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Em noite de Chico, a conquista do tri do Torneio Municipal

 

Na noite de 26 de junho de 1944, no Estádio de São Januário, o Vasco vencia o 3º jogo final da melhor de três contra o  Fluminense por 1 a 0, gol de Chico aos 21 minutos do 2º tempo, e conquistava de maneira heroica o tri do Torneio Municipal. No ano seguinte voltaria a vence-lo, sagrando-se tetra e tornando-se o maior campeão da história deste campeonato.

Este seria o último título do treinador Ondino Vieira no comando do cruzmaltino. O  comandante uruguaio, “arquiteto” do Expresso da Vitória, treinaria o Vasco em apenas mais uma oportunidade, na vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo pelo Carioca de 1946. Posteriormente , a histórica esquadra vascaína viria a ser treinada por Flávio Costa.

O Vasco atuou na finalíssima desfalcado de 5 jogadores, sendo 3 suspensos pelo tribunal desportivo (Jair, Rubens e Santo Cristo) e dois contundidos (Augusto e Alfredo). Entraram em campo para a conquista do título: Barbosa, Jorge e Sampaio; Nilton, Eli e Argemiro; Friaça, Djalma, Lelé, Elgen e Chico.

“O vestiário dos vascaínos ficou atopetado de gente, findo o match de ontem. Dirigentes, fans e jornalistas lá compareceram em massa a felicitar os heróis da grande noitada. Chico, que alcançou o reservado carregado pelos torcedores, não se cansava de gritar, acompanhando o tradicional ‘Casaca,Casaca,Casaca’ levantando os braços feito um louco. Quando desceu, veio até nós, num gesto instintivo , e contou como fez o tento de honra:

– Tive a sensação de que algo sucederia comigo naquele lance. Estava disposto mesmo a me acabar, mas fazer o impossível para colocar em pânico a retaguarda tricolor. Desloquei-me para esquerda e quando vi que a bola tinha vindo, suspendi a canhota com todas as forças que Deus me deu. Por meu filho, que nunca me senti tão satisfeito quando percebi que havia aberto a contagem”

Jornal dos Sports (27/06/1946)

“Poucas vezes o nosso público terá presenciado a uma partida de futebol disputada com o ardor de vinte e dois jogadores num gramado[…] Não foram poucas as vezes que o público se emocionou diante de uma jogada espetacular.”

Gazeta de Notícias (27/06/1946)

“O Vasco da Gama acaba de levantar o segundo torneio deste ano. Incontestavelmente brilhante foi a campanha cruzmaltina durante todos os compromissos do Municipal, culminando com a vitoria de ontem. O jogo, terceiro de uma serie. cujos dois primeiros foram salpicados de incidentes, disputados num ambiente de intenso nervosismo, foi um verdadeiro espetáculo. “

O Globo (27/06/1946)

A Noite (27/06/1946)

Outras vitórias do Vasco em 26 de junho:

26/06 – Vasco 1 x 0 Fluminense (Torneio Municipal 1946)

26/06 – Acadêmica de Coimbra-POR 0 x 6 Vasco (Amistoso 1955)

26/06 – Valencia-ESP 1 x 2 Vasco (Amistoso 1957)

26/06 – Combinado de Petrolina-PE 1 x 2 Vasco (Amistoso 1983)

26/06 – Vasco 4 x 0 Campo Grande (Copa Rio 1991)

26/06 – Atlético-GO 0 x 1 Vasco (Brasileiro 2011)

O ano do 1º título profissional e a formação de um grande time

 

No dia 25 de junho de 1922, o Vasco vencia o Mackenzie por 3 a 0 pela Série B da primeira divisão da Liga Metropolitana e começava a trilhar o caminho rumo ao bi-estadual de 1923 e 24.

A equipe vascaína escalada para a peleja realizada no campo da Rua Moraes e Silva foi a seguinte:  Nelson, Leitão e Mingote; Arthur, Braulio e Nolasco; Paschoal, Pires, Claudionor, Torterolli e Negrito.

Vários destes participaram das futuras glórias cruzmaltinas nos anos seguintes, com o goleiro Nelson, os defensores Leitão e Mingote, os meias Nicolino e Arthur , e os atacantes Torterolli e Negrito.

“Na nova praça de sport da rua Moraes e Silva, encontraram-se hontem à tarde, em disputa do campeonato da série B, os fortes conjuntos dos clubs acima. A assistência que affluiu aquelle local foi enormíssima, destacando-se com suas graças e seus encantos, o elemento feminino, optimamente representado. A partida principal da tarde foi boa e bem disputada, sahindo victoriosa a esquadra vascaína.”

O Imparcial (26/06/1922)

Vasco da Gama x S. Club Mackenzie

“Realizou-se hontem no campo do C. R. Vasco da Gama, o jogo entre os clubs acima. Esperado com grande ansiedade, tal o valor das equipes disputantes, grande foi o numero de sportsmen que accorreram ao local, notando-se em grande parte, o elemento feminino que com seus gritos, applausos, muito contribuiu para o brilhantismo da pugna.”

