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Jorginho valoriza triunfo contra rival direto

Técnico afirma diz que já cansou de jogar bem e perder, e festeja folga no G-4

Jorginho não escondeu que estava aliviado. A vitória por 1 a 0 diante do Londrina, neste sábado, em Manaus, quebrou a sequência de duas derrotas seguidas do Vasco na Série B e manteve o time carioca com uma folga para a equipe paranaense, quinta colocada. O treinador admitiu que a atuação foi fraca, mas valorizou os três pontos.

– Foi um jogo ruim, mas com um resultado importante. Era um jogo de seis pontos. Não fizemos um bom jogo, mas já fiz grandes jogos e perdi. Acontece – disse o comandante cruz-maltino.

O Vasco foi a 54 pontos, na vice-liderança da Série B. O Londrina é o quinto colocado, com seis pontos a menos. Os quatro primeiros asseguram vaga na Série A em 2017.

Reta final da Série B
Nesse jogo não fomos bem. No último (Paysandu, derrota por 3 a 1) merecíamos a vitória, nesse não. Mas pude ver coisas boa hoje. É importante. Temos agora, basicamente, três jogos em casa. Esses três vão nos ajudar muito. É decisivo.

Fator fora de casa atrapalha?
Estávamos em casa. Só tinha torcedor nosso, basicamente. Presidente tem feito de tudo para encaixar direitinho as coisas para a gente.

Volta de Rodrigo
As coisas estão se resolvendo no problema particular dele. O Rodrigo é muito experiente. O Jomar saiu, o Rafael tomou cartão e está suspenso, então a volta é extremamente importante. É nosso capitão, de liderança forte. Ele precisava, realmente, ser liberado. Fico muito feliz em ouvir a voz dele, de ver que está mais animado.

Queda de rendimento
Tem momentos que a gente achou que ia “pegar no tranco”. Não que tenhamos jogado mal contra o Náutico. Mas, sabemos a importância de uma vitória. Prefiro que a gente jogue mal e ganhe um jogo. Hoje isso era muito importante para nós.

Cansaço

Normalmente a gente conversa muito sobre resultado. Tudo depende do resultado. Já vi toda a minha equipe correndo, o tempo todo, até o final. O problema não é esse. A gente caiu de produção. Temos que entender essa situação do Vasco. Minha equipe não está cansando. Não consigo ver isso.

Motivação
Trabalho muito o lado motivacional, e tenho o Zinho do meu lado, que é muito bom nisso. Sabemos onde queremos chegar, temos objetivo muito claro. Primeiro a gente quer subir o Vasco.

Jogos em Manaus
Arena da Amazônia é um local que a gente se sente em casa. Tenho amigos aqui. Já vim pescar, ver crocodilo. Gosto muito da cidade e fico feliz em voltar, sempre.

Fonte: Globo Esporte

Manaus dá mais uma demonstração de amor ao Vasco

Alan recebe o carinho dos torcedores em Manaus- Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br
A capital do Amazonas deu mais uma demonstração de amor ao Vasco da Gama na tarde desta quarta-feira (05/10). Uma multidão de torcedores marcou presença no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes para receber os atuais bicampeões cariocas e mostrar que a paixão pelo Gigante da Colina está acima de qualquer resultado. A bonita recepção, ocorrida menos de um dia após a derrota para o Paysandu e a perda da liderança no Brasileiro, surpreendeu muita gente, mas não a delegação cruzmaltina.
Sabedores de que Manaus é Vasco, jogadores e membros da comissão técnica desceram do avião cientes de que uma legião de apaixonados estaria no saguão aguardando uma demonstração de carinho. A previsão se confirmou e a linda festa levou os cruzmaltinos a relembrarem os momentos mágicos vividos durante a passagem pelo Amazonas no primeiro semestre. Alan Cardoso encarou a recepção como um voto de confiança e garantiu que o grupo está determinado a dar a volta por cima já na próxima partida.
– É muito gratificante ser recebido dessa forma. Tive a chance de estar aqui com o grupo no início do ano e não me surpreendi com essa festa feita pela torcida. A gente acabou não conseguindo um resultado positivo no último jogo, mas eles vieram mesmo assim, demonstraram que estão confiando na nossa recuperação. Fizemos boas partidas esse ano em Manaus e esperamos ter outra boa atuação para iniciarmos a volta por cima dentro do Brasileiro – disse o jovem lateral-esquerdo.
Felizes com o carinho, os atletas esbanjaram simpatia e atenderam de forma paciente todos os pedidos para fotos e autógrafos. O comportamento dos atuais representantes da Cruz de Malta foi bastante elogiado pelos cruzmaltinos que compareceram ao aeroporto. Para Renan Cunha, o Vasco é o time da virada e não irá demorar muito para dar a volta por cima. O torcedor garantiu que não faltará apoio na Arena da Amazônia.
– A nossa expectativa para essa partida é a melhor possível. Não vai faltar apoio para o time em Manaus. Buscaremos estar presente em todos os locais: aeroporto, portal do hotel, treino e jogos. Não estamos atravessando um bom momento, mas sabemos que em breve iremos dar a volta por cima, até porque somos o time da virada. Esse elenco já nos deu muitas alegrias e tenho certeza que iremos superar essa fase em breve  – afirmou torcedor vascaíno.

