Arquivo da categoria: Imprensa

Sérgio Frias fala sobre Sexta-Feira Santa no Vasco em reportagem do UOL Esporte

Sexta-Feira Santa já foi motivo de polêmica nos bastidores do Vasco

Alexandre Araújo e Bruno Braz
Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)
10/04/2020 04h00

Enquanto as sedes dos clubes brasileiros não poderão receber visitas nesta Sexta-Feira Santa por conta do isolamento social imposto pela pandemia de coronavírus, o feriado já foi motivo de polêmica e rusga política nos bastidores do Vasco justamente por conta do funcionamento. Com fortes influências católicas desde a fundação, o Cruz-Maltino sempre procurou respeitar a data. A partir da década de 80, na gestão de Alberto Pires Ribeiro, se instituiu que as sedes vascaínas não teriam atividades neste simbólico dia.

“O Vasco é um clube católico nas suas origens, no seu quadro social. A capela foi construída por um grupo de sócios, foi um presente dos sócios. No dia que houve a missa de exaltação à Nossa Senhora de Fátima, em 2017, a capela foi elevada à condição de igreja, subordinada à paróquia de São Januário”, disse, ao UOL Esporte, Henrique Hübner, ex-diretor do Centro de Memória do Vasco.

A medida perdurou durante os anos seguintes, quando o clube esteve sob gestão de Antonio Soares Calçada e Eurico Miranda. Neste período, o elenco, quando necessário, realizava trabalhos em outros locais que não estivessem em alguma das sedes.

Entre 2009 e 2014, durante a gestão de Roberto Dinamite, porém, essa perspectiva mudou e, em alguns anos, atividades chegaram a acontecer em São Januário na Sexta-Feira Santa, o que causou reclamações de grupos de oposição, que apontavam se tratar de uma iniciativa que ia contra as tradições do Cruz-Maltino. O próprio Eurico Miranda – que integrava o grupo político Casaca -, em mais de uma oportunidade, demonstrou insatisfação com o fato de o Vasco estar em pleno funcionamento na data.

“O clube não abria, mas não quer dizer que os atletas ficavam em casa. Tinham locais que o elenco podia utilizar para treinos, que não fosse dentro do Vasco. O que ficava fechado era o clube, em respeito à Sexta-Feira Santa, para deixar claro que é um clube com tradição católica. Quando o Dinamite, o MUV [grupo político Movimento Unido Vascaíno] assumiu, mudou isso e houve um questionamento porque era uma tradição que estava sendo rompida”, lembra Sergio Frias, líder do Casaca e Benemérito do clube, que completa:

“Ficou parecendo que era uma picuinha da gestão que estava chegando. ‘Agora, tudo é novo’. Nos pareceu, na época, que foi uma provocação. Queriam mostrar que era tudo novo”, acrescenta.

Ao retornar à presidência, em 2015, Eurico Miranda voltou a pôr em prática a suspensão das atividades nas sedes na Sexta-Feira da Paixão. Em 2016, um texto publicado no site oficial do Vasco ressaltava que, apesar de um clube plural, o Cruz-Maltino “possui tradições influenciadas pelo Cristianismo e procura mantê-las”.

“O Club de Regatas Vasco da Gama congrega indivíduos das mais diversas religiões e crenças, respeitando a opção religiosa de cada sócio e torcedor. Entretanto, historicamente, por influência de grande parte do seu quadro associativo, o clube possui tradições influenciadas pelo Cristianismo e procura mantê-las de forma harmônica com a diversidade que marca o seu imenso grupo de adeptos”, aponta trecho da nota, que tem assinatura da Vice-Presidência de Relações Especializadas, Divisão Centro de Memória.

Com Alexandre Campello, vencedor do pleito de 2017, o CT do Almirante, local usado pelo clube, funcionou nos dois primeiros anos de mandato. Fred Lopes, que foi vice-presidente de patrimônio durante um período da gestão de Roberto Dinamite e vice-presidente de futebol no início da trajetória de Campello como mandatário, ressalta que sempre utilizou o bom senso.

