No dia 16 de junho de 1993 o Vasco empatava o 3º jogo da decisão contra o Fluminense e conquistava o bicampeonato estadual.
Assim o “Jornal do Brasil” descreveu os minutos finais e a comemoração da torcida vascaína num Maracanã com mais de 80 mil torcedores:
Aos 40 minutos do segundo tempo a torcida vascaína, que ficou boa parte do segundo tempo apreensiva, passou a gritar bicampeão. Quando o hesitante árbitro Daniel Pomeroy encerrou a partida, explodiu o grito de bicampeão. Um titulo merecido para um time que ganhou o segundo turno, somou o maior número de pontos ao longo da competição, teve o artilheiro e o melhor jogador do torneio e ontem jogou pelo regulamento. A festa vascaína se estendeu ao redor do estádio, não só com os gritos de “Vasco, Vasco” e “Bicampeão”, mas também com o tradicional “Casaca. casaca, a turma e mesmo boa, e mesmo da fuzarca”.
Bismarck, um dos maiores destaques da conquista do bi, mas que perdeu um pênalti na decisão, fala sobre o título:
Foi uma conquista sofrida. Terminado o jogo, ontem, no Maracanã, os jogadores do Vasco comemoraram o bicampeonato com um misto de alivio e euforia. Entre todos os jogadores, Bismarck era o mais exultante. O desconsolo causado pelo pênalti perdido cedeu lugar à explosão em forma de desabafo. Bismarck chorava muito e festejava aos berros: “O Vasco não merecia perder esse título. Nós lutamos muito pelo bicampeonato e ele veio com justiça. Perdi o pênalti, mas bateria de novo de fosse necessário. Sou bicampeão! Dedico o título a Jesus.” A alegria de Bismarck, carregado pelos companheiros e torcedores, contagiava. França, que consolara logo depois do pênalti, abraçou o apoiador chorando. A cena era acompanhada por dirigentes e torcedores que invadiram o campo. — Bismarck é o jogador que mais merecia este título. O pênalti que ele perdeu nos deu mais moral ainda para lutar em campo — desabafava França. O técnico Joel Santana, repetidas vezes chamado de burro pela torcida, comemorava o bicampeonato de maneira contida. Destacou a garra do time que, mesmo desfigurado, soube lutar para segurar o empate: — Só eu e o grupo sabemos as dificuldades que passamos para chegar ao titulo. Fomos criticados com exagero, mas soubemos responder à altura mesmo com o time desfalcado. Contra a vontade de muita gente, o Vasco é bicampeão estadual. Isso é que vai entrar para a história.
A campanha e os campeões estaduais de 1993. Na imagem abaixo, apenas um equívoco: o Vasco já havia vencido finais contra o Fluminense antes desta conquista.
Venceu o Torneio Início de 1931, o Torneio Municipal de 1946, a Taça Rio de 1988 e a Copa Rio 1992, todos em finais contra os tricolores.
Os melhores momentos do jogo:
Outras vitórias do Vasco em 16 de junho:
Vasco 2 x 1 Botafogo (Carioca 1929)
Vasco 10 x 0 Brasil-RJ (Carioca/Amistoso 1935)
*Como o Brasil-RJ abandonou o campeonato no meio da competição, o jogo ficou valendo apenas em caráter amistoso.
Vasco 2 x 1 Botafogo (Torneio Municipal 1938)
Vasco 3 x 0 Botafogo (Carioca 1940)
Vasco 4 x 2 Canto do Rio (Torneio Municipal 1948)
Ypiranga 1 x 3 Vasco (Amistoso 1948)
América-PE 0 x 3 Vasco (Amistoso 1949)
Athletic Bilbao-ESP 2 x 4 Vasco (Torneio de Paris 1957)
No dia 15 de junho de 1946, o Vasco impôs uma goleada de 5 a 1 sobre o São Cristóvão, pela última rodada do Torneio Municipal daquele ano, o credenciando a final.
Mas a classificação não era tão simples. O Vasco ainda dependia do resultado da partida entre Botafogo x América que seria realizada no dia seguinte, em São Januário. Ao time de Campos Salles só bastava a vitória para conquistar o título. Em caso de empate ou derrota, estaria fora da disputa, deixando Vasco e Fluminense empatados na liderança, forçando uma final entre ambos.
E foi o que aconteceu: vitória do alvinegro por 2 a 1 e cruzmaltinos e tricolores na briga pela taça.
Assim tratou a partida o “Jornal dos Sports” do dia seguinte:
O jornal “A Noite” do dia 17 de junho trazia a matéria sobre a vitória incontestável dos vascaínos e a derrota dos americanos perante o Botafogo:
“A hipótese considerada improvável da derrota do América perante o Botafogo, e consequentemente o empate do Vasco e Fluminense na ponta do Torneio Municipal, acabou prevalecendo”
O jornal “O Globo” do dia 17 de junho dava destaque ao empate entre cruzmaltinos e tricolores e a final que viria a acontecer entre ambos:
Outras vitórias do Vasco no dia 15 de junho:
Palmeiras 1 x 4 Vasco (Carioca 1924)
Combinado de Lisboa 3 x 4 Vasco (Amistoso 1947)
Vasco 2 x 0 Olaria (Carioca 1975)
Combinado de Porto Velho-RO 1 x 3 Vasco (Amistoso 1978)
O jornal “O Globo” destacava na sua edição de sexta-feira, dia 14/06/1957, data na qual se decidiria o Torneio de Paris, o sensacional prélio, marcado para as 20:45 pelo horário local, entre Real Madrid (Bicampeão europeu 1956/57) e Vasco (Campeão Carioca de 1956).