Torcida vascaína fez a festa no Aeroporto Eduardo Gomes- Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br
Os números mostram que a promessa tem tudo para se tornar realidade. Nas vezes que atuou em Manaus nesta temporada, o Gigante da Colina levou um grande público para a Arena da Amazônia. A força das arquibancadas foi um importante aliado do Vasco nos clássicos contra Fluminense e Flamengo, válidos pelo Campeonato Carioca. O Cruzmaltino saiu de campo vitorioso nos dois jogos, sagrando-se inclusive campeão da Taça Guanabara na capital amazonense.

Texto: Carlos Gregório Júnior

Fonte: Site do CR Vasco da Gama

Jorginho lamenta atuação do Vasco e pede foco nos próximos jogos fora do Rio

Técnico Jorginho ao lado do médico Raphael Blum – Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br
Após a derrota por 3 a 1 para o Náutico na Arena Pernambuco, o tecnico Jorginho admitiu, em entrevista coletiva, que o rendimento do Vasco não foi como o planejado. O treinador lamentou o primeiro tempo do time, elogiou a atuação do Náutico e pediu foco no objetivo da equipe, que é garantir o mais rápido possível o retorno à Série A.  .
– Tivemos um primeiro tempo muito ruim. O Náutico soube aproveitar muito bem. O Rony foi o nome do jogo, fez a diferença com velocidade, jogadas individuais. Nós tentamos de todas as formas bloquear esse tipo de jogadas, sabíamos que era o forte deles. A coisa não estava acontecendo com o Jorge Henrique, coloquei o Alan para fazer a dobradinha com o Julio Cesar, mas sofremos o gol muito rápido. A equipe foi melhor no segundo tempo, mas foi um jogo ruim. No terceiro gol, fomos para o tudo ou nada. Mas, agora, é ter calma. Seguimos em primeiro, estamos próximos do nosso objetivo e vamos em busca dos resultados. O Náutico fora de casa é sempre difícil. – disse o treinador.

Jorginho falou sobre os próximos jogos da equipe, contra Paysandu e Londrina, que serão disputados no norte do país. O treinador espera partidas complicadas, mas acredita na força do Vasco para superar os próximos obstáculos.

– Se quisermos alcançar rápido a pontuação para primeira divisão, temos que ganhar os dois jogos, mas futebol não é assim. Serão jogos muito difíceis. Se conquistarmos quatro pontos, é bom. Se vierem os seis pontos, será ótimo. Em Manaus, temos a certeza de que a torcida vai ser maioria e vai nos incentivar – destaca.

Texto: Matheus Alves
Fonte: Site do CR Vasco da Gama

Vasco perde para o Náutico mas segue líder

Júlio César em disputa de bola – Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br

Pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B, o Vasco perdeu por 3 a 1 para o Náutico, na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata (PE). Rony (2) e Bergson marcaram para o Timbu, e Madson descontou para os vascaínos. Com o resultado, o Gigante da Colina, que tem 51 pontos, se mantém na liderança da competição, com dois a frente do Atlético-GO (49). O próximo jogo da equipe será contra o Paysandu, na terça-feira (04/10), no Mangueirão, em Belém.

O JOGO

O primeiro tempo foi bastante movimentado e melhor para o Náutico, que conseguiu neutralizar o ímpeto do Vasco. Aos 4 minutos, o primeiro susto: o meia Marco Antônio arriscou de longe e obrigou Martín Silva a fazer grande defesa em dois tempos. Bastante exigido, o camisa 1 foi o destaque da equipe vascaína.

