Saudações aos Elitistas

O Presidente do Vasco, Eurico Miranda, lançou por vias oficiais uma interessante pergunta na semana que passou: quem é Bom Senso Futebol Clube? A intenção me pareceu ir bem além da provocação, pois oferece a quem acompanha futebol a reflexão a respeito dos reais interesses dos integrantes desta ONG para abastados.

A resposta emitida pela organização veio através de uma estupidez do tamanho das ideias que defendem. Saudaram as “múmias”, em alusão a Eurico. Não estamparam as fotos dos reais comandantes do troço, que preferem uma penumbra. Apenas dos inocentes úteis. A peça foi ilustrada com fotos de ex-jogadores, jogadores e ex-jogadores em atividade. Esqueceram-se, porém, de colocar os nomes de cada qual sob cada foto. Uma espécie de esparadrapo na identidade de cada um. Descuido que causou a mim, e estou certo que a vários, o desconforto de sequer conhecer muitos dos que ali tentavam se representar e que se entendem como figuras de destaque do futebol nacional. Curioso como isto apenas reforçou a pergunta lançada pelo Presidente do Vasco.

É fato que eu não conheço todos eles, mas o rastro que deixam com as ideias que acham que defendem não cheira bem. Vou usar como exemplo, então, as falas do Fred, em recentes entrevistas postas no ar com vigor pela mídia. Ele mesmo, que depois de usar esparadrapos nas pernas na Copa de 2014 e na boca por uns segundos no domingo passado, desandou a falar.

Na semana que passou, Fred defendeu, além do Flamengo, o fim do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro. Disse que prefere, em seu lugar, disputas regionais através dos grandes clubes. Um discurso pró-elitização.

Algumas das respostas que sugiram contra esta preferência de Fred apontam que o fim dos estaduais causaria uma série de desempregos diretos e indiretos. A tréplica veio com todo o desconhecimento (ou seria maldade?) de Fred. Disse ele que “Eles deviam lembrar que esses mesmos 3000 jogadores têm dois, três meses de emprego, só durante o Carioca. Seria muito bacana se fizessem um calendário para eles terem emprego o ano inteiro.”

Eu não tenho a pretensão de responder ao Fred e muito menos ao Bom Senso FC. Apenas alertar aos meus 13 leitores (a meia dúzia que me odeia, a meia dúzia que simpatiza e eu mesmo) sobre o que está por trás de declarações como esta, que representa a ideia geral do tal Bom Senso.

A Federação de Futebol do Rio de Janeiro já possui calendário anual que envolve todos os times. O Fred não sabe disso, mas o segundo semestre do Rio de Janeiro é preenchido parcialmente com uma competição chamada Copa Rio, que mantém em atividade times que não se classificaram para a série D brasileira, além de todos os outros filiados que ficaram de fora do calendário nacional. Porém, há um problema: como ninguém acompanha, qualquer atleta que se destaque em tal competição não é sequer notado. E nunca progredirá na carreira.

Imagino que a fala de Fred tenha sido no sentido de que fosse criado em nível nacional o tal calendário por ele sugerido. Teríamos as séries E, F, G, H e por aí vai. Mas, então, esbarra-se em dois problemas: primeiro, quem paga pela estrutura/logística disso? Talvez o Bom Senso preveja em seu estatuto a doação de parte dos salários de seus afiliados para manter o tal calendário nacional. Segundo, qual a diferença da série F de Fred para a Copa Rio, se a exposição será nenhuma, redundando na falta de oportunidade para jogadores de times pequenos aparecerem?

A existência dos Estaduais, aliada às duas primeiras fases da Copa do Brasil, é o gargalo apertadíssimo existente para a progressão na carreira de jogador de futebol, pois é a única chance de visibilidade. O Bom Senso não só desconhece isso, como ignora. Se surge no Tigres um centroavante de 20 anos mais produtivo que o Fred e que aceite receber em 3 anos de contrato 5% do que o Fred recebe, seu mar de rosas está frontalmente ameaçado. E o Bom Senso, com seu senso de ONG elitista, não quer isso. Eles querem preservar a carreira pelo viés da preservação de seus próprios empregos com salários exorbitantes. Assim é fácil colocar esparadrapo na boca, saudar múmias sem assinaturas e votar pelo fim dos estaduais, sem oferecer em troca qualquer contrapartida, ainda que uma ideia que conceda oportunidade a jovens talentos que se perdem pela falta de exposição. A pouca exposição que há, Fred e seus parceiros querem implodir. Não é à toa que o futebol brasileiro passa por uma aridez assustadora de talentos há mais de uma década. Não é à toa que só nos deparemos com alguns quando já estão jogando na Bélgica e se transferem para o Chelsea.