Os cruzmaltinos se credenciaram para a decisão, após vencer o time da casa e organizador do torneio, Racing de Paris (que o fez em comemoração ao seu 25º aniversário), por 3 x 1, mostrando franca superioridade sobre a equipe francesa na partida.
A equipe brasileira abriu o placar com Livinho aos 20 minutos da etapa inicial e ampliou o escore com Pinga, num forte petardo aos 12 do segundo tempo. Nove minutos depois, Vavá, em jogada de grande categoria passou a pelota por debaixo das pernas de um adversário e marcou o terceiro. Sonat descontou para o time da casa a quatro minutos do fim.
Enquanto isso, o Real Madrid arrasou por 5 x 0 o Rot-Weiss Essen, campeão alemão de 1955, quarto participante do torneio, sem Di Stefano, seu principal astro.
O Vasco enfrentaria aquele que era considerado na Europa como o maior time do mundo. O Real Madrid, de fato, parecia uma máquina de jogar futebol no Velho Mundo. Conquistaria entre 1956 e 1960, o pentacampeonato europeu de clubes (atual Champions League).
O plantel madrilenho contava com o ótimo goleiro Alonso, mas era seu ataque – formado pelo francês Kopa, junto aos argentinos Di Stefano e Rial, além do extrema esquerdo espanhol Gento – a grande sensação da Europa.
O Vasco tinha Carlos Alberto Cavalheiro no gol, Orlando Peçanha na zaga, o craque Valter Marciano, o impetuoso extrema pela direita, Sabará, o artilheiro Vavá e o ponteiro artilheiro Pinga, ex-meia da Portuguesa de Desportos, adaptado à nova posição, tendo marcado 10 gols no Campeonato Carioca no ano anterior, assim como Livinho, que completava o quarteto ofensivo cruzmaltino.
A dupla Valter Marciano (14) e Vavá (13) fora responsável pela marcação de 27 gols no Carioca de 1956, vencido pelo Vasco por antecipação, na penúltima rodada, quebrando a série de títulos do tradicional rival, Flamengo, que sonhara em vão com o tetra. Seria ela capaz de brilhar contra o maior esquadrão do mundo, segundo os europeus?
Se na preliminar o Racing passou pelos alemães do Rot Weiss com um placar raro, 7 x 5, obtendo o 3º lugar do torneio, na decisão esperava-se mais uma atuação de gala do Real em Paris.
Começa a partida e os espanhóis abrem o marcador, como esperado entre a maioria dos presentes, através de Di Stefano.
A ilusão de uma vitória fácil foi desfeita pelo volume de jogo e toque de bola do Vasco. Aos 21, quando Valter Marciano empatou a peleja, o domínio cruzmaltino já era flagrante. Três minutos depois Vavá obrigou Alonso a praticar excelente defesa. Mais dois minutos se passaram e o mesmo Vavá atirou por cima da trave, perdendo grande oportunidade, mas aos 33 não houve jeito. O artilheiro vascaíno acertou o alvo e virou o placar.
O ritmo dos brasileiros caiu no final da primeira etapa, mas o adversário não conseguiu chegar ao empate, embora Di Stefano tenha perdido boa oportunidade perto do fim daquele período.
Na volta do intervalo, tensão em campo. Mateos empatou a partida, depois de receber bom passe de Kopa, aos 7 minutos. Aos nove sofreu falta dura próximo a área, sem maiores consequências para o Vasco após a cobrança, mas logo depois Carlos Alberto, arqueiro vascaíno, recebeu carga desnecessária em lance no qual era senhor absoluto da jogada.
O clima quente teve como ápice um soco de Ortunho, substituto de Coronel no time vascaíno naquela competição, em Mateos. Confusão geral em campo. Vários atletas das duas equipes brigaram. No fim do tumulto, que paralisou a peleja por 10 minutos, Ortunho foi expulso pelo árbitro francês, responsável pela condução do espetáculo.
O Vasco, que já seguira sem Coronel para a Europa, não tinha também a presença de Paulinho de Almeida e Bellini, ambos servindo a Seleção Brasileira em amistosos contra Portugal, no Rio e em São Paulo, a 11 e 16/06 (2 x 1 e 3 x 0).
Mateos abandonou o campo e o Real Madrid queria substituí-lo por Santeba, mas os brasileiros contestaram. Segundo o regulamento da competição só poderiam ser feitas duas alterações por equipe, mais o goleiro, e o time espanhol já as processara. Com isso a partida seguiu com dez para cada lado.
