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Evidências do Papel da Imprensa no Futebol Brasileiro

Dois fatos ocorridos recentemente devem fazer com que reflitamos a respeito do papel absolutamente decisivo da imprensa esportiva, inclusive em condutas de partidas (abstraindo). Em ambos, aprendizados importantes para o próximo ano do Vasco: ano eleitoral e de volta à primeira divisão, enquanto a política de recuperação financeira permanecerá, comprometendo ainda investimentos mais profundos no time de futebol.

Domingo, 18 de setembro de 2016. A Portuguesa de Desportos cai para a quarta divisão do futebol brasileiro. A queda é apoteótica e vertiginosa. Entre 2013 e 2016 foram 3 quedas, algo raro no mundo do futebol. A imprensa evita retratar como deveria. Precisa esconder a origem. Talvez prefira que a Portuguesa feche as portas, suma do mapa, desapareça para sempre.

Mas ela ainda está aí. Agora na quarta divisão. E com ela, o fantasma de 2013. Na ocasião, o Ministério Público de São Paulo chegou a apresentar denúncia que tinha como escopo o suborno recebido por dirigentes da equipe paulista. Há quem receba suborno, mas para estes existirem, precisa existir quem suborne. Os fortes indícios fazem com que se suponha que alguém comprou a vaga da Portuguesa na primeira divisão, que escalou um atleta irregular desnecessariamente, na última rodada, perdendo pontos que a levaram à segunda divisão de 2014. O beneficiário direto: Flamengo. Em resumo: se a Portuguesa não coloca em campo depois de 75 minutos de uma partida que não lhe valia nada um atleta irregular, o Flamengo cairia.

O caso foi abafado pelo descaso da mídia. O Ministério Público recolheu-se. E o arquivamento se deu em dezembro do ano passado. Evidências recentes levam a crer que qualquer alegação técnica, por mais substancial que seja, só prospera com vontade política, leia-se interesse popular, leia-se participação da mídia. Sob o silêncio quase integral da mídia, ou sob o desinteresse por parte dela em fazer o alarde necessário diante de um caso tão emblemático, a questão, sem solução, desapareceu de vez do noticiário.

Porém, chega-se a 2016 e o fantasma ainda perambula. Todos eles, que permaneceram em silêncio sepulcral, sonham com o desaparecimento da Lusa. Mas esta queda vertical com gravidade quadruplicada é indiscreta e ilumina o que insistem em manter nas sombras.

A instituição Portuguesa de Desportos está condenada por seus atos. Pois, por mais silêncio que a mídia tenha feito para não alardear a opinião pública, o mercado se conversa. Quem patrocina um clube que se vê envolvido em situação tão polêmica? Quem abre linha de crédito para um clube com este histórico? As consequências são inúmeras, afinal trata-se de um caso sem solução, sem razão, sem motivo, mas, por tudo isso, sem perdão.

Perdoar a Portuguesa está atrelado intrinsecamente na condenação do agente externo, que a fez pecar, pois contido no perdão dos torcedores de todo o país, por décadas a fio simpáticos à Lusa e a suas tradições, está a sede pela verdade, nua e crua.

E quanto à imprensa? Nos programas esportivos de TV, repletos de arautos da moralidade, o entusiasmo para investigar a fundo algo tão sugestivo e incrivelmente coincidente não se fez notar na época. Nem foram capazes de voltar, tais programas, ao caso agora, quando a destruição de um clube tradicional cumpriu mais um estágio.

Quarta-feira, dia 21 de setembro de 2016. Vasco x Santos em São Januário. O Vasco precisa vencer por diferença de 2 ou 3 gols, a depender de quantos gols o Santos marque. Leva um gol com 11 minutos. Ocorre uma sequência incrível do que se marca como penalidade máxima há anos, sob recomendações da FIFA, sem que o time tenha uma sequer anotada a seu favor. Um deles, então, aos 15 minutos, é pênalti sem que seja necessária qualquer recomendação. Aos 24 minutos, empata o jogo. Antes dos 25 do segundo tempo, faz 2 × 1. Os prognósticos da mídia começam a correr riscos. O Vasco pressiona. Perde um gol incrível. O jogo é aberto. Até que, faltando mais de 10 minutos com descontos para o encerramento, o árbitro vê uma falta a favor do Vasco. Chega a curvar o corpo para anotá-la. E desiste. No contra-ataque, depois de mais 2 impedimentos no mesmo lance, o Santos empata a partida.

Como não há punição para árbitro, o sujeito imagina que tudo vale. Como ele será esquecido antes de voltar ao Rio de Janeiro para comandar um jogo, o sujeito crê que passará sem ser notado. Como a “punição” que sofrerá poderá ser o prêmio de apitar o clássico da próxima rodada, o sujeito pensa que não há limites para impor reveses. Mas o que mais motiva a arbitragem a agir desta forma está em outro patamar. É o silêncio da mídia, é a chacota contra quem protesta, é a minimização dos prejuízos causados nas linhas de jornal e, lógico, nos programas esportivos repletos de arautos da moralidade. Que não se pense que a mídia age assim com todos os clubes. A depender do envolvido, há pressão antes de o jogo ocorrer. Todos sabem quem são os preferidos. A priori, os que recebem mais da TV, que são mais exibidos nela e que por conseqüência recebem os melhores patrocínios e por isso podem contratar jogadores mais caros.

Um exemplo aqui apresentado por estes dias oferece a exata noção da distinção: o Flamengo fez reclamação prévia quanto ao árbitro do seu jogo diante do Cruzeiro. A questão foi tratada como notícia. O Vasco queixou-se a respeito do desastre já causado pela arbitragem do jogo com o Santos. A imprensa afirma que foi choro.

Eis, portanto, os elementos para as lições a serem aprendidas com vistas a 2017. O Vasco luta por um tricampeonato estadual, volta à primeira divisão. Como o desejo da mídia é readequar as noites de verão ocorridas entre 2008 e 2014, ou seja, o Vasco comandado por curiosos e despreparados e como 2017 é ano eleitoral no clube (o que desperta curioso interesse especial da mídia, imagina-se o motivo), não se surpreendam se arbitragens como a de Vasco x Santos, ou aquelas que frearam a reação no Brasileiro de 2015 beneficiando clubes de Santa Catarina, voltarem a ocorrer. Sob o silêncio, a complacência e a chacota dos profissionais de imprensa com tendência rubro-negra. Ou de qualquer outra cor, desde que a conduta preserve seus lugares nas bancadas ilibadas das noites de domingo. Sim, na hora de se projetar a pontuação para as competições do ano que vem, que se preveja o que vão nos tomar com o carimbo “válido” que a imprensa esportiva distribui àqueles pelos quais desfruta de pouca simpatia, enquanto preserva aqueles a quem prefere proteger, seja por laços comerciais ou afetivos.

Casaca!

Tal e qual

Ano passado, no dia seguinte à tunga de arbitragem sofrida pelo Vasco na partida contra o São Paulo no Morumbi, o jornalista Bruno Voloch surgiu em seu blog no site Yahoo para dizer que mesmo com um pênalti marcado a seu favor o Vasco não havia conseguido vencer o São Paulo. Afirmou ainda que o time cruzmaltino havia sido ajudado pela arbitragem pela marcação da penalidade máxima, embasando sua opinião na crítica ao árbitro feita pelo goleiro do São Paulo no intervalo da partida, quando o atleta afirmara que o pênalti só fora marcado pela reclamação veemente do clube carioca após a partida anterior diante da Chapecoense.

Dias antes, o jornalista havia feito uma conta interessante de “elas por elas” em relação ao referido jogo Vasco x Chapecoense da rodada anterior.

Disse ele que o gol de Rodrigo havia sido feito nas mesmas circunstâncias que o da Chapecoense um pouco antes (segundo sua análise, mal anulado, quando na verdade a falta sobre Luan fora clara). O “elas por elas” se encerrava com a admissão de que não havia sido pênalti o marcado contra a Chapecoense e que o não marcado a favor do Vasco, de fato ocorrera.

Levando-se em conta não ser desprovido de inteligência o leitor, o “elas por elas” não faz sentido algum, uma vez que viu no gol do Vasco e no gol anulado da Chapecoense lances idênticos (embora não tenham sido) e, com isso teria o Vasco dois prejuízos capitais no final do jogo, que o levariam à vitória da mesma forma, caso não ocorressem.

Voloch, na ocasião, acabou deixando a impressão de ter usado o espaço no qual publica seus textos, para, com um jogo de palavras, tornar o “elas por elas”, conveniente enredo do seu texto.

Ele que exatamente a 21/09/2015 dizia estar o Vasco já virtualmente rebaixado, após a vitória contra o Sport na oitava rodada (10 pontos em 12 feitos pelo time cruzmaltino na ocasião), não havia se manifestado em outros garfos sofridos pelo clube, por descuido, talvez.

Uma semana depois da vitória cruzmaltina sobre o Campeão Brasileiro de 1987, tratou os dois gols do Vasco contra o Flamengo como discutíveis. na virada por 2 x 1, diante do rival. O primeiro, após falta clara cometida por Emerson Sheik em Andrezinho, quase que num ato contínuo ao passe feito pelo meia vascaíno na direita e muito bem marcada pelo árbitro Leandro Vuaden. Aliás Emerson Sheik é expert neste tipo de lance, dando uma chegada faltosa e muitas vezes maldosa no adversário, como já havia feito no primeiro tempo em cima de Madson, após a bola já não estar mais em disputa, levando inclusive cartão amarelo no lance. O segundo, depois de uma lambança do lateral Jorge, que cabeceou contra seu próprio braço, escancarado, por sinal, em cobrança de escanteio no ataque do Vasco.

O único lance discutível daquele clássico ocorrera no primeiro tempo, quando Luan chutara uma bola para o gol amortizada pela mão de um rubro-negro em jogada bem entendida pelo árbitro como legal.

Voltando à escrita de Bruno Voloch no dia seguinte ao empate do Vasco contra o tricolor do Morumbi, de fato, o Vasco teve um pênalti marcado contra o São Paulo aos 43 minutos do 1º tempo. Pênalti claro, diferentemente do que analisou Voloch. Quem o cometeu, Matheus Reis, nem era mais para estar em campo, pois fizera duas faltas para amarelo em cima de Madson antes (ambas por trás e marcadas), tendo sido punido em apenas uma com cartão.

Matheus Reis foi tardiamente expulso pelo cometimento do pênalti e o Vasco desceu para o intervalo com 11 atletas contra 10 do adversário e 1 x 1 no placar, após o craque Nenê ter convertido a cobrança.

Começa o segundo tempo e mais um pênalti claro ocorre na área do São Paulo logo aos dois minutos. Julio dos Santos cabeceia para o meio da pequena área, onde Luiz Eduardo, com os braços esticados corta a bola usando-os para isso.

Desta vez, a penalidade não foi marcada, mas apesar do erro da arbitragem, não pontuado por Voloch, o time cruzmaltino marcaria pouco depoois o segundo gol, com Rodrigo, após cobrança de escanteio efetuada pelo craque Nenê.

Depois disso o Vasco perdeu várias oportunidades de ampliar, Rafael Silva cabeceou uma bola na trave, com Rogério Ceni, já batido, e o próprio Rogério fizera várias defesas no decorrer daquele período, bem como outras no primeiro tempo, transformando-se num dos destaques do clássico.

Bruno Voloch via com a vitória do Vasco, mais um passo largo para o que talvez entendesse como desconfortável, diante de um vaticínio pretérito: testemunhar o Vasco de Eurico Miranda, com a reação mais espetacular da história dos Campeonatos Brasileiros, estar cada vez mais próximo de se livrar do descenso.

Não podemos acreditar na cegueira alheia como parâmetro. Claro que ele havia visto a mão na bola de Willians do Cruzeiro dentro da área contra o Vasco, seis rodadas antes e a inacreditável manutenção do zagueiro Bruno Rodrigo em campo com 36 minutos do 1º tempo na mesma partida, após cometer falta por trás em Herrera, quando este avançava para o gol adversário, sendo poupado o zagueiro cruzeirense, por já ter tomado cartão amarelo anteriormente.

Ele também enxergou, muito provavelmente, o pênalti claro de Nino Paraíba sobre Jorge Henrique na partida contra o Avaí, em Santa Catarina, bem como a penalidade mal marcada a favor do time da casa, desperdiçada por Léo Gamalho. No seu blog, entretanto, o jogo passou batido. Algo curioso, afinal uma semana antes ele próprio falara dos dois gols vascaínos, tratando-os como discutíveis, no Clássico dos Milhões.

Outros garfos sofridos pelo Vasco antes ele, por certo, nem mais lembrava, pois a vibrante mudança de atitude do time comandado por Jorginho tomava proporções antes inimagináveis não só para ele, como também para muitos outros jornalistas descrentes até então.

No dia seguinte daquele São Paulo x Vasco, entretanto, expôs de forma mais clara quão confuso estava com a reação cruzmaltina.

O Vasco tomou o gol de empate naquele jogo, em lance no qual Ganso, do São Paulo, fez falta clara em Bruno Gallo, rigorosamente na frente do árbitro, quando o volante vascaíno se posicionava para tentar cortar o cruzamento da direita. O gol ilegal deixou muito límpido outro garfo contra o Vasco naquele campeonato. Era simplesmente o terceiro seguido, em três jogos.

O campeonato seguiu sem que a convicção de muitos prosseguisse intacta com relação à queda do Vasco.

Após o jogo contra o Coritiba na última rodada do returno quedou-se inerte o jornalista. O Vasco foi garfado em Curitiba e o Figueirense, seu adversário direto, favorecido em Santa Catarina. De forma absolutamente clara.

Concluímos ter havido por parte de Bruno Voloch uma grande má vontade com o Vasco no decorrer da reação do clube no Campeonato Brasileiro. Ora, quando abordou o tema arbitragem o fez de forma díspare daquilo que de fato ocorria, rodada a rodada, questionando o que não havia para questionar, deixando de questionar o que era altamente questionável, omitindo-se em vários momentos nos quais o Vasco era francamente prejudicado pelas arbitragens.

Não respondemos a ele na época, mas guardamos seus dizeres e suas omissões.

Eis que dois dias após o claríssimo garfo da arbitragem contra o Vasco em São Januário, na partida contra o Santos, válida pela Copa do Brasil, ele ressurge, tratando a revolta de milhões de vascaínos como “choro”, simbolizado naquilo que o presidente do clube declarou no dia seguinte à partida.

No jogo, o Vasco não teve um pênalti claríssimo a seu favor marcado, aos 15 minutos do primeiro tempo e tomou um gol, o segundo, em lance irregular, no qual, primeiro houve uma falta perigosa para a equipe cruzmaltina não marcada, próxima à área, depois um impedimento no lançamento feito na esquerda e por fim um outro atleta impedido, que evidentemente influenciou no lance, a ponto de Rodrigo, por trás dele, tentar de carrinho impedir que a bola chegasse até o adversário.

De forma infeliz, comparou a reclamação legítima do Vasco com um episódio lamentável, no qual o Flamengo foi beneficiado pela arbitragem, o que o ajudou a ganhar do Botafogo na decisão da Taça Guanabara de 2008, cerca de um ano após já ter também conquistado de forma indevida o Campeonato Carioca de 2007, com a anulação de um gol legal marcado por Dodô no último lance da segunda partida decisiva.

Terá Bruno Voloch escrito algum texto dizendo estar sendo o Flamengo favorecido pela arbitragem no Campeonato Brasileiro de 2016? Não encontramos.

Talvez não seja de seu interesse falar de arbitragem, dependendo da ocasião. Mas o que impressiona é a forma como tocou no tema, errando de forma clara na análise, quando se dispôs a tocar no assunto.

Parece ter sido, entretanto, de seu interesse ridicularizar o Vasco e quem o defende, afinal não há como diminuir a gradação dos prejuízos causados ao Vasco, diante dos inúmeros e continuados erros de arbitragem sofridos pelo clube no ano passado, bem como os vistos na última quarta-feira contra o Santos.

Tornou-se hábito, pelo visto, essa análise superficial, independentemente do quantitativo de vezes nas quais o clube foi ou é lesado, o que é, acima de tudo, lamentável.

Casaca!

ESPN, suas informações, retificações e a verdade

A ESPN Brasil publicizou agora há pouco em seu sítio eletrônico notícia sobre a ação da empresa AT 2000 Sociedad Anonima contra o Club de Regatas Vasco da Gama.

Em sua primeira versão, a matéria, que traz uma fotografia do Goleiro Martin Silva atrelando-o à notícia, afirmou que o Camisa 1 Cruz-maltino teria acionado o Vasco na Justiça por direitos de imagem na ordem de R$ 1 milhão de reais.

Minutos após um post do atleta nas mídias sociais desmentindo o fato, a ESPN retificou a manchete lançando-a sob o seguinte título: “Por R$ 1 milhão atrasado por ídolo Martin Silva, empresa vai à Justiça contra o Vasco”.