Correio da Manhã (26/06/1922)

Outras vitórias do Vasco em 25 de junho:

Vasco 3 x 0 Vila Nova-MG (Amistoso 1964)

Combinado da Toscana-ITA 0 x 5 Vasco (Amistoso 1966)

Campeão do Relâmpago, do Início e do Municipal. E todos sobre o Flamengo.

Jornal dos Sports (25/06/1944)

No dia 24 de junho de 1944, o Vasco entrava em campo nas Laranjeiras precisando de apenas um empate contra o Flamengo para levantar o troféu do Torneio Municipal. E apesar de sofrer um gol irregular aos 42 minutos da etapa final (o atleta rubro-negro Pirillo recebeu a bola em posição clara de impedimento, antes de empurra-la para o fundo das redes) a peleja terminou 2 a 2 (gols de Lelé) e o Vasco pela 3ª vez naquele ano, sagrava-se campeão sobre o eterno freguês da Gávea.

Neste mesmo ano o cruzmaltino ainda conquistaria mais dois títulos, ambos novamente decididos em jogos contra o Flamengo, sendo um em final direta (Torneio Início) e outro de maneira indireta (Torneio Relâmpago).

O Globo (26/06/1944)

A Noite (25/06/1944)

O jornalista Mario Filho, na sua coluna no Jornal dos Sports, não deixava dúvidas sobre qual era a melhor equipe daquele torneio: “O título de campeão tinha de ser do Vasco”

Sobre o segundo gol do Flamengo, o jornal “O Globo” destaca a irregularidade do lance:

“O lance mais discutido da peleja entre cruzmaltinos e rubro-negros decisiva do Torneio Municipal, foi o goal de empate do Flamengo, feito por Pirillo, aos 42 minutos do período final. O comandante da ofensiva rubro-negra colocara-se em impedimento, entre Oncinha e Rafanelli.”

O Globo (26/06/1944)

Charge do “Jornal dos Sports” descreve os gols da partida:

O Vasco entrou em campo com Oncinha, Rubens e Rafanelli; Alfredo, Beracochéa e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaias, Jair e Chico.

Outras vitórias do Vasco em 24 de junho:

Andarahy 1 x 3 Vasco (Carioca 1923)

Vasco 5 x 2 Bangu (Carioca 1934)

Vasco 2 x 2 Flamengo (Torneio Municipal 1944)

Vasco 6 x 2 América (Torneio Municipal 1945)

Porto-POR 0 x 2 Vasco (Amistoso 1947)

Santa Cruz 1 x 3 Vasco (Amistoso 1951)

Vasco 4 x 2 Corínthians (Torneio Rivadávia Correa Meyer 1953)

Bahia 0 x 3 Vasco (Amistoso 1965)

Vila Nova-GO 1 x 2 Vasco (Amistoso 1973)

Vasco 2 x 0 Olaria (Carioca 1981)

Estanciano 0 x 1 Vasco (Amistoso 1983)

Vasco 2 x 1 Botafogo (Copa Rio 1992)

Vasco 1 x 0 Nacional-URU (Supercopa Libertadores 1997)

Dois gols em 3 minutos na goleada por 4 a 0 sobre o alvinegro

 

No dia 23 de junho de 1935 o Vasco goleava o Botafogo em General Severiano, gols de Luna com apenas 30 segundos de jogo , Luiz de Carvalho aos 3 minutos da 1ª etapa e Nena (2) no segundo tempo.

Assim descreveu a partida o “Jornal do Brasil”:

“Numerosa assistência afluiu ao campo de General Severiano para apreciar o match entre botafoguenses e vascaínos. São incontestavelmente os dois teams considerados mais fortes e de melhores possibilidades no campeonato carioca e dai o grande interesse despertado pela partida[…]

Logo de início o team do Vasco da Gama se infiltrou imediatamente pela defesa botafoguense e Luna marcou o 1º goal vascaíno a meio minuto sob grandes aplausos de seus adeptos. Os locais procuram reagir, mas a defesa vascaína repele com segurança os ataques, para Luiz de Carvalho marcar o 2º goal do Vasco da Gama. Este feito foi bastante aplaudido.

Dai por diante o jogo foi vivamente disputado, procurando os botafoguenses a todo tempo diminuir a contagem. Mas todos os esforços empregados pela equipe local resultam improficuos devido ao modo seguro e coeso com que se mantinha a defesa cruzmaltina. 

O 1º half terminou com a vantagem de 2 x 0 para o Vasco da Gama.

Recomeçada a peleja após o descanso regulamentar, os dois quadros se empenharam em forte peleja. Os botafoguenses procuram diminuir a diferença mas nada conseguem. Nena marca o 3º gol vascaíno. O match torna-se ainda mais movimentado. Num choque com Afonsinho, Nena perde 3 dentes, mas volta a campo e pouco depois marca o 4º e último ponto para o bando cruzmaltino.”

O Vasco atuou com Rey, Brum e Itália, Barata (Gringo), Oswaldo e Calocero, Orlando, Tião (Kuko), Luiz de Carvalho, Nena e Luna.