O Vasco partiu para cima do adversário e após grande jogada de Valter Marciano – que passou a bola por entre as pernas do zagueiro madrilenho Lesmes – Livinho marcou aos 28 minutos o gol de desempate.
Mais do que depressa Mateos resolveu voltar a campo, sendo autorizado pelo árbitro. O Real Madrid não podia perder e agora tinha um jogador a mais no gramado para em 17 minutos obter ao menos o gol de empate.
A equipe espanhola buscou a igualdade, mas foi surpreendida com o quarto tento cruzmaltino assinalado por Valter* aos 38, após receber ótimo centro de Pinga.
A dois minutos do fim, Kopa descontou para o Real, que buscou o empate até o último instante (que levaria o jogo a uma prorrogação), mas sem sucesso.
Após o apito final do árbitro, a torcida francesa ovacionou as duas equipes. O Vasco ergueu a taça de campeão e as versões relacionadas à confusão ocorrida na segunda etapa eram diametralmente opostas na visão de brasileiros e espanhóis.
Enquanto Santiago Bernabeu, presidente do Real, dizia ter sido prejudicada a equipe madrilenha com a contusão de Mateos, fruto do soco desferido por Ortunho, Martim Francisco, técnico do Vasco, culpava a equipe adversária pelo destempero vascaíno em campo, fruto, segundo ele, de agressões sofridas pelos atletas cruzmaltinos, mesmo sem a posse de bola.
A vitória vascaína sobre o bicampeão europeu, obtida com três reservas em campo, e ainda um homem a menos nos últimos 17 minutos de partida, tomou conta dos noticiários no mundo futebolístico e representou a maior disputa entre sul-americanos e europeus da época.
Cerca de um ano depois o Brasil seria Campeão do Mundo, com três atletas vascaínos titulares: Bellini, Orlando e Vavá.
Ficha Técnica:
Data: 14/06/1957
Local: Estádio Parc de Princes – França
Renda: Aproximadamente CR$3.300.000,00
Público: 36.437 espectadores
Gols: Di Stefano (RM) 4, Walter Marciano 21, Vavá 33 do 1º tempo; Mateos (RM) 7, Livinho 28, Walter Marciano 38, Kopa (RM) 43 do 2º tempo.
Vasco da Gama: Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando e Ortunho; Laerte e Válter; Sabará, Livinho, Vavá e Pinga. Técnico: Martim Francisco.
Real Madrid: Alonso, Torres, Marquitos (Santamaria), Lesmes e Munoz; Ruiz e Meteos; Kopa, Di Stéfano, Rial (Marshall) e Gento. Técnico: José Villalonga.
Fontes de Pesquisa: O Globo/Jornal do Brasil/Diário de Notícias
Fotos: Google
*Jornal do Brasil e O Globo noticiaram ter sido de Sabará o quarto tento vascaíno contra o Real Madrid.
O Globo (15/06/1957)
Jornal do Brasil (15/06/1957)
A Noite (15/06/1957)
Reportagem sobre o histórico título Intercontinental conquistado pelo Vasco:
Fonte: NetVasco
Outras vitórias do Vasco no dia 14 de junho:
América 1 x 2 Vasco (Carioca 1942)
Sport Club Juiz de Fora-MG 0 x 7 Vasco (Amistoso 1944)
Vasco 2 x 1 Fluminense (Torneio Rivadávia Correa Meyer 1953)
No dia 13 de junho de 1976, o Vasco derrotava o Flamengo na final da 12ª Taça Guanabara na decisão por pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação.
Assim descreveu o jogo Sandro Moreyra, cronista esportivo do “Jornal do Brasil”:
“Depois de empatar com o Flamengo nos noventa minutos normais de jogo. nos trinta a mais da prorrogação e ainda na primeira série da cobrança de pênaltis, o Vasco ganhou a Taça Guanabara e o primeiro turno, com um pênalti batido por um novato, o desconhecido Luis Augusto que marcou a vantagem decisiva, depois de Zico e Geraldo terem perdido os que bateram para seu time, com inexplicável displicência. A partida foi nervosamente disputada e quase sempre numa movimentação fora do comum. Começando com maior disposição. parecendo querer buscar o gol logo de inicio, o Vasco pressionou descendo em massa e obrigando o Flamengo a retrair-se em seu campo, com sua defesa um tanto desnorteada. Num desses ataques, uma bola foi centrado alta sobre a área, facilmente defendida por Cantarele e logo devolvida ao melo de campo. Inesperadamente, sem que ninguém entendesse, Rondineli deu uma cotovelada no rosto de Roberto, os dois dentro da área. Junto a cena, o arbitro Agoniar Martins não teve dúvida em apontar o pênalti, cobrado e convertido pelo próprio Roberto.