“Sou de família católica e respeito a crença, mas entendo que, em tudo na vida, tem de haver bom senso. Quando eu estava como vice de patrimônio, na gestão do Dinamite, tomando conta do lado social… Calabouço, São Januário, CT de Caxias, do ponto de vista social, minha decisão sempre foi por fechar. Não existia motivo pelo qual abrir. Mas é claro que temos de levar em consideração alguns pontos. Mas comigo, particularmente, nunca houve nenhum problema [em relação às reclamações da oposição]”, indicou o ex-dirigente, que completou:

“Para dar um exemplo, em 2018 [na gestão Campello], quando eu estava como vice de futebol, tínhamos um jogo decisivo. O Zé Ricardo [técnico] me ligou e perguntou o que fazia, disse que havia a necessidade de treinar. Fizemos uma avaliação. Se fosse um jogo normal, sem importância… Mas como era um jogo importante, conversamos e tomamos a decisão. Então, liberamos apenas o treino do elenco profissional”, revela.

Veja nota na íntegra publicada pelo Vasco, em 24/03/2016:

“O Club de Regatas Vasco da Gama congrega indivíduos das mais diversas religiões e crenças, respeitando a opção religiosa de cada sócio e torcedor. Entretanto, historicamente, por influência de grande parte do seu quadro associativo, o clube possui tradições influenciadas pelo Cristianismo e procura mantê-las de forma harmônica com a diversidade que marca o seu imenso grupo de adeptos.

A Sexta-Feira Santa, também chamada de “Sexta-Feira da Paixão”, é a sexta-feira que ocorre antes do domingo de Páscoa, na qual os cristãos relembram a morte de Jesus de Nazaré (o Cristo) na cruz. O feriado da Paixão de Cristo é o primeiro dos três dias que celebram a ressurreição do Messias, de acordo com a doutrina cristã, que se sacrificou na cruz para salvar os seres humanos dos seus pecados.

O Club de Regatas Vasco da Gama, desde a sua fundação, sempre respeitou este feriado Santo. Contudo, na década de 80, quando o presidente era Alberto Pires Ribeiro, e Eurico Miranda (atual presidente) era assessor da presidência, seguindo as tradições do nosso amado clube, instituíram o fim de toda e qualquer atividade do clube nesta data simbólica. A sede de São Januário, as sedes náuticas da Lagoa e do Calabouço, bem como o Centro de Treinamento das categorias de base na Rodovia Washington Luiz, suspendem suas atividades neste dia.

Vice-Presidência de Relações Especializadas
Divisão Centro de Memória”

Fonte: UOL Esporte – https://uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2020/04/10/sexta-feira-santa-ja-foi-motivo-de-polemica-nos-bastidores-do-vasco.htm

Elucidação dos fatos 20 anos depois

O blogueiro Ricardo Perrone do UOL Esporte tentou buscar na memória um episódio ocorrido há quase 20 anos, com erros graves no seu conteúdo:

“Em 2000, o então comandante vascaíno forçou a barra para tentar tirar torcedores caídos no campo após a queda do alambrado de São Januário. Ele queria seguir a todo custo com a final entre seu time e o São Caetano valendo o título da Copa João Havelange, correspondente ao Brasileiro daquele ano.”

Resposta do CASACA relembrando a verdade dos fatos:

Naquela tarde de Dezembro 2000, quando o alambrado cedeu, Eurico Miranda tomou todas as providências para os feridos serem atendidos, facilitou a entrada de inúmeras ambulâncias no gramado, conduziu vários feridos ao Departamento Médico do clube e até helicóptero pousou no campo de São Januário. Tudo isso foi elogiado pelo Galvão Bueno na transmissão ao vivo.

Somente após os feridos serem atendidos (isso levou 50 minutos e já estava atrapalhando a programação das novelas globais) houve a preocupação do dirigente em reiniciar a partida. O blogueiro está se baseando na reportagem da Globo de 30 segundos no Jornal Nacional, pegando o minuto 0 da queda do alambrado juntando com o minuto 50 para transformar Eurico em vilão de quadrinhos.

O CASACA está sempre pronto para elucidar os fatos relacionados ao Vasco.

CASACA!

Erraram de novo

Após a equivocada estatística repetida pelo narrador Luis Roberto na transmissão do jogo de ontem, o GloboEsporte produziu uma reportagem para tentar consertar a lambança: “Entenda a polêmica”.

Porém, erraram de novo!

Em 1975 a final de turno, no caso o terceiro, se deu num jogo extra e o Vasco venceu por 1 x 0.

Por outro lado, em 1973, 1978, 1986, 1988, 1996, 1998, 1999 (duas vezes) e 2000, um ou outro ganharia o turno, não havia jeito e a partida era a última de ambos no turno, portanto, obviamente se tratava de uma decisão.