Jornal do Brasil (24/06/1935)

A Noite (24/06/1935)

A Noite (24/06/1935)

O Globo (24/06/1935)

Outras vitórias do Vasco no dia 23 de junho:

23/06 – River 0 x 2 Vasco (Carioca – 2ª Divisão 1918)

23/06 – Botafogo 0 x 4 Vasco (Carioca 1935)

23/06 – Vasco 3 x 2 Bonsucesso (Carioca 1940)

23/06 – Vasco 2 x 0 Fluminense (Torneio Municipal 1946)

23/06 – Barcelona-ESP 2 x 7 Vasco (Amistoso 1957)

23/06 – Rio Negro-AM 1 x 4 Vasco (Amistoso 1968)

23/06 – Mixto 1 x 3 Vasco (Amistoso 1969)

23/06 – Vasco 5 x 0 Olaria (Copa Rio 1991)

Recordar é viver, o Cocada acabou com você !

 

O dia 22 de junho de 1988 estava fadado a entrar para a história. Antes mesmo da bola rolar, já era possível fazer uma previsão de como seria a partida. Podendo jogar com o regulamento debaixo do braço, o Vasco não iria atacar com o ímpeto que lhe era característico. A responsabilidade de pressionar, atacar e fazer gols era toda do Flamengo. Ou seja, era um jogo daqueles de roer até o último tasquinho de unha. Desde o apito inicial, o que se viu foi o esperado. O Flamengo pressionava de todas as maneiras e o Vasco raramente tentava assustar o adversário nos contra-ataques. O coração dos vascaínos estava a prova. Era Renato Gaúcho chegando com velocidade, bola no travessão, o goleirão Acácio fazendo um milagre, Bebeto levando perigo, chute passando raspando, mais uma defesaça de Acácio, outra bola no travessão… Não dava pra piscar os dois olhos ao mesmo tempo. O Vasco muito recuado deixou o Flamengo crescer, colocando muitas pitadas de pimenta no jogo. Faltando aproximadamente 10 minutos para o final da partida, a torcida do Vasco começou a extravasar o nervosismo. “Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe, Vasco, seremos campeões”. A pressão não havia acabado, mas o torcedor precisava se libertar daquela prisão de nervos. Foi aí que entrou em cena o libertador. Para conter os avanços do lateral-esquerdo rubro-negro Leonardo, Sebastião Lazaroni optou por colocar o lateral reserva Cocada no lugar do ponta Vivinho. Mesmo tendo feito parte do time do Flamengo campeão brasileiro de 1983, Cocada era mais conhecido por ser irmão de Muller, aquele mesmo atacante são-paulino já citado anteriormente. Ele nem imaginava que sua vida estava prestes a mudar, que ele estava a minutos da história.

Jornal do Brasil (23/06/1988)

Após a entrada de Cocada, aos 41 minutos do 2º tempo, lances importantes se sucederam com impressionante velocidade. O Flamengo colocava suas últimas forças em campo quando, em um ataque vascaíno, Cocada arrancou com a bola desde antes do meio campo, até alcançar a marcação de Edinho. Com uma ginga de corpo e um drible, o lateral vascaíno puxou a bola para sua perna esquerda e, mesmo com Romário entrando pelo meio da área, resolveu mandar a bomba. Golaço! Golaço histórico! Cocada alucinado tira a camisa e corre em direção ao banco flamenguista, para mostrar ao treinador rubro-negro Carlinhos, que o havia dispensado anos antes do Flamengo, do que ele era capaz. O seu golaço e sua atitude deram início a uma pancadaria digna de filme de Jackie Chan. Chute pra lá, tapa na cara pra cá e, acreditem, voadoras. Torcedores, dirigentes e repórteres invadiram o campo e tudo que se imagina foi falado nos microfones. O volante do Flamengo Andrade dizia que o Vasco não estava acostumado a ganhar títulos, Cocada mandava na lata: “É uma resposta ao Carlinhos!” e Romário chamava Renato Gaúcho de muleque e safado. Quando acabou toda a estupidez dos jogadores, uma atitude coerente: o árbitro mandou pra fora do jogo os flamenguistas Renato Gaúcho e Alcindo e os vascaínos Cocada, Romário e Paulo César ( goleiro reserva ). O jogo reiniciou, mas já nem era necessário. A torcida cruzmaltina aguardava o apito final com o grito de “Bi-campeão! Bi-campeão!”. Fim de jogo. A valorosa geração vascaína coloca mais um título no currículo e Cocada seu nome na história. “Daqui a 20 anos meu nome estará sendo lembrado como o jogador que fez o gol do título.” – disse o herói. Bem Cocada, você se enganou. Vinte anos foi muito pouco tempo pra torcida vascaína esquecer do seu golaço.