Não demorou muito para o uruguaio aparecer novamente. Aos 15 minutos, o armador Vinicius finalizou de fora da área, e Martín Silva salvou o Gigante da Colina novamente. No rebote, Bergson tentou marcar, mas sem sucesso. Pressionando no setor ofensivo, o gol do Náutico aconteceu aos 24 minutos, quando o atacante Rony bateu cruzado de fora da área e acertou o canto direito do goleiro cruzmaltino.

Douglas em ação contra o Náutico – Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br

Diante da pressão, o Gigante da Colina buscou acelerar o jogo no ataque. Aos 40 minutos, Éderson arriscou de longe e o goleiro Júlio César fez boa defesa, jogando a bola para escanteio. Na sequência, Jorge Henrique tentou, mas o camisa 1 apareceu de novo para salvar. Pouco tempo depois, Martín Silva ainda protagonizou um milagre. Aos 42 minutos, Rony chutou cruzado, a bola atravessou a área e Bergson chegou batendo na bola, que desviou e foi em direção ao gol, mas o camisa 1 se esticou todo para salvar.

O Náutico ampliou o placar no primeiro minuto do segundo tempo. Vinicius encontrou Rony livre na área. O jogador só rolou para Bergson, que chegou com velocidade para marcar mais um. Após levar o gol, o time vascaíno cresceu, mas só conseguiu converter a vantagem em gol perto do fim da partida.

Aos 38 minutos, o lateral-direito Madson, que completou o seu centésimo jogo pelo Vasco, recebeu ótimo lançamento de Andrezinho na área, dominou a bola e finalizou com categoria para diminuir. Mas a reação parou por ai, pois o Náutico garantiu a vitória em outro gol de Rony aos 47 minutos.

Madson marcou o seu primeiro gol com a camisa do Vasco – Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br
FICHA TÉCNICA – NÁUTICO 3X1 VASCO
Competição: 28ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B
Local: Arena Pernambuco
Data: 1º de outubro de 2016
Horário: 16h30 (Horário de Brasília)
Público presente: 14.648 / Pagantes:   12.831
Renda: R$ 287.700,00
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Bruno Salgado Rizo (SP)
Cartões amarelos: Mateus Muller e Rafael Pereira (Náutico) / Éderson e Nenê (Vasco)
Gols: Rony (24’/1º Tempo e 47’/2º Tempo)) e Bergson (1’/2º Tempo) – Náutico / Madson (38’/2º Tempo) – Vasco
VASCO:  Martín Silva; Madson ,Luan, Rodrigo e Julio Cesar (Éder Luís); Julio dos Santos (Thalles), Douglas Luiz, Andrezinho e Nenê; Jorge Henrique (Alan Cardoso) e Éderson. Técnico: Jorginho
Náutico: Júlio César; Joazi, Rafael Preira, Igor Rabello e Matues Muller; João Ananias, Rodrigo Souza, Marco Antônio (Negretti) e Vinicius (Renan Oliveira). Roni e Bergson (Yuri Mamute). Técnico: Givanildo Oliveira

Texto: Matheus Alves

Fonte: Site do CR Vasco da Gama

Comandante do ouro olímpico, Rogério Micale exalta grandeza do Vasco em visita a São Januário

Erasmo Damiani, coordenador das divisões de base da Seleção Brasileira, técnico Rogério Micale e Alex Evangelista, gerente científico – Foto: Matheus Alves/Vasco.com.br
O Vasco recebeu duas visitas muito especiais na tarde desta quinta-feira (29/09), em São Januário. Comandante do ouro inédito do Brasil nos Jogos Olímpicos no Rio, o técnico Rogério Micale, ao lado de Erasmo Damiani, coordenador das divisões de base da Seleção Brasileira, conheceu a estrutura do clube e fez elogios aos vascaínos durante toda a sua passagem pela Colina Histórica. O treinador foi recepcionado pelo presidente Eurico Miranda, conversou com o técnico Jorginho e visitou o CAPRRES, acompanhado do gerente científico Alex Evangelista. Ambos ganharam camisas oficiais personalizadas do Vasco.
– Sem palavras poder reencontrar com o professor aqui em São Januário. Ele nos ensinou bastante durante todos os Jogos Olímpicos, sempre com muita sinceridade, poucas palavras e mais exemplos. É uma honra tê-lo aqui conosco. O Vasco está sempre aberto para recebê-lo – diz Alex.