Apenas em 2003 havia a chance matemática de o Americano, com um empate no clássico (que aconteceu) e uma vitória sobre o Friburguense por 8 gols de diferença, poder alcançar o título. O presidente da FFERJ, Eduardo Viana, entretanto, autorizou a que se entregasse a taça para o Vasco após o empate, ainda no gramado do Maracanã.

Lembre-se ainda que em 1993 o Vasco conquistou a Copa Rio, competição que dava uma vaga para a Copa do Brasil, numa decisão em dois jogos, os quais foram vencidos pelo Vasco, por 2 x 0 e 1 x 0, respectivamente.

Por fim, relembrar também que um Torneio Amistoso, em 1980, realizado em Manaus (torneio triangular José Fernandes), teve na decisão a vitória do Vasco sobre o Flamengo por 1 x 0, gol de Zandonaide.

Se o Grupo Globo está com dificuldades de escrever sobre Vasco x Flamengo, peça ajuda ao CASACA!.

Segue o resumão:

Decisões de turnos do Campeonato Carioca

1973 – Taça Guanabara – 1º Turno – Última rodada
Pau a pau
Flamengo 1 x 0 Vasco – Flamengo Campeão
Gol: Arilson

—–

1975 – Taça Daniel Leal Carneiro – 3º Turno – Partida Extra
Vasco 1 x 0 Flamengo – Vasco Campeão
Gol: Moisés

—–

1976 – Taça Guanabara – 1º Turno – Partida Extra
Vasco (5) 1 x 1 (4) Flamengo – Vasco Campeão
Gols: Roberto Dinamite (Pênalti); Geraldo (FLA)

——-

1977 – Taça Manoel do Nascimento Vargas Netto – 2º turno – Partida Extra
Vasco (5) 0 x 0 (4) Flamengo – Vasco Campeão

——

1978 – Taça Cidade do Rio de Janeiro – 2º turno – Última rodada
Vasco jogava pelo empate
Flamengo 1 x 0 Vasco – Flamengo Campeão
Gol: Rondineli

——

1982 – Taça Guanabara – 1º Turno – Partida Extra
Flamengo 1 x 0 Vasco – Flamengo Campeão
Gol: Adílio

—–

1986 – Taça Guanabara – 1º turno – Última rodada
Pau a pau
Vasco 2 x 0 Flamengo – Vasco Campeão
Gols: Romário (2)

——

1988 – Troféu Brigadeiro Gerônimo Bastos – 3º turno – Última rodada
Pau a pau
Vasco 3 x 1 Flamengo – Vasco Campeão
Gols: Vivinho, Sorato (2); Andrade (FLA)

——-

1996 – Taça Guanabara – 1º Turno – Última Rodada
Flamengo jogava pelo empate
Flamengo 2 x 0 Vasco – Flamengo Campeão
Gols: Romário, Sávio

——

1998 – Taça Guanabara – 1º Turno – Última rodada
Vasco jogava pelo empate
Vasco 0 x 0 Flamengo – Vasco Campeão

——

1999 – Taça Guanabara – 1º turno – Última rodada
Vasco jogava pelo empate
Flamengo 2 x 1 Vasco – Flamengo Campeão
Gols: Athirson, Romário; Odvan (VAS)

——

1999 – Taça Rio – 2º Turno – Última rodada
Vasco jogava pelo empate
Vasco 2 x 0 Flamengo – Vasco Campeão
Gols: Edmundo (2)

——

2000 – Taça Guanabara – 1º turno – Última rodada
Vasco jogava pelo empate *
Vasco 5 x 1 Flamengo – Vasco Campeão
Gols: Felipe, Romário, Romário (Pênalti), Romário, Pedrinho (Pênalti); Leandro Machado (FLA)

* Além de derrotar o Vasco o Flamengo contava em obter os pontos do empate que obtivera diante do Cabo Frio no campo do adversário, em razão da suposta utilização de um atleta adversário, sem condições de jogo. O julgamento do caso se deu após a partida contra o Vasco e no tapetão houve derrota também do rubro-negro.

——

2003 – Taça Guanabara – Turno classificatório para o quadrangular final do campeonato – Última rodada
Vasco jogava pelo empate *
Vasco 1 x 1 Flamengo – Vasco Campeão
Gols: Wellington Monteiro; Zé Carlos (FLA)

* Quatro dias após o jogo, a equipe do Americano, de Campos, ainda poderia matematicamente conquistar o título, em razão do empate no clássico, caso derrotasse o Friburguense por 8 gols de diferença. A Taça Guanabara, entretanto, já fora entregue ao Vasco após o jogo contra o Flamengo, quatro dias antes, dentro de campo, com anuência do presidente da FFERJ, Eduardo Viana. Americano e Friburguense empatariam em 0 x 0 no confronto entre ambos.

—–

2011 – Taça Rio – 2º turno – Decisão
Pau a Pau
Flamengo (3) 0 x 0 (1) Vasco – Flamengo Campeão

—–

2019 – Taça Rio – 2º turno – Decisão
Pau a Pau
Flamengo (3) 1 x 1 (1) Vasco – Flamengo Campeão
Gols: Arrascaeta; Tiago Reis (VAS)

Vasco 9 x 7

——

OBS: Em 1992, na última rodada da Taça Guanabara, o Vasco precisava apenas do empate para conquistar o turno, contra o Flamengo, mas se o rubro-negro vencesse a partida, por qualquer placar, haveria um jogo extra, daí não ter sido tal disputa considerada uma decisão aquele jogo, pois apenas uma equipe poderia ser campeã naquela ocasião.

OBS 2: Em 1996, na última rodada da Taça Rio, o Flamengo precisava apenas do empate para conquistar o turno, contra o Vasco, mas se os cruzmaltinos vencessem a partida, por qualquer placar, haveria um jogo extra, daí não ter sido tal disputa considerada uma decisão aquele jogo, pois apenas uma equipe poderia ser campeã naquela ocasião.

——

Em 1993 o Vasco conquistou a Copa Rio, competição que dava uma vaga para a Copa do Brasil do ano seguinte.

Na decisão, em dois jogos, o Vasco derrotou o Flamengo por 2 x 0 e 1 x 0 respectivamente.

CASACA!

A década começa quando à mídia interessa

Matéria ridícula, supostamente publicada pelo Globo on line e reproduzida pelo Netvasco, sem verificar a veracidade do ali descrito, pôs o Vasco como maior vencedor de Campeonatos Cariocas em apenas duas décadas em toda a história da competição.

Em primeiro lugar, recapitule-se que um veículo global se esmerou, no final de 2010, por fazer uma matéria ridicularizando o Vasco, afirmando que naquela primeira década do século o clube conquistara apenas um título estadual, quando na verdade o século não começou no dia 19 de janeiro (um dia após a conquista do Campeonato Brasileiro de 2000 por parte do Vasco), mas sim no dia 01/01/2001.

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2010/12/vasco-termina-decada-com-o-pior-desempenho-de-sua-historia.html

Na época valia a tese de que a primeira década do século começava em ano terminado em “1”. Isso fazia com que não se contasse o Campeonato Brasileiro de 2000 (decidido em janeiro 2001), nem a Copa Mercosul de 2000.

Agora surge uma nova tese, começando a década no ano terminado em “0”.

Vamos ver como estaria o Vasco com essa leitura anterior de outro veículo global, ou seja, com a década iniciada no ano “1”:

Século XX

Década de 20:

Vasco – 3 (1923, 24, 29)

Flamengo – 3 (1921, 25, 27)

*Lembrando que o Vasco ainda estava na segunda divisão do futebol carioca em 1921 e 1922.

——

Década de 30:

Botafogo – 4 (1932, 33 , 34, 35)

——

Década de 40:

Vasco – 4 (1945, 47, 49, 50)

——

Década de 50:

Vasco – 3 (1952, 56, 58)

Flamengo – 3 (1953, 54, 55)

——

Década de 60:

Botafogo – 4 (1961, 1962, 1967, 1968)

——

Década de 70

Flamengo – 5 (1972, 74, 78, 79*, 79)

Fluminense – 5 (1971, 73, 75, 76, 80)

*Incrivelmente, houve dois Campeonatos Carioca no mesmo ano, quando o primeiro deveria ser na realidade o complemento do de 1978

——

Década de 80

Vasco – 3 (1982, 87, 88)

Fluminense – 3 (1983, 84, 85)

Década de 90

Vasco – 4 (1992, 93, 94, 98)

Flamengo – 4 (1991, 96, 99, 00)

—-

Século XXI

1ª Década:

Flamengo – 5 (2001, 04, 07, 08, 09)

—–

2ª Década

Flamengo – 3 (2011, 14, 17)

Vasco – 2 (2015, 16)

Botafogo – 2 (2013, 18)

Fluminense – 1 (2012)

Ou seja, o Vasco foi, na realidade, o maior conquistador de títulos cariocas, sozinho ou junto com algum outro clube, nas décadas de 20, 40, 50, 80 e 90 do século passado e neste século só não é da atual década em função do polêmico campeonato vencido pelo Flamengo em 2014.

Casaca!

Vasco publica nota em resposta a matéria inverídica do UOL

 

O Vasco refuta com veemência qualquer ilação a respeito de manobras da reunião do conselho deliberativo. Como já é público e notório, o presidente Eurico Miranda só será candidato à recondução ao cargo se obtiver a maioria eleita pelos sócios. Ou seja, se sagrar-se vencedor na eleição realizada com total transparência e lisura. 

O Vasco repudia também a forma como o grupo oposicionista planta uma matéria jornalística no intuito de justificar uma futura ação judicial. E continua confiante de que os sócios que votaram na urna anulada terão de volta o direito por ora usurpado. 

Fonte: Site oficial do Vasco

Cadê as Irregularidades?

O Globo publica hoje depoimentos de alguns sócios que votaram na urna em separado determinada pela Justiça nas eleições do dia 7/11. Fica comprovado que não há ali nenhuma irregularidade. Se muito, algum problema cadastral. Veja abaixo:

(clique sobre as imagens para ampliar)

(Reprodução de trechos do Jornal O Globo de 9/11/2017).

CASACA!

Isenção para quê?

 

O UOL publicou hoje reportagem com o Promotor Rodrigo Terra, que cuida no Ministério Público de assuntos relacionados ao Vasco. Parte da matéria está abaixo reproduzida:

———–
Promotor diz que plano de sócios para membros de organizadas é financiamento para torcidas
Quinta-feira, 13/07/2017 – 15:02

O Ministério Público do Rio de Janeiro não enxergou com bons olhos o plano de sócios criado pelo Vasco para as organizadas e a maneira como ele tem sido conduzido pelas mesmas nos dias de jogos em São Januário, como mostrou a reportagem publicada pelo UOL Esporte na última quarta-feira (12). Na visão do órgão, a revenda de ingressos por uniformizada suspensa dos estádios é uma prática de “financiamento” do clube, que está na mira das autoridades depois da confusão generalizada do último sábado, quando confrontos depois do clássico com o Flamengo terminaram com a morte de um torcedor.

“Esse fato [ingressos do plano ‘sócio-torcida’ sendo revendidos] é grave por reforçar que a relação entre os clubes e as organizadas é de financiamento. Na ação da torcida única, fizemos uma proposta de TAC em que esse tipo de vínculo seria proibido, mas os clubes se recusaram a assiná-lo. Estamos esperando a decisão de mérito do processo”, declarou Rodrigo Terra, promotor de Justiça do MP-RJ.

Fonte: UOL
———-
Ocorre que causa algum estranhamento que tanto matéria quanto pronunciamento só aconteçam agora, uma vez que, por exemplo, o Flamengo já possui algo relativamente similar no mercado:

———-

Torcidas Organizadas e empresas já estão se associando ao Sócio Torcedor Corporativo do Flamengo

(…) Por último, a tacada certeira é a adequação das Torcidas Organizadas. Como elas possuem documentação apropriada, encontra-se uma solução interessante de equacionar uma situação que há muito estava pendente. Torcidas Organizadas reclamam, desde o início de implantação do programa, que seus associados não receberam um tratamento adequado na formatação dos planos. Podemos pensar que esse seria o preço popular tão aguardado por uma boa parte dos associados das nossas Torcidas Organizadas (….)

Extraído da Internet
———-

Para mostrar real isenção, seria interessante que tanto o UOL, quanto o doutor Terra se dignassem a informar ao respeitável público que matéria e depoimento não são partes de uma tentativa velada de atingir somente o Vasco e seus dirigentes. Mesmo porque não foram poucos os episódios de violência recentes protagonizados por organizadas do Flamengo, sem que se tomasse conhecimento do paradeiro dos investigativos do UOL e tampouco do doutor Terra, que em silêncio ficou, sem condenar este magnífico programa para sócios torcedores de organizadas do clube da Gávea.

CASACA!