O Globo (23/06/1988)

O Globo (23/06/1988)


O Globo (23/06/1988)

Vasco 1 x 0 Flamengo
22 de junho de 1988
Maracanã – Público: 31816 pagantes
Gols: 2º tempo: Cocada ( Vas ) aos 44´
Flamengo: Zé Carlos; Jorginho, Aldair, Edinho e Leonardo; Andrade, Ailton (Julio César) e Alcindo; Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho.
Vasco: Acácio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani e Henrique; Vivinho (Cocada), Romário e Bismark.

Fonte: Futebola RJ

Outras vitórias do Vasco em 22 de junho:

River 2 x 8 Vasco (Carioca – 2ª Divisão 1919)

Madureira 0 x 1 Vasco (Carioca 1941)

Bahia 0 x 2 Vasco (Amistoso 1948)

Corínthians de Sobradinho-DF 0 x 1 Vasco (Amistoso 1978)

Sergipe 0 x 1 Vasco (Amistoso 1983)

Vasco 2 x 1 Flamengo (Amistoso 1986)

O Vasco é ouro em Los Angeles em ano de recorde de títulos

 

No dia 21 de junho de 1987, um Vasco recheado de craques conquistava a Copa de Ouro (Los Angeles Gold Cup), torneio amistoso disputado em Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos, após uma vitória por 2 a 1 sobre o Rosário Central, da Argentina.

Relembrar a escalação do Vasco de 1987 pode levar os vascaínos mais nostálgicos às lágrimas. No gol, Acácio, que seria convocado para a Copa do Mundo de 1990; os laterais eram Paulo Roberto e Pedrinho, ambos com passagem pela Seleção Brasileira; Na zaga, Donato, que, mais tarde, naturalizado espanhol, chegaria à seleção nacional daquele país; do meio pra frente, os campeões mundiais Sub-20 Dunga (futuro capitão do Tetra), Geovani e Mauricinho, o craque ex-rubro-negro Tita, o ídolo Roberto Dinamite e um jovem atacante de nome Romário, que deixaria os EUA após a primeira partida para se juntar à Seleção Brasileira. A equipe contava ainda com o futuro campeão mundial Mazinho, que não disputou a Copa de Ouro. O técnico era Joel Santana, que deixou o Vasco logo após a conquista cedendo lugar a Sebastião Lazaroni.

Com esse timaço, o Vasco conquistou a Taça Guanabara e, já classificado para o turno final do Campeonato Estadual, pôde se dedicar a faturar com amistosos sem a obrigação de conquistar a Taça Rio. E foi com essa mentalidade que a delegação vascaína embarcou para os Estados Unidos para participar da Copa de Ouro, um torneio que também contava com a participação de Rosário Central (campeão argentino da temporada 1986/1987), Dundee United (3º colocado no campeonato escocês da temporada 1986/1987), Roma (vice-campeão italiano 1985/1986 e 7º colocado em 1986/1987), Guadalajara (campeão mexicano de 1987) e América do México (que se sagraria campeão mexicano em 1988). Todos os jogos seriam disputados no Estádio Coliseu, em Los Angeles, na Califórnia, palco da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos realizados três anos antes.

A estréia vascaína, em 11 de junho, não poderia ter sido melhor: 5 a 0 contra o América do México, num jogo em que brilharam Dunga e Tita, com dois gols cada um. Geovani completou o placar. Após essa partida, o elenco vascaíno se deu ao luxo de viajar 4 mil quilômetros e enfrentar uma mudança de três horas de fuso horário até Newark, estado de New Jersey, costa leste dos EUA, para, no dia 14 de junho, enfrentar o Benfica, campeão português da temporada 1986/1987, em jogo único, pela Copa TAP (sigla de Transportes Aéreos Portugueses, a empresa promotora da competição). Resultado: Vasco 3 a 0, gols de Vivinho, Mauricinho e Tita.

Com mais um troféu no bolso, a delegação vascaína encarou mais seis horas de vôo de volta a Los Angeles para continuar a disputa da Copa de Ouro. Em 17 de junho, um empate sem gols com o Roma garantiu ao já classificado Vasco a primeira posição no Grupo A. A semifinal contra o Guadalajara, segundo colocado do Grupo B, foi para quem tinha nervos de aço: o Clube da Colina começou perdendo e só empatou aos 44 minutos do segundo tempo graças a um gol do zagueiro Fernando. A vitória nos pênaltis por 4 a 3 garantiu o Vasco na decisão.

A final, marcada para 21 de junho, seria no melhor estilo da velha rivalidade Brasil x Argentina: de um lado, o Vasco; do outro, o Rosário Central. Vivinho pôs o Clube da Colina na frente logo aos 15 minutos de jogo. Na segunda etapa, Escudero empatou para o Rosário Central aos 19 e, um minuto depois, Geovani fez o gol do título vascaíno. A “Copa de Oro” repousa, hoje, na Sala de Troféus de São Januário.