Eram sete minutos de jogo e a vantagem aumentou a superioridade do Vasco, não só por tranquilizar mais seu time, como por levar o Flamengo a um descontrole quase total. Se nesta altura o Vasco demonstrasse um pouco mais de audácia, fazendo avançar seu meio campo ao invés de recuar Roberto e descendo para o apoio os seus tímidos laterais, certamente teria decidido a partida, tais eram os erros do Flamengo. Com Zico sem nenhuma inspiração. Caio inútil, isolado numa extrema, Tadeu querendo acertar, indo a frente mas deixando de dar a devida cobertura à linha de zagueiros, e Luisinho a correr e chutar desordenadamente, o Flamengo somente contava com Geraldo tentando inutilmente dar ordem ao time. Sorte sua, porque o Vasco só com Dé na frente, não chegou a aumentar a vantagem.
No segundo tempo, porem, a situação melhorou e a partida ficou igual. Com Tadeu dando melhor proteção aos zagueiros. mais seguras também com a entrada de Dequinha no lugar de Jaime, o Flamengo foi aos poucos se aproveitando do recuo do Vasco e passou a realizar alguns ataques perigosos, despertando inclusive, a sua até então emudecida torcida. Luizinho por duas vezes lançado em excelentes condições. precipitou-se arrematando mal. O mesmo fez Dé do outro lado, num bom contra ataque.
Foi quando Zanata se machucou e teve de deixar o campo, coincidindo com a substituição de Calo por Edu. Se Luis Augusto — que acabou herói do jogo —não conseguiu manter o mesmo ramo de Zanata, Edu, movimentando-se mais, pouco depois criava uma situação de gol para Geraldo, que entrando pela direita chutou violentamente empatando o jogo. Dai em diante,os dois times trataram visivelmente de se pouparem para a prorrogação. Diminuíram o ritmo e quando foram para as outros trinta minutos, um e outro, temendo levar o gol fatal, preferiram deixar a decisão para os pênaltis.
E essa decisão foi uma das mais surpreendentes que se poderia esperar. Logo de inicio, Abel o primeiro a bater pelo Vasco, chutou mal e perdeu. Os do Flamengo — Junior, Zé Roberto, Tadeu e Toninho, acertaram todos. Bastava então a Zico, o ultimo a cobrar, converter para que o Flamengo fosse o campeão. Mas Zico no pior pênalti que já deve ter batido em sua carreira, chutou fraco, em cima de Mazaroppi. Roberto em seguida estabeleceu a igualdade. Para o desempate na segunda série, o Flamengo mandou Geraldo bater e ele, repetindo o chute de Zico, não deu mais do que um leve toque na bola, como se a tivesse atrasando para o goleiro, que a segurou sem o menor esforço. E aconteceu então a consagração de um jogador, que tinha sido um dos mais fracos durante a partida: Luis Augusto, que certamente a maioria de sua própria torcida não deveria saber quem era. Calmamente, ele colocou a bola na marca, esperou a ordem do juiz e bateu com absoluta classe, deslocando Cantarele e dando ao Vasco o titulo que, afinal fez por merecer por ter sido o responsável pelo que de melhor aconteceu nas duas horas que durou a decisão de ontem.”
Oldemário Toguinhó do mesmo JB, destacava o improvável personagem da partida, o jovem Luís Augusto:
Primeira capa do jornal “O Globo” do dia seguinte e a coluna do chargista Otélo:
Zanata, que saiu contundido para a entrada de Luis Augusto, fala sobre a preocupação com a entrada do jovem atleta e de sua atuação na partida:
O Globo (13/06/1976)
As atuações individuais da equipe cruzmaltina segundo o Jornal do Brasil:
Os melhores momentos da decisão:
A CAMPANHA:
VASCO 2 x 0 SÃO CRISTÓVÃO
VASCO 1 x 0 CAMPO GRANDE
VASCO 3 x 1 PORTUGUESA
VASCO 2 x 0 BONSUCESSO
VASCO 3 x 2 BANGU
VASCO 1 x 3 FLAMENGO
VASCO 2 x 0 VOLTA REDONDA
VASCO 4 x 0 GOITACÁS
VASCO 3 x 0 MADUREIRA
VASCO 0 x 0 FLUMINENSE
VASCO 0 x 0 AMERICANO
VASCO 2 x 1 AMÉRICA
VASCO 2 x 1 BOTAFOGO
VASCO 3 x 0 OLARIA
FICHA DA DECISÃO:
VASCO l X FLAMENGO l
Local: Maracanã;
Juiz: Agomar Martins;
Renda: Cr$ 3 592 106,50;
Público: 133 444;
Gols: Roberto (pênalti) 6 do 1.° e Geraldo 22 do 2.°;
Cartão amarelo: Rondinelli, Toninho, Geraldo, Abel, Luisinho e Roberto
Vasco: Mazarópi, Gaúcho, Abel, Renê, Marco Antônio, Zé Mário, Zanata (Luís Augusto), Luís Fumanchu, Dé (Jair Pereira), Roberto e Luís Carlos
Flamengo: Cantarele, Toninho, Rondinelli, Jaime (Dequinha), Júnior, Tadeu. Geraldo, Caio (Edu), Luisinho, Zico e Zé Roberto
* Após a prorrogação de 30 minutos houve cobrança de pênaltis. O Vasco derrotou o Flamengo pela contagem de 5×4. Marcaram para o Vasco: Gaúcho, Luís Fumanchu, Zé Mário, Roberto e Luís Augusto; Abel perdeu. Marcaram para o Flamengo: Júnior, Zé Roberto, Tadeu e Toninho. Zico e Geraldo perderam
“Fazia tempo, mas muito tempo mesmo, que um time, num jogo decisivo, não conseguia ser tão superior ao outro. O que o Vasco fez ontem com o Flamengo, no Maracanã, se não chegou a ser covardia, foi, pelo menos, uma maldade. Com tanta determinação e, sobretudo, aplicação, não poderia dar outro resultado: além de vencer por 3 a 1 e conquistar o terceiro turno, ganhou a vantagem de um ponto na melhor de quatro, que começa no próximo domingo, para apontar o campeão. O domínio foi tanto que Geovani, o melhor em campo, perdeu a modéstia. — Foi um banho de bola.”
