Arquivo da categoria: Sem categoria

Aconteceu em 8 de maio – Vasco derrota a dupla Fla-Flu pelos Estaduais de 1977 e 1988

 

Nos dias 8 de maio de 1977 e de 1988, o Vasco derrotava pelo placar mínimo os fregueses coloridos da zona sul. Em ambos os campeonatos, o Vasco sagrou-se campeão

Pelo Carioca de 1977, o gol da vitória foi marcado por Ramon, em jogo truncado e que colocou o Vasco com as mãos na Taça Guanabara, que posteriormente, o cruzmaltino conquistou.

06

A ficha do jogo, a descrição do gol da vitória e as atuações dos atletas vascaínos. Destaques para Ramon, que além de gol da vitória teve atuação brilhante, e Roberto, que mesmo lesionado, incomodou a zaga tricolor. O árbitro Armando Marques quase estragou o espetáculo com uma péssima atuação, inclusive deixando de marcar um pênalti em Dirceu:

O humorista Otélo na sua coluna semanal, colocou como 2 a 0 o placar moral da partida:

Pelo carioca de 1988, o gol único da partida foi marcado por Henrique, e a vitória também colocou o Vasco próximo a conquista de um turno. Nesse caso, foi o da Taça Rio, que acabou indo pra sala de troféus da General Almério de Moura.

A torcida vascaína teve grande destaque nesta vitória, tomando grande parte do Maracanã, e suplantando em quantidade e qualidade a massa pouco volumosa do  freguês da Gávea:

“A vitória vascaína começou na arquibancada. De um lado, a torcida do Vasco mostrava visão: motivada pela volta de Roberto e pela confiança no artilheiro Romário, encheu a parte que lhe era destinada no estádio. Do outro lado, a do Flamengo, ainda cega de raiva e dor, pelas recentes derrotas do time na Supercopa da Libertadores, compareceu em menor quantidade. pelo menos foram poucos os rubro-negros a sofrer.”

A ficha do jogo e as atuações cruzmaltinas:

 

O gol do jogo:

Outras vitórias do Vasco em 8 de maio:
VASCO 1 X 0 AMÉRICA (CARIOCA 1927)

VASCO 1 X 0 FLAMENGO (TORNEIO RIO-SP 1957)

Aconteceu em 7 de maio – Fora de casa, Vasco enfia 5 no Vitória-BA pelo Brasileiro de 1980

 

No dia 7 de maio de 1980, o Vasco goleava o Vitória-BA dentro da Fonte Nova, com 3 gols de Roberto Dinamite, 1 de Jorge Mendonça e outro de Catinha.

“Com três gols de Roberto Dinamite, mais uma vez seu melhor jogador em campo, o Vasco não teve dificuldade para golear o Vitória por 5 a 1, ontem à noite no Estádio da Fonte Nova. O resultado garantiu ao Vasco o primeiro lugar de seu grupo, o que lhe dá o direito de nesta próxima fase fazer dois jogos no Rio e apenas um fora.

No primeiro tempo o Vasco já vencia por 3 a 0, gols de Catinha, aos 17 minutos, Roberto, aos 37 e 43. No segundo, jogando com mais facilidade e tendo ainda a sorte a seu favor (sofreu três bolas na trave); fez mais dois gols em contra-ataque: Jorge Mendonça, de cabeça, aos 13 e Roberto outra vez, aos 36 minutos.

O grande nome do jogo foi sem dúvida Roberto. Além dos três gols, participou dos outros dois de forma direta. No de Catinha fez o corta luz, iludindo toda a defesa, no de Jorge Mendonça foi dele a jogada que começou tudo, chegando à linha de fundo pela esquerda e cruzando para a área.

O mais belo gol, contudo, foi o terceiro do Vasco, segundo de Roberto. Ele recebeu um lançamento perfeito de Pintinho, driblou o goleiro Gérson por cobertura e mesmo o perdendo o ângulo; recuperou-se, driblando dois zagueiros e completando com chute forte, indefensável.

O grande nome do jogo foi sem dúvida Roberto. Além dos três gols, participou dos outros dois de forma direta. No de Catinha, fez o corta-luz, iludindo toda a defesa; no de Jorge Mendonça, foi dele a jogada que começou tudo, chegando à linha de fundo pela esquerda e cruzando para a área. O mais belo gol, contudo, foi o terceiro do Vasco, segundo de Roberto. Ele recebeu um lançamento perfeito de Pintinho, driblou o Gélson por cobertura e, mesmo perdendo o ângulo, recuperou-se, driblando dois zagueiros e completando com chute forte, indefensável,

Não era tôa a euforia de Fantoni após o jogo:

— Esse Roberto é sem dúvida o maior atacante do mundo dentro de uma área. E com ele nosso time se transfigurou. Os inimigos que se cuidem.

