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Aconteceu em 07 de abril – Vasco goleia Bangu por 9×1 com 5 gols de Russinho, na estréia do Carioca de 1929

 

No dia 7 de abril de 1929, o Vasco estreava no campeonato carioca de 1929 (AMEA) com uma goleada impiedosa sobre o Bangu – a maior imposta sobre o clube da zona oeste. Foi apenas a 1ª das 15 vitórias conquistadas por aquela equipe, que perdeu apenas 1 dos 23 jogos que disputou. O Vasco acabou se sagrando campeão naquele ano em uma melhor de três contra o America Foot-Ball Club, após dois empates (0 X 0 e 1 X 1) e uma espetacular vitória de 5 a 0 no terceiro e último jogo realizado no dia 24/11/1929.

A capa do jornal “O Globo” do dia seguinte, destacava as estreias vencedoras daquele certame:

“As primeiras victorias do campeonato couberam ao América, Andarahy, Vasco da Gama e Botafogo”

 

Os gols deste jogo foram marcados por Russinho(5), Santana, Fausto, Mário Matos e Espanhol.

Assim descreveu a estréia cruzmaltina o jornal “O Globo” do dia seguinte:

“O Vasco vencendo o Bangu, obteve a maior contagem do dia

Vencendo a poeira asphixiante das ruas que circundam o magestoso estadium  de São Januário, uma assistencia bem maior na parte das geraes e no privativo social, que mesmo nas archibancadas, assistiu ao jogo official de campeonato entre as representações do Vasco da Gama local e do Bangu, o sempre temido conjunto suburbano.”

A curiosidade fica pelo pontapé inicial da segunda etapa, que deveria ser realizado pelos banguenses, mas acabou sendo feito novamente pelo Vasco. Neste momento o Vasco já vencia a peleja por 5 x 0.

O jornal cita o fato com bom humor:

“O periodo final que devia ser iniciado pelos alvi-rubros, foi, porém, pelos vascaínos. É que aquelles, talvez por cansaço de tantas saídas, concederam novo kick-off a Moacyr…”

Outras vitórias do Vasco em  07 de abril:

Vasco 2 x 1 São Paulo (Torneio Rio-SP 1965)

Madureira 2 x 3 Vasco (Carioca 1996)

Friburguense 0 x 3 Vasco (Carioca 1998)

Vasco 5 x 1 Bangu (Torneio Rio-SP 2002)

Vasco 2 x 1 Friburguense (Carioca 2013)

Aconteceu em 06 de abril – Há 58 anos, Vasco goleava Portuguesa por 5×1 e conquistava o Torneio Rio-SP de 1958

No dia 06 de abril de 1958, o Vasco sagrava-se pela primeira vez campeão do Torneio Rio-São Paulo. O adversário do jogo que valeu o título, foi a Portuguesa de Desportos que havia superado o Vasco em 1952, em dois jogos extras, se sagrando campeã naquele ano. Mas a tão esperada revanche havia chegado e o Vasco impiedosamente goleou a Lusa em pleno Pacaembu pelo placar de 5 x 1.

O Torneio Rio-SP naquela época era uma competição de suma importância para o futebol brasileiro, já que pelo fato do país não ter um campeonato nacional, era o  que envolvia os principais clubes nacionais. Era um título cobiçado, e todos entravam nessa competição com força máxima. Porém, nem mesmo o Expresso da Vitória conseguiu conquista-lo, até que o cruzmaltino colocou Gradim, velho conhecido jogador do Vasco da Gama, como treinador do Club.

Logo na estréia, um revés por 4 x 2 diante do Palmeiras de Waldemar Fiúme ,o “pai da bola”, após estar vencendo a partida por 2 x 0. Porém, o Vasco soube lidar com a derrota traumática na estréia e emplacou 6 vitórias seguidas contra Corinthians, São Paulo, Fluminense, América, Santos e Botafogo, com destaque a goleada de 6 x 1 sobre o Fluminense onde Vavá marcou 4 vezes. Essa sequência foi parada pelo Flamengo, cujo resultado ficou no 1 x 1, mas no último e mais importante jogo, o Vasco precisava apenas empatar com a Portuguesa do ex-jogador do Vasco Ipojucan e do ex-treinador Flávio Costa.