O jornal “O Globo” e craque vascaíno resumiram bem o que foi o clássico decisivo realizado no dia 12 de junho de 1988. Um verdadeiro atropelamento por parte da locomotiva vascaína.
O Globo (12/06/1988)
O “Jornal do Brasil” do dia seguinte destacava em sua reportagem que o Vasco de 1988 era sem sombra de dúvidas o melhor time do Rio. A verdade é que aquela equipe era a melhor do Brasil, reunindo categoria, futebol-arte e determinação, e tendo em seu plantel nomes com Romário (que não jogou esta partida por estar lesionado), Geovani, Acácio, Donato, Mazinho, Sorato, William, Bismarck… Uma verdadeira seleção !
“Com ótima atuação, o Vasco derrotou o Flamengo por 3 a 1, no Maracanã, conquistou o terceiro turno e, como vencedor da Taça Rio, garantiu um ponto extra na decisão do Campeonato, com o mesmo Flamengo. O Vasco dominou o jogo desde o início e já aos 10 minutos vencia por 1 a 0, gol de Vivinho, de cabeça. Sorato, o júnior que substituiu Romário, fez o segundo e o terceiro gol, além de ter criado boas jogadas, aproveitando a velocidade. O Flamengo esboçou uma reação quando Andrade fez seu gol, mas esbarrou na boa colocação em campo de toda a equipe do Vasco e na disposição demonstrada nas disputas de bola.”
Jornal do Brasil (12/06/1988)
O baixinho Romário, que assistiu ao jogo das cadeiras especiais, esperava uma “goleada histórica”, tal foi a facilidade que o Vasco chegava a zaga rubro-negra:
O Globo (12/06/1988)
O destaque e as notas da equipe vascaína segundo o JB:
Ficha do jogo, melhores momentos do jogo e as grandes jogadas de Geovani na partida:
Vasco Da Gama 3 x 1 Flamengo (RJ)
Data: 12/06/1988
Campeonato Estadual
Local : Estádio Do Maracanã (Rio De Janeiro – RJ)
Arbitro : Aloísio Viug
Público : 20.690
Gols : Vivinho (Vasco 10/1ºT), Sorato (Vasco 21/1ºT), Sorato (Vasco 4/2ºT) e Andrade (Flamengo 20/2ºT)
Vasco – Acácio, Cocada, Donato, Fernando, Mazinho, Zé do Carmo, Geovani, Henrique, Vivinho, Bismarck e Sorato (William) Técnico : Sebastião Lazaroni
Flamengo – Zé Carlos, Jorginho, Leandro, Edinho, Leonardo, Andrade, Ailton, Henágio, Renato Gaúcho, Bebeto e Flávio (Alcindo) Técnico : Carlinhos
Outras vitórias do Vasco em 12 de junho:
Bangu 2 x 3 Vasco (Carioca 1927)
Vasco 3 x 1 Seleção Baiana (Amistoso 1936)
Madureira 1 x 4 Vasco (Torneio Municipal 1938)
Vasco 5 x 2 América (Amistoso 1946)
Fortaleza 1 x 6 Vasco (Amistoso 1949)
Vasco 4 x 0 Arsenal-ING (Amistoso 1951)
Racing Club Paris-FRA 1 x 3 Vasco (Torneio de Paris 1957)
CRB 0 x 5 Vasco (Amistoso 1960)
Vasco 3 x 1 Flamengo (Carioca 1988)
Vasco 2 x 1 Flamengo (Carioca 1989)
Vasco 3 x 0 América (Carioca 1995)
No dia 11 de junho de 1939, com dois gols do artilheiro Fantoni, o Vasco dos “camisas negras” derrotava o Flamengo, e assumia a liderança do turno junto ao próprio rubro-negro e o Fluminense:
“Desde hontem o campeonato da cidade apresenta uma situação curiosa e muito poucas vezes verificada senão mesmo inédita. Isto é, três clubs empatados no primeiro posto, ao faltar apenas uma rodada para o encerramento do turno. Com a derrota do Flamengo, ficaram emparelhados na leaderança: Flamengo, Vasco e Fluminense. A derrota do leader não constituiu propriamente uma surpresa. O match não apresentava favoritos e admitia-se, assim, tanto a vitória do Flamengo como a do Vasco. Ambas as equipes reuniam credenciais suficientes para justificar uma e outra perspectiva. Os rubro-negros confiavam na sua artilharia, os vascaínos repousavam as suas esperanças na solidez da sua defesa. Venceu realmente esta.