Caso Fred e o Bom Senso, incentivados pelo desejo da televisão, permaneçam fazendo campanha pelo fim dos Estaduais, seria bastante interessante que falassem às claras sobre suas ideias e até previssem como financiá-las. Mas eu desconfio que boa parte daqueles ex-atletas, atletas e ex-atletas em atividade sequer sabe do que fala. Os que estão por trás deles, uma nova leva de teóricos espertalhões e oportunistas, são os donos do projeto e destes pouco se pode esperar, a não ser o benefício próprio.

Assim, contribuo: deveria se providenciar a criação de um fundo entre os filiados ao Bom Senso. Todos devem deixar 10% das quantias que recebem à disposição da elaboração/efetivação de um calendário nacional com mais séries, que permita que todos os atletas do país permaneçam em atividade o ano todo; a extinção voluntária dos irreais salários, que devem possuir o (já altíssimo) teto de, digamos, 200 mil reais, para que os clubes possam honrar com pagamentos e também contribuir com o calendário nacional do Fred e do Bom Senso; o fim do salário “por dentro” e do salário “por fora”, o que é recebido em carteira, o que não é e o que é depositado em favor de empresas criadas pelos atletas na busca contínua de maior “justiça tributária”; a remuneração por produção, quando o jogador só recebe quando joga, tendo direito a plus nas conquistas. Isso para começar. Que tal?

O Bom Senso FC é o novo rosto dos perigos cíclicos que dominaram o futebol brasileiro nos últimos anos. É o novo representante legal (?) daqueles que querem ser os donos da organização do esporte no país. Defende um apanhado de projetos elitistas, todos alinhados com as vontades da televisão, dos empresários e de velhas e novas moscas que se beneficiam a cada ciclo de saques. Invariavelmente, as vítimas dos saqueadores são os clubes, que perdem força, poder de investimento, tornam-se dependentes, são compelidos a pagar salários com os quais não podem honrar e põem-se de joelhos por falta de alternativas. Eles, agora travestidos de Bom Senso, não querem a extinção dos clubes. Querem clubes fracos que dependam deles. Mais um capítulo, apenas, da legislação cruel, da farra de empresários, da profissionalização mequetrefe, da implosão do Clube dos 13 e de outras medidas paulatinas e planejadas. Só não vê quem não quer. Ou não se importa.

João Carlos Nóbrega de Almeida

26 comentários em “Saudações aos Elitistas”

  1. Coluna perfeita!! Parabéns!!

    As pessoas, por ignorância ou má fé, não conseguem enxergar o óbvio: o enfraquecimento do futebol brasileiro passa pelo enfraquecimento dos clubes, principalmente dos clubes menores e do interior.

    12 grandes clubes não são suficientes para montar uma seleção campeã do mundo. O futebol brasileiro precisa dos cerca de 800 clubes profissionais de futebol existentes no Brasil.

  2. Brilhante sua coluna. A verdade é que a dupla FlaxFLu + mídia + Bom senso estão juntos nesta empreitada… Querem desmoralizar o estadual, que do ponto de vista de público foi um sucesso com relação a anos anteriores. E digo mais o projeto deles é urubu e curintia nacionalmente, e FlaxFlu no Rio. Vasco e Botafogo apenas coadjuvantes… Parabéns ao Eurico e o presidente do Botafogo tem que se unir com a FFERJ mesmo. O pior é ver grande parte dos vascainos apoiando a destruição do estadual e do próprio Vasco…

    Saudações Cruzmaltinas

  3. Se houvesse por parte deste Bom Senso alguma preocupação, de fato, com atletas de futebol e com o destino do futebol brasileiro, de seus clubes e federações se pensaria numa maior exposição de mídia para um número muito maior de jogadores Brasil afora.