O ano de 1987 entraria para a história do Vasco, entre outros motivos, por ser o de maior número de conquistas do futebol profissional: seis (Taça Guanabara, Taça Cidade de Juiz de Fora, Copa TAP, Copa de Ouro, Campeonato Estadual e Torneio Ramón de Carranza). Esse recorde seria igualado em 1993 mas jamais superado.
Curiosamente, três dos quatro adversários do Vasco rumo ao título da Copa de Ouro cruzariam novamente o caminho cruzmaltino em duas jornadas vitoriosas na virada do século. Na primeira fase da Copa Libertadores 1998, o Vasco enfrentaria o América (1 a 1 no México e no Rio) e o “Chivas” Guadalajara (derrota por 1 a 0 no México e vitória por 2 a 0 no Rio). E, nas quartas-de-final da Copa Mercosul de 2000, o Clube da Colina teria pela frente o Rosário Central (vitória no Rio por 1 a 0, derrota na Argentina pelo mesmo placar e classificação após vencer nos pênaltis por 5 a 4).

Jornal do Brasil (22/06/1987)

VASCO DA GAMA 2 X 1 ROSÁRIO CENTRAL-ARG
Competição: Copa de Ouro – Final
Data: 21/06/1987 (domingo)
Estádio: Coliseu, em Los Angeles, California (EUA)
Árbitro: José Castro Uchoa (México)
Gols: Vivinho (VAS) (15′ 1ºT), Escudero (ROS) (19′ 2ºT), Geovani (VAS) (20′ 2ºT).
VASCO: Acácio, Paulo Roberto, Donato, Morôni, Pedrinho, Henrique, Geovani, Tita, Vivinho, Roberto Dinamite e Luís Carlos. Técnico: Joel Santana.

Fonte: Almanaque do Vasco da Gama

Os campeões de 48 na festa de 97

 

No dia 20 de junho de 1997 o Vasco fazia sua estreia na Supercopa dos Campeões da Libertadores, com uma bela vitória de virada por 3 a 1 sobre o Peñarol do Uruguai, gols de Juninho, Aguirregaray (contra) e Pimentel.

Mas a maior vitória foi o clube ter conseguido, através de Eurico Miranda, o reconhecimento do título sul-americano de 1948 como oficial, e sendo equiparado a tradicional Taça Libertadores, que o próprio Vasco viria a conquistar no ano seguinte, se tornando o único carioca bicampeão sul-americano.

“A festa foi completa ontem em São Januário. Começou à tarde, com a bela homenagem aos campeões do Sul-Americano de 48 – estiveram presentes Barbosa, Chico, Barqueta, Augusto, Rafaneli, Wilson, Jorge, Friaça, Lelé e Moacir – e terminou à noite com a fácil vitória do Vasco sobre o Peñarol por 3 a 1, na estreia do time brasileiro na Supercopa dos campeões da Libertadores.”

Jornal do Brasil (21/06/1997)

“Jogo à parte, quem entrasse ontem, no restaurante de São Januário, juraria que os anos 40 haviam voltado. Mas voltaram mesmo. Para Moacir, ao pegar o microfone e cantar “Rosa Maria”, um sucesso de Gilberto Alves para o carnaval de 1948. Era ele, com sua voz grave e afinada, quem animava as festas dos jogadores do Vasco em dias de grandes conquistas. Voltaram também, para Lelé, outro dos campeões sul-americanos daquele ano, que recebeu de presente uma fita em que Linda Baptista canta “O Boteco do José”, homenagem ao próprio Lelé. E voltaram para Flávio Costa, o grande comandante, que assistia ao desfile de seus grandes craques ainda com a pose de grande treinador que era na época.

Barbosa deixa o sofrimento em Santos para apenas sorrir. Todos tinham a agradável sensação de estarem vivendo um grande dia. Afinal, a conquista era histórica, por ser o primeiro clube brasileiro a ganhar um título fora do país, no caso o Campeonato Sul-americano, de 1948. Só que, hoje, Flávio Costa está para completar 91 anos e Moacir, o caçula do time, tem 73.

Até Barbosa, o legendário goleiro do Brasil na Copa de 50, veio de Santos para a festa. Sem casa, porque a que ele ocupava, em Santos, acabou de ser vendida, o velho ídolo precisa de socorro. O Vasco já se prontificou a ajudá-lo, com R$ 2 mil por mês. Ontem começou um movimento para lhe dar um apartamento.”

Este jogo também marcou a estreia do zagueiro multicampeão pelo Vasco, Odvan.

A ficha do jogo:

Supercopa dos Campeões da Libertadores 1997
Vasco Da Gama 3 x 1 Peñarol (URU)
Data: 20/06/1997
Local : Estádio De São Januário (Rio De Janeiro – RJ)
Arbitro : Félix Benegas
Público : 1.681
Gols : Souza (Peñarol 11/1ºT), Juninho (Vasco 17/1ºT), Aguirregaray (Peñarol/contra 29/1ºT) e Pimentel (Vasco 7/2ºT)
Expulsão : Fabrício Eduardo (Vasco) e Garcia (Peñarol)

Vasco – Caetano, Pimentel, Alex, Odvan, Felipe, Fabrício Eduardo, Luisinho, Juninho (Moisés), Ramón, Brener (Nasa) e Luís Cláudio (Wagner) Técnico : Antônio Lopes