Zagueiro Luan conversa com treinador – Foto: Matheus Alves/Vasco.com.br
Após trabalhar com o zagueiro Luan e com o gerente científico Alex Evangelista na Olimpíada do Rio, Rogério Micale contará com a presença do volante Douglas Luiz e do atacante Caio Monteiro na Seleção Brasileira sub-20, comandada atualmente pelo treinador. Os jogadores foram convocados para a disputa de um torneio preparatório com a equipe, no Chile. Em entrevista ao Site Oficial, o técnico fez questão de ressaltar a grandeza do Vasco no futebol brasileiro e a sua importância na formação de talentos.
– Agradeço ao Vasco e aos torcedores vascaínos pela contribuição que deram durante toda a Olimpíada, principalmente aos jogadores, o Luan, a comisão técnica, que contou com o Alex Evangelista também. Foi muito bom estar aqui e conhecer o trabalho e o crescimento em termos de estrutura que o clube está oferecendo aos jogadores, especialmente aos jovens talentos. Com certeza, o Vasco voltará para a Série A, que é o seu lugar. Sabemos da grandeza do clube e o que representa ao futebol brasileiro – afirmou.
Gerente de futebol Isaías Tinoco cumprimenta Rogério Micale – Foto: Matheus Alves/Vasco.com.br

Caio Monteiro sorri para o treinador Rogério Micale – Foto: Matheus Alves/Vasco.com.br

Texto: Matheus Alves e Evandro Costa

Luan é o maior campeão na nova era do Maracanã

 

Desde que o Maracanã foi reinaugurado, em 2013, ninguém comemorou mais que LUan. O zagueiro do Vasco é o maior campeão da nova era de São Januário, com três títulos: dois Campeonatos Cariocas e a Olimpíada, eternizada em sua pele com uma medalha de ouro tatuada.

– Quando me falaram disso fiquei surpreso. Querendo ou não, fiquei muito feliz. O Maracanã é o maior estádio do Brasil, o de maior história. Espero que seja por um bom tempo e que aumente esse número de títulos. Agradeço o apoio de todos que estiveram comigo nesses três títulos.

Luan fez sua estreia no Maracanã aos 19 anos, em 2013. Curiosamente, enfrentou o seu atual companheiro de zaga. Era um duelo com o Goiás, então time de Rodrigo, e o Vasco venceu o jogo por 3 a 2, mas acabou eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil.

– Eu joguei contra o Rodrigo. Precisávamos ganhar por dois gols, mas não nos classificamos. Tinha de 19 para 20 anos. Depois consegui escrever meu nome na história do estádio. Até o momento, né? Porque isso pode passar. Espero ganhar mais títulos ainda.

Depois daquela eliminação, a sorte de Luan no Maracanã foi melhor. Como titular, ele conquistou dois Cariocas pelo Vasco – o mais recente, de 2016, foi invicto. Depois, integrou a seleção brasileira que conquistou a inédita medalha de ouro olímpica, mas foi reserva durante a campanha.

Fonte: GloboEsporte.com

Martín Silva pede dispensa definitva da Seleção do Uruguai para priorizar o Vasco

 

Martín Silva não pretende mais jogar pela seleção uruguaia. O goleiro pediu dispensa em definitivo da Celeste e não aparece nem na relação final do técnico Oscar Tabarez para os jogos das eliminatórias de outubro, contra Venezuela e Colômbia, divulgada nesta quarta-feira pela Associação Uruguaia de Futebol.

Martín tomou a decisão com o intuito de se concentrar no Vasco. Apesar de ser convocado frequentemente para o Uruguai, o arqueiro era reserva de Muslera e pouco jogava. Por isso, preferiu pedir dispensa.

– Ele pediu para não ser convocado. A princípio, é em definitivo. Ele quer ajudar o Vasco. Era convocado, saía, ficava no banco, perdia ritmo – explicou o empresário do jogador, Régis Marques.

Para o lugar de Martín, o Uruguai chamou o jovem Guruceaga, com passagem pelas seleções de base. Desta forma, o Vasco não terá o desfalque de seu goleiro titular nos jogos contra Paysandu e Londrina, pela Série B.

Ao todo, Martín Silva, de 33 anos, atuou oito vezes pela seleção uruguaia, embora tenha sido chamado diversas outras vezes. Ele esteve, por exemplo, nos Mundiais de 2010 e 2014, mas não jogou.