    Com os campeonatos estaduais valorizados, valendo vagas, ano a ano, para o Campeonato Brasileiro e não as vagas “me engana que eu gosto” para turismo na Copa do Brasil todos eles teriam mais investimentos, recursos e visibilidade, mais e mais atletas surgiriam, de todas as partes do Brasil, e a visibilidade deles no Brasil facilitaria a que houvesse negócios múltiplos com transferências das mais diversas, fazendo girar o capital interno com ganhos para todos os lados.

    A elitização do futebol brasileiro, fincado anualmente em cinco, seis estados só interessa a pequenas oligarquias e inibe o crescimento do futebol brasileiro.

    Como você mesmo destacou, não adianta criar as séries G, H, I, J, porque não possuem qualquer visibilidade. O estaduais sim, possuem tal visibilidade, mas devem ter maior tempo de disputa e levarem a algum lugar a mais que simplesmente a entrada numa competição inchada e desinteressante nas duas, três primeiras fases.

    Se o futebol brasileiro adotasse estaduais com um tempo maior de disputa, uma Copa do Brasil enxuta, só com a disputa de campeões estaduais e alguns vices dos estados nos quais se concentrasse maior torcida e um campeonato brasileiro no qual todos os campeões estaduais tivessem o direito de participar e nos estados com maiores conquistas, mais vagas fossem disponibilizadas, ano a ano, este mesmo campeonato poderia, num modelo de disputa por fases, conter um número muito maior de times, com divisões de cotas de TV por exemplo, menos díspares e baseadas no mérito de cada clube na competição.

    Com isso, teríamos um número de jogos menor, anualmente, o que era o desejo inicial do tal Bom Senso, mais visibilidade dos colegas menos abastados entre os atletas de futebol, clubes com um pouco mais de lastro para investimentos com retorno em divisões de base, maior arrecadação de federações, maior paixão futebolística despertada para consumo em todos os cantos do país e a possibilidade de ascensão meteórica ou mais sólida de uma série de clubes, dependendo de suas administrações e visões sobre o futuro do esporte.

    E imaginando que houvesse um calendário contemplando de forma equânime o Estadual e o Brasileiro, como ficariam os seis meses nos quais a competição nacional fosse disputada em duas divisões no máximo, como se resolveria o problema que tanto aflige o Fred, o Bom Senso e os empertigados?

    Novas competições estaduais, classificatórias para torneios regionais do ano subsequente, como Torneio Rio-São Paulo, Copa Nordeste, Norte, Sul, etc…, os quais abririam a temporada do ano seguinte, considerando os melhores classificados do estadual do ano anterior, mais os campeões (vices, talvez) dessas competições estaduais realizadas no segundo semestre.

    Os torneios citados acima seriam realizados no estilo mata-mata, abrindo espaço para novos faturamentos de clubes, TVs, federações e futuramente da CBF, pois os campeões de cada Torneio Regional futuramente se confrontariam numa disputa entre eles, valendo uma vaga para a Taça Libertadores.

    Com isso, das cinco vagas para a Taça Libertadores, uma iria para o Campeão dos Campeões dos Torneios Regionais, outra iria para o Campeão da Copa do Brasil, duas outras para Campeão e Vice do Campeonato Brasileiro e um quinta seria ou do terceiro colocado do Campeonato Brasileiro ou de um clube brasileiro que vencesse a Copa Sul-Americana do ano anterior.

    As competições de Séries A e B de cada ano classificariam também os clubes para a Copa Sul-Americana do ano seguinte, numa proporção justa, tornando o ano todo do calendário nacional prova de mérito para competições do mesmo ano e do ano seguinte por parte de todos os clubes, com critérios anuais de acesso e descenso apenas para os estaduais, mantendo com isso em atividade centenas de outros clubes país afora.

    Isto seria de interesse geral? Claro! Mas qual o problema, então?