Animado, Roberto comentou alegremente sua atuação, mais uma vez com muitos gols.

—O time está engrenando mesmo. E eu aos poucos vou brigando pela artilharia. Já tenho oito gols e ainda tem muito jogo pela frente.”

Outras vitórias do Vasco em 07 de maio:

VASCO 2 x 1 Madureira (CARIOCA 1975)
ITAPERUNA 0 x 1 VASCO (CARIOCA 1989)
GRÊMIO 1 x 2 VASCO (BRASILEIRO 2006)
VASCO 5 x 1 CORINTHIANS-AL (COPA DO BRASIL 2008)

 

 

Aconteceu em 6 de maio – Vasco vence o Fluminense por 2 a 1 nas Laranjeiras, pelo Carioca de 1934

 

No dia 6 de maio de 1934, o Vasco derrotava o Fluminense por 2 a 1 pela 6ª rodada do Campeonato Carioca da LCF, que veio a ser conquistado pelo cruzmaltino. Os gols foram marcados por D´Alessandro e Gradim.

Era o início do profissionalismo no futebol, e neste ano o Vasco montou um dos mais caros times à época. A formação-base era esta:

Rei (Marques), Domingos e Itália; Gringo (Tinoco, Calocero), Fausto (Jucá) e Mola; Orlando (Baianinho, Novamuel), Almir (Leônidas, Lamana), Gradim, Nena (Russinho) e D’Alessandro.
Técnico: Harry Welfare

O jornal “O Globo” na sua edição matutina de 07 de maio, destacava o grande sucesso de público que estava sendo aquele campeonato:

“Raramente se ha visto um match do campeonato da cidade despertar tamanho interesse publico, como esse de proflssionaes, que hontem se disputou, no stadium da rua Guanabara, entre o Fluminense F. C. e C.R. Vasco da Gama.

Foi um verdadeiro acontecimento sportivo e social. Sportivo pelo ardor com que foi travada a peleja, social pela qualidade e quantidade da assistencia ao grande prélio. Todas as ruas que se escoam na de Guanabara, tiveram aspecto desusado, esse mesmo aspecto dos dias memoráveis de sports, que tem emocionado o Rio de Janeiro. Gente em quasi massa compacta, a locomoverse do Largo do Machado, da Praia de Botafogo, do alto das Águas Férreas. Um successo completo e inilludivel de bilheteria, a provar o evidente triumpho do profissionalismo, apenas com campeonato e meio de existencia !”

O jornal descreve como difícil a vitória fora de casa, e destacava a liderança isolada do Vasco no campeonato daquele ano:

A ficha do jogo:

Baixe aqui o PDF da reportagem completa sobre a partida.

Outras vitórias do Vasco em 6 de maio:

Vasco 4 x 1 Bangu (Carioca 1928)
Vasco 2 x 1 Fluminense ( Torneio Rio-SP 1959)
Vasco 2 x 0 Olaria (Carioca 1979)
Mesquita 0 x 6 Vasco (Carioca 1987)
Ceará 1 x 2 Vasco (Copa do Brasil 1993)
Vasco 3 x 1 Botafogo (Carioca 1994)
Icasa 1 x 4 Vasco (Copa do Brasil 2009)

Aconteceu em 5 de maio – Vasco goleia o América e conquista com antecipação a Taça Rio de 2001

No dia 05 de maio de 2001 o Vasco conquistava sua 7ª Taça Rio com uma rodada de antecedência, em dia de Romário, que marcou 3 vezes. A vítima da vez foi o América, clube de coração do seu pai, “Seu Edevair”. Assim narrou o jogo o jornal “O Globo” do dia seguinte:

“O rolo compressor de São Januário voltou a mostrar toda a sua força ontem no Maracanã. Com uma bela atuação do trio Juninho Paulista, Romário e Euller, o Vasco esmagou o América por 5 a 0 e, beneficiado pela derrota do Americano para o Botafogo (1 a 0), conquistou com uma rodada de antecedência a Taça Rio. Foi o 16º jogo invicto do Vasco, que nas últimas três partidas marcou 15 gols.

Quando a bola rolou, os jogadores do Americano, que jogariam a partida de fundo com o Botafogo, se posicionaram atrás do banco do América para secar o Vasco. Mas pouco adiantou. Logo aos cinco minutos, Romário recebeu dentro da área e cruzou para Jorginho Paulista, livre na área, marcar de cabeça.

