando processados desmentiram o que vinham dizendo.

O fato é que Romário teria direito a cerca de 40 milhões de reais. A dívida inicial era de 22 milhões e foi paga dela, em praticamente 4 anos, pouco mais de 8 milhões. De um saldo na ordem de 13,9 milhões, Romário poderia ganhar o triplo, por descumprimento contratual do clube.

Eurico Miranda conversou com Romário que pediu apenas a correção da dívida e acabou o valor chegando a 21 milhões.

Observem que foi um erro consciente tanto da situação quanto da pseudo “oposição” (Cruzada).

Sabedores que havia o direito por parte do atleta, por razões de ordem mui republicanas, por certo, resolveram votar a favor do calote.

Mas, curiosamente, os que advogaram em favor do Vasco, após um dizer ou outro de que o clube poderia ganhar a ação, ganharam (do clube), por êxito. Sabem qual foi o êxito?

Como Romário deixou a dívida de 40 milhões por aproximadamente 20 (a pedido de Eurico Miranda para que não metesse a faca no Vasco), tiveram como ganho um percentual dessa redução.

Um dos advogados teve o acordo celebrado com o clube às 18 horas do dia 02/12/2014 sobre seus créditos com o Vasco (4 milhões de reais), horas antes da posse de Eurico Miranda na sede Náutica da Lagoa, segundo ele, Eurico, denunciaria no dia seguinte.

Ah, um detalhe. A posse de Eurico Miranda foi no dia 02/12/2014, mas vale ressaltar que houve eleição na Lagoa 13 dias antes e – por incrível que pareça – a chapa segunda colocada (com membros da Cruzada nela que certamente se abstiveram de votar) lançou candidato, desrespeitando a vontade do quadro social, que havia escolhido a outra chapa, no caso a de Eurico Miranda, por módicos 1.300 (MIL E TREZENTOS) votos de diferença. O placar da votação foi 190 x 26.

Três anos depois a própria chapa segunda colocada em 2014 venceu o pleito, mas rachou, lançando dois candidatos para a disputa do 2º turno.

O mesmo grupo (Cruzada) só faltou querer bater em Alexandre Campello no dia da eleição que o elegeu na Lagoa, mas quando viu que o objetivo da gestão atual era sujar a anterior, logo se pôs à disposição para ser linha auxiliar disso.

Quando, porém, surgiu uma decisão de anulação da eleição (quem ganhou reclamava da própria vitória e queria nova eleição, o que em Portugal é motivo para piada) o grupo “Cruzada” no dia seguinte mandava nota dizendo que iria para a eleição, largando seu “comandante” sem pestanejar.

O grupo, tão preocupado com minúcias sobre Eurico Miranda, não achou relevante que houvesse uma comissão de sindicância sobre o presidente do clube em junho de 2018 por supostos desvios e vota atualmente a favor de que Campello não mostre o que o Conselho Deliberativo solicitou por 150 a 1, recentemente.

Se tiveram vergonha de votar contra o absurdo que era não se permitir a entrada de sócios novos no clube pelo número de assinaturas de cada proponente, não se furtaram em ficar a favor de uma mudança da ata da reunião, mas não porque a ata continha erros e sim porque não agradava à gestão, que com o beneplácito da tal “Cruzada” até hoje não apresentou o que é sua obrigação à comissão de sindicância criada.

Fizemos esse breve relato sobre o grupo de apoio da atual gestão para mostrar que o Vasco precisa se unir, de fato, para evitar que esse modelo de agir, inicialmente contra uma pessoa e depois contra o clube na ânsia de atingi-la, depois a favor de uma pessoa e, também, contra o clube e seu estatuto para se manter com ela (até que ela se fragilize) não leva o Vasco a lugar algum.
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Agora vamos fazer uma singela comparação com os pontos levantados e numerados acima:

1 – O clube foi recebido por Alexandre Campello, classificado para a Taça Libertadores e com o seguinte elenco:
Martin Silva (Jordi, Gabriel Félix); Yago Pikachu (Rafael Galhardo), Breno – que jogava quando havia CAPRRES no clube – (Luiz Gustavo, com quem o Vasco renovaria no decorrer do ano), Erazo (Ricardo Graça), Ramon – que não teria ficado praticamente os últimos dois anos parado se houvesse CAPRRES – (Fabricio, Henrique); Desabato (Andrei, Bruno Paulista), Wellington (Evander), Wagner (Escudero, Guilherme Costa), Nenê (Thiago Galhardo); Paulinho (Rildo, Kelvin), Andrés Rios (Riascos). TOTAL: 27 atletas.

Importante ressaltar que Werley e Paulão foram trazidos já na gestão Campello.

Além disso, havia outros garotos como João Pedro, Rafael França, Miranda, Alan Cardoso, Bruno Ritter, Bruno Cosendey, Lucas Santos, Moresche, Dudu, Caio Monteiro, Marrony, Paulo Vitor, Hugo Borges. TOTAL: 13 atletas.

Importante pontuar que dos 13 citados, seis deles atuaram na primeira partida do Vasco com Campello presidindo o clube (Rafael França, Alan Cardoso, Lucas Santos, Paulo Vitor, Marrony e Caio Monteiro).

Importante ainda relembrar que o Vasco perdeu a partida por 2 x 1 para a Cabofriense naquele dia, marcando para o Vasco Nenê, de pênalti (sofrido por ele próprio), que também chutou uma bola na trave e dias depois foi negociado com o São Paulo.

No tricolor paulista, em 2018, Nenê marcou 12 gols e deu 8 assistências para gol. Foi substituído no Vasco por Giovanni Augusto, que, ao longo da temporada, marcou 1 gol e deu duas assistências para gol.

Fora esses, também à disposição para um futuro breve, o clube contava com: Alexander, Lucão, Fintelman, Cayo Tenório, Ulisses, Nathan, Coutinho, Riquelme, Alexandre Melo, Bruno Gomes, Caio Lopes, Rodrigo, Linnick, Laranjeira, Juninho, Arthur Sales, João Pedro, Talles Magno, Vinícius, Róger. – TOTAL: 20 atletas. Isso para ficarmos por aqui apenas.
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2 – Em três anos o Vasco venceu:
a) Um Campeonato Carioca após 11 anos de jejum
b) Uma Taça Guanabara após 11 anos (invicta após 16 anos)
c) Um Bicampeonato Carioca após 23 anos (invicto após 24 anos)
d) Uma Taça Rio após 9 edições (invicto após 10 edições)
e) O clube bateu seu próprio recorde de partidas oficiais invictas em toda a sua história (34 jogos)
f) O clube se classificou à Taça Libertadores da América após 6 anos

Curioso ainda ressaltar que:
I – Em 2015 o Vasco desceu de divisão prejudicado em 14 pontos, outro recorde na história do clube, infelizmente só admitido pela oposição do clube um ano depois (Turno: Internacional-RS (2 pontos), Sport-PE (1 ponto)/Returno: Atlético-MG (1 ponto), Cruzeiro-MG (2 pontos), Avaí-SC (2 pontos), Chapecoense-SC (2 pontos), São Paulo-SP (2 pontos), Coritiba-PR (2 pontos). O critério foi o mesmo utilizado pelo site especializado Placar Real.
Com os 14 pontos a mais na tabela o Vasco terminaria a competição em oitavo lugar e com apenas 3 dos 14 pontos garfados o Vasco não cairia de divisão.

Houve outros erros contra o Vasco na balança do Campeonato Estadual, mas que não prejudicaram a conquista do título.

II – Em 2016 o Vasco foi eliminado nas oitavas-de-final da Copa do Brasil pelo Santos, em São Januário.
Na partida em que o clube precisava vencer por dois gols de diferença (3 x 1 para levar a disputa para as penalidades máximas) houve um pênalti claro não marcado a favor do Vasco na primeira etapa (e dois duvidosos), enquanto no segundo tempo o gol de empate do Santos (o Vasco vencia por 2 x 1) foi marcado em lance com três irregularidades (falta a favor do Vasco próxima à área do Santos não marcada, impedimento {duas vezes} no contragolpe santista, que resultaria em seu segundo gol).