    Os interesses enxergados pelo Bom Senso e seus disfarces não são gerais e sim meramente elitistas, como bem expõe o texto. A divisão H, I, J, K pode não existir por falência absoluta dos clubes e isso pouco importa porque tal enfraquecimento fortalece a própria elite numa visão simplista e falsamente darwiniana, a qual impossibilita o crescimento do futebol em vários estados, bem como investimentos. Menos atletas surgindo, menos empregos, salários cada vez mais baixos pela exposição cada vez menor na mídia e maior concentração de capital na mão de poucos abastados.

    E o pior. Os poucos abastados, todos endividados, comem-se uns aos outros para cada vez mais transformarem-se numa elite menor até o ponto de uma rede de TV escolher dois queridinhos para comandar a festa, em detrimento de 10 outros clubes de massa (da fatia que lhes cabia do bolo).

    As soluções existem e estão narradas acima, com dados que só ratificam as teses, vide as médias de público obtidas em Campeonatos Brasileiros disputados por fases, mas mais enxutos quanto ao número de clubes, vistos entre os anos de 1981 e 1984, um modelo de disputa que se hoje realizado com a mídia televisiva atual, seria um sucesso nacional para todos os estados da federação, contemplando clubes também de todos eles.

    Mas isso não interessa à elite.

    ++++++++++++++++++++++++++

    Sérgio

    Concordo em gênero, número e grau. Não é à toa que os anos 70 e 80, para ficar em décadas que éramos nascidos, produziram uma infinidade de talentos, muitos deles vindos de clubes do Nordeste, por exemplo. Espertamente, tentaram associar isso às manobras políticas da ditadura, dizendo que o Brasileiro era inchado para dar votos à Arena. Assim, quem defende o modelo passa por reacionário, rótulo esculpido pelos modernosos para qualquer elogio àquela época.

    Mal sabem eles (ou sabem muito bem) que em um país deste porte e com a infinidade de talentos potenciais que (ainda) possui, só um Nacional que contemple democraticamente o país todo nos remeterá à produção em série de craques.

    Será que não querem isso? É a grande pergunta a ser respondida.

    Em duas ou três semanas teremos o início de mais uma grande procissão, assim batizado o brasileiro por Washington Rodrigues pela chatice dos pontos corridos. A vida criativa, assim, seguirá monótona nos gramados. Restrita a dois ou três camaradas que porventura surgirem. Nada de novidades. Nada de esperanças. Apenas os paspalhos que deitam em campo para esconder a natural falta de talento que os brinda.

    Abraço
    João

  4. João,
    Sem trocadilho, o que você escreveu ai, será visto por esse imbecis como um esparadrapo, onde cada um deles deverá retirar um pedaço e colocar na própria boca, afim de evitar que falem besteiras, eles farão uma auto censura.
    Pelo menos é o que espero.

  5. Amigos João e Sérgio,

    Curiosamente na semana passada eu rascunhava um projeto, que presunção, de um campeonato Brasileiro onde todos os estados estariam representados. Confesso que ver o Vasco em Manaus, Acre, me trouxe de volta aos jogos contra Rio Negro, Nacional e Fast… Por onde andam esses clubes? Hoje só ouvimos falar do São Raimundo.

    Ninguém sabe ganhar dinheiro melhor que o Americano. Proporcionalmente, nossos territórios são praticamente do mesmo tamanho, logo temos os mesmos problemas. Como eles resolvem? Campeonatos do Leste e Oeste e os vencedores decidem o título nacional. Nenhum campeonato americano em nenhum esporte é por pontos corridos.

    Diferentemente deles, não temos o equilíbrio econômico regional, o que nos obriga a corrigir distorções para equilibrar ao máximo as competições e permitir que todos os estados sejam representados.

    Penso que deveríamos ter um Campeonato Nacional da seguinte forma:

    Disputa de classificatória por regiões, pontos corridos, turno único:

    • Grupo Centro-Norte (DUAS ESQUIPES POR CADA ESTADO) – 19 DATAS + FINAL
    • Grupo Nordeste (Incluindo-se o ES) (DUAS EQUIPES POR CADA ESTADO) – 19 DATAS + FINAL
    • Grupo Sul (QUATRO EQUIPES POR CADA ESTADO) – 11 DATAS + FINAL
    • Grupo sudeste (QUATRO EQUIPE POR CADA ESTADO) – 11 DATAS + FINAL

