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Há 90 anos, Vasco promovia festa de Natal para as crianças pobres no gramado de São Januário

No ano da inauguração de seu estádio, clube realizou festa de natal no gramado

“Resultou verdadeiro acontecimento o primeiro Natal das crianças pobres promovido pelo C. R. Vasco da Gama, no estádio de S. Januario.
 
O campo apresentava aspecto surpreendente, pois cerca de seis mil crianças ali se concentraram.
 
A distribuição, que foi feita na melhor ordem, esteve a cargo das seguintes senhoras e senhoritas: Maria Luiza Bessa, Edith Bessa, Pinto Soares, Alfredo Ozorio, Iza Cortes, Marilda Pinto Alves, Celia Pinto da Silva, Marianna Pinto da Silva, Helena de Souza, Avelina Portella, Ophellia Pinto da Silva, Nery Stelling, Honorina Bessa, Rosa Stelling, Correa de Carvalho, Aurora Alonso, Arlindo Mello, Francisco Reis, Braga Monteiro, Palmyra Ramos, Clementina Rocha, Esmeralda de Oliveira e outras.
 
A commissão de festa, tendo a frente o Sr. Jayme Souto Maior, auxiliado pelos Srs. Raul da Silva Campos, Ribeiro de Paiva, Annibal Peixoto, José da Silva Rocha, Alberto Portella, Manoel Fernandes, Nery Stelling e Raul Ferreira, também muito trabalhou para o bom desempenho da distribuição.
 
Foi armada, no vão das archibancadas, uma grande arvore de Natal, com milhares de brinquedos.
 
  Houve tambem lutas de box, entre “garotos”, sendo este o resultado:
  1.ª luta (gallos cégos) – Antonio Amorim x Joaquim Costa (ambos de 10 annos) – Combate em 3 rounds, que terminou num empate.
  2.ª luta (gallos cégos) – Panthena X Paulista, em 5 rounds – venceu Paulista por pontos.
  
  Emfim, um successo completo a festa do Vasco ás crianças pobres.” (O Imparcial – terça-feira, 27 de dezembro de 1927)*
 
*Grafia da época – Como se pode verificar da foto do ringue, a citada luta de boxe entre crianças era orientada por palhaços, não passando tudo de uma grande brincadeira de entretenimento.
 
Fotos – Revista Careta
 
Fonte: Site Memória Vascaína

Solange Chagas: trajetória de amor e dedicação ao Vasco

Uma história de amor de dedicação ao Vasco da Gama: assim pode ser resumida a trajetória de Solange Chagas do Valle, que começou sua vida no Cruzmaltino como atleta e hoje ocupa o cargo de coordenadora da Divisão de Atletismo. Todo esse período no Gigante da Colina, marcado por momentos inesquecíveis, soma exatos 52 anos. Para coroar uma relação tão especial, Solange recebeu o escudo de ouro, durante a sessão solene em comemoração aos 119 anos do Vasco, no dia 21 de agosto, em homenagem aos seus 50 anos de contribuição social.
 
– Foi uma linda homenagem, poder receber o escudo de ouro. Me orgulho muito por estar durante todo esse tempo vivendo o Vasco todos os dias, estou aqui há 52 anos. Fui descoberta em uma competição escolar. Assim como eu faço hoje, quando acompanho competições para descobrir talentos, fizeram comigo. Sempre gostei muito de correr e me destacava por disputar diversas modalidades. Foi assim que cheguei ao Vasco – disse Solange, que completou exaltando sua trajetória como atleta do Cruzmaltino.
 
– Logo no meu primeiro ano aqui, fui representar o Vasco no Brasileiro, disputando uma categoria acima da minha. Conquistamos muitas competições importantes, fazendo valer o peso dessa camisa gigante. Fui crescendo e disputando diversas categorias, trilhando meu caminho de atleta. Em seguida, comecei a cursar psicologia. Com seis meses de faculdade, surgiu a primeira turma de educação física da UERJ, eu fiz a prova e passei. Eu já tinha muito desejo de ser treinadora do Vasco. Assim foi, me formei em 1978 e comecei a atuar como treinadora na Divisão de Atletismo – contou.