III – Em 2017 o Vasco foi eliminado na 3ª fase da Copa do Brasil pelo Vitória-BA. Na partida de ida houve falta não marcada sobre o colombiano Manga Escobar, que achando ter havido a marcação pôs a mão na bola dentro da área, resultando no pênalti, que convertido acabaria sendo o gol decisivo para o Vitória-BA se classificar (jogo de ida 1 x 1 e jogo de volta 1 x 0 para o Vitória).

IV – No Campeonato Brasileiro de 2017 o Vasco teve apenas um pênalti marcado a seu favor e oito contra. O time sofreu cinco gols irregulares (Palmeiras-SP {1ºgol}, Bahia e Botafogo {2º gol} no turno, Corinthians {gol de mão} e Avaí no returno) e, além disso, houve oito pênaltis não marcados a favor do clube (Palmeiras-SP, Corinthians-SP, Chapecoense-SC, Atlético-GO (2), Flamengo, Santos-SP no turno e Coritiba-PR no returno).

V – No próprio Campeonato Brasileiro de 2017 o Vasco perdeu a oportunidade de jogar com sua torcida em São Januário por seis jogos, somando neles 6 pontos em 18 possíveis. Nas outras 12 vezes que jogou em casa, com torcida na cidade do Rio de Janeiro – dez vezes em São Januário e duas no Maracanã – o clube somou 22 pontos em 36 possíveis.
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3 – Todos os clubes grandes cariocas foram fregueses do Vasco no período entre 2015 e 2017.
Vasco 6 x 1 Botafogo
Vasco 6 x 4 Flamengo
Vasco 5 x 3 Fluminense
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4 – Em todas as vezes que o Vasco disputou taças venceu as disputas:
Campeonato Carioca 2015: Vasco Campeão, Botafogo Vice
Taça Guanabara 2016: Vasco Campeão, Fluminense Vice
Campeonato Carioca 2016: Vasco Campeão, Botafogo Vice
Taça Rio 2017: Vasco Campeão, Botafogo Vice

O Vasco, pela primeira vez em sua história, eliminou o Flamengo de uma competição em três disputas diretas consecutivas (Campeonato Carioca 2015, Copa do Brasil 2015, Campeonato Carioca 2016).
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5 – A base do Vasco deixada para a administração sucessora já foi descrita acima.
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6 – O Vasco teve crédito por 2 anos e 8 meses e deixou de tê-lo pela preocupação dos parceiros de que a gestão sucessora não honrasse tais compromissos.

Ressalte-se que em 2014 por duas vezes Eurico Miranda buscou junto à FFERJ empréstimos para Dinamite e cia. pagarem salários, impedindo que atletas debandassem no meio da disputa da segunda divisão. Pequeníssima diferença.

O Parque Aquático foi totalmente reformado, pouco importando os que não gostam dele e querem transformá-lo em estacionamento ou coisa que o valha. É patrimônio do Vasco e foi ressuscitado.

A Pousada do Almirante (não confundir com containers do Urubu), também foi reconstruída, onde havia apenas um depósito com lixos e praticamente nada no local.

Foi construído o Campo Anexo dentro de São Januário.

O clube ainda utilizava os campos do terreno de Caxias e ainda brigava pelo espaço para dar continuidade a seu CT, que sem ingerência do MUV e seus contatos poderia já ter sido finalizado na década passada, antes de 2008.

Foi reformado o ginásio com participação de parte da verba vinda da torcida do Vasco.

O Vasco ergueu, com parceria da Brahma, o CAPRRES.

Posteriormente o clube ergueu o CAPRRES da base.

Em 2017 o CAPRRES olímpico.