    Classificam-se dois clubes por Região, que se juntariam aos 16 melhores ranqueados pela CBF (evitaríamos rebaixamento de times grandes, salvo campanhas pífias durante alguns anos), totalizando 24 equipes que, divididas em 4 grupos de seis se enfrentariam em turno e returno, classificando-se os dois primeiros de cada para uma nova disputa em dois grupos de quatro. Por critério, define-se a melhor forma da final, se os vencedores de cada grupo em dois jogos ou num único jogo em campo neutro, ao estilo Europeu. Ou ainda, pode-se classificar os dois primeiros de cada grupo e uma semi final ao modo Inglês de primeiro contra segundo de cada grupo, em dois jogos e a final em um único jogo no campo daquele que tiver maior número de pontos na competição.

    Os campeonatos Estaduais seriam classificatórios para os regionais, sendo que os chamados grandes de cada estado (Ex os do Rio, SP, MG e RS) somente disputariam as finais, sempre com a vantagem daqueles clubes que vinham disputando o torneio para critério de desempates.

    Os campeões de cada estado (sempre pelo ano anterior ao da competição), mais os 16 melhores ranqueados pela CBF, disputariam a Copa do Brasil.

    Na minha modesta ótica, os campeonatos estaduais ganham força e incentivo aos clubes menores que, classificados para os Regionais com possibilidade real de disputa no Brasileirão. O equacionamento de datas, confesso, é pra QI mais elevado (minhas tabelas de botões eu jogava num dia só…). Fato é que o critério de séries A, B… com equipes praticamente fixas, que não sobem e nem caem, não motivam ninguém, nem torcedores, nem clubes. O que não podemos, como a poucos anos, termos um Guarani na 1ª divisão do brasileiro enquanto era participante da 3ª divisão do campeonato do seu estado. Isso é um campeonato com os melhores do país?

    Um exemplo atual é a Copa do Nordeste, com grandes públicos, mas qua não classifica para nada. Por que não uma vaga no brasileiro?

    O que não pode é ficar como está, campeonatos estaduais corridos, sem datas e um campeonato brasileiro disputados por times, como o Atlético PR que luta num quadrangular para não ser rebaixado no PR, ser time de ponta no brasileirão.

    Quanto ao BOM SENSO, no tópico a pergunta que não quer calar, minha opinião ia muito de encontro a visão do João, porém com a cautela de quem é apoiado por uma mídia parcial e mentirosa merece.

    José Oliveira
    10/04/2015 5h47
    Meu Presidente, não seja tolinho…

    O Bom Senso é um grupo de milionários jogadores que defendem os interesses da Rede Globo e que quando se aposentarem serão prósperos empresários sequestradores de garotos das bases dos clubes do Brasil.

    Não se deixe enganar, comendo pelas beiradas, eles vão emplacando o querer da platinada.

    Tem que alguém gritar numa entrevistas dessas sobre a MP que, os clubes levaram 100 anos para deverem 4 bilhões ao estado, enquanto que só a Rede Globo deve 2 bilhões só de apropriações indébitas do IRRF. Empreiteiras? Xi, essas nem vale comentar… Alguém, e tenho certeza que o senhor tem essa coragem, de chegar na cara de um, ou dos deputados, e questionar:
    “Nobres colegas, se vocês julgam a continuidade administrativa nos clubes um mal, então por que vocês estão a mais de 40 anos no legislativo nacional?”

    Presidente, abra o olho, não subestime o sistema e o bom senso é o mais novo bracinho que nasce desse monstro que se renova sempre em prol dos interesses daqueles que sugam esse país a séculos.

  6. João,
    Antes de mais nada, parabéns mais uma vez pelas colocações e pela discussão pertinente.

    É isso que nos faz ser diferentes, apesar da caricatura que a “palavra final” (como me refiro ao poder da mídia) quer impor a opinião pública.

    Mas discordo de uma coisa.

    Não é pretensão não, querer responder ao Fred, TEMOS SIM QUE RESPONDER AO FRED!