Muito embora tenha havido a retificação da manchete a partir da pronta elucidação do atleta, a ESPN não o fez de maneira eficaz, porquanto o novo título continua passar a falsa percepção ao leitor de que o Martin Silva seria Credor do Vasco, o que definitivamente não é verdade. No corpo da matéria não se vê qualquer preocupação também em deixar isso claro.

O crédito cobrado pela referida empresa, presidida pelo Sr. Marcelo Recanate, também presidente do Olímpia à ocasião, foi supostamente constituído quando da contratação do atleta Martin Silva e seria oriunda de um suposto contrato de licenciamento de uso de imagem, segundo o qual a empresa do então Presidente do Clube Paraguaio seria a detentora de tais direitos e, nesta qualidade, passaria a cedê-los ao Vasco mediante determinada remuneração.

Martin Silva, portanto, não é autor da ação judicial a ele vinculada e tampouco credor do Vasco, sendo certo que todas as obrigações de natureza trabalhista e/ou cíveis legalmente constituídas entre as partes estão rigorosamente em dia, não fazendo sentido o atrelamento do jogador, notadamente quando a ESPN deixa de citar que a AT 2000 também cobra o Vasco por débito de igual natureza oriundo da contratação, na mesma ocasião, do atleta Lorenzo Eduardo Aranda.

Apresenta-se bastante curioso que o cerne da matéria tenha sido a conexão (desconexa) da dívida com o atleta Martin Silva, enquanto nos deparamos com uma dívida em favor de uma empresa ligada ao mandatário maior da agremiação desportiva que, segundo as matérias da época, teria liberado os atletas contratados sem compensação financeira.

Expondo o goleiro e ídolo da torcida vascaína Martin Silva, sem que este fosse procurado para dar qualquer informação a respeito da ação proposta pela AT 2000 Sociedade Anônima contra o Vasco, por algo na visão do clube indevido e que só beneficiaria à própria empresa, a fonte noticiadora não buscou se aprofundar para saber do que se trata essa cobrança, de qual tempo é, quem teria acertado essa situação e com que objetivo.

O Vasco caloteiro, irresponsável e que quando podia não pagava uma dívida qualquer por se referir ao passado não existe mais. E é bom que se diga, também não existia até junho de 2008, desde o início do século, vide inúmeros acordos feitos e cumpridos até ali.

O clube foi assumido em dezembro de 2014 sem certidões positivas com efeito de negativas, com dois meses de salários atrasados, com 100 milhões de dívidas de curto prazo lhe sendo cobradas, sem crédito e sem grandes perspectivas, a não ser a esperança do vascaíno de que com a volta da responsabilidade e de ações nessa linha voltasse efetivamente o clube a ser respeitado institucionalmente, como hoje é.

De lá para cá não são poucos os atletas que – contratados pela gestão anterior e não pagos por ela – foram devidamente ressarcidos pela atual, seja através de acordos (cumpridos até hoje) ou de pagamentos integrais, como foi narrado pelo clube, sem muito interesse de reverberação por parte da ESPN, referente à satisfação, recentemente, do débito com o Benfica, na ordem de 12 milhões de reais, concernente à compra de Éder Luís no ano de 2010.

No caso em voga é óbvio que o Vasco entende não ser devido o valor que cobra a empresa, pois se entendesse o contrário o teria feito, assim como o clube considera não ser devido qualquer valor à “Ingresso Fácil”, razão pela qual vai contestar a ação no devido prazo legal, citada esta última demanda aqui por ter virado notícia ontem na mesma mídia.

Apreendam o ensinamento dado pelo jornalista Eliakim Araújo, falecido recentemente e que deixou para a eternidade um texto seu em defesa do Vasco e contra os que da sua classe menos fazem jornalismo e mais utilizam espaços de mídia para perseguir ou denegrir o clube, desinformar ou mesmo tentar conduzir seus torcedores a conclusões precipitadas acerca dos fatos.

Com uma pequena modificação à frase final daquele magnífico texto, dizemos:

Por favor, senhores, menos inflexão e mais razão.

Casaca!

Homenagem ao grande vascaíno Eliakim Araújo

A torcida do Vasco perdeu neste domingo um grande torcedor e corajoso representante cruzmaltino no jornalismo brasileiro, algo raro nesse meio que historicamente sempre perseguiu o clube.

Eliakim Araújo faleceu aos 75 anos, mas deixou alguns textos enaltecendo e defendendo o Vasco. Dentre estes, iremos relembrar um em especial, principalmente pelo momento em que foi escrito.

Um momento de verdadeiro massacre midiático do clube, logo após a primeira partida da final do Brasileiro de 2000, o empate em 1 a 1 contra o São Caetano. Durante semanas o Vasco foi atacado e caluniado e ninguém da mídia teve coragem de fazer o contra-ponto e principalmente, dizer a verdade.

Pois Eliakim Araújo teve.

Que sua trajetória corajosa e independente sirva de exemplo para novos profissionais da imprensa que se dizem vascaínos, mas pouco fazem em defesa do clube.

Nossos sentimentos à família e amigos.

O LINCHAMENTO DO VASCO

Por Eliakim Araujo

“Estou impressionado com a ira de grande parte da imprensa contra o Vasco. O furor contra o Vasco de Eurico Miranda é cego, quase irracional. Comentaristas respeitáveis deixam de lado a imparcialidade e a coerência para despejar contra o Vasco um ódio próprio da idade da pedra.

Está-se armando um golpe do mais baixo nível contra o Vasco. Eurico tem muitos defeitos, mas é um dirigente que bate e dá a cara para bater. Com isso, ganhou inimigos poderosos na mídia, sobretudo nas organizações Globo. Todo mundo sabe que Eurico e o chefe de esportes do jornal o Globo têm uma briga feia na Justiça. Todo mundo sabe que, recentemente, Eurico proibiu a equipe da Rádio Globo de transmitir uma partida do Vasco em São Januário.

Todo mundo sabe que Eurico sempre questionou os horários impostos pela TV (leia-se Globo) para transmitir o futebol. Apesar disso tudo, talvez por motivações clubísticas ou regionalistas, todos se voltam contra o Vasco. É um verdadeiro linchamento do Vasco o que estamos assistindo. É como se a razão fosse deixada de lado e os linchadores quisessem fazer justiça com as próprias mãos.

Quem acompanhou com cuidado a transmissão da Globo pôde observar a mudança de posição repentina da equipe. O comportamento paciente da torcida durante todo o tempo de socorro às vítimas foi enaltecido por Galvão e sua equipe. O ex-árbitro Wright chegou a comentar sobre o risco da suspensão do jogo. Qual seria a reação dos 40 mil torcedores do Vasco que aguardavam disciplinadamente o atendimento das vítimas, indagou Wright.

Depois de quase 1 hora de paralisação, a posição da Globo mudou. Todos passaram a atacar violentamente a continuação da partida. Ninguém sabe porque, mas dá prá desconfiar. O fato é que o governador Garotinho, aproveitou o momento importante, uma transmissão em rede nacional, para fazer a média de que tanto precisa. Preferiu desmoralizar o coronel comandante dos bombeiros e chefe da defesa civil, que acabara de dar entrevista no meio do campo, garantindo que tudo estava serenado, a segurança fora reforçada e a partida poderia continuar.

Assim, a Globo ficou no ar o tempo que quis e encerrou a transmissão sem prejudicar a grade da programação, voltando com a novela das seis no horário normal. Hoje a Globo coloca no ar meia verdade: só o que Eurico falou depois da ordem de cancelamento, quando ofendeu o governador Garotinho. O que ele disse uma hora antes logo depois do incidente, quando pregou o socorro prioritário às vítimas, é omitido. Por má fé ou ingenuidade, a imprensa não está conseguindo separar o ódio ao dirigente do ódio ao clube. E Eurico foi transformado no grande vilão, culpado de todas as mazelas e sacanagens do futebol brasileiro. Todos os outros cartolas viraram santos e estão prestes a serem canonizados pela mídia.

E a falta de memória dos nossos cronistas… Acidentes em estádios de futebol são deploráveis, mas infelizmente acontecem com certa freqüência. Quem não se lembra das cenas de horror na Bélgica, numa decisão de copa européia, quando quase 40 torcedores foram imprensados contra o alambrado e morreram asfixiados tentando fugir de uma briga. E no Maracanã, mais recentemente, em jogo do Flamengo, a grade de proteção da arquibancada cedeu e seis torcedores morreram ao despencar no espaço. Em ambos os casos, os jogos foram realizados e repercussão foi praticamente nenhuma perto do que estamos assistindo.

Dá prá imaginar o que teria acontecido se uma das vítimas de São Januário tivesse morrido… Não duvido até que os linchadores tivessem torcido por uma tragédia maior para que a crucificação do Vasco fosse mais expedita. Querer dar o título ao São Caetano, como se a briga na arquibancada fosse fomentada pelos dirigentes é bestial, é a mais completa falta de equilíbrio.

Até o deputado paulista Michel Temer, presidente da Câmara dos Deputados, quer tirar sua casquinha. Deu declarações afirmando que vai acelerar o processo de perda da imunidade parlamentar de Eurico Miranda. Sem dúvida, uma ótima jogada política. Assume uma a posição simpática perante a mídia e ganha votos em seu território eleitoral, com a adesão de torcedores e dirigentes de clubes paulistas. Tudo contra o Vasco.

A paixão das torcidas adversárias é perfeitamente compreensível. Afinal, um quarto título nacional daria ao Vasco uma posição respeitável no ranking do futebol brasileiro. O certo, então, é tentar dar o título ao São Caetano, provavelmente este será o único título nacional dessa equipe paulista, deduzem os torcedores em sua paixão clubística. Com a posição adotada pela maioria da mídia, com os políticos querendo fazer média e todas as torcidas contra, a verdade é que os ingredientes estão prontos para a receita do golpe contra o Vasco.

É preciso deixar de lado o ódio e a paixão. Os fatos devem ser analisados com justiça e serenidade. Não se pode, em nome de uma briga da mídia com um dirigente, sacramentar uma injustiça contra uma das maiores torcidas do Brasil. Do jeito que a coisa vai, não é difícil que cruzadas se formem para invadir e destruir tudo que diga respeito ao Vasco e seus torcedores sejam queimados em praça pública.

Por favor, senhores, menos paixão e mais razão.”

Distorções em xeque

A mídia convencional e seus servos do sistema resolveram mesmo desvalorizar de forma categórica inúmeros torneios vencidos pelos maiores clubes brasileiros ao longo de sua história.

Os padrões adotados daquilo que é oficial e amistoso fazem Pelé não chegar a 800 gols na carreira, Romário ser o maior de todos os tempos com 762 gols, o tcheco Josef Bican o segundo, um gol atrás do baixinho, e o rei do futebol apenas o terceiro colocado.

O grande problema está na completa falta de bom senso e mesmo de conhecimento dos que se arvoram em adotar critérios preguiçosos da entidade máxima do futebol (que tanto criticam) padronizados única e exclusivamente para ela, FIFA, ter o controle total de dados, sem necessidade de esmiuçar o histórico futebolístico mundial e suas nuances em cada país.

Para a FIFA, o Flamengo, por exemplo, jamais enfrentou um clube europeu em partida oficial. O mesmo ocorreu com o Atlético-MG, Cruzeiro, Fluminense e Botafogo. Já o Santos nunca venceu uma partida oficial contra europeus, assim como o Grêmio.

Quando vemos pela TV falas orgulhosas fazendo referência ao time de 1977 do Vasco como a maior sequência invicta oficial do clube, a mensagem subliminar ali expressa é a de que o Troféu Ramon de Carranza e o Torneio de Paris são meros amistosos, nada além disso, como a Taça Teresa Herrera também o seria. Teriam o mesmo peso estatístico de um Vasco x Combinado de Petrópolis, disputado em 1988 e vencido pelo clube por 11 x 0.

Com isso o Vasco – ÚNICO CLUBE BRASILEIRO A POSSUIR AS TRÊS CONQUISTAS MENCIONADAS ACIMA – além de Santos, Palmeiras, Botafogo, Fluminense, Flamengo, Atlético-MG, São Paulo e Corínthians deveriam se contentar por terem vencido competições meramente amistosas.

Aliás vendo as imagens da época pôde se notar como os atletas de Vasco e Real Madrid atuaram de forma amistosa na final do Torneio de Paris de 1957. Aquilo não valia nada (para a FIFA nada). Uma bobagem…

O time do Vasco, Campeão Carioca de 1977, possui três recordes quase impossíveis de serem quebrados.

1 – É o time na história do Campeonato Carioca com mais tempo sem sofrer gols. Foram 17 partidas, mais 78 minutos do jogo contra o Bonsucesso, na antepenúltima rodada da Taça Guanabara e a prorrogação da decisão do segundo turno frente ao Flamengo. Sem considerar o período de acréscimos dos jogos temos 1.638 minutos sem ter levado um único gol. E o goleiro Mazaropi está na história por isso.

2 – É o time com a menor média de gols sofridos em toda a história da competição (0,17 gol por jogo).

3 – É o time com o maior saldo de gols da história dos Campeonatos Cariocas em todos os tempos. A equipe fez 69 gols e tomou apenas 5 na competição, totalizando 64 gols de saldo.

Ocorre que no meio do campeonato, primeiro em junho, depois em agosto, o clube excursionou à Europa e lá colheu resultados ruins. Perdeu para o Paris Saint Germain-FRA na disputa do Torneio de Paris e para o Atlético de Madrid, na luta pelo Troféu Ramon de Carranza.

Do exposto acima, por sinal, se dá outra invencibilidade torta. A do goleiro Mazaropi, sem levar gols no estadual desde os 13 minutos do primeiro tempo da partida contra o Bonsucesso (18/05/1977), relembrada pelo Casaca! há poucos dias no quadro “Vasco Hoje”, mas vazado nas duas competições, tomando nelas 9 gols em 4 jogos, contra Anderlecht-BEL, PSG-FRA, Atlético Madrid-ESP e Cadiz-ESP. Reiterando, as disputas ocorreram nos meses de junho e agosto, respectivamente.

Além disso, em mais 7 amistosos, o goleiro levou outros 7 gols. Já encerrado o Campeonato Carioca, antes do início do Brasileiro, outros 5 em 2 jogos.

Agora, considerando apenas os amistosos mesmo, partidas que não valem taça e são meros encontros entre duas equipes, algumas coisas precisam ficar claras. Uma sequência oficial invicta deve estar dentro de sua sequência geral e a história já mostrou como encaram isso os clubes que buscam se manter invictos durante muitos jogos, utilizando amistosos para tal.

Os exemplos comportam dois clubes brasileiros conhecidos.

Entre 1977 e 1978 o Botafogo mantinha uma sequência invicta. Terminara o Campeonato Brasileiro de 1977 sem perder uma única partida, embora nem se classificasse à semifinal da competição. A invencibilidade chegava a 22 jogos na ocasião, contando as duas rodadas finais do Campeonato Carioca mais dois amistosos. A fim de aumentá-la e ainda se preparar para o Campeonato Brasileiro de 1978, que seria disputado entre março e agosto, a equipe atuou em seis amistosos no prazo de 17 dias.

No segundo compromisso da série, contra o Uberlândia, na casa do adversário, empatava em 2 x 2 quando o árbitro Hélio Cosso – que já havia anulado um gol legal do time anfitrião quando o placar era de 2 x 1 para o Uberlândia – marcou pênalti a favor da equipe do triângulo mineiro, cometido por Mário Sérgio (mão na bola após cobrança de falta efetuada por Ferraz) já quase no fim.

Zagallo, técnico alvinegro, partiu para cima do árbitro, não aceitou a marcação e tirou o time de campo sem que o pênalti fosse cobrado. O placar de 2 x 2 foi mantido e o Botafogo partiu para mais 28 jogos invictos, sendo 4 amistosos e 24 oficiais. Por qual razão Zagallo teria ficado tão nervoso, descontrolado se a sequência oficial permanecia intacta? Pelo fato de ele e o universo inteiro saberem que a perda de um jogo (amistoso, não amistoso) quebra qualquer sequência.

O segundo exemplo se dá com o Bahia em 1982.

Eliminado pelo Guarani por 1 x 0 no Torneio dos Campeões daquele ano, a equipe baiana jogou 38 vezes pelo Campeonato estadual da Boa Terra sem sofrer qualquer derrota. Neste período atuou também em 5 amistosos, totalizando 43 partidas sem perder.

Aproveitando a maré e de olho na invencibilidade obtida pelo Botafogo entre 1977/78, o clube baiano começou a marcar amistosos o quanto pôde até o fim do ano (foram 5 em 10 dias). Nos três primeiros conseguiu manter sua invencibilidade, mas no quarto foi derrotado pelo Treze-PB, que fez uma grande festa pela quebra, lembrada até hoje pelos torcedores do clube, com muito orgulho.

Para o próprio Bahia a sequência havia sido quebrada de forma inequívoca. Tanto é que o número de jogos oficias invictos da trajetória do Botafogo era de 44 e tal fato não entusiasmou o clube baiano a incentivar ou reverberar isso no início do Campeonato Brasileiro do ano seguinte, no qual foi derrotado na segunda rodada pelo Mixto, em Cuiabá.

A distorção criada nos últimos tempos por alguns meios de comunicação, reféns de um método torto iniciado por entidades que não cumprem sua função de preservação da história do esporte, mas sim de preservação da história que desejam contar, traz inúmeros prejuízos às instituições praticantes do futebol, as quais veem conquistas emblemáticas serem postas num lugar menor.

Quando se desfaz  de dois torneios qualificados e bastante conhecidos tanto na América como na Europa (o Torneio de Paris e o Troféu Ramon de Carranza), a pretexto da inclusão de uma campanha não invicta como a maior invicta oficial, diminui-se os feitos obtidos pelo próprio clube nos anos de 1957, 1987, 1988 e 1989.

Por outro lado, quando se tenta ignorar a perda de um amistoso como se não maculasse uma sequência invicta oficial está sendo desconsiderado aquilo que os maiores interessados apregoaram em uma sequência deles mesmos. Desrespeita-se aí o próprio “modus operandi” dos clubes na época.

Mas será difícil ouvir da imprensa que no Rio de Janeiro só o Vasco participou de um mundial (2000), aliás de dois pois a Copa Rio de 1951 foi oficializada pela entidade e confirmado isso no ano passado, que dos clubes do Rio, Flamengo, Fluminense e Botafogo nunca atuaram numa partida oficial contra europeus , apenas o Vasco tem essa primazia (E VENCEU TODOS OS CONFRONTOS!), que Pelé não tem mil gols “oficiais” na carreira, que o maior artilheiro da história do futebol mundial é Romário (cria do Vasco).

Não será fácil o narrado acima sair dela própria, que tem certa dificuldade de dar a devida notoriedade ao primeiro título oficial conquistado por um clube brasileiro no exterior, o Sul-Americano de 1948, ganho pelo Expresso da Vitória. Não pela conquista em si, mas pelo fato de o clube ser Bicampeão Sul-Americano, com a anuência oficial da Conmebol em 1996 a respeito disso, pois aquele título foi posto no patamar de Taça Libertadores da América com o convite ao Vasco para participar da Supercopa Libertadores (na qual só atuavam campeões de Libertadores) a partir do ano seguinte.

Rumo à maior sequência geral invicta da história do clube (35 jogos) e a mais quebras de sequências oficiais e gerais externas, pois temos hoje, para a alegria de todos os vascaínos, a maior interna de nossa história quebrada, a do Expresso da Vitória (1945/46), constituída de 27 partidas oficiais na época e que em nada diminui o timaço de Rodrigues, Barbosa, Augusto, Rafanelli, Berascochea, Eli, Argemiro,  Ademir, Lelé, Isaías, Jair e Chico, Campeão Carioca invicto com 13 vitórias e 5 empates (tal qual em 2016) e Municipal Invicto (certame disputado antes do Campeonato Carioca), com 100% de aproveitamento na ocasião, competição na qual o Vasco seria Tetracampeão dois anos depois (1944/45/46/47).

Casaca!

 

 

 

A fantasia e a realidade

O jornalista Gilmar Ferreira faz da informação uma criação própria em algumas oportunidades.

Opositor à atual gestão do clube tenta – ao falar da situação de Rafael Vaz no Vasco – induzir o público a crer numa responsabilidade da direção, como se não conhecesse os meandros do futebol e minimamente a legislação esportiva.

Qualquer torcedor um pouquinho mais antenado tem ciência de que um atleta pode assinar pré-contrato com outro clube a partir dos últimos seis meses de seu compromisso com o anterior ao qual está ainda vinculado.

O Vasco procurou se resguardar desde o ano passado para renovar contratos com os mais diversos jogadores. O fez com Martin Silva, Luan, Rodrigo, Julio César, Andrezinho e Nenê do time principal. Jomar, Marcelo Mattos, Bruno Gallo, Jorge Henrique e Thales têm contrato até o fim do ano, Julio dos Santos e Leandrão até 2017, Madson até 2018, Pikachu até 2019. Jordi, Rafael Vaz, Henrique e Diguinho terminam o seu compromisso com o clube ainda nesta temporada. Vários empresários estão vinculados aos nomes citados.

Joias da base, que já atuaram nos profissionais, também renovaram. Nomes como Evander, Caio Monteiro, Mateus Vital e Andrei estenderam seu contrato com o clube entre o ano passado e o início deste.

É claro que o Vasco se interessou por renovar com Rafael Vaz, como se interessou em manter Riascos, como se interessa e deve renovar com Diguinho e mais outros que participam do grupo.

A questão hoje é se o empresário do atleta também se interessa. Uma negociação de Vaz para outro clube com o Vasco recebendo 60% dos direitos econômicos de venda, embora pudesse ocorrer até o último dia de contrato do atleta, na prática só se dá seis meses antes do fim do contrato, pois a partir daí o jogador pode fazer um pré-contrato com outro clube qualquer e aguardar o fim do compromisso, ficando todo o montante referente a direitos econômicos com o clube seguinte ao qual o atleta se vinculará.

Mas então por que razão os empresários do atleta pagaram um valor ao Ceará em 2013, cerca de um mês antes do término de seu compromisso com aquele clube? Ou porque iam perder o negócio com a demora ou pelo bom relacionamento e acordo informal com o clube cearense de lhe reembolsar, caso houvesse uma transferência.

Ou seja, o Vasco para realizar algum negócio envolvendo Rafael Vaz antes dos últimos seis meses de contrato, fazendo valer os 60% a que tinha direito, deveria tê-lo feito até o fim da primeira quinzena de dezembro.

Fantasiando ainda mais a história o jornalista afirma que a direção do Vasco preferia não ver Vaz brilhar para poder renovar mais facilmente seu contrato. Seria então ótimo perder o Campeonato Carioca com uma falha de Vaz porque aí no fim do contrato ficaria mais fácil de renová-lo? Convenhamos…

Em muitos casos, se o empresário não tiver interesse na renovação do atleta com o clube o jogador se recusa a firmar novo compromisso com o último. Se isso vier a ser bom ou ruim para a carreira do atleta, subjetivamente, pouco importa. Apresenta-se uma proposta melhor e pronto. As outras variáveis ficam em plano secundário.

O Vasco, por sua vez, deve permanecer agindo com responsabilidade. No ano passado Fellype Gabriel esteve com um pé no clube, mas a pedida foi alta e ele não veio. Este ano a realidade salarial mudou e o Vasco conta com mais um ótimo jogador no elenco.

Casaca!

 

 

Aconteceu ? Virou Manchete. Ou não.

 

Vasco 2×0 Volta Redonda. 1º gol do Vasco SUPOSTAMENTE irregular. (A bola não teria tocado no braço do jogador do Volta Redonda, no lance que gerou o pênalti. Porém nenhuma câmera captou este momento com clareza).

Manchete do Globo Esporte: “Com pênalti polêmico, Vasco vence Volta Redonda e permanece líder”

Flamengo 2×1 Fluminense com gol COMPROVADAMENTE irregular. ( Câmera do PFC mostrou que no cruzamento que originou o 1º gol, a bola saiu completamente )

Manchete do Globo Esporte: “Guerrerão”

Eles já nem disfarçam mais.

Casaca !

Dois pesos, duas medidas

Dois pesos e duas medidas.

É impressionante como a mídia trata de forma tão distinta as eleições nos clubes de futebol, principalmente comparando-se Vasco e Flamengo.

Por aqui surgiram matérias compradas mais de 1 ano antes da eleição, reportagens semanais tratavam do tema ao passo que o torcedor vascaíno mais distante entendesse passo a passo do processo eleitoral cruzmaltino, mesmo que de forma envesada.

O Fla está em período eleitoral com denúncias graves de lado a lado, uma delas feitas pelo Desembargador Siro Darlan (sócio do clube da Gávea) e com o atual mandatário modificando a iluminação da Gávea para colocar a cor da sua chapa (Ah se fosse o tal Eurico!).

Contudo, ontem tivemos o ponto alto. Na tarde desta quarta-feira, a ESPN promoveu um debate entre os candidatos à presidência. Durante as discussões, o candidato Cacau Cotta afirmou para Walim, que o Flamengo só se salvou do rebaixamento em 2013, graças a escalação irregular do jogador Héverton, da Portuguesa.

“A Portuguesa ajudou o Flamengo com a escalação de um jogador irregular”, disse Cacau para Walim.

Alguém viu alguma notinha ou comentário hoje na grande mídia?

Eles tremem!

Casaca!

Decisão para o Vasco

Muitas matérias tem sido publicadas por jornalistas, sob o falso pretexto de proteção ao torcedor, com relação à escolha de São Januário pelo Vasco para a realização da partida que vale muito menos para o Corínthians, adversário do clube e virtual Campeão Brasileiro, mesmo com a derrota na partida e muito mais para os cruzmaltinos que com uma vitória e dois resultados combinados pode sair da zona de rebaixamento já na próxima rodada.

Uns relembram a partida de 2000 contra o São Caetano, mas se esquecem que na ocasião o problema ocorrido com a queda do alambrado nada teve a ver com briga de torcidas.

Em recente coluna escrita no site Yahoo, o jornalista Bruno Voloch falou sobre o tema. Link abaixo:

https://esportes.yahoo.com/blogs/bate-pronto/corinthians-apela-e-sugere-final-no-engenh%C3%A3o-124302500.html

Rodrigo Alonso, mais novo membro da Equipe Casaca!, assina o texto abaixo onde se aprofunda mais ainda no tema.

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Em 2005 São Januário recebeu a final da Copa do Brasil, coincidentemente também entre um grande do Rio contra um pequeno de São Paulo.

E não aconteceu nenhuma tragédia.

Seis anos depois, uma nova final foi disputada em SJ: Vasco x Coritiba pela Copa do Brasil 2011.

E novamente, tudo ok dentro e fora de campo.

Fora que alguns anos antes em 1998 já havia recebido final de Libertadores, com lotação máxima e uma bela festa da torcida.

O sr. Volloch desinforma o leitor quando diz que São Januário não recebe uma final desde 2000, e se atém a uma partida no referido ano  (onde não aconteceu nenhuma morte, ao contrário da final de 1992 no Maracanã entre Flamengo e Botafogo quando um torcedor morreu) para  tentar denegrir mais de 88 anos de história do nosso estádio.

Vasco e Corinthians se enfrentaram 13 vezes em SJ nos últimos 15 anos e em nenhuma delas aconteceu uma tragédia, como o jornalista tenta insinuar que possa acontecer no jogo do dia 19.

Inclusive em 2012 foi disputada uma partida válida por quartas-de-final de Libertadores  – competição que o clube paulista tinha obsessão em vencer pela primeira vez – e mais uma vez, tudo ocorreu sem nenhum problema para ambas torcidas.

Fora isso, o Corinthians pode ser campeão mesmo sendo derrotado.

E se não for  neste dia, ainda teria mais 3 jogos para levantar a taça.

Pergunto então: que “final” é essa ?

Se a torcida do Corinthians tem a fama de ser irascível e atirar fogos de artifício em torcidas rivais, como fez contra o San José pela  Libertadores 2013 (inclusive matando um jovem boliviano ) a torcida do Vasco não pode ser punida por isso.

Temos estádio e iremos fazer valer nosso direito de atuar nele.

Respeitem o Vasco !

Rodrigo Alonso