O que se viu no Pacaembu foi um verdadeiro passeio do Gigante da Colina, ao golear a Lusa por 5 x 1, com direito a show de Almir Pernambuquinho, autor de 3 gols, sagrando-se assim, campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1958, fato que viria acontecer mais duas vezes, em 1966 e 1999.

 

Assim descreveu esta data histórica o jornal “O Globo” do dia seguinte, na sua edição matutina:

A emoção que se apossou do vice-presidente Jaime Alves, moço e dinâmico diretor do Vasco da Gama, foi traduzida pelas lágrimas nos seus olhos. O dirigente cruzmaltino mal podia falar, abraçado com Gradim e recebendo os parabéns dos seus atletas e admiradores. Com multa dificuldade, aproximamo-nos do chefe da delegação do Vasco e foram essas as suas palavras:

— É um dia de felicidade para mim… Estreando numa diretoria de um clube do quilate do Vasco da Gama, recebi o duro encargo de dirigir a delegação do meu quadro, nos jogos mais difíceis, principalmente porque a diretoria que passou, deixou o Vasco numa situação excelente, neste Rio-São Paulo o nós tivemos que seguir a marcha…

— E o jogo de hoje?

— Um espetáculo. O Vasco fez por merecer a vitória e, principalmente, o título máximo. Numa decisão, quando se sabe que um quadro tem que ficar nervoso, o meu Vasco atirou-se à luta, resolutamente e o resultado foi este 5 x l. Parabéns ao atletas do meu quadro e a este fabuloso Gradim.

E na edição vespertina, continua narrando a glória conquistada:

Derrotando hoje a Portuguesa de Desportos, no Estádio do Pacaembu, pela expressiva contagem de cinco tentos a dois, o Vasco da Gama conquistou, de forma aliás muito merecida, o título de campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1958. Não foi tarefa difícil para o clube da Cruz de Malta sobrepujar o clube da Cruz de Aviz. A alta categoria da equipe cruzmaltina superou, com nítida vantagem, a agressividade e o elevado espírito de luta dos lusos bandeirantes, cujo quadro, em conjunta, deixou multo a desejar, falhando muito e facilitando, inclusive, a ação desenvolvida pelos seus adversários, que puderam trabalhar à vontade e predominar amplamente em todos os setores do campo.

Mais positivo e prático, o Vasco

O Vasco da Gama apresentou-se em magnífica forma para a partida decisiva que disputaria com a Portuguesa do Desportos. Estando em jogo a conquista do título do certame interestadual, em cujo desenrolar o quadro vascaíno cumpriu excepcional campanha, apenas perdendo urna vez, na sua peleja de estréia, diante do Palmeiras, pela contagem de quatro a dois, e empatando também apenas uma vez, diante do Flamengo, na “peleja dos milhões”, tratou o “onze” guanabarino de empenhar-se com o maior ardor e denodo no sentido de liquidar desde logo as possíveis ilusões da Portuguesa, desenvolvendo uma atividade intensa que foi suficiente para desfazer as esperanças daqueles que contavam com a possibilidade de uma surpresa por parte dos lusos.

Outros jogos do Vasco em 6 de abril:

Vasco 2 x 1 Bangu (Carioca 1930)

Vasco 2 x 0 São Cristovão (Carioca 1968)

Vasco 4 x 0 Campo Grande (Carioca 1977)

Vasco 6 x 4 Goiás (Brasileiro 2003)

Vasco 2 x 1 ABC (Copa do Brasil 2011)

 

Aconteceu em 05 de abril – Vasco vence o Peñarol por 2×1 em São Januário pela Taça Libertadores 2001

“Gol toda hora! É com Viola!” O atacante vascaíno fez jus ao canto da torcida na noite de 05 de abril de 2001.

Com dois gols dele, o Vasco superou o Peñarol, em São Januário e manteve os 100% de aproveitamento na Libertadores.