    TEMOS SIM QUE RESPONDER A ELE E A ESSE GRUPO, MUITOS SEM INSTRUÇÃO, POIS NÃO FORAM FORMADOS EM UM CLUBE QUE LHES OFERECEU ESTUDO E EDUCAÇÃO COMO O NOSSO, MAS QUE TENHO CERTEZA QUE PODEM ESTÃO SENDO LEVADO PELOS OBSCUROS INTERESSES, DESTES QUE SE ALIMENTAM DO BILIONÁRIO MERCADO DO FUTEBOL BRASILEIRO, E SE APOIAM SAZONALMENTE EM PERSONAGENS QUE POSSAM LHE AJUDAR A ALCANÇAR ESTES OBJETIVOS, COMO FIZERAM NA APROVAÇÃO DA LEI PELÉ

    QUE TAPA NA CARA MARAVILHOSO EM TODOS ESTES SERIA, SE O VASCO OS CONVIDASSE PARA UMA PALESTRA, SOBRE TUDO ISSO QUE VOCES COLOCARAM AQUI, PARA QUE ELES SE EXPONHAM E ENXERGUEM DE UMA VEZ POR TODAS.

    A RECUSA JOGARIA PARA AS COSTAS DELES A INTRANSIGÊNCIA PARA O ASSUNTO.
    O ACEITE AO CONVITE, PODERÍAMOS COBRAR, CASO TENHAM, A SOLUÇÃO PARA ESTAS QUESTÕES QUE TANTO OS INCOMODA

    A ATITUDE, PERMITIRIA O CONFRONTO DE IDÉIAS E OPINIÕES, FAZENDO A MÍDIA ENGOLIR NOSSA POSTURA DIANTE DESSE MOVIMENTO QUE USA OS JOGADORES ELITISTAS PARA SEUS OBJETIVOS.

    UM DEBATE SENSACIONAL, SEUS ARGUMENTOS AQUI COLOCADOS, CONTRA A FALTA DE CONHECIMENTO GERAL DO ASSUNTO.

    PODERÍAMOS QUESTIONÁ-LOS PORQUE DESEJAM TANTO INTERFERIR NA ADMINISTRAÇÃO DOS CLUBES, DAS FEDERAÇÕES, DOS CALENDÁRIOS SE, SEQUER, CONSEGUEM RESOLVER O PROBLEMA DE SEU PRÓPRIO SINDICATO, QUE DEVERIA SER O SEU REPRESENTANTE LEGAL NESTAS QUESTÕES.

    IMAGINO A CARA DE TODOS, COM O VASCO ABRINDO AS SUAS PORTAS, PARA CONHECER DE UMA VEZ POR TODAS, QUEM REALMENTE SÃO E O QUE QUEREM.

    SE ALGUÉM DIZ DECLARADAMENTE QUE É SEU INIMIGO, PROCURE SABER PORQUE E, PRINCIPALMENTE, POR QUEM!

    MAIS UMA VEZ PARABÉNS CASACA!

    PC GUEDES

  7. “Mas eu desconfio que boa parte daqueles ex-atletas, atletas e ex-atletas em atividade sequer sabe do que fala. Os que estão por trás deles, uma nova leva de teóricos espertalhões e oportunistas, são os donos do projeto e destes pouco se pode esperar, a não ser o benefício próprio.”
    Taí um bom resumo prá esse movimento(?)que se auto intitula mui modestamente de Bom Senso FC.
    Parabéns João!Mais uma bordunada certeira.

  8. Bela explicação, João.

    Fred, tire a venda dos olhos mas continue com o esparadrapo na boca que é mais negócio.

  9. Estariam eles se esculachando uns aos outros?

    Com os braços cruzados, esparadrapo na cara, fisionomia de zangados, não é que parecem uma múmia mesmo?

    Ainda mais que tem jogador velhinho sem condições de disputar uma partida do campeonato, “muminhas” a ganhar uns trocados para trabalhar como subalternos e escravos dos bilionários da elite do futebol que desejam ganhar muito dinheiro às custas dos outros infelizes?

    Eurico e CASACA, mandem se enterrar em covas rasas e deixar o futebol sadio em paz.

  10. Esses merdas bem remunerados querem resolver do jeito deles a desorganização do futebol brazileiro que existe há décadas.