1- Solange exibe medalhas conquistas com a camisa do Vasco em seu período como atleta do clube; 2 e 3- Realização da cerimônia do casamento de Solange na Igreja de Nossa Senhora das Vitórias; 4- Solange comemora título nas pistas em competição estudantil; 5- Solange durante torneio no Complexo Esportivo de São Januário
Vestir a camisa do Vasco foi só o começo de uma íntima relação. Em São Januário, Solange Chagas deu passos importantes no atletismo e também iniciou a formação de sua família. Isso porque foi a Colina Histórica o local escolhido por ela e pelo marido, José Carlos do Valle, para a realização da cerimônia de casamento, na Igreja Nossa Senhora das Vitórias.
 
– A minha vida é assim, eu levanto pensando no Vasco e vou dormir pensando no Vasco. Aqui construí uma história muito bonita. Casei aqui na Igreja Nossa Senhora das Vitórias, em 1977. Minha festa foi aqui no Parque Aquático. Eu não digo que o Vasco é minha segunda casa, mas é uma extensão do meu lar. Aqui formamos uma família. O amor aqui é tão grande que eu não sei viver sem esse clube – relembrou Solange, bastante emocionada.

Solange orienta atletas durante atividade na Colina Histórica
Com grande carinho, muitos momentos foram relembrados por Solange. Entre as diversas lembranças especiais, ela destaca o amor diariamente depositado em todas as suas atividades no Complexo Esportivo de São Januário.
 
– Eu me doo totalmente no que eu faço. Acordo todos os dias com a felicidade do primeiro dia de trabalho. Me sinto muito feliz aqui – concluiu.

Solange recebe escudo de ouro do presidente Eurico Miranda- Fotos: Paulo Fernandes/Vasco.com.br
 
Fonte: Site oficial

Zé Ricardo é o vigésimo sexto treinador da história a dirigir Vasco e Flamengo no time principal

Não é incomum na história de Vasco e Flamengo, treinadores dirigirem o elenco principal de um dos clubes e posteriormente o maior rival. Ao longo de décadas isso foi lugar comum, desde o início dos anos 20 do século passado. Zé Ricardo é o vigésimo sexto da lista. Tricolor de infância já foi profissional do Vasco no Futsal de base nos anos noventa e trabalhou no Flamengo por mais de 10 anos. Boa sorte a ele nessa nova empreitada.
Abaixo a lista de treinadores que dirigiram os dois arquirrivais ao longo da história,

Técnicos que já dirigiram Vasco e Flamengo:

Ramon Platero
Flamengo – 1921
Vasco – 1922/23; 1938

Flávio Costa
Flamengo – 1934/37; 1938/45; 1946; 1951/52; 1962/65
Vasco – 1947/50; 1953/56

Gentil Cardoso
Vasco – 1938/39; 1952; 1967
Flamengo – 1949/50

Ernesto Santos
Vasco – 1946
Flamengo – 1947

Yustrich
Vasco – 1959/1960
Flamengo – 1970/71

Tim
Flamengo – 1969
Vasco – 1970

Evaristo de Macedo
Vasco – 1969; 2002
Flamengo – 1993, 1998/99; 2002/03

Zagallo
Flamengo – 1972/73; 1984/85, 2000/01
Vasco – 1980/81; 1990/91

Carlos Froner
Flamengo – 1975/76
Vasco – 1979

Antônio Lopes
Vasco – 1981/83; 1985/86; 1991; 1996/2000; 2002/2003; 2008
Flamengo – 1987

Julio César Leal
Vasco – 1983
Flamengo – 2005

Claudio Garcia
Flamengo – 1983/84
Vasco – 1986

Sebastião Lazaroni
Flamengo – 1985/87
Vasco – 1987/88; 1994

Joel Santana
Vasco – 1986/87; 1992/93; 2000/2001; 2004/2005; 2014
Flamengo – 1996; 1998; 2005; 2007/2008; 2012