Peñarol – Alves, Garcia, Aguirregaray, De Los Santos, Lima (Adinof), Souza (Cancela), Rotundo (Gonçalves), Tais, Pacheco, Aguilera e De Lima Técnico : Gregório Perez

Outras vitórias do Vasco em 20 de junho:

Vasco 3 x 0 Helênico (Carioca – 2ª Divisão 1920)

Vasco 2 x 0 São Paulo (Amistoso 1945)

Náutico 1 x 2 Vasco (Amistoso 1951)

Porto-POR 1 x 2 Vasco (Amistoso 1956)

Valencia-ESP 1 x 3 Vasco (Amistoso 1957)

Nacional-AM 0 x 4 Vasco (Amistoso 1965)

União Tijucana-MG 0 x 1 Vasco (Amistoso 1973)

Volta Redonda 0 x 1 Vasco (Carioca 1976)

Piauí 1 x 3 Vasco (Amistoso 1986)

Guadalajara-MEX (3) 1 x 1 (4) Vasco (Copa de Ouro 1987)

Vasco 2 x 0 Botafogo (Copa Rio 1991)

Vasco 1 x 0 América (Carioca 1996)

O golaço, a virada, o terno e a mão na taça do bi

 

No dia 19 de junho de 1988, o Vasco vencia o Flamengo de virada por 2 a 1 na 1ª partida da final do Carioca de 1988, com direito a golaço de Romário dando chapéu em Zé Carlos antes de empurrar pras redes. Além disso completaria o “terno” (3 vitórias seguidas sobre o freguês rubro-negro) que se tornaria “quadra” e depois “quina”. Uma vez freguês, sempre freguês.

“Um é bom, trés é quase campeão. Com a espetacular vitória de 2 a 1 sobre o Flamengo ontem, o Vasco assegurou praticamente o título carioca de 1988 ou, para sua torcida, ainda melhor: o bicampeonato, conquista que não saboreava há exatos 38 anos. Com três pontos ganhos (entrou com um de vantagem), o Vasco joga pelo empate na quarta-feira, podendo dar-se ao luxo de perder. Nesse caso, jogaria também pelo empate no próximo domingo. Ao Flamengo só resta o desespero. Para ser campeão, terá de vencer duas vezes.

Nada mais justo para o Vasco do que contar com essa enorme vantagem. No emocionante jogo de ontem mostrou que não falta mesmo nada a seu time para levantar a taça de bicampeão. Mostrou Acácio, goleiro quase que perfeito, Geovani, meio-campo que joga bem até sob cerrada marcação, c Romário, artilheiro que brindou o Maracanã com um gol inesquecível, ao encobrir Zé Carlos e completar de cabeça.

Descontando-se a falha de Leandro, que atrasou mal a bola para Zé Carlos e deixou Romário livre para marcar, desta vez não se pode dizer que o Vasco atuou bem porque o Flamengo não ofereceu resistência. No primeiro tempo, o Flamengo jogou muito. Pouco antes de entrar em campo, Andrade cantarolava no vestiário: “Mas é preciso ter raça, é preciso ter gana, sempre…” Seu time teve isso tudo nos primeiros 45 minutos, jogou mais c foi premiado com o gol de Bebeto aos 8 minutos. Ele recebeu lançamento de Edinho e entrou livre, tocando no canto esquerdo de Acácio. Vibração de todo o time, menos de Bebeto, que preferiu ir xingar a torcida adversária, que o chamara de chorão. Mas nem mesmo quando o nome Bebeto era gritado em coro, Acácio deixou de ser o melhor jogador em campo. Aos 29 minutos, por exemplo, ele evitou o segundo gol, desviando um violento chute de Zinho, o melhor do Flamengo. As melhores defesas ficaram para o segundo tempo, depois da virada, iniciada por Bismarck a 5 minutos, num rápido contra-ataque.

Bismarck saiu driblando da ponta direita para o meio c chutou de esquerda, no canto direito. A partir daí, o Vasco conseguiu impor seu ritmo de jogo, o mesmo que cm 13 clássicos neste campeonato empregou para conseguir dez vitórias, dois empates, perdendo apenas um, exatamente para o Flamengo na estréia da Taça Guanabara. São números suficientes para se entender a segurança com que o time do técnico Lazaroni suportou a pressão desesperada do Flamengo em alguns momentos do segundo tempo depois do golaço de Romário, aos 16 minutos. E quando um time bem armado possui um excelente goleiro, as coisas ficam mais fáceis. Acácio literalmente salvou o Vasco de sofrer o segundo gol aos 27 minutos, numa cabeçada de Bebeto, c aos 34, num chute de Alcindo. Em ambas as jogadas, ele colocou para córner as esperanças do flamengo de empatar a partida. O bicampeonato nunca esteve tão perto.”