A defesa vascaína foi aliás, o único detalhe do jogo que correspondeu a expectativa. Esperava-se urna actuação sólida da retaguarda dos “camisas negras” e essa actuação sólida foi exhibida de forma inconteste. Enquanto o ataque flamengo não produziu o que se esperava.”
Jornal O Globo (12/06/1939)
O “Jornal dos Sports” e o jornal “A Noite” destacaram a vitória cruzmaltina e o empate entre Botafogo e Bangu, resultados estes que colocaram o Vasco na liderança junto com o arco-íris da zona sul:
Jornal dos Sports (12/06/1939)
A Noite (12/06/1939)
O “Jornal dos Sports” lembrava que uma semana antes da partida, havia previsto que os “camisas negras” não perderiam tão cedo, devido a enorme categoria e força daquela equipe.
Fato que foi traduzido na belíssima vitória em dia de Fantoni:
Jornal dos Sports (12/06/1939)
O “Jornal do Brasil” dava destaque ao “ardor por vezes excessivo” da partida, que resultou nas expulsões de Jarbas (Flamengo) e Oscarino (Vasco), e troca de agressões entre Domingos, Fantoni e Osvaldo:
Jornal do Brasil (12/06/1939)
A ficha do jogo:
Vasco 2 x 0 Flamengo
Local: Gávea
Árbitro: Sanchez Dias
Gols: Fantoni (2)
Expulsão: Oscarino e Jarbas
Vasco: Nascimento, Jaú e Florindo; Oscarino (Calocero), Zarzur e Argemiro; Orlando, Villadonica, Fantoni, Gandula e Emeal.
Flamengo: Walter, Domingos da Guia e Osvaldo; Jocelino (Natal), Volante e Médio; Sá, Valido, Caxambú, Gonzalez e Jarbas (Raimondo Orsi).
No dia 10 de junho de 1993, o Vasco vencia o Fluminense por 2 a 0 na 1ª partida pela final do Carioca, e dava um enorme passo a caminho do bi.
No duelo entre Valdir Bigode e Ézio, melhor pro artilheiro cruzmaltino, que marcou duas vezes, e foi ovacionado pela torcida vascaína aos gritos de “Ê ô ê ô, o Valdir é o terror!”.
E também mereceu por parte da mídia todo crédito pela belíssima atuação, sendo chamado de “herói” pelo Jornal do Brasil do dia seguinte:
O mesmo periódico destacava a grande vantagem vascaína conquistada com a vitória na 1ª partida da final:
As atuações da equipe do Vasco segundo o jornal “O Globo”, que apesar de demonstrar a má vontade de sempre quando se trata em falar de Vasco, fez justiça com uma nota 9.5 para o autor dos 2 gols do jogo e uma nota 8 pro paredão Germano:
Reportagem do “Globo Esporte” do dia seguinte narrou o duelo entre os artilheiros do Vasco e do Fluminense, com final feliz para o atleta da cruz de malta:
No dia 9 de junho de 2007, em partida contra o Grêmio, válida pelo Brasileiro daquele ano, Romário, o “gênio da pequena área”, marcava os dois últimos gols da sua vitoriosa carreira, justamente no estádio que o viu crescer para o futebol e palco do seu milésimo gol: São Januário.
“Romário provou ontem que tem luz própria mesmo em noite de apagão. O camisa 11 fez dois gols, chegando aos 1.002 na carreira” narrou o jornal “O Globo” do dia seguinte.
O baixinho balançou as redes aos 14 e 46 minutos do 1º tempo. André Dias e Abedi completaram o placar.
Relembre este dia histórico !
As atuações da equipe cruzmaltina na goleada sobre o tricolor gaúcho:
Inconvincente. Este adjetivo caía como uma luva para resumir o que se pensava do time vascaíno naquele campeonato carioca até ali, fruto de atuações confusas e alguns resultados, como a derrota de 6 x 2 diante do Fluminense, catastróficos.
A crise instalada em São Januário, após mais um revés na competição, desta feita contra o Flamengo na rodada anterior (1 x 3) levou à renúncia de Eduardo Pinto da Fonseca Filho do cargo maior da direção cruzmaltina no futebol. O presidente Antônio da Silva Campos não aceitou o pedido e Pinto da Fonseca permaneceu, abrandando momentaneamente a situação.
Já na estreia o time não passou de um empate contra o América, em partida na qual abriu 2 x 0, permitiu a igualdade e depois não soube aproveitar as vantagens surgidas quase ao acaso a seu favor. Além de os rubros terem terminado com nove homens em campo, ainda houve uma situação inusitada: o “half” Oscar atuou desde os 14 minutos do segundo tempo improvisado de goleiro, e aos 26 protagonizou a defesa de um pênalti, cobrado por Villadoniga.
