2025 – 1° jogo da Semifinal do Campeonato Carioca:
“O jogo de ontem foi injusto, o juiz, o VAR, se naquele lance houvesse isso, naquele outro aquilo…”
2015 a 2017:
Nesse período, Vasco e Flamengo se enfrentaram 16 vezes, com 6 vitórias do Vasco, 6 empates e 4 vitórias do Flamengo.
O clube da Gávea nos três anos era tido pelos especialistas como melhor que o Vasco, mas ao final do triênio teve de se contentar em (junto com Botafogo e Fluminense) não obterem o mesmo número de títulos e taças oficiais que o Gigante da Colina conquistou, além de tal qual os outros dois adversários grandes do Vasco, ter sucumbido no confronto direto.
Um pequeno retrospecto de polêmicas, falta de sorte etc…, nos jogos Vasco x Flamengo naquele período demonstra que tais problemas, primordialmente os de arbitragem, atingiram o Vasco, mas não impediram a nossa supremacia contra eles, como também não impediram que os eliminássemos três vezes consecutivas de competições, sendo que em duas delas seríamos campeões (a derradeira de forma invicta), aliás essas as últimas duas conquistas do clube até o presente momento.
2015 – Campeonato Carioca – Fase inicial:
Com um gol ocorrido em função de uma bobeada do zagueiro Rodrigo, após passe lateral do goleiro Martin Silva para ele (a bola parou numa poça d’água), e outro de pênalti, assinalado em favor do clube da Gávea, além de uma bola chutada contra a trave rubro-negra pelo paraguaio Julio dos Santos, perdemos a primeira disputa oficial contra eles no triênio, por 2 x 1.
O Flamengo, com esse resultado, não perdia do Vasco havia dez jogos na ocasião, desde 2012.
2015 – Campeonato Carioca – Semifinal – 1° jogo:
Jonas, volante do Flamengo, não foi expulso na ocasião, após acertar um chute na cara do centroavante Gilberto com apenas 11 minutos de partida. O jogo terminou 0 x 0.
2015 – Campeonato Carioca- 2° jogo da Semifinal (o Flamengo jogava pelo empate):
Uma cabeçada de Rafael Silva, aos 5 minutos da etapa final, passou da linha fatal e ninguém até hoje pode dizer se entrou inteira ou não, mas, na dúvida, não foi dado o gol para o Vasco, que venceria mesmo assim, com um gol de pênalti, ocorrido, de fato, cometido pelo zagueiro Wallace sobre o volante Serginho.
No dia seguinte parte da mídia pretendeu brigar com a imagem e o Vasco publicou um lance similar de pênalti dado em favor do Flamengo, contra o Botafogo, na final de 2009 para acabar com a discussão.
2015 – Campeonato Brasileiro – 1° turno:
Com um belo gol de Riascos, marcado na etapa inicial, o Vasco derrotou o adversário, no Mato Grosso, por 1 x 0.
O Flamengo atacou bastante, mas mesmo tendo o Vasco atuado com seu terceiro goleiro (segundo reserva) não conseguiu o time da Gávea vazá-lo.
2015 – Copa do Brasil – Oitavas-de-final 1° jogo:
Aos 6 minutos do período final, Emerson Sheik cometeu pênalti sobre o zagueiro Anderson Salles e a arbitragem não assinalou a falta máxima. Aos 12, o Vasco marcou o gol da vitória em lance no qual Riascos, que participou da jogada, estava em impedimento. Gol marcado por Jorge Henrique, que estreava.
O Flamengo não perdia no Maracanã partidas realizadas pela Copa do Brasil, desde 2004.
2015 – Copa do Brasil –
Oitavas-de-final – 2° jogo:
Aos cinco minutos de partida foi dado um gol irregular para o Flamengo, com o zagueiro rubro-negro César Martins, em posição de impedimento, influenciando por sua ação (um corta-luz) claramente no desfecho da jogada, que ensejou o gol do rubro-negro.
O Vasco empatou no 2° tempo, com Rafael Silva, e se classificou.
2015 – Campeonato Brasileiro – 2° Turno:
Quando o Flamengo vencia o Vasco por 1 x 0, ainda na primeira etapa, houve reclamação dos vascaínos pela não marcação de um pênalti, após conclusão de Luan e desvio com o braço de Canteros (que não estava com ele junto ao corpo).
No 2° tempo o Vasco virou o jogo e venceu por 2 x 1. O gol da virada foi de pênalti, existente.