Foi nesta edição que o cruzmaltino conquistou alguns recordes:

  • 1º clube a vencer todos os jogos da fase de grupos (este feito só veio a ser igualado pelo Santos em 2007 e Boca Jrs em 2015)
  • Maior número de vitórias consecutivas em uma só edição ( 8 jogos )

Ficha do jogo:

Vasco Da Gama 2 x 1 Peñarol (URU) | Taça Libertadores Da América 2001
Local : Estádio De São Januário (Rio De Janeiro – RJ)
Arbitro : Hector Baldassi
Gols : Viola (Vasco 14/1ºT), Giacomazzi (Peñarol 41/2ºT) e Viola (Vasco 46/2ºT)

Vasco – Hélton,Maricá,Géder,Alexandre Torres,Jorginho Paulista,Nasa,Jorginho,Pedrinho (Paulo Miranda),Juninho Paulista,Viola e Romário. Técnico : Joel Santana

Peñarol – Berbi, Pilipauskas, De Los Santos, Bezera, Ruben Dos Santos, Giacomazi, Serafin Garcia, Rotundo (Romero), Canobbio (Cesaro), Cedres e Franco (Pintos). Técnico : Júlio César Ribas

Fonte: Jornal O Globo

Outros jogos do Vasco em 05 de abril

Vasco 4 x 0 Bangu (Carioca 2009)

Aconteceu em 4 de abril – Vasco goleia o Santos de Pelé por 3×0 pelo Torneio Rio-SP de 1965

 

No dia 4 de abril de 1965, o Vasco impunha uma goleada sobre o poderoso Santos de Pelé, numa tarde de domingo no Maracanã, diante de 42 mil torcedores.

Os 3 gols cruzmaltinos foram marcados nos 15 minutos finais da partida, por Luizinho e Mário (2).

Assim descreveu o jogo o jornal “O Globo” de 05 de abril de 1965 na sua edição matutina:

“Foi sem dúvida uma grande vitória a que o Vasco da Gama alcançou na tarde de ontem sobre o Santos FC, em disputa do torneio Rio-São Paulo. É bem verdade que o quadro paulista não apresentou. a sua força total, aparecendo em campo sem Gilmar, sem Haroldo, sem Zito, sem Coutinho e sem Pepe, mas esse detalhe não serve para deslustrar os méritos do triunfo. Primeiramente porque jogou Pelé e todo mundo costuma dizer que o Santos é Pelé FC ou “quem tem Pelé tem tudo”. Depois porque o domínio territorial do Vasco foi tão amplo, tão absoluto, que o placar final de 3×0 não chegou a traduzir exatamente o panorama da luta. O empate de 0x0 no primeiro tempo, então, foi completamente injusto para com os cruzmaltinos, que mereciam ter marcado uns dois ou três tentos nessa fase. Mas além de alguns tiros destorcidos e uma sensacional defesa de Laércio, desviando de tapa. para “conter”, uma bomba de Lorico, as traves se incumbiram de salvar por três vezes o reduto santista, com Laércio batido sem apelação.”

Antes do jogo, Pelé, um dos mais famosos torcedores do Vasco, recebeu uma homenagem da diretoria vascaína, através do presidente Manuel Joaquim Lopes:

Abaixo, a ficha do jogo, com os quadros das duas equipes, renda, público e gols:

Nesta mesma edição do jornal “O Globo”, foi publicada uma paródia pela goleada sofrida pelo rival rubro-negro no dia anterior (sábado), no mesmo Maracanã, por 4×1 diante do Palmeiras.

Nela também dizem que o placar moral das duas partidas deveria ser Vasco 5 x 0 Santos (“Derrubaram a coroa do rei” diz o jornal sobre o baile vascaíno) e Palmeiras 5 x 0 no eterno freguês da Gávea:

 

Outros jogos do Vasco em 4 de abril:

Vasco 5 x 0 Vila Isabel (Carioca 1926)

Palmeiras 2 x 3 Vasco (Torneio Rio-SP 1964)

Vasco 1 x 0 Itaperuna (Carioca 1996)

Vasco 2 x 1 Fluminense (Carioca 2004)

Vasco 4 x 3 Duque de Caxias (Carioca 2010)

Há 22 anos, Vasco goleava o Flu e conquistava a Taça Guanabara de 1994

No dia 03 de abril de 1994, há 22 anos, o Vasco conquistava sua 8ª Taça Guanabara impondo uma goleada de 4×1 sobre o freguês das Laranjeiras. Os gols foram de Valdir (2), Yan e Pimentel.

A imprensa à época destacava a enorme prevalência da equipe cruzmaltina perante seus adversários:

O Vasco ganhou com sobras a Taça Guanabara. Sem muito esforço, sua equipe goleou ontem a do Fluminense por 4 a 1 e poderia ter marcado muitos mais, tal a sua superioridade (…) Pelo o que o Vasco mostrou no Maracanã — futebol objetivo, envolvente e veloz — entrará no quadrangular final do Campeonato Estadual com amplo favoritismo.”

Valdir, Dener, William e Ricardo Rocha foram alguns dos protagonistas daquela conquista e mereceram destaque nas matéria pós-jogo:

Aquela equipe tinha bons jogadores em todas as posições e craques que desequilibravam, o que explica o fato de receberem boas notas em quase sua totalidade:

Outros jogos do Vasco em 03 de abril:

Vasco 2 x 0 Palmeiras-RJ (Carioca – 2ª Divisão 1921)

Portuguesa de Desportos-SP 0 x 5 Vasco (Torneio Rio-SP 1960)

Portuguesa 0 x 3 Vasco (Carioca 1968)

Vasco 6 x 0 Bangu (Carioca 1977)

Vasco 2 x 0 Vitória (Brasileiro 1980)

Vasco 2 x 0 Chivas Guadalajara-MEX (Libertadores 1998)

Vasco 4 x 0 CSA (Copa do Brasil 2002)

Vasco 2 x 1 Bragantino (Copa do Brasil 2008)

Vasco 4 x 0 Bangu (Carioca 2011)

Alianza-PER 1 x 2 Vasco (Libertadores 2012)

Juniores: Vasco recebe Fluminense neste sábado às 15h no 1º jogo da semi da Taça Guanabara

Rafael França durante treinamento do sub-20- Foto: Carlos Gregório Jr-Vasco.com.br

A briga por uma das vagas para a decisão da Taça Guanabara sub-20 começa neste sábado (02/04). Em São Januário, às 15 horas, Vasco e Fluminense duelam no primeiro jogo da semifinal. Na fase de classificação, o Tricolor fez uma campanha superior devido ao critério saldo de gols e, justamente por isso, jogará por dois empates nessa fase da competição.

Sem perder há quatro jogos, o Gigante da Colina aposta na força do seu conjunto para superar o time da Zona Sul. O treinador Rodney Gonçalves mandará a campo praticamente a mesma equipe das últimas rodadas. Andrey, lesionado, está fora. Seu substituto será Rafael França, volante que começou jogando nos dois jogos passados. Feliz com a chance de atuar numa partida decisiva, o jovem detalhou a preparação.

– Sempre nos preparamos para a vitória, mas sabemos que será um confronto disputado por se tratar de uma excelente equipe. Estamos cientes das dificuldades e prontos para resolver essa partida no detalhe. A preparação se manteve a mesma, pois estamos tendo uma regularidade boa no campeonato. Os últimos dias foram de ajustes. Temos que estar ligados em todos os momento da partida. Decisão exige isso – afirmou.

Integrante da vitoriosa geração 98, Rafael França, de 18 anos, recebeu suas primeiras oportunidades no sub-20 em 2015, durante o Torneio OPG, mas apenas nesse Campeonato Carioca tem tido uma sequência entre os 11 iniciais. Feliz com o bom momento, o volante fez questão de exaltar a união do elenco júnior.

– Felicidade é uma palavra que resume o meu momento. Estou contente por ver o êxito do meu trabalho. Isso é muito bom. O Vasco está de parabéns por pensar em formar atletas em todas as esferas. Nosso ambiente é muito bom, até porque esse grupo tem a característica de abraçar a todos. Não foi diferente comigo. Essa união será um diferencial para nós – declarou Rafael França.

Vasco e Fluminense se enfrentaram uma única vez na atual temporada. Na fase de classificação do primeiro turno, o Tricolor venceu o Cruzmaltino por 2 a 1 nas Laranjeiras. O gol do triunfo saiu no último minuto. O clássico deste sábado (02) será transmitido em tempo real pelo Twiter Oficial do Gigante da Colina.

Fonte: Site oficial do Vasco

Aconteceu em 2 de abril: Vasco vence Fluminense por 3×2 pelo Carioca de 2000

 

Em jogo válido pela Taça Guanabara de 2000, o Vasco venceu o Fluminense por 3 x 2 diante de 47 mil torcedores, no dia em que o atleta Edmundo completava 29 anos e marcava seu 100º gol com a camisa do Vasco.  Já o “baixinho”, marcava seu 8º gol no certame, se isolando na artilharia. Assim a imprensa descreveu o jogo à época:

A CORTE MAIS PERTO DA TAÇA
Vasco derrota Flu e, se vencer Botafogo no domingo, ficará a um passo do título

Edmundo completou 29 anos ontem e teve o presente de aniversário que pediu. Mas a festa da corte vascaína no Maracanã terminou em forma de alívio. Depois de marcar três gols no primeiro tempo, jogando de forma arrasadora, o Vasco quase deixou o Fluminense embolar a briga pelo título da Taça Guanabara. No final do clássico, a vitória apertada por 3 a 2 manteve o time de Abel Braga na liderança isolada do Campeonato Estadual, agora com 18 pontos. Se vencer o clássico do próximo domingo, contra o vice-líder Botafogo, o Vasco ficará próximo da conquista do turno.

— Que esse jogo sirva de aviso e o time tenha atenção até o fim daqui para frente —alertou o zagueiro Mauro Galvão.

A torcida tricolor teve duas surpresas na entrada do time em campo. A primeira delas, desagradável, foi a ausência de Agnaldo, vetado por causa de problemas intestinais. Em seu lugar entrou Roberto Brum, com Roger jogando no ataque. Já a outra teve a ver com o novo visual de Magno Alves, que pintou o cabelo de amarelo para afastar a má fase.

Com Pedrinho inspirado e criando boas jogadas, o Vasco aos poucos começou a dominar a partida. E abriu o placar aos 21 minutos. Edmundo driblou Régis pela direita e cruzou rasteiro. Para evitar a conclusão de Romário, Luciano tocou na bola e marcou contra.

O gol deu tranqüilidade ao time de Abel Braga, que continuava tendo facilidade para chegar à área tricolor. E numa bela jogada, aos 33, marcou o segundo gol. Edmundo tocou para Pedrinho, que deu de calcanhar para Romário. O atacante passou por Paulo César e chutou sem força. Zetti caiu mal e a bola entrou. Foi o oitavo gol do príncipe vascaíno, que reina absoluto na artilharia do Estadual.

 

Depois do príncipe, o bobo (como Romário classificou Edmundo após o jogo contra o Olaria) deixou sua marca e chegou a cem gols com a camisa do Vasco. Aos 41, Jorginho cruzou da direita e Zetti falhou ao dar um tapinha na bola para o melo da área. Edmundo agradeceu e completou de primeira:

— Meu maior presente é ver o Vasco continuar na liderança — disse o craque.

O Fluminense voltou para o segundo tempo acreditando no milagre e se lançou ao ataque.  A vibração do time de Espinosa contrastava com o desinteresse do Vasco, que parecia já estar certo da vitória. Certeza que aumentava a cada chance desperdiçada por Magno Alves. A tintura no cabelo não foi suficiente para o atacante quebrar seu jejum de oito jogos sem gols. E ontem, ele esteve pelo menos três vezes à frente de Helton mas não marcou.

O Vasco inexplicavelmente dava espaços em sua defesa mas o Fluminense não aproveitava Percebendo o perigo adversário rondando sua área, Abel mexeu no time. Por cansaço ou lesões, teve de tirar alguns dos jogadores que se destacavam, como Pedrinho, Felipe e Jorginho. Em seus lugares, os burocráticos Alex Oliveira, Fabiano Eller e Rogério.

Helton vinha tendo uma excelente atuação até os 34 minutos, quando deixou a bola escapar de suas mãos e Régis completou, marcando o primeiro gol tricolor.

Para provocar o rival, a torcida do Vasco comemorou o gol tricolor e pediu mais. Com a colaboração de Odvan, que cometeu um pênalti em Roger, o estranho pedido foi atendido aos 38. O atacante tricolor cobrou e calou o lado vascaíno da arquibancada.

Até o apito final, o Vasco viveu momentos de apreensão. O Fluminense pressionou mas, para desespero de alvinegros e rubro-negros, não conseguiu o gol de empate. Sustos à par-te, a festa de Edmundo estava completa.

Outros jogos do Vasco na data de 02 de abril:

São Cristóvão 0 x 1 Vasco (Carioca 1939)

Vasco 4 x 2 Madureira (Carioca 1975)

Vasco 3 x 2 Galícia (Brasileiro 1981)

Volta Redonda 0 x 2 Vasco (Carioca 1988)

Vasco 2 x 1 Volta Redonda (Carioca 2001)

Fontes: Futpédia, Jornal O Globo e Youtube

Aconteceu em 1º de abril: Vasco estréia no Carioca de 1934 com vitória sobre o América

 

Os “camisas pretas” começaram bem a caminhada rumo ao título Carioca de 1934 pela LCF na data de 1º de abril de 1934, há exatos 82 anos, vencendo o América por 2 x 1. A imprensa descreveu como uma “peleja prodiga em lances de emoção”, conforme matéria abaixo do Jornal O Globo do dia seguinte, em sua edição vespertina: 

O jornal também registrou o atleta vascaíno Arresi confraternizando com um pequeno torcedor após o jogo. E assim descreveu a festa após a vitória: 

Quando sôou o apito final, a multidão invadiu a cancha para carregar os jogadores em triumpho. E Gradim, Leonidas, Domingos, Fausto, Russo appareceram nos braços dos torcedores possuídos pelo delírio do enthusiasmo. O que se observou na cancha do Vasco depois do triumpho foi indescritível também o enthusiasmo no vestiario. O Sr. Victor de Moraes tinha os olhos vermelhos e inchados. Abraçou Domingos e foi abraçar Fausto, que lavava o rosto e estava ensopado de água de suor.

“Vou molhar-lhe a roupa”.

“Não faz mal” – respondeu o presidente do Vasco. “Você merece um abraço”.

Diretores e sócios corriam pelo vestiário e dormitório. As escadas estavam cheias e os jogadores desfilavam distribuindo abraços.

O treinador Welfare falou sobre sua equipe e o adversário:

— “Não” — disse Welfare — “eu não me impressionara com os planos de ataque do meu adversário. E não me impressionei por um
motivo: quando um technico confia na classe do seu team, sabe que o adversario tem de adaptar-se ao seu jogo. E foi isso
que eu disse aos jogadores do Vasco.”

— “Que lhes disse você ?”

— “Poucas palavras. Não sou orador” accrescentou, rindo. “Mas lhes lembrei que o Vasco tinha jogado contra muitos teams
internacionaes. E Com um saldo immenso seu favor. Disse-lhes mais que Jogassem de accordo com as circunstancias.”

“0 America procurará utilisar-se de padrão. Mas o Vasco vae obrigar-lhe a modificar o jogo, a actuar para defender-se dos
camisas pretas”.

“E foi isso o que houve. Não me causou surpresa. Esperava por Isso mesmo.”

IMPONDO AS SUAS CARACTERÍSTICAS

— Bastava que o team controlasse os nervos. O Vasco principiou com certo nervosismo. E com Fausto sucedeu um facto
interessante: sexta-feira e sabbado soffreu terrível dor de dentes. Poderia constituir um ponto de interrogação, e foi uma
das grandes figuras da “cancha”. Felicitei-o por causa disso.

“O America não podia obrigar o Vasco a adaptar-se a seu jogo. Faltava-lhe conjunto. Os argentinos ainda não se
acclimataram. Não houve tempo para que os rubros formassem conjunto. Além disso, o ponto alto do América era a linha
atacante. E a defesa do Vasco é solida, como o provou, a tal ponto que Rey não praticou tres defesas durante o match. O
match não me atemorizava Eu sabia que o Vasco Ia actuar melhor do que das outras vezes.

0 CASO DO PADRÃO

— O América teve um arqueiro em um dia excepcional.,Walter em tres ou quatro occasiões salvou o arco dos rubros de quedas
imminentes. Outro elemento que me Impressionou bem foi o half Arresi. Um pouco violento, mas com bastante recursos.
Principiou estranhando a “cancha”, os companheiros tambem. Mas depois se firmou e foi um ponto alto do team.
O equilibrio caie houve no match foi apenas de acções. Realmente, o Vasco dominou. Walter praticou mais de vinte defesas e
o corner foi utilizado como recurso varias vezes. O trabalho do trio atacante do Vasco agradou-me. E o segundo goal foi um
trabalho limpo do trio atacante. A bola tocou em Russo, Gradim e Leonidas. Russo tambem podia fazer o goal. Mas revelou
desambição entregando a bola a Gradim. Foi uma grande victoria, a do Vasco. Uma victoria que eu já esperava. Os jogadores
cumpriram as Instrucções dadas. Jogaram como deviam jogar, sem se preoccupar com o jogo do adversario, impondo as suas
características de ataque e de defesa. O America não applicou padrão, nem podia applicalo.

Por fim, em pequena nota, destaca-se o início promissor daquela equipe que viria a ser campeã carioca daquele ano:

Outros jogos do Vasco em 1º de abril:

Fluminense-NF 0 x 3 Vasco (Carioca Especial 1979)

Vasco 3 x 0 Itaperuna (Carioca 1987)

Casaca !

Aconteceu em 31 de março: Pelo Carioca de 1990, Vasco vence Itaperuna de virada

 

Dando início a um projeto que visa relembrar resultados históricos do Vasco ocorridos em todos os dias do ano, começamos com a data de 31 de março de 1990, quando o Vasco venceu o Itaperuna por 3 x 1 fora de casa, em partida válida pelo Estadual daquele ano. Neste jogo Roberto marcou seu último gol pelo Vasco antes de ir para o Campo Grande:

“Vasco leva susto, mas reage e vence Itaperuna por 3 a 1

A viagem da seleção brasileira a Londres para o jogo com a Inglaterra quase prejudica o Vasco. Sem poder contar com Bebeto, contundido, e com Acácio, que sentiu o efeito da viagem e alegou cansaço, o time ainda teve ainda dois jogadores abaixo de suas condições físicas: Mazinho e Bismarck.

Por tudo isso tomou um susto: levou o primeiro gol do Itaperuna no jogo de ontem, em Itaperuna, mas reagiu e venceu por 3 a 1. Beneficiado pelas circunstâncias, o Itaperuna partiu logo para a ofensiva. Com 5 minutos, abriu o placar: gol do zagueiro Jair escorando de cabeça um córner cobrado por Douglas. Mas, mesmo jogando mal, o Vasco empatou aos 36 minutos, com um gol de Boiadeiro.  E, no segundo tempo, atuando um pouco melhor, chegou à vitória por 3 a 1: gols de Tita, aos 4 minutos, e Roberto, aos 36.

ITAPERUNA Chicão, Cláudio Gomes, Zé Carlos, Jair e Ronaldo; Cacaio, Agnaldo (Roberto Potiguar) e Alcer; Douglas (Júlio César) Alexandre e Pestana.

VASCO — Acácio, Luís Carlos, Célio, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Marco António Boiadeiro e Tita; Vivinho (Tato) Roberto e Bismarck.

JUIZ — Antonio Renê Amaral, auxiliado por Vânder José de Carvalho e Sebastião Cury.

CARTOES AMARELOS — Célio, Cláudio Gomes, Jair e Ronaldo.

RENDA — Cr$ 555,10,00, com  5.271 pagantes. ”

Outros jogos do Vasco em 31 de março:

Vasco 1 x 0 Wanderers-URU (Amistoso 1928)

Vasco 2 x 1 Botafogo (Torneio Relâmpago 1945)

Vasco 1 x 0 Fluminense (Torneio Relâmpago 1946)

Vasco 2 x 1 Bangu (Carioca 1968)

Vasco 3 x 2 Bangu (Carioca 1976)

Madureira 0 x 2 Vasco (Carioca 1999)

Vasco 1 x 0 Macaé (Carioca 2009)

Vasco 3 x 1 ASA-AL (Copa do Brasil 2010)

Macaé 1 x 4 Vasco (Carioca 2012)

Casaca !

Vasco conquista Mundialito de Clubes sub-12 em Goiás

Vascaínos comemoram o título internacional- Foto: Vasco.com.br

Ser campeão está no DNA da geração 2004 do Vasco. Vencedores de tudo que disputaram nas quadras na temporada passada, os jovens que compõem essa safra voltaram a subir no lugar mais alto do pódio neste sábado (26/03). Em Aparecida de Goiânia (GO), os cruzmaltinos venceram o Goiás por 3 a 2 nas cobranças de pênalti, após empate em 1 a 1 no tempo normal, e conquistaram a GO Cup, Mundialito de Clubes que reúne grandes equipes nacionais e internacionais.

A caminhada vascaína rumo ao título foi recheada de vitórias. Com uma campanha avassaladora, o Almirante terminou a fase de grupos na primeira colocação. Foram cinco triunfos em cinco jogos: FCB Barcelona-SP (14 a 0), MBS Aparecida-SP (10 a 1), Iate Clube-DF (7 a 2), Independente B-GO (16 a 0) e San Lorenzo-ARG (4 a 1). Um novo resultado positivo foi obtido nas oitavas de final, diante do Toluca-MEX (3 a 0).
Nas quartas de final, outro encontro com uma equipe sul-americana, dessa vez o Colo-Colo-CHI. Para a felicidade dos milhares de torcedores presentes em Goiânia, o resultado final seguiu inalterado: vitória do Vasco, dessa vez de goleada pelo placar de 5 a 1. Com o resultado, o Almirante carimbou seu passaporte para a semifinal para enfrentar os africanos da Academia de Futebol Angola, algozes do Fluminense.
Assim como esperado, o duelo foi marcado por muito equilíbrio. Mesmo nos momentos de maior dificuldade, o Vasco não se desesperou, muito pelo contrário, demonstrou tranquilidade. Bem postado em campo,  a equipe dirigida pelo treinador Vinícius Almeida esperou a melhor ocasião para se lançar ao ataque e marcar os gols que garantiram a conquista de uma vaga para a final do Mundialito de Clubes: 2 a 0.

Na decisão, jogo duro com os donos da casa. Após empate por 1 a 1 no tempo normal, o Cruzmaltino levou a melhor nas penalidades. Vitória por 3 a 2, com o gol do título sendo marcado pelo capitão Andrey Nascimento. Além de encerrar a competição internacional no topo, o Gigante também teve o artilheiro. Destaque em janeiro durante a conquista da Copa Caldas Novas, Matheus Ribeiro voltou a brilhar. Foram 16 gols marcados.

Elenco campeão: Kauã de Souza (G), Marcelo Ayupp (LD), Victor Araújo (ZC), Vinícius Calixto (MCD), Hygor Peçanha (MCD), Victor Hugo (LE), Renzo Trotta (LE), Andrey Nascimento (ZC), Matheus Ribeiro (ATC), Luis Gustavo (MCE), Lucas Fortunato (MCD), Allan Vitor (G), Carlos Eduardo (ATC) e Welington Kauan (ATC).

Texto: Carlos Gregório Júnior