Homenagem ao guerreiro

Em primeiro lugar queremos deixar claro que o grande ícone vivo do basquete vascaíno, Fernando Antonio Portela de Lima, terá do Casaca! total apoio na sua condução e atitudes em favor do basquete vascaíno, bem como o Casaca! só tem a agradecer ao Grande Benemérito, grande vascaíno e maior vencedor da história do nosso basquete, acumulando as funções de jogador e dirigente, com décadas de dedicação ao clube, inúmeros títulos e inúmeras lutas em prol do Vasco.

As centenas de correligionários que nos apoia, vota conosco e faz chapa conosco, se for o caso, tem a mesmíssima opinião, o mesmo respeito e carinho contigo e nada mais justo, porque você é merecedor por tudo que realizou pelo nosso clube. Se um dia pudermos ajudar em algo e as circunstâncias forem favoráveis, para além de sua vontade em nos acolher, será uma honra para nós e um grande aprendizado.

Fernando Lima, filho do grande Luís Arijó de Lima, outro que se dedicou imensamente ao Vasco ao longo de sua vida, tem uma trajetória no clube das mais impressionantes e uma dedicação ao basquete cruzmaltino, que possibilitou grandes conquistas como quando bancou o time Campeão Carioca de 1987 praticamente sozinho.

Na política e na vida há ondas boas e ruins. Quem quer surfar apenas nas boas se torna medíocre e com uma tendência de decréscimo porque com o tempo passa a sucumbir nas ruins.

Fernando Lima pegou o basquete do Vasco em situações difíceis, calamitosas, boas, espetaculares, mas sempre esteve a postos, independentemente de cargo, prestígio ou tamanho da onda.

Entre 1983 a 1985 – mesmo sendo sabidamente um correligionário de Eurico Miranda – esteve presente no basquete, com aval de seu grupo, para ajudar o clube a não implodir a modalidade, naquela ocasião, em mais uma oportunidade na qual tirou do bolso para o Vasco ter time e atuar de forma honrosa contra os principais rivais do Rio.

Em 2016, com aval de Eurico Miranda, foi o responsável pelo reerguimento do basquete vascaíno, que conquistou a Liga Ouro e se classificou para a NBB. No mesmo ano o Vasco ganhou o Quadrangular do Ceará e na temporada 2016/2017 chegou aos play-offs da NBB.

No ano seguinte o Vasco ganhou a Copa Avianca, antes do início da NBB e por problemas de todas as ordens enfrentados não conseguiu chegar tão longe quanto o time de qualidade que tínhamos fazia supor.

Com a troca de gestão o Vasco ficou ameaçado de não atuar na NBB 2018/2019, mas ele, mais uma vez com aval geral de todos os que o conhecem, respeitam e admiram, se prontificou a ajudar.

Os dois melhores jogadores contratados, ambos americanos, não puderam ficar por falta de verba para cumprimento dos compromissos firmados e o elenco que disputaria a competição ficou fragilizado com isso, fazendo uma campanha muito ruim.

Guerreiro como sempre, dedicado, como sempre, ele encontrou uma solução para a temporada 2019/2020, com aval da direção do clube para montar um time com mínimas condições de fazer papel digno na competição.

Com incremento de verbas no montante da remuneração de um Bruno Silva da vida ou com um investimento de valor concernente a 1/5 do gasto em execuções sofridas pelo clube por falta de pagamentos a funcionários demitidos por ela e que executaram o Vasco no decorrer dessa gestão, um time para brigar mais em cima na tabela poderia ser montado.

Mas no fim optou a direção do clube por não manter o basquete adulto do Vasco, impedindo-o de disputar a NBB, que começará no segundo semestre.

Sobre ações de atletas do basquete contra o Vasco, a esmagadora maioria trata de verbas rescisórias por falta de pagamento, por exemplo, de fundo de garantia e não inadimplemento de salários, tendo inclusive alguns atletas entrado na Justiça para receber algo que o Vasco diz já ter pago e que estaria sendo cobrado de novo.

O custo do time do Vasco inteiro para a temporada 2018/2019 foi de 163 mil reais brutos mensais e com os americanos contratados, que saíram pelas dificuldades dos pagamentos iniciais, chegaria a 220 mil.

O Vasco gasta no ano todo com logística e outras despesas cerca de 850 mil reais e diferentemente do ano passado teria condições na atual temporada de não precisar do aporte do clube para manter isso, apenas um Bruno Silva da vida para dar um up grade maior no time, considerando a equipe da temporada anterior, possibilitando uma colocação melhor.

Por décadas o Vasco brigou para chegar ao Campeonato Brasileiro, nos anos 60, 70, 80, 90, visando apenas disputá-lo, mesmo sabendo que seria quase impossível vencer, até a chegada do Nations Bank, mas manteve vivo o basquete mesmo assim.

Em 70 anos de história da modalidade no clube não havíamos conquistado um único Campeonato Brasileiro, mas nos orgulhávamos por mantermos a chama acesa, apesar de atraso de salários recorrentes no futebol, crises, e também apesar das moscas de São Januário zumbirem contra o esporte, com as mesmas desculpas de agora.

A base vascaína vem fazendo um trabalho dos mais elogiáveis nessa temporada e isso já era fruto do renascimento do basquete no clube.

O Vasco revelou no passado grandes atletas, chegando inclusive a vender um que chegou a NBA, fora outros que brilharam Brasil afora e vinha num processo de crescimento evidente, que tomara não seja interrompido pela atitude tomada pela atual direção do clube.

Neste momento o MUV da atualidade vai mais uma vez na contramão dos grandes clubes.

Antes havia só o Flamengo no basquete como clube de camisa no futebol. Hoje está lá o Botafogo (o maior endividado do país), clubes de São Paulo, e isso ocorre porque todos perceberam que o retorno de mídia para os participantes da modalidade em jogos da NBB é benéfico pela imagem em TVs e outros meios. Não é o resultado em si e sim o quanto o clube aparece. Algo muito subjetivo para os idiotas da objetividade, que não enxergam um palmo à frente do nariz e projetam o Vasco como o nariz deles.

Fernando, todo o nosso apoio. O Casaca! e o Vasco lhe aplaudem de pé por tudo o que fez e desejamos que tenha fé e força para quando possível continuar fazendo, pois a inquietude sua deve ser a mola propulsora para impulsionar o Vasco em breve a novas vitórias e patamares, porque se havia um craque ajudando a pavorosa gestão atual do clube este craque era você.

Casaca!

4 comentários em “Homenagem ao guerreiro”

  1. Enaltecer os grandes valores morais e profissionais de nossa história tem sido uma constante na política do Casaca e isto me faz esperançoso de dias melhores.

  2. Fernando Lima é um campeão. Um vascaíno de primeira linha. Lamento a decisão de parar com o basquete, o segundo esporte em São Januário. E como registro da força do basquete, agora na primeira semana de julho, o time do Colégio Vasco da Gama foi campeão do Intercolegial. Ao meu Amigo Fernando Lima, o nosso Casaca.

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