As vitórias sobre o estreante Canto do Rio (5 x 0) e São Cristovão (5 x 2), respectivamente na terceira e quarta rodadas, além de não apagarem o vexame frente ao Fluminense, foram completamente esquecidas depois da perda do clássico contra o Flamengo.
O Botafogo também vinha mal. Duas derrotas, contra Bangu na estreia e Fluminense na rodada anterior, desacreditavam o time dirigido por Adhemar Pimenta.
A dupla Fla x Flu comandava a tabela. O rubro-negro havia perdido um ponto no certame e o tricolor dois. A situação obrigava Vasco e Botafogo a buscarem uma vitória a fim de não se afastarem de vez dos ponteiros da tabela.
Se pela manhã em São Januário, os infantis e juvenis vascaínos haviam derrotado o adversário por 6 x 0 e 3 x 1, respectivamente, na preliminar entre amadores bisou-se o feito por um “modesto” 3 x 2. Faltava ao Almirante fechar a jornada com chave de ouro nos profissionais.
Apesar da campanha irregular dos dois clubes, um bom público compareceu ao estádio naquela tarde de domingo.
Passados dois minutos de partida Orlando e Gonzalez já haviam feito o arqueiro gaúcho Brandão trabalhar em dose dupla.
Pouco depois Heleno atirou fora a primeira chance de sua equipe no clássico.
Aos 18 minutos, em manobra ofensiva pela esquerda, Argemiro entregou no centro ao estreante Carlos Leite (contratado junto ao São Paulo Railway), que passou a Orlando. O ponteiro avançou, fintou Zezé Procópio e na corrida disparou um forte tiro, à meia altura, inaugurando o escore.
A reação alvinegra foi quase instantânea. Patesko e Heleno, entretanto, erraram o alvo.
No contragolpe a eficiência do Vasco. Dacunto serviu Carlos Leite, que, por sua vez, deu lindo passe a Villadoniga. O uruguaio recolheu o balão de couro e arrematou de fora da área, assinalando o segundo tento da tarde, aos 29 minutos.
O Botafogo não desistiu e passados dois minutos teve um pênalti a seu favor, cometido por Jahu, que tocou a bola com a mão dentro da área, quando o chute de Heleno para o gol era iminente na jogada. Marcada a infração, Patesko bateu com perfeição e descontou.
Pouco depois Heleno recebeu de Geninho, mas perdeu o gol. O chute pelo alto bateu em Chiquinho.
Buscando a ampliação da vantagem o time dirigido por Harry Welfare manteve-se no ataque e aos 43 minutos aumentou, após investida de Villadoniga pela esquerda até a área e toque curto para Orlando bater rasteiro, sem chance para Brandão.
No último minuto Geninho chutou, raspando a trave. Não havia tempo para mais nada.
Começa a segunda etapa e após uma investida perigosa do Botafogo é o Vasco, no contragolpe que quase aumenta. Brandão sai do gol, Armandinho arremata e Caieira, num último esforço, evita ser o destino da bola as redes, já desguarnecidas na ocasião.
Aos 8 minutos, Pirica centra e Geraldino escora bem de pé esquerdo, diminuindo o marcador.
O Vasco busca o quarto e Carlos Leite manda um pelotaço em direção ao arco botafoguense, obrigando Brandão a uma magistral defesa. O goleiro ainda salvaria seu time em outras situações perigosas nos decorrer dos primeiros 20 minutos do período final.
Aos 23, entretanto, Zarcy entrega a Pirica, que cruza pelo alto. Chiquinho sai para intervir no lance, mas Heleno se antecipa e cabeceia para o lado direito da área onde, livre, Patesko, também de cabeça, envia a pelota para as redes. Tudo igual em São Januário.
Os cruzmaltinos, então, se enchem de brio e partem para o desempate. O Botafogo tem em Zezé Moreira na linha média, muito mal no prélio, seu ponto fraco, os “halfs” direito e esquerdo procuram auxiliar o centro e com isso os espaços para os ponteiros oponentes surgem. Armandinho e Orlando perdem em lances distintos boas oportunidades, mas aos 30 minutos caía pela quarta vez a cidadela alvinegra. Amandinho escapa pela direita e centra na direção de Orlando, que, colocado junto à área inimiga, cabeceia firme, indefensável para Brandão. Vasco 4 x 3.
A resposta botafoguense é imediata com um arremate de Heleno na trave.
Mas a peleja é definida aos 33, em jogada pessoal do baixinho Armandinho. O ponta carrega a bola desde o centro do campo, passa entre os zagueiros e já de dentro da área finaliza com sucesso, fechando a contagem. Os jornais “Correio da Manhã” e “Diário de Notícias” entenderam que Armandinho estava impedido naquele lance, mas outros oito diários pesquisados não citaram qualquer possível irregularidade na referida jogada.
Dois minutos depois Patesko é expulso de campo por Mário Vianna pelo fato de o atleta ter ofendido moralmente um dos auxiliares de linha. Com isso foram sepultadas de vez as chances de nova reação do quadro de General Severiano.
A equipe de São Januário ainda exigiu algumas intervenções do arqueiro Brandão no tempo restante, mas o placar não foi mais alterado até o apito final.