Romário marca outro e se iguala a Edilson

O gol relâmpago não desanimou o América. O time foi para cima do Vasco e chegou a marcar, mas o lance foi bem anulado pelo bandeira Hilton Moutinho, que apontou impedimento de Wagner. O jogo foi definido aos 35 minutos, quando Romário recebeu livre de Euller e fez o segundo.

Com 2 a 0 no placar, o time de Joel Santana voltou tranquilo para a segunda etapa. Foi tocando a bola sem pressa até que, aos 16 minutos, Romário, em grande jogada individual, marcou o terceiro gol. Luís Antônio Zaluar, treinador do Americano, que assistia à partida no campo, entregou os pontos.

— Agora só nos resta terminar o campeonato da melhor maneira possível — afirmou, conformado.

O Vasco continuou mandando no jogo e criando uma chance atrás da outra, diante de um América totalmente entregue.

Romário, então, se aproveitou para fazer o que mais gosta: gol.  Aos 34, ele marcou o quarto, se igualando a Edilson na liderança da artilharia, com 13 gols.

Foi o 201º gol de Romário como profissional do Vasco e o 788º de sua carreira. Aos 37, Euller fez 5 a 0. E Romário só não saiu do Maracaná como artilheiro isolado porque o árbitro anulou erradamente o sexto gol do Vasco, alegando impedimento.

— Edilson é meu parceiro e vamos disputar a artilharia nas finais— afirmou Romário, deixando de lado qualquer polêmica com o atacante rubro-negro.

Vasco:Helton, Maricá, Géder, Odvan (Henrique) e Jorginho Paulista; Fabiano Eller, Paulo Miranda, Juninho Paulista (Dedé) e Pedrinho (Viola); Euller e Romário.

América:Marcelo Leite, Rafael (Paulinho), Júnior, Luciano e Bossato; Leonardo, Adriano, Fabinho e Wallace; Celso e Wagner.

Juiz:Sérgio Cristiano. Cartôes amarelos:Rafael, Júnior, Luciano, Padrinho, Euller. “

 

As atuações dos atletas vascaínos:

Os gols do jogo:

Outras vitórias do Vasco em 05 de maio:

Vasco 5 x 0 SC Brasil (Carioca 1929)
Vasco 3 x 0 Bangu (Carioca 1940)
Vasco 4 x 3 Portuguesa (Brasileiro 1984)
Vasco 1 x 0 Flamengo (Torneio Rio-SP 1965)
Vasco 2 x 1 Goiás (Copa do Brasil 1999)
América 1 x 2 Vasco (Carioca 2002)
Vasco 3 x 1 Vitória (Copa do Brasil 2010)

Aconteceu em 4 de maio – Na volta de Dinamite ao Maracanã, massacre vascaíno sobre o Corinthians: 5 x 2

 

No dia 04 de maio de 1980, Dinamite se reencontrava com o Maracanã em dia de gala da equipe cruzmaltina, que enfiou uma sonora goleada sobre o Corinthians pelo Brasileiro de 1980.

Assim descreveu o retorno do artilheiro o colunista Cláudio Mello e Souza no jornal “O Globo” do dia seguinte:

“O jogo entre Vasco e Corinthians começou logo ao anunciar-se a noite e terminou por noite fechada e úmida, quase fria. E bastou que, co.mo por milagre, brilhasse naquele céu sombrio a estrela de um atacante para que toda a torcida do Vasco gerasse e  transmitisse um calor de carnaval. E de carnaval animado.

Creio que ao marcar todos os cinco gols de seu time, Roberto estabeleceu um recorde ou, caso exista recorde maior, dele se aproximou muito. De qualquer forma, marcou numa só partida mais gols do que em toda a sua temporada espanhola.  

Roberto encontrou facilidades? Encontrou, sim.

Mas com que ímpeto, com que determinação e com que força delas se aproveitou para marcar aquele tipo de gol que o público começa a ver nascer, quando o atacante parte com a bola dominada para cima dos zagueiros: passa a antever no momento em que este mesmo atacante se infiltra, em velocidade por entre os mesmos atônitos zagueiros; gol que festeja, enfim, com o coração aos saltos e os olhos cheios de lágrimas, quando a bola, chutada com violência impressionante, faz balançar e estremecer as redes adversárias. ”

A torcida rubro-negra, que estava presente no Maracanã para assistir ao seu time jogar na preliminar, lá ficou para secar o Vasco. Nada adiantou:

As notas e atuações da equipe vascaína:

Os gols do jogo:

Mas a história do retorno de Dinamite não foi tão simples. Roberto havia retornado de uma fracassada experiência no Barcelona e por muito pouco não foi parar no rival rubro-negro. A história começa no fim de 79.

