Desde a década de 1970, em todo 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. No Vasco, uma torcedora dedicou toda a sua vida ao clube da Colina e fez história nas arquibancadas.
A vascaína Dulce Rosalina inovou ao implantar na torcida o uso de papel picado e concursos de bateria. Em 1956, ela foi a primeira mulher líder de uma torcida no Brasil, aos 22 anos, quando presidiu a Torcida Organizada do Vasco. Ela permaneceu no cargo até 1976, deixando o comando por divergências políticas e, em seguida, fundou a Renovascão, outra torcida organizada.
Dulce conhecia muito bem o elenco cruz-maltino e era amiga de jogadores como Vavá e Bellini, que compareciam a festas de aniversário em sua casa. Em uma partida no Maracanã, foi barrada junto de seu filho logo na entrada por levar papel picado para dentro do estádio. Na confusão, chamou o policial de flamenguista e acabou sendo presa. Os jogadores do Vasco foram informados do ocorrido e se recusaram a entrar em campo até que Dulce fosse solta. Pouco tempo depois, ela foi liberada e já estava na arquibancada apoiando o clube.
No início da década de 1960, venceu o concurso de melhor torcedor do Brasil, realizado pela prestigiada Revista do Esporte, e doou o prêmio ao Cruz-Maltino. A entrega ao Vasco ultrapassava barreiras. Em 1968, viajou com uma caravana de torcedores até São Paulo, mas o ônibus em que estava sofreu um grave acidente. Ninguém morreu no episódio, mas Dulce Rosalina ficou afastada das arquibancadas devido a uma fratura na clavícula e no braço, além do afundamento do crânio. Poncinho, seu filho, contou, ao site oficial do Vasco, o relato da mãe logo após o acidente.
“Quando se recuperou, a primeira coisa que ela fez foi querer ir para o Maracanã”.
Dulce Rosalina faleceu no dia 19 de janeiro de 2004, e a prefeitura do Rio de Janeiro decidiu homenageá-la ao dar seu nome a uma rua próxima ao Estádio de São Januário. Ela foi um exemplo de pioneirismo na luta das mulheres por espaço e voz dentro do futebol.
Fonte: Esporte Interativo
lembrando que no dia 07/03/1944 a AIDA DE ALMEIDA fundou a TOV junto com João de Lucca, o João ficou como Presidente (Administrativo) mas quem liderava a TORCIDA ERA A TIA AIDA!!!
Então fica assim: TIA AIDA CRIOU A 1ª “TORCIDA ORGANIZADA” DO BRASIL e a TIA DULCE FOI A 1ª PRESIDENTE DE UMA TORCIDA ORGANIZADA NO BRASIL, AMBAS DA TOV, AMBAS DO VASCO!!!
Tive oportunidade de conhecê-la. Viajamos eu e minha esposa a BH no ônibus da Renovascão, para assistir Cruzeiro x Vasco, pela Libertadores 1998. Voltamos classificados, em festa, não sem antes nosso ônibus ser atingido por uma pedra, que estilhaçou uma janela. O vidro caiu, e tivemos que congelar no vento que adentrava.
Dulce era uma pessoa atenciosa, conhecia a todos pelo nome. Sua vida se confunde com a História do Clube, com o pioneirismo feminino em um esporte dominado pelos homens. Uma vida de amor ao Vasco. Deixou saudades e exemplo de vida.
No final dos anos 80, tive a honra de, junto com um amigo que integrava a Renovascão, dar uma carona para “Tia Dulce” do Maracanã até sua casa. É uma das minhas mais queridas lembranças cruz-maltinas.
Parabéns à equipe do Casaca! pelo incansável trabalho de resgate da memória do Vasco. A história do clube, dos seus fundadores, atletas e torcedores se confunde com a história do esporte brasileiro e das lutas sociais do país. Que orgulho de ser Vasco!
Eu sou deficiente físico e, desde 1966, tinha meu lugar na arquibancada junto à saudosa Dulce Rosalina até ela fundar a Renovascão, que devido a sua localização nos estádios, passei a ficar na Torcida Pequenos Vascaínos até 1987, quando deixei de ir aos jogos.
Dulce Rosalina !
Um Nome INESQUECÍVEL e foi graças as HISTÓRIAS LINDA e o seu EXEMPLO de DEDICAÇÃO, ENTREGA, AMOR INCONDICIONAL ao VASCO da GAMA, que nos anos 70 acabei me TORNANDO um VASCAÍNO, era um ÉPOCA da minha ADOLESCENCIA/JUVENTUDE, e apesar de ser um período de conquistas escassos comemorei muito os ESTADUAIS de 1970, 1977, TAÇAS GUANABARA de 1976 ( ÚLTIMA vez como TÍTULO OFICIAL do DISTRITO FEDERAL de GUANABARA) e decisão por penaltis com a mulambada e o BÍ CAMPEONATO em 1977, e o PRIMEIRO CAMPEONATO BRASILEIRO de 1974 e até hoje me ORGULHO e carrego o DNA VASCAÍNO, mesmo sendo filho de IMIGRANTES JAPONESES naquela época.
Nas calorosas discussões com a mulambada sempre conseguia calarem eles porque na Copa do Mundo de 1958 tinha tres jogadores do VASCO da GAMA a dupla da zaga ORLANDO PEÇANHA e BELlINI e o centroavante VAVÁ ( aquele que meteu dois gols no futebol científico russo ) e ouvia muitas histórias da DULCE ROSALINA !
OBRIGADO por me tornar VASCAÍNO DULCE DOCE INESQUECÍVEL ROSALINA !
Vascaína por excelência.
Será eternamente lembrada no VASCO.