Valdir Espinoza
Flamengo – 1989/90; 2006
Vasco – 2007

Jair Pereira
Flamengo – 1990; 1993
Vasco – 1994; 1995

Abel Braga
Vasco – 1995; 2000
Flamengo – 2004

Paulo Autuori
Flamengo – 1997/98
Vasco – 2013

Oswaldo de Oliveira
Vasco – 2000
Flamengo – 2003; 2015

Paulo César Gusmão
Vasco – 2001; 2010/11
Flamengo – 2004

Ricardo Gomes
Flamengo – 2004
Vasco – 2011

Celso Roth
Flamengo – 2005
Vasco – 2007; 2010; 2015

Dorival Júnior
Vasco – 2009; 2013
Flamengo – 2012/13

Jorginho
Flamengo – 2013
Vasco – 2015/16

Cristóvão Borges
Flamengo – 2015
Vasco – 2017

Zé Ricardo
Flamengo – 2016/17
Vasco – 2017

Casaca!

Conquista da Copa Myrurgia completa 86 anos

No dia de 29 de junho de 1931, o Club de Regatas Vasco da Gama entrava em campo mais uma vez para enfrentar o Futbol Club Barcelona. Os clubes estavam disputando, no total de dois encontros amistosos, a posse da Copa Myrurgia, uma bela peça de prata que fora doada pela Perfumería Myrurgia, tradicional empresa catalã do ramo da perfumaria.



Mundo Deportivo
, 21 de junho de 1931

O Vasco fazia uma excursão internacional, a primeira das 71 viagens para fora do país que já fez em sua história. O Clube visitava o continente europeu, especificamente, Portugal e Espanha. Após uma cansativa viagem transcontinental abordo do S.S. Arlanza, o Vasco mediu forças pela primeira vez com a equipe do Barcelona no dia 28 de junho de 1931, no estádio Les Corts. Apesar do excelente desempenho, acabou sendo vencido a três minutos do fim, pelo placar de 3 a 2. Entretanto, a imprensa espanhola elogiou o estilo de jogo dos vascaínos, especialmente, do médio-volante Fausto, que acabaria sendo contratado pelo clube catalão junto com o goleiro Jaguaré.


Delegação vascaína a bordo do transatlântico S.S. Arlanza

Na partida que “valia a taça”, no mesmo estádio barcelonista, a equipe vascaína deu o troco, conseguindo sobrepujar o Barcelona pelo placar de 2 a 1. Com o resultado, o Gigante da Colina venceu pela primeira vez um clube europeu e, no Velho Continente, obteve a sua primeira vitória fora do Brasil. 


Lance da partida Vasco 2×1 Barcelona – Campeão da Copa Myrurgia



Outro lance da partida Vasco 2×1 Barcelona – Campeão da Copa Myrurgia

O equilíbrio total entre as equipes, com empate em número vitórias (uma para cada lado) e a igualdade no número de gols marcados e sofridos (4 a 4), fez com que a Copa Myrurgia fosse entregue ao Vasco. Naquele período, era comum o troféu em disputa ser entregue ao clube visitante, quando ocorriam empates desse gênero.


Troca de gentilezas entre Samitier e Russinho, respectivamente, o capitão do Barcelona e o capitão do Vasco
 
Vê-se a Copa Myrurgia, no lado esquerdo da imagem


Primeiro gol do Vasco no segundo jogo entre as equipes, marcado por Carvalho Leite aos cinco minutos do 2º tempo

FICHA TÉCNICA (PRIMEIRA PARTIDA)
Partida: Club de Regatas Vasco da Gama 2×3 Futbol Club Barcelona
Data: 28 de junho de 1931 – (Domingo)
Local: Les Cort – (Barcelona/ESP)
CR VASCO DA GAMA:
Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto e Mola; Baianinho, Nilo, Leito, Russinho e Mário Mattos. 
FC BARCELONA:
Uriach (Montserrat), Zabalo e Más; Martí, Guzmán e Arnau, Piera, Goiburu, Samitier, Sastre e Sagi.
Gols: Russinho, Carvalho Leite, Samitier (BAR), Goiburu (BAR), Piera (BAR).  
Árbitro: Llovera.