Antes do início da temporada de 1980, o ídolo vascaíno foi vendido para o Barcelona da Espanha, apesar da discordância de Eurico Miranda, então assessor especial da presidência.

O dirigente fez de tudo para que Roberto não fosse e tinha especial cuidado em transmitir para os espanhóis cada exigência de Jurema, mulher do artilheiro, torcendo por uma contestação para melar negócio. Tudo, no entanto, foi aceito e Roberto partiu para a Europa. A passagem do artilheiro por lá, entretanto, foi prejudicada pela saída do treinador que o havia indicado, o húngaro Ladislao Kubala, e a pouca disposição de seu substituto Heleno Herrera, em aproveitá-lo no elenco. Sabedor das dificuldades pelas quais goleador passara no Velho Mundo, o Flamengo partiu para a sua contratação. Roberto firmou um pré-contrato com o rubro-negro.

A notícia surgiu como uma bomba na imprensa carioca. Dirigentes do Vasco haviam dito ao clube espanhol que, entre ter Roberto de volta e receber as parcelas restantes do valor acertado na venda, preferiam a segunda hipótese. Eurico Miranda não se conformou. Articulou-se internamente para convencer a parcela da diretoria que não via com bons olhos o retorno do atleta. Autorizado pelo presidente do clube, Alberto Pires Ribeiro, Eurico voou Espanha com duas missões: desfazer o negócio do artilheiro com o Flamengo e trazer de volta para casa o ídolo da massa vascaína.

Chegando à Europa, enfrentou o empresário responsável pela intermediação do negócio com o Fla. Ignorando qualquer acerto do jogador, afirmou que, para voltar ao Brasil, o destino de Roberto só poderia ser o Vasco. No papo com o ídolo, as coisas se acertaram mais facilmente. O dirigente levou à Espanha uma camisa do Vasco, entregou-a ao artilheiro e tratou da parte financeira com Jurema. Organizou em seguida toda a logística necessária com vistas ao retorno Dinamite. O Vasco conseguiu, a tempo, a inscrição de Roberto no Campeonato Brasileiro ( na Taça Libertadores não foi possível ).

Veja o vídeo abaixo, onde Dinamite agradece por Eurico tê-lo trazido de volta para o Vasco:

Outras vitórias do Vasco em 04 de maio:

SC Brasil 0 x 2 Vasco (Carioca 1930)

Vasco 1 x 0 Bonsucesso (Carioca 1968)

Vasco 1 x 0 Olaria (Carioca 1971)

Itabaiana 0 x 3 Vasco (Brasileiro 1974)

Vasco 2 x 0 Campo Grande (Carioca 1986)

Volta Redonda 1 x 4 Vasco (Carioca 1989)

Vasco 2 x 1 Volta Redonda (Copa do Brasil 2006)

Aconteceu em 3 de maio – Vasco vence o Botafogo por 2 a 1 e conquista o seu 23º Estadual

 

No dia 03 de maio de 2015 o Vasco tornava a erguer o troféu de campeão estadual, fato que não ocorria desde 2003.  Com duas vitórias sobre o Botafogo, antigo algoz em finais, o cruzmaltino soltava o grito de alegria engasgado e tomava as ruas do Rio de Janeiro.

“Quem ousará dizer que não foi marcante, inesquecível mesmo para a massacrante maioria dos 66 mil presentes no Maracanã? Porque jogos de futebol, por vezes, podem prescindir de virtudes técnicas para que cumpram um papel. E quantas reflexões, quantas lições nos deixou a tarde de ontem, no Maracanã. A começar pela conquista do Vasco, que foi além de vencer o Botafogo por 2 a 1, foi além de simplesmente ganhar uma taça. Na sua tarde de reencontro como título estadual após 12 anos, a torcida deu a todos a exata dimensão do tamanho do clube, da força de sua gente.”