Fonte: GloboEsporte.com

Éderson: ‘O Vasco está mudando a minha vida’

Ederson durante entrevista em São Januário: sentimento de gratidão ao Vasco (Foto: Felipe Schmidt)

Depois de um tempo, Éderson está feliz. Não é frase-clichê de jogador de futebol ao chegar num clube novo e passar por boa fase. O significado do sorriso do atacante do Vasco é mais profundo. Vem do abraço da filha ao chegar em casa depois de fazer dois gols num jogo. Vem das lições que ele viveu ainda jovem, quando aprendeu da forma mais dura possível a valorizar a família. Há cinco anos, quando sua esposa Deyse perdeu Heitor, o aguardado primeiro filho, a oito dias do nascimento, muita coisa mudou para o jogador cruz-maltino. Daquele momento de sofrimento, ele tirou forças para vencer no futebol.

O ano era 2011, e Éderson, criado no Ceará, estava emprestado ao ABC, de Natal. No Rio Grande do Norte, conheceu a esposa e passa pela primeira experiência fora de casa. Depois de perder o filho, o atacante resolveu encarar de outra forma sua profissão. Os resultados vieram em sequência: em 2012, ainda pelo ABC, fez 12 gols na Série B. Em 2013, foi o artilheiro do Campeonato Brasileiro pelo Atlético-PR, com 21 gols.

Ederson com a família: a esposa Deyse e as filhas Ester e Antonella (Foto: Reprodução / Instagram)

– Eu e minha esposa passamos por uma barra muito grande. Principalmente minha esposa, que estava começando a entrar em depressão, não queria mais sair de casa, não queria mais viver. Ali foi o pior momento da minha vida; eu falo “minha”, porque eu e ela somos uma só pessoa. Aquele momento serviu de aprendizado. Seis meses depois, ela engravidou novamente, tivemos nossa filha, e a vida começou a mudar. Eu comecei a dar mais valor para a vida – lembrou o jogador, de 27 anos.

Antigo algoz do Vasco

Em alta, Éderson foi para os Emirados Árabes Unidos. De lá, chegou ao Japão. E, então, as coisas não funcionaram tão bem. A família, agora composta por Esther, de três anos, e Antonella, de cinco meses, não se adaptou. As meninas ficaram doentes. O atacante não pensou duas vezes: voltou para o Brasil.

Ironia do destino: o clube que abriu as portas para Éderson foi uma vítima simbólica na carreira do atacante. Em 2013, ele fez três gols na vitória do Atlético-PR por 5 a 1  sobre o Vasco, no jogo que definiu o segundo rebaixamento da história do Cruz-Maltino. Na mesma partida, houve pancadaria entre torcedores na arquibancada. O sentimento do jogador, agora, é retribuir ao clube todo o apoio que recebeu.

Ederson comemora gol pelo Vasco (Foto: ANDRÉ FABIANO)

– O Vasco está mudando a minha vida. Quando eu voltei, mudou tudo. Estava um pouco esquecido no Japão. O Vasco é tudo. Tenho que dar meu melhor em campo para retribuir o que o Vasco tem me proporcionado.

Disputa saudável no ataque

De fato, Éderson tem ido bem em campo. Desde que chegou, são seis gols em 13 partidas. Na Série B, tem média de 0,45 gol por jogo, superior a todos os outros atacantes do elenco. Mas é tudo consequência da tranquilidade vivida fora das quatro linhas. A inspiração segue sendo a família.

– Quando entro em campo, eu me transformo. Sou outra pessoa, procuro terminar bem os 90 minutos. Se tiver que deixar sangue, vou deixar. Aqui está todo mundo feliz. Minha filha está estudando, bem adaptada. Começa a aparecer dentro de campo o que a gente vive fora.

Contra o Atlético-GO, no último sábado, Éderson fez os dois gols da vitória por 2 a 0. Mas foi destacado por Jorginho pelo empenho: correu a 17 km/h durante os 70 minutos em que esteve em campo. Marca expressiva, mas que ele minimiza. Prefere exaltar o elenco vascaíno, unido mesmo entre os concorrentes.

– Procuro sempre ajudar minha equipe. Cada um respeita o outro. Nossos atacantes me respeitam, eu também os respeito. Cada um tem oportunidade, e quando eles tiveram a deles vão fazer gols. A disputa é saudável. O Leandrão vem comigo treinar, de carona. É uma dor de cabeça boa para o Jorginho.