 

FICHA TÉCNICA (SEGUNDA PARTIDA)

Club de Regatas Vasco da Gama 2×1 Futbol Club Barcelona
Data: 29 de junho de 1931 – (Segunda-feira)
Local: Les Corts – (Barcelona/ESP)
CR VASCO DA GAMA:
Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto e Mola; Baianinho, Benedicto, Santana, Russinho e Carvalho Leite.
FC BARCELONA:
Zamora, Zobalo e Más; Marti, Gusmán e Castillo; Piera, Goiburu, Samitier, Sastre e Pedrol.
Gols:
2º Tempo – Carvalho Leite (5’), Russinho e Samitier (BAR).
Árbitro: Guillermo Comorera.

Súmula oficial do jogo produzida pelo FC Barcelona

  

O troféu Copa Myrurgia

Foto: Paulo Fernandes

Fonte: Site Oficial

Há 60 anos, Vasco era campeão do Troféu Teresa Herrera na Espanha

 

No dia 16 de junho, somente dois dias após vencer o Real Madrid na final do Torneio de Paris e depois de terem viajado de ônibus por cerca de 11 horas, a equipe vascaína conquistou, na Espanha, o famoso Troféu Teresa Herrera.

O evento e o troféu possuem esse nome em homenagem a Teresa Margarita Herrera y Posada, que nasceu na cidade de La Coruña, em 10 de novembro de 1712. Em decorrência da sua história de vida, Teresa Herrera tornou-se um símbolo corunhês de dedicação aos menos favorecidos. Em 1789, doou todos os seus bens no intuito de que se pudesse fundar na sua cidade natal um hospital em prol da caridade.

No ano de 1946, com a ajuda da Junta Local de Beneficencia, criou-se um evento futebolístico em La Coruña com o objetivo de arrecadar fundos para a caridade. Nascia o “Trofeo Teresa Herrera”, cuja primeira partida se celebrou em 31 de julho daquele mesmo ano, com uma vitória do Sevilla/ESP por 3 a 2 sobre o Athletic Bilbao/ESP. Para maiores informações sobre a história do Troféu, acesse: Trofeo Teresa Herrera.

Na sua décima segunda edição (XII Trofeo Teresa Herrera), o convidado foi o Vasco, que já tinha participado em 1947. Na época, o Expresso da Vitória foi derrotado pelo Athletic Bilbao por 3 a 2. Dessa forma, a disputa de 1957 seria a possibilidade de uma revanche, pois, 10 anos após o primeiro encontro, o Vasco teria pela frente o mesmo adversário.

O Vasco era o atual Campeão Carioca (1956), havia derrotado o afamado Real Madrid e era um dos principais representantes do futebol brasileiro. O Athletic Bilbao tinha conquistado o título espanhol na temporada 1956/1957, obteve um quarto lugar na temporada 1956/1957 e era uma das principais equipes espanholas.

Os vascaínos chegaram a La Coruña duas horas antes da partida. Superando todas as dificuldades da viagem, tendo pouco tempo de descanso, o Vasco venceu a equipe do Athletic Bilbao por 4 a 2, com dois gols de Vavá e outros dois de Válter. Assim, tornou-se o primeiro clube brasileiro a conquistar o Troféu Teresa Herrera, que na época possuía bastante prestígio, sendo um dos principais eventos do calendário anual de futebol de clubes. Confira a lista de campeões.

FICHA TÉCNICA DA PARTIDA

Partida: Club de Regatas Vasco da Gama 4×2 Athletic Club Bilbao
Evento: Troféu Teresa Herrera (12º Edição)
Data: 16 de junho de 1957
Local: Estádio Municipal de Riazor – La Coruña/ESP
Público: 40.000 presentes

CR Vasco da Gama:
Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando e Ortunho; Laerte e Válter; Sabará, Livinho, Vavá e Pinga.
Técnico: Martim Francisco

Athletic Club Bilbao:
Carmelo; Orúe, Canito, Mauri, Garay, Maguregui, Arteche (Bilbao), Marcaida (Echániz), Uribe, Aguirre (Arteche) e Gainza.

Gols:
1º Tempo – Vavá 23′, Válter 24′;
2º Tempo – Bilbao (A.B.) 9′, Válter 28′, Vavá 34′, Echániz(A.B.) 35′.