  11. voltei agora do circo e tô de saco cheio desta arbitragem pró-flamerda!!!!

    e tô de saco cheio deste circo global!!!

    e tô de saco cheio desta DETERMINAÇÃO DE NUNCA UM JOGADOR DO FLAMERDA NÃO PODE SER EXPULSO sozinho!!!! só são expulsos se outro adversário for expulso junto!!!

    TÔ DE SACO CHEIO DE AINDA VER O FLAMERDISTA JORGE RABELO NA DIREÇÃO DA COMISSÃO DE ARBITRAGEM!!! EU QUERO VER ESTE FILHA DA PUTA NO CADAFALSO!!!!

    e tô de saco cheio de ser prejudicado, EU QUERO GANHAR ROUBADO DO FLAMERDA!!!! SABE PORQUE???? PORQUE EU NUNCA GANHEI ROUBADO, EU QUERO BATER NO PEITO E DIZER: EU GANHEI ROUBADO PELO MENOS UMA VEZ DO TIME DA GLOBO!!!!!!!!!!!!!!

    e tô de saco cheio DO CINISMO DA FLAPRESS, QUE ACHAM TUDO NORMAL DEPOIS DE UM JOGO DESSE!!!!

    COMO SÓCIO E COMO TORCEDOR, EU EXIJO DO CLUBE E DO SEU PRESIDENTE A CABEÇA DESTE FILHA DA PUTA DO JORGE RABELO NUMA BANDEJA DE PRATA PORRRAAAAA, EU QUERO UMA PRESSÃO ABSURDA DE BASTIDORES ONDE NO PRIMEIRO MINUTO DE JOGO EU QUERO CARTÃO VERMELHO PRO FLAEMRDA!!! CHEGA, JÁ DEU NO SACO!!!

    VAI TOMA NO CU TIMINHO DA GLOBO E VAI TOMA NO CU TODOS QUE NÃO LUTAM CONTRA ESTE STATUS QUO PRÓ-FLAMERDA!!!!!!!!!

    PARABENS A TORCIDA DO VASCO , EM MENOR NUMERO CALOU A ESCROTA TORCIDINHA DA GLOBO E EMPURROU O TIME COMO PODE, APESAR DAS MUSIQUINHAS DA GDA….

  12. Esse tal de Bom Senso FC, que só tem no seu nome e bojo o bom senso, mas muito pelo contrário defende o interesse corporativista de apenas meia dúzia de ESPERTALHÕES dessa mídia VENDIDA, CORPORATIVISTA, corruPTa, comprometida e são financiados por seus sócios ocultos (até esse detalhe é omitido e muito nebuloso) por parte de quem financiam e bancam os custos desse ONG!

    E são justamente jogadores CHINELINHOS, com mais de 30 anos de idade, praticamente com as suas carreiras em declínio, e visam defender apenas o Status quo de tudo o que está acontecendo porque o que lhes interessam é o atual quadro onde eles pedem uma SALÁRIOS EXORBITANTE, aos clubes que os mantém, querem receberem os sala´rios de forma integral independente se estiver lesionado, ou se está cumprindo uma suspenssão por indisciplina, e pior; não jogam a metade que os jogadores das décadas de 80 e de 90!

    A mídia DESQUALIFICADA esportiva gostam de arrotar que lá na Europa as competições são mais atraentes e rentáveis (Premier League, Bundesliga, Série A Italiano, Liga Espanhola) e a CHAMPIONS LEAGUE, mas quando nós torcedores sugerimos uma divisão de cotas de Tvs IGUALATÁRIA aos clubes Brasileiros nos mesmos moldes ou critérios adotados no Velho Continente fazem a birra é aquela gritaria sempre blindando em benefício a dupla Espanholizada!

    O times Europeus fazem uma pausa de dois meses após a GRANDE FINAL da CHAMPIONS LEAGUE e as definições das Ligas de cada País, os clubes como o Manchester United, Barcelona, Bayern de Munique, Real Madrid, CHelsea nesse período das paradas dessas competições todos os anos já tem uma agenda de excursões a cumprir em um giro pelo Japão, Coréia do Sul e China aqui no Extremo Oriente e nos Estados Unidos da América o BOCA JUNORS faz o mesmo roteiro, tudo para VALORIZAR os seus PRODUTOS e as suas marcas e recebem em dinheiro por jogos agendados nesses Países!