Jornal do Brasil (19/06/1988)

O Globo (19/06/1988)

O Globo (19/06/1988)

O Globo (19/06/1988)

No vestiário pós-jogo, além da efusiva comemoração aos gritos de “Casaca!”, os atletas cruzmaltinos falavam sobre as provocações de Renato Gaúcho. Até o comedido Donato se revoltou com o falastrão atacante rubro-negro: “Ele queria briga. Cheguei a pensar em convida-lo para um duelo na rua, não dentro de campo.”

Romário, sempre sincero, disse: Ele é abusado. Não respeita ninguém. Debochou do nosso time e dos torcedores todo tempo. Precisa ser mais humilde.”

A verdade é que o Vasco deu a melhor resposta dentro de campo, superando com futebol de qualidade o eterno freguês preto e vermelho.

Jornal do Brasil (19/06/1988)

As atuações do Vasco segundo o jornal “O Globo”:

Os melhores momentos da partida:

Outras vitórias do Vasco em 19 de junho:

Valencia-ESP 1 x 4 Vasco (Amistoso 1947*)

*Jogo realizado em Portugal.

Santa Cruz 1 x 2 Vasco (Amistoso 1949)

Sporting-POR 1 x 2 Vasco (Amistoso 1955)

Combinado de Itajaí 1 x 5 Vasco (Amistoso 1960)

Elche-ESP 2 x 3 Vasco (Amistoso 1963)

Bandeirantes de Ubá-MG 1 x 2 Vasco (Amistoso 1982)

Nacional de Patos-PB 2 x 4 Vasco (Amistoso 1983)

Atlético-MG 3 x 4 Vasco (Copa do Brasil 1994)

O Vasco hoje (18/06/1944) Com 2 gols de Isaías, Vasco vence Bangu e fica a um empate do título do Torneio Municipal

 

No dia 18 de junho de 1944, o Vasco vencia o Bangu por 2 a 1 na penúltima rodada do Torneio Municipal, chegando aos 14 pontos, ficando 2 a frente do América segundo colocado e precisando apenas de um empate na última rodada contra o Flamengo em São Januário, o que acabou acontecendo, em partida que terminou 2 a 2 e deu o título ao cruzmaltino.

“A vitoria pertenceu aos cruzmaltinos pela contagem de 2×1, resultado justo, pois mesmo não se exibindo com o destaque que lhe é peculiar, o conjunto local esteve superior ao seu adversário que por sua vez também não confirmou suas últimas atuações. Conservou desse modo o Vasco a liderança do Torneio Municipal, cujo titulo máximo será decidido na próxima rodada.

VASCO 2 X 0, NA PRIMEIRA FASE

O líder construiu a vitória ainda no primeiro tempo. Aos seis minutos, Isaias recebeu de Ademir, passou por Paulo e não encontrou dificuldades para vazar o arco de Robertinho. O segundo tento surgiu aos 44 minutos, feito ainda por intermédio de Isaias. O centroavante desfrutou com sucesso de uma jogada hábil de Ademir, que Robertinho falhou na hora decisiva.

REAÇÃO DO BANGU

Os banguenses esboçaram uma pequena reação na fase complementar do match. Aos onze minutos, Octacilio passou por Alfredo e serviu a Canhão completamente isolado. O ponteiro esquerdo deu ainda alguns passos e atirou para marcar o primeiro goal, que mais tarde seria o único dos suburbanos. Vendo-se completamente ameaçado, o Vasco concentrou toda a sua atenção na defesa e o prélio se encerrou com a contagem de dois a um favorável aos cruzmaltinos.

QUADROS

As equipes foram as seguintes:

BANGU — Robertinho; Bilúlu e Paulo; Mineiro, Mitoca e Adauto; Sono, Baleiro, Moacyr, Octacilio e Canhão.

VASCO — Oncinha; Rubens e Rafanelli; Alfredo, Beracochéa. e Argemiro; Djalma, Lelé , Isaías, Ademir e Chico.

O Globo (18/06/1944)

A Noite (18/06/1944)

Outras vitórias do Vasco em 18 de junho:

Dalarna-SUE 2 x 4 Vasco (Amistoso 1961)

Bangu 1 x 2 Vasco (Amistoso 1964)

Desportiva-ES 1 x 3 Vasco (Amistoso 1972)

O Vasco hoje (17/06/1945) Nove jogos, nove vitórias e goleada de 5 no jogo do título

 

No dia 17 de junho de 1945 o Vasco aplicava uma sonora goleada de 5 a 1 sobre o eterno freguês tricolor e sagrava-se campeão invicto do Torneio Municipal com uma rodada de antecedência.

O título veio com goleadas de 6 sobre São Cristóvão, América e Bonsucesso, de 5 sobre Botafogo, Flamengo e Fluminense, de 3 sobre Madureira e Bangu, e apenas o Canto do Rio conseguiu perder de pouco (2 x 1) para o Expresso da Vitória.

Assim descreveu a partida o “Jornal do Brasil” do dia seguinte:

“Numerosa assistência afluiu ao campo da Gávea para peleja entre os vascaínos e os tricolores.  A partida se revestia de particular interesse porquê poderia decidir o torneio com a vitória dos cruzmaltinos que, aliás, eram francos favoritos, não obstante os retoques feitos pelo Fluminense em seu quadro a fim de melhora-lo após o fracasso frente ao Flamengo.