As notas da equipe campeã:

Os gols do jogo:

Outras vitórias do Vasco em 03 de maio:
São Cristóvão 1 x 6 Vasco (Carioca 1925)

Vasco 3 x 2 Flamengo (Amistoso 1928)

Bonsucesso 1 x 4 Vasco (Carioca 1942)

Ponte Preta 0 x 1 Vasco (Copa do Brasil 2000)

Aconteceu em 2 de maio – Com 3 gols de Jardel, Vasco vence de virada o Itaperuna por 4 a 2 pela Taça Rio de 1993

 

No dia 2 de maio de 1993,  pela Taça Rio, o Vasco conseguia uma vitória de virada sobre o Itaperuna fora de casa, com 3 gols da jovem promessa da base Jardel. Com este resultado o Vasco voltava a liderança do turno, que viria a conquistar, garantindo uma vaga na grande final. Era o caminho do bi-campeonato estadual sendo pavimentando.

“Foi a vitória mais significativa do Vasco este ano. O time virou um jogo difícil, no campo ruim do adversário, manteve-se sem perder ponto na Taça Rio e mostrou duas novidades: a garra que estava devendo desde o início do Campeonato Estadual e Jardel.  A garra superou o gramado e Jardel superou tudo e todos, marcando três gols e definindo o placar de 4 a 2 em seu primeiro jogo inteiro como profissional.  No início, o Vasco caminhava para repetir as atuações burocráticas das últimas partidas. Sofreu um gol aos 37 minutos, num chute de fora da área de Cadinhos. Respondeu um minuto depois, com Bismarck, de cabeça. Mas, aos 42, o ponta Tilico cruzou da direita, Carlos Germano e Jorge Luís ficaram olhando e Carlinhos fez o segundo. O mundo desabou sobre o time.  Tudo se transformou no segundo tempo. O Vasco voltou com uma garra incomum (como seria bom para os vascamos se fosse sempre assim!) e Hernande no lugar de Leandro, gripado. Mais veloz, o time pressionou. Fez o jogo aéreo que Joel Santa-na pedira e que não funcionara no primeiro tempo. Depois de algumas chances perdidas, Pimentel cruzou da direita, Pacato falhou e Jardel começou a mostrar sua inspiração: entrou com bola e tudo, num gol estranho, que nem ele sabe dizer se fez de joelho, coxa ou peito: — Só vi a bola, e ela tinha que entrar de qualquer maneira.

O Vasco continuou mandando. No jogo, com garra, e na área, com Jardel. Aos 36 minutos, depois de um escanteio cobrado por França, a bola subiu. Subiu muito para os outros, mas não para o novo centroavante do Vasco. Ele saiu do chão mais do que todos e virou o jogo. O novato contagiou o time, que aumentou a velocidade e trucidou o adversário. Aos 41 minutos, Hernande cruzou e Jardel coroou a atuação com um toque genial. De cabeça, é claro. A vitória revigorou o Vasco. O time saiu de campo com sorrisos de um orgulho escondido há muito tempo atrás de exibições pouco convincentes. Orgulho capaz de fazer voltar a São Januário a palavra título. Orgulho de vencedor. Orgulho que Joel Santana definiu, emocionado: — Nós finalmente fomos brilhantes…”

A estatura e o faro de gols de Jardel já chamavam a atenção do torcedor vascaíno e da mídia esportiva à época:

As notas da equipe vascaína:

A ficha do jogo:

Os gols do jogo:

Outras vitórias do Vasco em 2 de maio:

Vasco 1 x 0 Internacional de Bebedouro-SP (Amistoso 1929)                                                                                              Vasco 3 x 2 Atlético-PR (Brasileiro 1991)
Peñarol 1 x 3 Vasco (Libertadores 2001)
Vasco 2 x 1 Lanús (Libertadores 2012)

Aconteceu em 1º de maio – Em tarde de Arturzinho, Vasco goleia a Lusa por 5 a 2 pelo Brasileiro de 1984

 

No dia 1º de maio de 1984 , o Vasco goleava a Portuguesa fora de casa na 1ª partida das quartas de final do Brasileiro de 1984, praticamente garantindo sua vaga na semi-final. Assim descreveu a partida o jornal “O Globo” do dia seguinte:

“Com uma atuação de alto nível no segundo tempo, principalmente do apoiador Arturzinho, o Vasco goleou a Portuguesa por 5 a 2, ontem à tarde, no Pacaembu, e pode até perder por uma diferença de trés gols para o time paulista, sábado que vem, no Maracanã, que estará classificado para as semifinais da Copa Brasil. Arturzinho, que marcou dois dos cinco gols, é agora o artilheiro da competição, com 13 gols.

No primeiro tempo, porém, o Vasco cometeu alguns erros que quase o levaram a sair de campo derrotado.  A defesa falhava na cobertura e na marcação (Edevaldo era o pior de todos), Pires não cobria bem os zagueiros, Mário e Marquinho deixaram muitos espaços entre a intermediária adversária e a entrada da área do Vasco e faltava velocidade nas jogadas de contra-ataque.

Por tudo isso, a Portuguesa saiu na frente, gol marcado por Gérson Sodré, aos 32 minutos. O goleiro Roberto Costa ainda evitou mais dois gols, com defesas de alta categoria em chutes de Almir e Marinho Rã. O Vasco também conseguiu duas boas chances (Éverton defendeu chutes de Daniel Gonzalez e Roberto) antes de marcar seu gol, já no fim do primeiro tempo, através de Arturzinho. Um belo chute de voleio.

Mas no segundo tempo o Vasco mostrou um futebol de alta categoria. Levou uma bola na trave (um chute de Toquinho), aos 4 minutos, e marcou o segundo gol logo em seguida (por intermédio de Mário). Aos 6, a Portuguesa mandou outra bola na trave (chute de Gérson Sodré) e, a partir dai, a equipe carioca tomou conta da partida.

Arturzinho,de cabeça,fez 3 a 1. E Roberto, o quarto e o quinto gols. Coube a Mendonça, cobrando um pênalti inexistente, marcar o segundo gol do time paulista. Mas, sem dúvida, a grande jogada deste segundo tempo pertenceu a Arturzinho: recebeu uma bola na intermediária, viu Éverton adiantado e chutou por cobertura. A bola passou raspando a trave; diante de um goleiro apavorado e já batido no lance. Realmente, uma jogada de craque.”

O grande destaque do jogo foi o baixinho Arturzinho

As notas da equipe cruzmaltina:

A ficha do jogo:

Reportagem sobre a goleada vascaína no “Globo Esporte”:

Outras vitórias do Vasco em 01/05:

Vasco 11 x 0 Sc Brasil (Carioca 1927)                                                                                                                                                   América 0 x 1 Vasco (Amistoso 1931)                                                                                                                                                 Vasco 5 x 2 Flamengo (Carioca 1934)
Vasco 1 x 0 São Paulo (Torneio Rio-SP 1953)
Campo Grande 0 x 4 Vasco (Carioca 1969)
Vasco 2 x 1 América (Carioca 1976)
Volta Redonda 0 x 1 Vasco (Carioca 1977)
Vasco 2 x 0 Bangu (Carioca 1988)
Vasco 5 x 0 Itaperuna (Carioca 1999)

Aconteceu em 30 de abril – Vasco derrota o Botafogo por 2 a 0 pelo Torneio Rio-SP de 1959

 

No dia 30 de abril de 1959, 0 Vasco derrotava o Botafogo de Nilton Santos e Garrincha em jogo válido pela 6ª rodada do Torneio Rio-SP de 1959, assumindo a 3ª colocação.  Os dois gols vascaínos foram marcados por Delem.

DOMINOU O VASCO
O Vasco dominou os trinta primeiros minutos do tempo inicial. Tendo em Sabará o seu homem mais perigoso, o ataque vascaíno usava as armações do médio Laerte para ir seguidas vezes à área do Botafogo. Apesar ter a bola nos pés durante quase todos os minutos do primeiro tempo, o Vasco não foi objetivo cm suas ações dentro da área adversária e, em contraste, o Botafogo o foi em poucos ataques, na maioria das vezes, explorando o jogo de Garrincha. Barbosa em duas vezes, repetindo sua boa atuação do jogo contra o Flamengo, salvou gols certos.

VIOLÊNCIA

Para conseguir deter o trabalho do ataque vascaíno, a defesa do Botafogo, com exceção de Nilton Santos, usou recursos violentos. No meio do campo, Ronald, na marcação de Roberto, foi quem mais abusou dos trancos e calços. A defesa do Vasco, com menos trabalho que a do Botafogo, esteve tranquila no primeiro tempo. Coronel e Barbosa foram os que tiverem mais trabalho, pois a maioria dos ataques dos botafoguenses vinha da direita, com Garrincha concluindo sempre da mesma maneira, com um centro de “abafa”, para o meio da área, onde Barbosa estava atento para corta-lo.

BOLAS NA TRAVE

Duas vazes a bola bateu nas traves, no primeiro tempo. Roberto, depois de receber bom passe de Sabará, aos 18 minutos, chutou na trave esquerda de Adalberto. A bola bateu de resvalo e saiu pela linha de fundo. A outra “chance” foi do Bota fogo, nos 29 minutos. Paulinho recebeu um passe de cabeça, de Macalé, e também de cabeça, tentou bater a Barbosa.  A bola chocou-se contra e travessão, mas, na volta, foi rebatida por Belini, para o meio do campo.

GOL EM RESPOSTA
Logo no inicio do segundo tempo, ao primeiro minuto, Quarentinha chutou uma bola, contra a trave de Barbosa. Em resposta, pouco tempo depois, aos 16 minutou , Delem ganhou ótimo passe de Roberto e, sem dificuldade alguma, chutou do lado esquerdo de Adalberto marcando o gol do Vasco.

Adalberto não demorou muito tempo cm campo, depois desse gol. Acusando uma contusão na coxa, o goleiro foi substituído por Ernâni, aos 10 minutos. Também Ronald, que no primeiro tempo fora o homem mais violento do campo, teve que sair de aos 25 minutos. sendo substituído por Paulistinha.

VASCO MELHOR

Sempre mais seguro dentro do jogo, o Vasco continuou a dominar o Botafogo no segundo tempo. Como acontecera na etapa inicial, as ações dos alvinegros no ataque, limitavam-se a “rushs” pela direita, com Garrincha .

OUTRAS MODIFICAÇÕES

Enquanto o Vasco fazia entrar Zé Henrique no lugar de Roberto aos 35 minutos, aos 39 o Botafogo substituiu Macalé por Amarildo. Foi nos 40 minutos, aproveitando um tiro de meta de Bar-bosa. que Delem, do cabeça, marcou o segundo gol do Vasco. Nesse tempo, o Botafogo estava inteiramente dominado em campo. Ate Coronel, desforrando-se de outros jogos, deu uma série de dribles em Garrincha, no lado esquerdo da defesa vascaína, fazendo a torcida vibrar. Ainda com a bola nos pés dos vascanos, o Juiz Eunápio de Queirós apitou o final da partida. 

DETALHES
Quadros: Vasco: Barbosa, Paulinho e Belini;  Russo, Laerte e Coronel; Sabará, Roberto (Ze Henrique), Delem (Pacote); Rubens e Pinga.

Botafogo: Adalberto (Ernani), Caca. Tome e Nilton Santos; Ronald (Paulistinha) e Pampolini; Garrincha, Macalé (Amarildo). Paulinho, Quarentinha e Zagalo.

A renda foi de Cr$ 1.106.183.00.

Outras vitórias do Vasco em 30 de abril:

Vasco 3 x 0 Mackenzie (Carioca – 2ª Divisão 1922)                                                                                                                         Volta Redonda 0 x 2 Vasco (Brasileiro 1978)
Vasco 1 x 0 Deportivo Táchira (Taça Libertadores 1980)
Entrerriense 0 x 3 Vasco (Carioca 1995)
Vasco 2 x 0 Madureira (Carioca 1998)
Madureira 1 x 3 Vasco (Carioca 2000)
Vasco 1 x 0 Bahia (Copa do Brasil 2003)
Treze 1 x 2 Vasco (Copa do Brasil 2014)

Há 15 anos Vasco aplicava goleada histórica sobre o Botafogo: 7 a 0 pelo Carioca de 2001

 

O dia 29 de abril divide opiniões. Para os vascaínos, lembra goleada e festa. Para os alvinegros, tragédia. Nesta data, há exatos 15 anos, os dois times se enfrentaram no Maracanã. O placar: 7 a 0 para o Vasco, até hoje a maior vitória no clássico. Vamos relembrar !

Clássico equilibrado, que seria decidido em detalhes. Foi assim que a maioria dos jornais considerou o duelo entre Vasco e Botafogo naquele dia 29 de abril de 2001. Mas, ao entrar no Maracanã, o Vasco foi superior desde o primeiro minuto. Com três gols de Juninho Paulista, dois de Romário, um de Pedrinho e outro de Euller o Gigante da Colina não tomou conhecimento e, há exatos 15 anos, decretou a maior goleada da história do duelo: 7 a 0.

O jogo era válido pela nona rodada na Taça Rio. Enquanto o time de São Januário manteve a base campeã brasileira e da Copa Mercosul em 2000, o Botafogo confiava em Donizete Pantera e no volante Marcelinho Paulista e tinha um time recheado de juniores. No entanto, logo no primeiro minuto foi surpreendido por Romário, que abriu o placar. Sob o comando de Joel Santana, o Vasco ampliou a vantagem e foi para o intervalo vencendo por 3 a 0.

“Foi um jogo atípico e nem o jogador mais otimista esperava um placar tão elástico. Mas o time entrou encaixado, os lances foram acontecendo e deu tudo certo para a gente. Tínhamos um time muito qualificado, com o Romário, que tirava os zagueiros do sério”, lembrou Pedrinho, garantindo que a equipe não menosprezou o rival.