    Tá na hora do VASCO da GAMA fazer o mesmo porque por um lado esse e´um dos caminhos para reforçar os nossos cofres fazendo um giro pelo mundo, com um EXPRESSINHO mesclado com alguns suplentes do time B !

    Deixo aqui a minha sugestão!

  13. Márcio Rezende
    12/04/2015 18h45

    As musiquinhas da GDA se cantadas numa creche faria a criançada dormir um soninho gotoso…

  14. O Bom Senso tem sucesso devido a onda elitista e reacionária que vislumbra no país. Hoje tinha uma “pobre coitado” protestando em São Paulo ou no Rio pelo fato que a 6 meses não vai ao Fasano, sofisticado restaurante dos burguesotes que peidam cheiroso. O Bom Senso é uma elite de jogadores milionários, em fim de carreira, que querem ser dá bem em cima dos clubes, como sempre. Os mesmos oportunistas de sempre. São os coveiros do futebol brasileiro com toda a vaidade e viadagem que tem contaminado os jogadores brasileiros. São a versão dos cantores caipiras que vendem sertanejo com suas roupas ridículas, a ostentação de riqueza, seu óculos e relógios de coleção e seus carros importados. Fúteis e inúteis e foram os atores da tragédia dos 7 x 1. Que destruiu a imagem do futebol brasileiro.

    João, tacalhe o pau mesmo!

    Domingo que vem vamos ganhar esses mulambos, porra!

  15. Parabéns pela coluna, o VASCO deve vir a público defender tudo isso q vc falou, isso é a maior verdade e todos escondem isso do público

  16. Perfeito o artigo assim como os comentários.

    1- Eles reclamam que os estaduais não despertam interesse, mas querem sair deles e deixar os clubes menores lá, sem nem o atrativo de jogar contra os de maior torcida e acham que isso por si só vai gerar interesse de alguém?

    2- A TV não quer mostrar. E fala de profissionalismo, mas também não quer mostrar um clássico do Red Bull Brasil x Audax. Ponto final. Ela quer mostrar o filé, que NÃO É o futebol brasileiro. Mas sim a exceção dele. E que cá entre nós também é bizarro.

    3- Todo mundo esquece de um detalhe: o problema do futebol no Brasil é o mesmo que qualquer outro problema nesse país: somos um país emergente, fraco com pouplação sem recursos. Os 5 titulos da seleção, que é uma outra história diferente do futebol jogado dentro do território nacional, confunde. Faz parecer que com meia dúzia de medidas tudo seria resolvido e que o Brasil é o país do futebol. Não é. O interesse do brasileiro no futebol é baixo, talvez pelo custo. Mesmo que houvesse muita real vontade de desenvolver seria dificil.

  17. Caro João:

    Acredito que tal coluna/nota foi produzida pelos acontecimentos recentes. Porém, estes só ajudaram a colocar em pauta aqui no Casaca! um assunto que já não era sem tempo ser falado.

    Muito importante e elucidativa esta coluna. E que se lembrem dos resultados destas manobras travestidas de profissionalização nas últimas copas do mundo, alcançando seu ápice no monstruoso 7×1 que a Seleção tomou da Alemanha, sem contestações.

    Parabéns e grande abraço.

  18. Excelente, Nobre João!

    O que está por trás desses tal de “Bom Senso” é meia dúzia de “empresários” e alguns ex-jogadores, como esse babaquinha desse Paulo André, que apenas querem ganhar dinheiro e mais nada.
    Se os atletas de clubes pequenos vão jogar futebol e depois trabalharem de balconistas em padarias, para complementarem suas rendas, pouco importa para essa merda de “Bom Senso”.
    Se existem atletas desempregados e passando necessidades, para eles, “Bom Senso”, foda-se! Pois, o dele$$$$ está mais do que garantido.

  19. Bom senso deveria cuidar de melhorar o produto dele que é o futebol. Numa época em que todos os bons campeonatos são transmitidos para o Brasil fica evidente a falta de intensidade com que nós jogamos, numa partida temos, no mínimo, 10 paralisações por simulação de contusão (até por ordem do banco) e os caras, todos ex jogadores ricos, procurando emprego, fazendo pedidos de mais direitos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *