Arquivo da categoria: Turma do Ódio

Não enganam mais ninguém

 

Comentários dos profissionais da Rádio Tupi sobre a claque política minutos após a queda de luz em São Januário nesta sábado:

André Marques – “Tá muito devagar a volta dos refletores. Vamos torcer pra esse processo acelerar, até pra arquibancada se tranquilizar né, deixar um pouquinho esse problema político de lado, esse problema politico eterno do Vasco de lado, e focar no campo, focar no jogo.”

Odilon Junior – “Fala ai Wellington…”

Wellington Campos – “Pra mim é encomendado esse negócio né…”

Odilon Junior – “Com certeza que é cara. Não tenho dúvida disso…”

Clique no player abaixo e ouça:

https://casaca.com.br/site/wp-content/uploads/2017/06/tupi.mp3?_=1

Casaca!

Os Corvos

 

Como pode alguém que geriu e liquidou com o departamento de esportes da Rádio Globo, saindo pela porta dos fundos, tentar desqualificar um trabalho recém-começado no departamento de futebol do Vasco?

Gilmar Ferreira, na vã tentativa de atingir o Presidente Eurico Miranda, ataca o seu filho, Vice-Presidente de Futebol do clube. Não se conforma com a verdadeira virada aqui promovida: a gestão apoiada por este senhor deixou o Vasco em situação pré-falimentar. Em dois anos, contudo, já é possível enxergar o horizonte, investir com extremo sacrifício e arriscar na montagem de uma equipe de futebol competitiva.

Tudo isso apesar da insistência de figuras que se dizem amigas do Vasco, mas que procuram atletas e seus empresários a fim de convencê-los a não assinar com o clube. Nada que não se supere, mas é bom que os vascaínos tenham conhecimento de onde esta gente pode chegar para alcançar seus objetivos obscuros.

A temporada não começou, há negociações em curso que envolvem muita gente e grandes quantias, negociações complexas que não se resolvem em 24 ou 48 horas, mas a plantação de factóides sobre uma suposta contrariedade do elenco e do “mercado” com o recém-nomeado Vice de futebol foi exposta no pequeno espaço que restou ao referido jornalista após a sua demissão de outros veículos.

Os jogadores e o “mercado” sabem, contudo, que o Vasco paga em dia e oferece estrutura para seus profissionais. A dificuldade para contratar é a mesma dos outros 11 grandes clubes do Brasil, apesar de não se ter hoje o mesmo poderio financeiro graças também ao crime de lesa-Vasco promovido pela gestão que o referido “profissional” apoiou até quando pôde em seis anos e cinco meses (julho de 2008 a dezembro de 2014), a mesma que assinou o pior contrato de TV da história do Vasco, que trouxe evidentes consequências para as demais receitas do clube. Sem falar no oceano de dívidas herdado.

Desconsideramos, portanto, notas redigidas com penas de corvos, vã tentativa de tumultuar ambientes, teses cuspidas no afã do “quanto pior melhor”, rastejos de politicagem barata. Desqualifiquemos gente que se une a ex-atletas e ex-candidatos da política do Vasco para tentar que o clube não se reforce, pois não merece credibilidade. Desclassifiquemos aqueles que utilizam seus espaços para elogios ou críticas, independentemente dos fatos e da real qualidade das pessoas, pois não merece credibilidade.

Apesar dos métodos deles, apesar do que tentam espalhar no mercado, apesar de se ter que lidar com anti-vascaínos, apesar da inconformidade com a diferença abissal entre a situação financeira encontrada em novembro de 2014 e a situação atual, que demonstra a responsabilidade e a eficiência com as quais o clube foi gerido de lá para cá, o Vasco atingirá seus objetivos em 2017. Em breve, teremos novidades. Em breve, os corvos se calarão, pois não lhes restará opção.

CASACA!

Ostracismo do Mal

Esperando por uma derrota do Vasco na partida de ontem, um esquecido compositor publicou um texto no jornal O Globo intitulado Charutos do Mal. Neste, destilou rancor e ódio não por alguém, mas pelo clube com o qual alega simpatizar. O desejo pela derrota era nítido pelo seu indisfarçável hábito de torcer contra a depender de quem está à frente da Instituição e, também, pela esperança de que o seu texto pudesse se tornar um hino ao caos, quem sabe fazendo com que alguém se lembrasse de sua existência.

O ostracismo excita as vísceras, mas, neste caso, deu em água. Quer dizer: não exatamente em água. Como destilar é com ele mesmo, não se sabe ao certo em que dimensão estava quando foi baforado pela inspiração idiota. A ressaca veio com mais uma vitória do Vasco sobre o Flamengo no final do dia.

O desfile de rancor parvo começou com o seguinte: “Hoje (…) vou falar do Vasco. Não que o clube tenha atualmente alguma importância…”. Deve ser trágico iniciar um artigo que precisa preencher um espaço com 4 mil caracteres e ali pelo vigésimo descobrir que tudo já foi dito. Sim, pois o que veio depois apenas reforçou a ideia de que o autor tinha apenas a intenção de latir.

Nada como o ódio para cegar e, por vezes, colocar por terra uma trajetória quase respeitável. Ou seria uma farsa?

Em um destes latidos proferidos pelo poeta esquecido, pode-se pinçar uma provável contradição: ao passo em que se fez notar por composições em que ressalta a raça negra, esqueceu-se de si e cravou que Celso Roth, quando treinador do Internacional de Porto Alegre, perdeu um Mundial sendo derrotado por “um time de africanos que entrou de arco e alijava de flechas em campo” e cujo goleiro se valia de “uma zarabatana para furar as bolas”. Seria esta uma alusão ao atraso do continente negro? Pode ser que estes africanos atrasados sejam os mesmos que renderam ao compositor algumas boladas por versos bem escritos homenageando-os, mas, definitivamente, rancor e criação não deveriam andar juntos, sob pena de se confundirem em mentes que podem ser tão brilhantes quanto patéticas ao mesmo tempo.

O mestre-sala dos mares aponta as paranoias de seus desafetos, mas tem a sua própria: chama-se Eurico Miranda. Por isso, resolveu atacar Roth. Por isso, diz que seu pai faleceu no dia seguinte de uma conquista do Vasco e que teve sorte por não ver o que veio depois com Eurico. Deve ter morrido jovem, talvez em 1977, último título antes da paranoia particular de seu filho passar a resolver tudo no clube.

Entre latidos e babadas, enquanto vai mofando entre o torresmo e a moela, a tarde de domingo cai como um viaduto e traz as agruras de um resultado inesperado pelo Kid Cavaquinho, fora de seus planos, fora de seus prognósticos de agouro. O tempo bate na porta da frente para avisar que torcedores e simpatizantes deste naipe devem passar longe do Vasco. Ou melhor, se manter longe. Não pelo bem do Vasco, que tem uma História incapaz de ser modificada ao bel prazer de paspalhos magoados, História que resiste ao rancor de meretrício exposto em textos sem pé, cabeça e uma pitada, sequer, de verdade. Mas pelo bem do próprio autor, que deveria procurar canais mais apropriados para vazar suas paranoias e pesadelos causados pelo titular da Charutos & Suspensórios, enquanto aguarda a próxima dose.

CASACA!