“Isso nunca. A gente sentiu o nervosismo no Botafogo, mas não entramos em campo com vontade de humilhar. Apenas surgiram as oportunidades para o gol e as convertemos”.

O Gigante voltou para o segundo tempo mais ligado e fez mais quatro gols. Ao Botafogo, que não teve jogadores expulsos e assistia a tudo atônito, restou lamentar a derrota que tirou as chances de título na Taça Rio.

“Fomos muito superiores. Fizemos sete e não sofremos nenhum. É legal ter entrado para a história por ter participado da maior goleada no confronto. Ainda mais sendo o vencedor (risos)”, disse o zagueiro Odvan.

“Todo mundo sabe o amor que sinto pelo Vasco. É muito legal entrar para a história com títulos e fatos marcantes como esta goleada”, completou Pedrinho.

Naquele ano, o Vasco conquistaria sua 7ª Taça Rio, feito que viria a repetir em 2003 e 2004, o tornando o maior vencedor deste troféu.

Jornal O Globo 30/04/2001

Jornal O Globo 30/04/2001

Jornal O Globo 30/04/2001

Os gols do jogo:

Ficha técnica: Vasco 7 x 0 Botafogo – 29 de abril de 2001

Vasco: Helton, Maricá, Geder, Odvan e Jorginho Paulista; Fabiano Eller, Paulo Miranda, Juninho Paulista (Zada) e Pedrinho (Viola); Euller (Dedé) e Romário.Técnico: Joel Santana.

Botafogo: Alex, Gustavo (Walmir), Bruno, Valdson e Augusto; Marcelinho Paulista, Cléber, Rodrigo e Serginho (Misso); Taílson e Donizete (Geraldo).Técnico: Dé.

Gols: 1º tempo: Romário, aos 50s; e Juninho Paulista, aos 15m e aos 35m; 2º tempo: Juninho Paulista, aos 3m; Romário, aos 14m; Pedrinho, aos 20m; e Euller, aos 33m.

Cartões amarelo: Donizete, Cléber, Marcelinho Paulista, Paulo Miranda e Pedrinho.

Árbitro: Carlos Manoel Calheiros

Público e renda: 18.692 presentes / renda não divulgada.

As maiores goleadas do Vasco sobre o Botafogo:

Data Resultado Local Competição
29/04/2001 Vasco 7 x 0 Botafogo Maracanã Carioca
27/03/1946 Vasco 8 x 4 Botafogo Laranjeiras Torneio Nacional
24/01/2010 Vasco 6 x 0 Botafogo Engenhão Carioca
23/06/1935 Vasco 4 x 0 Botafogo General Severiano Carioca
19/10/1941 Vasco 4 x 0 Botafogo São Januário Carioca
30/05/2004 Vasco 4 x 0 Botafogo Maracanã Brasileiro
10/04/1927 Vasco 6 x 3 Botafogo General Severiano Amistoso
21/03/1926 Vasco 5 x 2 Botafogo Campos Salles Amistoso
24/07/1943 Vasco 4 x 1 Botafogo São Januário Carioca
15/08/1953 Vasco 4 x 1 Botafogo Maracanã Carioca
12/03/2009 Vasco 4 x 1 Botafogo Engenhão Carioca
14/05/1936 Vasco 3 x 0 Botafogo São Januário Amistoso
16/06/1940 Vasco 3 x 0 Botafogo Laranjeiras Carioca
15/03/1944 Vasco 3 x 0 Botafogo Laranjeiras Torneio Nacional
07/07/1946 Vasco 3 x 0 Botafogo General Severiano Carioca
10/11/1957 Vasco 3 x 0 Botafogo Maracanã Carioca
06/07/1969 Vasco 3 x 0 Botafogo Maracanã Robertão
16/09/1984 Vasco 3 x 0 Botafogo São Januário Carioca
23/05/1988 Vasco 3 x 0 Botafogo Maracanã Carioca
01/12/1988 Vasco 3 x 0 Botafogo Maracanã Brasileiro
14/04/1991 Vasco 3 x 0 Botafogo Maracanã Brasileiro

Outras vitórias do Vasco em 29 de abril:

Flamengo 1 x 3 Vasco (Carioca 1923)

Vasco 3 x 0 São Cristóvão (Carioca 1973)

Vasco 6 x 0 Cabofriense (Carioca 1987)

Vasco 3 x 2 Cabofriense (Carioca 1989)

Fonte: Ao Vasco Tudo, O Globo, Youtube