Os maiores destaques do Vasco foram Florindo, Figliola, Orlando, Gonzalez, Carlos Leite e Villadoniga. Já pelo Glorioso destacaram-se Brandão, Caieira, Zarcy, Pirica e Heleno.
A vitória cruzmaltina dava um alento à sua torcida, afinal era o primeiro clássico vencido pelos camisas negras naquele campeonato.
Jornal dos Sports (09/06/1941)
Jornal dos Sports (09/06/1941)
Jornal do Brasil (09/06/1941)
O Globo (09/06/1941)
Outros jogos do Vasco em 08 de junho:
08/06 – Rio Branco-AC 0 x 1 Vasco (Amistoso 1982)
08/06 – Coritiba 3 x 2 Vasco (Copa do Brasil 2011)
Foram 34 jogos de invencibilidade em jogos oficiais, obtidos pelo Vasco entre 08 de novembro de 2015 e 07 de junho de 2016.
Ela, a invencibilidade, caiu numa partida em que nos faltou sorte, gols incomuns foram tomados, duas bolas estouraram nas traves do adversário e na qual não tivemos presente em campo nosso maior craque, Nenê.
Para o Atlético-GO, que nunca passou perto de uma invencibilidade próxima da nossa, fica como um “título” ter sido entre o período mencionado o único adversário apto a nos derrotar, algo tentado e não conseguido por Palmeiras, Campeão da Copa do Brasil de 2015, Corínthians, Campeão Brasileiro de 2015, Santos, Campeão Paulista de 2015, Botafogo (4 vezes), Flamengo (3 vezes) e Fluminense.
O que o Vasco conquistou ao longo dessa jornada já está na história e ninguém apagará.
Títulos:
O clube foi Campeão da Taça Guanabara invicto pela quinta vez (1990/1992/1994/2000/2016), após 12 anos sem vencê-la.
O clube foi Bicampeão Carioca após 23 anos.
O clube foi Campeão Carioca Invicto pela sexta vez (1924/45/47/49/92/2016). Com isso se tornou o único Hexacampeão Carioca Invicto da história do futebol deste estado.
Marcas:
O Expresso da Vitória, com suas 27 partidas oficiais invictas, realizadas no ano de 1945, já pusera o Vasco à frente de Fluminense, Ponte Preta, Vila Nova-GO, Avaí, Bangu, Guarani, Paraná Clube, Santos, Vitória, Portuguesa de Desportos, América-RJ, Atlético-PR, Figueirense e Paysandu.
Superando a marca de partidas oficiais invictas do Expresso da Vitória, o Vasco ultrapassou ainda as maiores sequências oficiais da história dos seguintes clubes:
– América-MG – 27 jogos (1920/21)
– Santa Cruz – 27 jogos (1978)
– Sport – 27 jogos (1999)
– Fortaleza – 28 jogos (2013/1014)
– Atlético-MG – 29 jogos (1976)
– Coritiba – 29 jogos (2011)
– Náutico – 29 jogos (1952/53)
– Palmeiras – 30 jogos (1973)
– Ceará – 31 jogos (1997)
– Internacional-RS – 32 jogos (1984)
– Remo – 32 jogos (1978/79)
– Flamengo – 33 jogos (1978/79)
Mesmo derrotado hoje, o clube ainda conseguiu igualar a maior sequência oficial invicta da história de mais dois grandes clubes brasileiros:
Corínthians – 34 jogos (1957)
Cruzeiro – 34 jogos (2002/2003)
Além disso, divide agora com o Cruzeiro a maior sequência oficial invicta do século XXI.
Em nenhuma das maiores sequências oficiais invictas de qualquer clube do país em todos os tempos, o número de jogos contra as 12 grandes equipes do futebol brasileiro superou ou igualou a marca do Vasco, afinal foram 11 partidas realizadas contra Palmeiras, Corínthians, Santos, Flamengo, Botafogo e Fluminense, com 7 vitórias.
Os que se aproximaram mais no quesito acima chegaram ao seguinte número de jogos de tal estirpe, disputados ao longo de suas invencibilidades oficiais:
Em termos de partidas oficiais invictas tínhamos a décima sexta marca e hoje temos a sétima, atrás tão somente de Goiás, Bahia, Grêmio, Desportiva-ES, Botafogo e São Paulo, porém apenas o Vasco construiu sua série em certames estaduais e nacionais e ainda atuando em quatro competições diferentes. Aos demais faltou uma coisa ou outra, ou ambas.
Tudo isso é motivo de orgulho para nós vascaínos, quando no dia de uma derrota, a única até aqui em 2016, olhamos para trás e vemos quantos recordes foram batidos na maior invencibilidade de jogos oficiais da história do clube.
Vale ressaltar ainda que em se tratando de Rio de Janeiro, só para repisar, superamos o Flamengo e dobramos a maior sequência do Fluminense. Por outro lado, se não batemos a marca de 44 jogos oficiais invictos do Botafogo, conquistamos nesse período algo não obtido pelo alvinegro durante a construção daquela série: títulos.