Após um ano inteiro sem poder realizar um programa de Sócio Torcedor, em virtude de contrato assinado pela gestão anterior, em março de 2016 foi criado o plano, que vinha num crescente em 2017 até a perda dos seis mandos de campo já citada.

Nos três anos daquela administração o Vasco teve patrocínio master num total de 35 milhões de reais, ou seja, média anual de 11,66 milhões de reais.

Pelo patrocínio de manga em 2015 (Viton 44) o Vasco recebeu 7 milhões de reais.

Em 2016 o patrocínio de manga não permaneceu por crise na empresa, mas, mesmo assim, o Vasco recebeu o valor da multa contratual (entre 1 e 2 milhões de reais).

No início de 2018 o patrocínio master, que seria fechado para aquele ano com a empresa LASA não foi cumprido pelo parceiro e o clube busca o pagamento da multa contratual por parte da empresa devedora.

O fato de a empresa não ter honrado o contrato manteve o Vasco, que jamais veiculou a marca em seu uniforme, livre para negociar um patrocínio para 2018 (lembrando que o Vasco estava disputando a Taça Libertadores da América).

Antes de ter sido fechado o contrato com a LASA foi perguntado ao grupo que poderia assumir o poder (a eleição estava sub judice) se havia alguma marca em vista, mas nenhum retorno foi dado e próximo ao pleito da Lagoa dito, de fato, que não havia nada por parte do grupo auto proclamado, pelas cores usadas em campanha, “amarelo” quanto a patrocínios.

Na Justiça ação foi deixada pronta para ser recebida verba de 38 milhões de reais, que foi, de fato, recebida pela gestão Campello em outubro de 2018.

O Vasco obteve certidões positivas com efeito de negativas com 25 dias de gestão apenas, ainda em 2014. Em função disso pôde receber verbas públicas através da CBC na ordem de 6 milhões de reais.

O clube fez um reparcelamento de suas dívidas fiscais entrando no Profut e até o final de 2016 havia pago R$3.549.061,00.

O estádio de São Januário teve aumentada sua capacidade de 15.000 para 21.900 lugares, vislumbrando o departamento de patrimônio do clube ter liberação para 30.000 lugares em 2018.

Por terem sido feitas obras em São Januário para o setor de visitantes o Vasco pôde mandar em seu estádio clássicos estaduais a serem disputados nos Campeonatos Carioca e Brasileiro.

O Colégio Vasco da Gama foi reformado e o clube permaneceu com professores e diretores como funcionários seus.

As sedes do Calabouço e da Lagoa receberam obras e melhorias.

A sede de São Januário também recebeu obras e melhorias em vários setores e as 30 toneladas de lixo a céu aberto ficaram como uma lembrança ruim do passado apenas.

O clube fechou contrato com a Diadora, mas, antes disso, foi perguntado ao grupo que poderia vir a ganhar as eleições (que estavam sub judice) se havia alguma tratativa para alguma marca de material esportivo ser anunciada e a resposta foi “NÃO”!

Em 05/12/2016, portanto com dois anos de mandato, o Vasco já havia pago R$162.701.817,00 em dívidas, mas mantinha salários em dia, certidões, possuía seu patrocínio master e cuidava com zelo de seu patrimônio.

Somente de salários atrasados, encargos e tributos referentes ao que havia sido deixado de pagar pela gestão anterior foram R$18.548.164,00.

Entre direitos econômicos, mecanismo de solidariedade e multas deixadas pelo MUV, até aquela data, foram pagos R$24.500.000,00 (Éder Luís, Sandro Silva, Fellipe Bastos, Guinazu, Montoya, Yotun, Rômulo, Benitez, Diogo Silva, Jonas).

Entre atletas credores do clube estavam: Jonas, Felipe, Edmundo, Nei, Auremir, Fernando Prass, Montoya, Nilton, Fágner, Elton, Elder Granja, Sandro Silva, Caíque, entre outros, além do gerente de futebol Rodrigo Caetano. Todos sendo pagos.

À CEDAE o Vasco (que não tinha dívida alguma em junho de 2008) devia 10,8 milhões, a escritórios de advocacia mais de 20 milhões, mas também havia dívidas com posto de gasolina, empresa de comunicação, Pedrinho Vicençote (Itaguaí), empresa de vigilância, Tovar gramado, empresa de informática, entre outras.

Em relação às cotas de TV o Vasco tinha zero a receber em 2015 e praticamente zero a receber em 2016.

Quando o MUV entrou no Vasco, em julho de 2008 havia, num contrato por três anos, sido antecipado cerca de 8 meses dele apenas.

Para que se faça uma comparação, em 2001, quando o clube foi assumido, além dos mais de 150 milhões de dívidas calculados pela CPI e a perda de 75 milhões em ativos de atletas (acabara a lei do passe), as cotas já haviam sido, até o fim de 2000, antecipadas em 18 meses.
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7 – A dívida do Vasco diminuiu em três anos da gestão antecessora à atual, chegando a 645 milhões de reais (segundo a direção do clube) e a 582 milhões segundo votado pelo Conselho Deliberativo do clube (112 votos a 47)
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8 – O Vasco conseguiu modificar a lógica da TV aberta, dependendo de seus próprios resultados esportivos para superar qualquer um neste quesito, mas a distância do pay-per-view continuou grande pelo percentual já garantido a Flamengo e Corinthians.

A distância já em 2016 era mais que o dobro entre Flamengo e Vasco e isso só mudará quando o número de pacotes de pay-per-view for comprado em massa pela torcida do Vasco, a fim de que ultrapasse o patamar atual, entre 6 e 8% do total, contra 18% mínimo do Flamengo.

Claro está que com o aumento do valor global a lonjura do Vasco para o principal rival também proporcionalmente aumenta.

Vale ressaltar que quando Eurico Miranda saiu do Vasco em 2008 o clube era partícipe do recebimento da maior cota de TV em todas as plataformas, inclusive pay-per-view, junto a Corinthians, Flamengo, Palmeiras e São Paulo.
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9 – O Vasco foi deixado para a administração seguinte com dívida menor junto às duas entidades (CBF e FERJ). No total 18,7 milhões contra 22,959 milhões que havia recebido.
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10 – Grande parte dos títulos protestados foram pagos durante a gestão.
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A falta do princípio da continuidade administrativa, opção da gestão de Alexandre Campelo, levou o clube a agir diferente da forma como agiu a administração sucessora do MUV, que pagou salários atrasados, buscou certidões e acordos, cuidou do patrimônio, obteve resultados esportivos, patrocínios, valorizou a marca e captou de várias formas verbas para tocar o clube.

Seu principal parceiro recebeu tudo que era devido e com menos de 10 dias da gestão seguinte o antigo gestor, Eurico Miranda, encaminhou acordo para que Alexandre Campello recebesse 11 milhões de reais imediatos a fim de pagar o mês de novembro de 2017 e despesas prementes.

O próprio Alexandre Campello recebeu mais 45 milhões de reais limpos com menos de 90 dias de gestão, mas feriu o princípio que deveria nortear o clube.

O atual gestor fez um cálculo de dívidas que chegariam a 82 milhões de reais deixados pela gestão antecessora (a de Eurico Miranda), vitimizando-se quanto às possibilidades de pagamento, mesmo sabendo que não pagaria (por ferir de forma irresponsável e consciente o princípio da continuidade administrativa) os salários de dezembro de 2017, o décimo terceiro do mesmo ano, vários acordos que estavam atrasados (deixando que o Vasco fosse executado, embora na transição fosse dado o caminho para conversas com os advogados dos respectivos credores), impostos devidos do período da gestão anterior (que manteve certidão federal até 30/09/2017 e outras até dezembro do mesmo ano) e pôs a gestão devedora de FERJ e CBF como se ela tivesse chegado no clube em dezembro de 2014 sem qualquer débito com tais entidades.

Além disso, demitiria cerca de 300 funcionários sem pagar as verbas rescisórias de praticamente ninguém, posteriormente via sindicato foi acordado um valor, que, também, o clube deixou de pagar, sendo executado o Vasco em 50%, 60% e até 100% do principal. No fim, o número de funcionários pouco diminuiu e ainda houve a contratação de terceirizados, sendo o gasto geral da mesma ordem.

O mau exemplo, aliás péssimo exemplo dado por Alexandre Campello e seus pares financistas, não tem respaldo nas ações de seu antecessor, que deixou uma situação para o MUV muitíssimo melhor do que a que encontraria seis anos e cinco meses depois, melhor operacionalmente do que a que encarou a partir de 2001, e, diante daquela situação terrível encontrada em dezembro de 2014, deu sua vida, seu trabalho diuturno, sua saúde e seu amor ao clube para entregar um Vasco mais viável a quem chegava e com uma joia rara para trazer dinheiro à novel gestão (a multa rescisória assinada em relação ao atleta Paulinho triplicou de 10 para 30 milhões de euros em janeiro de 2018), quando, na verdade, poderia ter ele feito a venda por um valor próximo da multa em agosto de 2017 e deixado o clube com certidões, salários em dia, acordos em dia, contas prementes, mas perdendo a oportunidade de o Vasco lucrar o triplo daquilo (que viria a ser quase o dobro quando da venda em abril).

A forma como rosnam fakes, incautos e mal intencionados que circundam as mídias sociais não apaga os fatos, que ficam aqui registrados não em defesa simplória de Eurico Miranda, mas de sua visão de Vasco, sua forma de ver e trabalhar pelo Vasco.

Quando se quer candidato único e paz no clube, se quer, na essência, que se pare com este jogo sujo de não pagar fulano, porque é do tempo X, beltrano porque pode afetar o tempo de Y, cicrano para que se tenha ganho político em cima de Z. Essa lógica perversa, infelizmente usada por quem assumiu o Vasco em 2018 – que tinha em seu adversário de chapa mais sede e maior vontade ainda de assim proceder – é exatamente o que machuca o Vasco, que fere o Vasco, que faz o Vasco agonizar, que faz o Vasco sangrar.

A torcida do Vasco, como dissemos, com apoio de todos nós, deu uma demonstração de grandeza, ultrapassando qualquer barreira lógica de associação em tão pouco tempo, mas tal grandeza falta a dirigentes que buscam sair bem na fita, buscam usar da política para fazer o Vasco sofrer e perpetuar uma lógica que quando é freada por algum gestor, novamente é retomada pelo subsequente.

O Casaca! jamais esteve no Vasco para ter ganhos pessoais. Quaisquer grupos tem de fazer reverência ou ter respeito quando dos encontros conosco, mas de longe, com fakes e afins tornou-se hábito falar mal, talvez porque na verdade nos vejam como algo que atrapalhe uma lógica que se perpetuada trará muitos ganhos pessoais, de quaisquer ordens, em detrimento do Vasco.

Eurico Miranda morreu há cerca de 10 meses e seus detratores não o esquecem, virou moda ultimamente jogar as coisas na conta do morto, mas a atitude deletéria é proposital, numa mistura de ódio e prazer, uma mistura que não pode mais caber no futuro do Vasco.

Que haja convergência e se unam as correntes que pretendem suceder a direção que aí está com um nome capaz de agregar e que não seja ele o único protagonista, que hajam outros e que o Vasco cresça com mais gente disposta a se doar ao clube para superar as dificuldades de quem não é o sistema, não é o queridinho do sistema, mas é, sem dúvida, o maior dentre os que pretendem ou podem mudar a lógica do sistema.

Sérgio Frias

Um comentário em “Contra o ódio a leveza”

  1. E ganhou o quê?
    —-
    Mais no período entre 2015 e 2017 que Flamengo, Fluminense e Botafogo juntos, além de superar os três no confronto direto (o que já está descrito no texto).

    Leia com atenção.

    Saudações Vascaínas,

    Sérgio Frias

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