A primeira fase da peleja foi boa. Inicialmente os vascaínos atacaram impetuosamente mas depois de 10 minutos o jogo mais ou menos se equilibrou e teve alguns bons lances, mas notavasse maior segurança por parte dos cruzmaltinos que afinal terminaram essa primeira parte levando a vantagem no marcador, de 2×1, goals de Brascoechea, Lelé (Vasco) e Pascoal (Fluminense) nesta ordem.

Recomeçada a luta, os jogadores do Vasco da Gama foram aos poucos se firmando no terreno até que ficaram senhores absolutos do jogo, movimentando-se a vontade tendo sua defesa agindo com bastante firmeza. Dessa superioridade de ação resultou a conquista de mais 3 pontos feitos por Lelé (2) e Ademir, e isso, relativamente sem muito esforço. Os tricolores entretanto, procuraram diminuir a desvantagem mas nada conseguiram diante a precisão com que jogava toda a defesa vascaína. Seus esforços resultaram inúteis e nenhum outro ponto pode ser conquistado, de sorte que a partida veio a terminar com o triunfo justo da equipe do Vasco da Gama, pela expressiva contagem de 5 x 1. “

Jornal do Brasil (18/06/1945)

O Globo (18/06/1945)

A superioridade frente aos adversários era tão grande, que, segundo o “Jornal dos Sports”, os rivais apostavam no Vasco:

“Quem for amigo do football tem de ser também amigo da torcida do Vasco. É a mais fiel da cidade. Pouco importa que o quadro esteja em primeiro ou lá para trás, mas a verdade é que ela comparece sempre. Os clubes pequenos quando estão mal de finanças, convidam o team misto do Vasco para um amistoso. E o campo enche, mesmo que seja em Bento Ribeiro, porque há sempre alguns milhares de cruzmaltinos prontos a prestigiar, com a sua presença, os defensores da Cruz de Malta onde quer que ela se apresente.

Além disso, torcedor do Vasco contribui para a circulação do papel moeda porque geralmente aposta.  E na “bolsa” do football, as apostas no Vasco têm que vir acompanhadas de uma vantagenzinha, porque os sabidos do Flamengo, do Fluminense, do América, acham quase habitualmente que o team de São Januário é o favorito. Houve tempo em que as outras torcidas tomaram muita cerveja à custa da torcida do Vasco, Os rubro-negros então, são velhos fregueses, porque apostam com malícia, irritam o parceiro para depois então fazer a proposta, sempre com alguma lambugem…

Mas esse tempo, já vai longe. De uns meses para cá. os vascaínos começaram a dar goals de vantagem e a ganhar assim mesmo. O team acertou, tem feito campanhas brilhantes e a cotação subiu de tal forma que quase não há fregueses para “casar” algum contra o esquadrão cruzmaltino. Tudo isso, aliás, não tem nada com o jogo principal de domingo, mas, foi no regresso do estádio da Gávea que eu ouvi o comentário do torcedor que inspirou essas linhas, quando um vascaíno sugeriu aos outros vascaínos que voltavam com ele, de bandeirolas em punho, que, de agora em diante, fossem oferecidos pontos de vantagem na tabela em lugar de goals…”

Jornal dos Sports (18/06/1945)

Comerciantes parabenizam o campeão em página inteira do “Jornal dos Sports”:

Jornal dos Sports (18/06/1945)

A campanha do título:

29.04.1945 Bangu 3-0 Elgen, Djalma, Lelé
06.05.1945 São Cristóvão 6-1 João Pinto(3), Lelé, Ademir, Chico
13.05.1945 Flamengo 5-1 João Pinto(2), Ademir, Santo Cristo, Berascochea
20.05.1945 Bonsucesso 6-0 Ademir(3), Lelé, Chico, João Pinto
27.05.1945 Canto do Rio 2-1 Ademir, Isaías
03.06.1945 Botafogo 5-3 Ademir(2), Jair(2), Chico
10.06.1945 Madureira 3-1 Berascochea, Chico, Ademir
17.06.1945 * Fluminense 5-1 Lelé(3), Ademir, Berascochea
24.06.1945 América 6-2 Lelé(2), Chico, Isaías, Djalma, Santo Cristo

(*) Vasco campeão com uma rodada de antecedência.

Resumo

  • Campanha: 9 vitórias, 0 empates, 0 derrotas; 41 gols pró, 10 gols contra
  • Artilheiro: Ademir, 10 gols

Outras vitórias do Vasco em 17 de junho:

América-PE 2 x 5 Vasco (Amistoso 1951)

Vasco 1 x 0 Campo Grande (Carioca 1981)

Combinado de Manaus 2 x 7 Vasco (Amistoso 1965)

Vasco 2 x 0 Brasília-DF (Brasileiro 1978)

América de Três Rios-RJ 0 x 1 Vasco (Amistoso 1989)

Vasco 3 x 1 Fluminense (Copa Rio 1992)