2016 – Campeonato Carioca – Fase Inicial:
Vasco x Flamengo voltaram a se enfrentar em São Januário, depois de 11 anos quase.
Após lance duvidoso na área dos visitantes no período inicial e uma bola na trave rubro-negra atirada por Nenê, em cobrança de falta, na etapa final, Rafael Vaz, zagueiro cruzmaltino, aos 45 do 2° tempo, marcou o gol da vitória do time da casa por 1 x 0.
2016 – Campeonato Carioca – Segunda Fase:
Numa partida em que o incômodo rubro-negro pelos seguidos insucessos diante de seu rival atingia parte da mídia, lances foram editados por uma emissora carioca para tentar transformar o centroavante rubro-negro Paolo Guerrero em vítima e Rodrigo, zagueiro vascaíno, em algoz no clássico disputado em Brasília.
Mostramos vários lances de prejuízo ao Vasco (lances capitais, inclusive) ocorridos na partida. Claro, sem a mesma repercussão. O jogo terminou empatado em 1 x 1.
2016 – Semifinal do Campeonato Carioca (o Vasco jogava pelo empate):
Próximo da final e ainda invicto na competição, o Vasco, em Manaus, enfrentaria o adversário, que fez vergonha antes de o jogo começar, largando no vestiário as crianças que acompanhariam os atletas e fincando uma bandeira rubro-negra no centro do gramado, como se pretendessem dizer que aquele espaço, simbolicamente, era do clube da Gávea.
Com a vitória de 2 x 0 do Vasco, com direito a pênalti não marcado em Nenê, atleta rubro-negro poupado de expulsão, a gozação foi imediata e os rubro-negros, que haviam dado bandeira no episódio pré-jogo, foram o alvo evidente no pós.
2017 – Campeonato Carioca – Taça GB – Semifinal (o Flamengo jogava pelo empate):
Partida disputada em Volta Redonda. O Fla venceu por 1 x 0, com um gol de pênalti.
2017 – Campeonato Carioca – Taça Rio – Fase regular:
O Vasco vencia por 1 x 0, gol marcado na primeira etapa por Yago Pikachu, quando aos 8 do 2° tempo houve uma incrível simulação de agressão por parte do árbitro da partida (disputada em Brasília como já ocorrera no ano anterior), após contato físico leve de Luís Fabiano com ele. O Vasco vencia por 1 x 0 e o adversário, com um a mais, virou. Aos 44 do 2° tempo o mesmo árbitro não marcou um pênalti sobre Jomar, que teve sua camisa puxada quando posicionado, próximo à primeira trave, buscava cabecear, chegar na bola, após cobrança de escanteio.
https://www.netvasco.com.br/n/191435/veja-o-penalti-em-jomar-nao-marcado-aos-44-minutos-do-2-tempo-de-urubu-2-x-2-vasco
Três minutos depois, no entanto, o árbitro assinalou outra penalidade máxima (que não houve), cabendo a Nenê bater e empatar definitivamente o clássico.
2017 – Campeonato Carioca – Taça Rio – Semifinal (o Vasco jogava pelo empate):
Próximo da vaga à final da Taça Rio (1° lugar), que venceria diante do Botafogo na semana seguinte, o Vasco obteve sua classificação com um empate de 0 x 0 no clássico diante do Flamengo e gritos de Casaca! no vestiário vascaíno, como deve ser.
2017 – Campeonato Brasileiro – 1° Turno:
Em pleno estádio de São Januário, Everton Ribeiro, na etapa inicial, cortou uma bola com a mão dentro da área e o árbitro nada marcou. O Flamengo venceu o jogo por 1 x 0, gol assinalado na etapa final.
Após o jogo houve confusão, com morteiros e afins atirados no gramado, e o Vasco, por medida do STJD, perdeu o direito de atuar seis vezes na competição em seu estádio, com presença de sua torcida.
Mesmo assim, no final da competição chegaria o Vasco à Libertadores, ficando apenas um ponto atrás do rubro-negro, fruto de um pênalti desnecessário, cometido infantilmente por um atleta do Vitória-BA contra o Fla, na Boa Terra, na última rodada do campeonato, exatamente no último lance do jogo. O Flamengo ficou em 6° lugar na classificação final e o Vasco em 7°.
https://www.netvasco.com.br/n/196100/veja-mais-um-penalti-a-favor-do-vasco-nao-marcado-pela-arbitragem-contra-o-urubu
Imperdíveis os comentários de alguns vascaínos e de rubro-negros, que podem ser lidos através do link acima. A matéria foi publicada cerca de quatro horas após o fim do jogo.