Árbitro: Joaquín Fernandez 

Há 60 anos, Vasco derrotava o Real Madrid de Di Stéfano e se sagrava campeão Intercontinental

 

Por Cláudio Nogueira

O cenário, o Estádio Parque dos Príncipes, na capital francesa. O adversário, o Real Madrid, então bicampeão europeu 1955/1956 e 1956/1957, e já naquele tempo dono de um elenco milionário, com Puskas, Di Stéfano, Kopa, Gento e outros. Mas nada disso intimidou o Vasco que, em plena Cidade Luz, ofuscou as estrelas do adversário e fez brilhar o futebol brasileiro, antes mesmo da conquista da primeira Copa do Mundo, a de 1958, na Suécia. Ao fim do duelo, os vascaínos superaram o time merengue por 4 a 3 e ergueram o primeiro Troféu de Paris, a 14 de junho de 1957.

Disputado pela primeira vez há 60 anos, o troféu deveria ter tido sua edição inicial em 1956, para marcar os 50 anos do feito do brasileiro Santos Dumont, que havia sobrevoado a capital francesa a bordo de seu 14 Bis. Entretanto, a versão inaugural do torneio só iria ocorrer em 1957, reunindo também o Racing Paris, representando a cidade, e o Rot-Weiss Essen, campeão da Alemanha em 1955. 

Como ainda não havia Campeonato Brasileiro nem Libertadores da América, o Vasco foi convidado porque havia sido o campeão do primeiro e único (até então) Sul-Americano de clubes, em 1948, no Chile, e como campeão carioca de 1956. Na primeira rodada, a 12 de junho, o Real Madrid arrasara o Rot Weiss Essen por 5 a 0; enquanto o time de São Januário eliminara os donos da casa: 3 a 1, gols de Livinho, Pinga e Vavá.

No dia 14, depois dos 7 a 5 do anfitrião Racing sobre o visitante Rot Weiss Essen, os cerca de 40 mil torcedores presentes ao Parque dos Príncipes assistiram a um espetáculo emocionante e cheio de alternativas, digno do confronto entre “o melhor time da Europa” e o “melhor da América do Sul”, como os jornais o anunciaram na época.

Na foto: O capitão vascaíno Pinga com o troféu do Torneio de Paris

Com força máxima, a equipe madridista abriu o placar aos 4 minutos, com Di Stéfano, que curiosamente, se defrontara com o Vasco atuando pelo River Plate da Argentina, na final do Sul-Americano de 1948. Era uma competição por pontos corridos, e os vascaínos ergueram a taça, graças ao empate sem gols.

Ainda no primeiro tempo, o Vasco igualou o marcador com Valter Marciano, aos 20, e virou aos 32 com Vavá – que em 1958 se tornaria o Leão da Copa na Suécia. Após o intervalo, aos 8 minutos, Mateos empatou. A partida seguiu equilibrada até Livinho fazer Vasco 3 a 2, aos 21 da segunda etapa. A vitória e o título foram praticamente assegurados aos 39, com outro gol de Valter Marciano – que acabaria posteriormente indo jogar no futebol espanhol. O francês Kopa diminuiu a um minuto do fim, mas a taça já estava endereçada ao Rio. E a decisão teve direito a confusão generalizada entre os times no segundo tempo.

Naquele distante junho de 1957, o lateral Paulinho e o zagueiro Bellini desfalcaram a equipe carioca, pois estavam com a seleção na Copa Roca, contra a Argentina. Orlando Peçanha era o único titular da zaga. Na mesma excursão à Europa, a 16 do mesmo mês, a equipe iria conquistar outro importante troféu internacional, o Teresa Herrera, em La Coruña, com 4 a 2 sobre o Athletic Bilbao, da Espanha, com dois gols de Vavá e dois de Valter.