Assim, bem dentro e fora de campo, Éderson aproveita os dias de Vasco. Quer garantir o acesso para a primeira divisão o mais rápido possível – e, depois, o título da Série B. Assim, terá mais motivos para sorrir e comemorar com a família.

Fonte: Globo Esporte

Vestibular vascaíno: fator Douglas abre portas para promessas no fim de 2016

Sucesso imediato do volante e boas atuações de Alan Cardoso apontam para novas observações na reta final da temporada. Fila conta tem jovens em diferentes situações.

O planejamento que teve início ainda na pré-temporada começa a render frutos no fim do ano. Dos nove jovens convocados por Jorginho para o período de treinos em Pinheiral, seis seguem no clube, um sequer entrou em campo (o goleiro Gabriel Félix), mas o sucesso de um décimo elemento mudou o panorama das pratas da casa do Vasco em 2016. Último a ser pinçado, Douglas tomou conta do meio-campo, se tornou titular absoluto, renovou o contrato e colocou em prática a tão propagada mescla de juventude e experiência prevista para temporada.

Com a folga na luta pelo acesso, a tendência é que o Cruz-Maltino tenha tranquilidade para realizar novos testes antes de começar a projetar 2017, e o GloboEsporte.com enumerou os jovens que tentam transformar em realidade as palavras de Jorginho:

– O dia que eu deixar o Vasco, quero deixar legado. Meu sonho é que subam outros atletas.

EM ALTA

Douglas – 18 anos  

Último a ser promovido, primeiro a se tornar titular absoluto. O volante de somente 18 anos surgiu como um furacão no time de Jorginho. Solução no momento de maior pressão durante a temporada, com o jejum de vitórias em agosto, entrou com 30 minutos de bola rolando na partida contra o Tupi para não sair mais. Desde então, foi titular sem ser substituído nos sete jogos seguintes, marcou um golaço diante do Vila Nova e soma 660 minutos em campo. Sua performance abriu o caminho para novas apostas, como Alan Cardoso, e rendeu ainda aumento salarial e renovação de contrato até o fim de 2019.

Caio Monteiro – 19 anos  

É o jovem que foi utilizado em mais partidas ao longo da temporada: 17. Veloz e habilidoso, atua tanto pelo lado do campo como centralizado e foi o primeiro a conquistar a confiança de Jorginho, ainda no Estadual. As convocações consecutivas para seleção brasileira sub-20 impedem que as oportunidades aconteçam com maior regularidade. Não foram poucas as vezes, porém, que foi escolhido em disputas com os experientes Jorge Henrique e Eder Luis. Marcou dois gols no ano e tem a chance de se firmar ainda mais com a folga vascaína na tabela nessa reta final de 2016.

Alan Cardoso – 18 anos

É o novo xodó do torcedor. Utilizado por Jorginho nas últimas quatro partidas, correspondeu em todas elas, com destaque para a reta final do empate com o Santos, pela Copa do Brasil, e a linda assistência para gol de Éderson na vitória contra o Atlético-GO. Seguro defensivamente, chama a atenção pela boa presença ofensiva, com bons dribles e jogadas de ultrapassagem. Parece ter deixado Henrique para trás na disputa pela reserva na lateral esquerda e surge como boa sombra para o experiente Julio Cesar.

EM OBSERVAÇÃO

Evander – 18 anos  

Apontado como grande revelação de sua geração, o meia oscilou bastante nas oportunidades que teve ao longo da temporada. Foi importante em vitórias como contra Remo e Santa Cruz, pela Copa do Brasil, mas também passou despercebido em outra série de jogos. Soma 15 participações, 533 minutos em campo e nenhum gol na temporada de estreia entre os profissionais. Voltou para o time sub-20 para partidas da OPG e da Copa do Brasil, mas a expectativa é de que ainda seja utilizado por Jorginho na reta final do ano. Baita oportunidade para mostrar mais do que o desempenho regular até aqui.

Andrey – 18 anos  

É quem menos foi utilizado entre os jovens promovidos no início do ano: apenas duas partidas, com 55 minutos. As poucas oportunidades, entretanto, se devem muito mais a carência física do que pela falta de talento. De bom passe e visão de jogo, é apontado ainda como muito franzino para desempenhar a função de volante. Por isso, passou a maior parte do ano na equipe sub-20. Com a lesão de Marcelo Mattos, voltou a treinar entre os profissionais e espera uma brecha nos últimos jogos do ano para provar que realmente já evoluiu como esperado.

Andrey conduz a bola em jogo pelo time sub-20 do Vasco (Foto: Carlos Gregório Jr. / Vasco)

EM COMPASSO DE ESPERA

Mateus Pet – 18 anos

Fez o caminho inverso ao longo da temporada. Titular nos primeiros jogos do Estadual, perdeu espaço rapidamente e voltou até mesmo para treinar no time sub-20. Participou de apenas cinco partidas em 2016 e cumpre a reta final do processo de formação nas categorias inferiores, onde segue como um dos principais jogadores. Ao que parece, entretanto, está no fim da fila entre os jovens aproveitados por Jorginho em 2016. O porte físico, assim como Andrey, foi um fator complicador no processo de adaptação. Ainda assim, segue como uma das principais promessas em São Januário.

Mateus Pet faz cruzamento em partida contra o América (Foto: Paulo Fernandes / Vasco.com.br)

Lucas Barboza, 20 anos, e Hugo Borges, 18 anos  

Nunca foram presença constante no dia a dia do time profissional, mas receberam atenção especial de Jorginho por conta de determinadas circunstâncias. Em seu último ano no sub-20, o zagueiro foi promovido na época da convocação de Luan para seleção brasileira e lesão de Jomar no joelho. Viveu a experiência de ser relacionado para cinco partidas e voltou para base. Já o atacante, destaque na Copa São Paulo, ficou no banco de reservas no empate com o Luverdense, fora de casa. Ambos seguem de olho em brechas na reta final do ano, mas com a cabeça de que já estão no lucro pelas vivências que tiveram.

Lucas Barboza faz malabarismo em treino do Vasco (Foto: Carlos Gregório Jr. / Vasco.com.br)
Fonte: O Globo

Artilheiro e matador: Éderson decide e supre lacuna deixada por Riascos

Fugindo do estereótipo de centroavante, Éderson conquista Jorginho e tem média superior a de todos atacantes do elenco do Vasco, suprindo a lacuna deixada pela saída de Riascos.

Com o acesso para a Série A bem encaminhado, o torcedor cruz-maltino já começa a planejar 2017. E, vislumbrando o futuro, a posição de centroavante parece ter sido resolvida. Éderson vai balançando as redes, assume o protagonismo no ataque cruz-maltino e ocupa o lugar que estava vazio desde a saída de Riascos.

No último jogo, contra o vice-líder Atlético-GO, ele foi decisivo, marcando os dois gols do triunfo. Mas não seja por isso: voltando um jogo atrás, o centroavante balançou as redes do Santos, no empate pela Copa do Brasil. Em 10 jogos como titular desde que chegou em São Januário, Éderson balançou as redes cinco vezes. Juntos nessa Série B, Leandrão e Thalles marcaram o mesmo número de gols. E com muitos jogos a mais.

Diferente do estereótipo de centroavante – alto, forte e muito preso a área – Éderson foge do padrão. Com 1,71m, o cearense de 27 anos se destaca pela movimentação constante. Mas nem isso o impede de balançar as redes: no último sábado, marcou os dois tentos de dentro da área. Sendo um deles de cabeça, mesmo sendo relativamente baixo para um atacante. Essa condição física foi elogiada por Jorginho no pós-jogo.

– Nossa equipe foi tão intensa que o Éderson correu por volta de 70 minutos a 17 km/h, não é fácil – havia afirmado o comandante vascaíno.

Até pelas características e pelo encaixe do seu jogo com o de Nenê, a expectativa é de seguir contando com o atacante no ano que vem. Emprestado pelo Kashima Reysol-JAP até o meio de 2017, Éderson vai se provando importante e ganhando pontos precisos com Jorginho.

-Foi uma negociação rápida, começou de manhã e fechou de noite. Estava sem treinar no Japão e falei que tava pronto. Minhas filhas não se adaptaram ao país, ficavam doentes. Hoje, sou o cara mais feliz do mundo – celebra Éderson.

Mais do que isso, ele vai ocupando uma lacuna vazia desde a saída do colombiano Riascos, em maio, que foi o artilheiro do elenco cruz-maltino na conquista do bicampeonato carioca, de forma invicta.

Fonte: Lance