2017 – Campeonato Brasileiro – 2° turno
A maior chance da partida foi do Vasco, em bola que estourou na trave rubro-negra, após chute de Nenê e desvio de Juan. O zagueiro rubro-negro por um triz não marcou contra.
Nos últimos dez minutos de jogo, aproximadamente, o Vasco atuou com um jogador a menos, após contusão de Ramon, pois o número de substituições permitidas já havia se esgotado. A partida terminou empatada (0 x 0).
O único jogo aqui não mais esmiuçado foi o amistoso ganho pelo Flamengo, no início de 2015, por 1 x 0, afinal o primeiro milho é dos pintos.
Sobre arbitragens nos dois Campeonatos Brasileiros (2015 e 2017), muito para além dos jogos diante do Flamengo, o Vasco foi prejudicado, na balança de pontos, em 14 no ano de 2015 (exatos 20 erros capitais contra si e nenhum a favor, com o curioso e conveniente silêncio de muitos) e “apenas” sete em 2017, ano no qual o clube teve contra si seis gols irregulares dos seus adversários validados, oito pênaltis contra si assinalados, um apenas (na última rodada) concedido e oito outros a favor (existentes) ignorados pela arbitragem.
Se a queda ocorreu via arbitragem em 2015, esta não impediu o bi invicto do Vasco no ano seguinte, a quebra do recorde de partidas oficiais invictas de sua história (superando no mesmo quesito a Atlético-MG, Flamengo, Internacional-RS e Palmeiras), a manutenção do Vasco no G4 da Série B, desde os 6 minutos do 1° tempo da primeira partida do clube na competição (líder nas 29 rodadas iniciais do campeonato, das 38 jogadas), até o fim dela (nenhum minuto sequer fora do G4, desde então e sem a necessidade matemática de somar qualquer ponto nas últimas duas rodadas da competição para subir).
Já em relação a 2017, com metade dos pontos de prejuízo de arbitragem, o Vasco chegou à Libertadores, pela última vez até aqui.
Em 2015, sem os prejuízos de arbitragem o Vasco terminaria a competição em 8° e em 2017, seguindo o critério, em 3°, com os mesmos pontos do segundo colocado.
Ao final do triênio o clube havia reduzido sua dívida global, apesar de juros incorrerem ano a ano, apesar de ter sido assumido o Vasco com a dívida real quase triplicada, após seis anos e cinco meses de gestão dos antecessores, apesar das condições precárias da base, do patrimônio, das finanças, dos atrasos, do desprestígio institucional, da falta de crédito, do péssimo momento no futebol, deixado no 3° lugar da segunda divisão em 2014, mas entregue à gestão seguinte, no início de 2018, classificado à principal competição da América do Sul, repetindo, pela última vez.
Muito trabalho, muita exposição, sem choro, vela, romantizações de fracassos, longe de vendilhões, de entreguistas, de experts financistas, longe de concordata ou de reinventores da roda. Sem ser gerido ou resolvido o Vasco de fora para dentro, mas sim de dentro para fora, com muita cobrança e vascaínos insatisfeitos com “somente” aquilo apresentado pelos gestores naquele triênio, que se encerrou há pouco mais de sete anos.
Voltando a 2025, hoje se ouve por todos os cantos vascaínos dizendo ser o time do Flamengo melhor tecnicamente que o nosso e etc…
Se todos dizem isso e a direção do clube não refuta, por que razão o Vasco não fez diferente do adversário desde o início da competição?
Por que não pôs seu time principal para jogar desde a primeira rodada, a fim de obter uma vantagem competitiva para enfrentar o rubro-negro ou qualquer outro adversário numa semifinal?
Teria o Vasco ganho a Taça Guanabara e entrado com mais moral na decisão da vaga à final e faria seu último jogo da fase semifinal no estádio que lhe conviesse (e com vantagem).
Por outro lado, por qual motivo no Conselho Arbitral da Federação, realizado em novembro do ano passado, o Vasco aceitou que as duas partidas finais da competição fossem disputadas no Maracanã, como consta no regulamento da competição?
Por que o Vasco não impôs no regulamento seu direito de jogar uma eventual partida semifinal em seu estádio, considerando nisso as limitações impostas pelo Poder Público ao estádio?
Depois de tanta desídia, negligência, descuido ou ingenuidade nos bastidores por parte do Vasco, cabe agora buscar a vitória no segundo jogo e por mais de um gol de diferença, já que a vantagem é do adversário.
Ponto.
Sérgio Frias