À época, o jornal francês “L’Équipe”, destacou: “E então, bruscamente o Real desapareceu literalmente. Seriam as camisas de um vermelho pálido ou os calções de um azul triste que enfraqueciam a soberba equipe espanhola? Não. É que, antes, apareceram subitamente do outro lado os corpos maravilhosos, apertados nas camisas brancas com a faixa preta, de 11 atletas de futebol, de 11 diabos negros que tomaram conta da bola e não a largaram mais. Durante a meia hora seguinte a impressão incrível, prodigiosa, que se teve é que o grande Real Madrid campeão da Europa, o intocável Real vencedor de todas as constelações européias estava aprendendo a jogar futebol”. (…)”

A edição inaugural do Torneio de Paris foi considerada uma precursora das futuras Copas Intercontinentais e Mundiais de Clubes. Apesar do torneio ter sido organizado como amistoso, ao menos um veículo da imprensa brasileira da época, o “Jornal dos Sports”, chegou a citá-lo uma vez como a conquista de um título mundial de clubes pelo Vasco. De qualquer forma, aquela havia sido a primeira ocasião em que o  Real Madrid havia sido derrotado por uma equipe não-europeia, depois de ter sido bicampeão continental.

Aquele resultado causou um impacto perante a imprensa europeia, levando-a a afirmar que a vitória vascaína elevava o nome do futebol brasileiro, demonstrava que o time madridista não era invencível e que com  “com brasileiros em campo, nada mais existia, nem mesmo o Real Madrid”. Por mais que o Real pudesse se sentir cansado ao fim da temporada europeia, o futuro do futebol não era a Europa, mas sim a América do Sul. Sábia previsão, já que a seleção brasileira ganharia as Copas de 1958, 1962 e 1970.

O torneio na capital francesa motivou a criação da Copa Intercontinental, anunciada em 1958 pelo brasileiro João Havelange como convidado em reunião da UEFA e disputada a partir de 1960.
 
Vasco 4 x 3 Real Madrid

Real Madrid: J. Alonso; Torres, Marquitos (Santamaría), Lesmes; Muñoz e A. Ruiz; Kopa, Mateos, Di Stéfano, Rial (Marsal) e Gento.

Vasco: Carlos Alberto; Dario, Viana, Orlando e Ortunho; Laerte e Valter; Sabará, Livinho, Vavá e Pinga.

* Cláudio Nogueira é jornalista do SporTV e autor dos livros “Futebol Brasil Memória – De Oscar Cox a Leônidas da Silva”, “Os dez mais do Vasco da Gama” e “Vamos todos cantar de coração: os 100 anos do futebol no Vasco da Gama” (e-book)

Fonte: Memória EC

Pela manhã, 50 anos depois

No dia 17 de dezembro do longínquo ano de 1967, o time profissional do Vasco fez sua última partida oficial, em São Januário, atuando pela manhã, mas com uma pequena diferença de horário em relação ao jogo deste domingo. O chamado “Clássico da Paz” começou às 10 horas.

Naquela oportunidade, em confronto válido pela última rodada do Campeonato Carioca, para cumprir tabela apenas, a equipe cruzmaltina empatou com o América pelo placar de 0 x 0.

O jogo foi até bem disputado. Cada equipe acertou a trave adversária uma vez. Eduardo pelo América e Valfrido pelo Vasco.

O árbitro José Gomes Sobrinho deixou de marcar um pênalti para a equipe da casa, cometido sobre Nei Oliveira, e na sequência do lance Valfrido perdeu gol feito, cara a cara com Rosan.

Mesmo com lances de emoção e razoável movimentação dos atletas, ao fim da peleja houve vaia geral para as duas equipes, muito mais pela performance decepcionante delas no campeonato como um todo, do que pela qualidade do espetáculo matinal.

O melhor jogador do chamado “Clássico da Paz” foi Ica, meia da equipe americana e para um público de 1.702 pagantes os dois times se apresentaram com as seguintes formações:

Vasco – Pedro Paulo; Jorge Luís, Sérgio, Major, Oldair; Paulo Dias, Danilo Menezes; Nado, Valfrido, Nei, Averaldo Silva.
Técnico: Ademir Menezes

América – Rosan; Sérgio, Alex, Aldeci, Dejair; Tadeu, Ica; Gilson, Antunes, Edu, Eduardo.
Técnico: Evaristo de Macedo

Que venha, quase 50 anos depois, uma grande vitória vascaína contra o Bahia para deixar o almoço de domingo muito mais saboroso.

Casaca!

Os 90 Anos de São Januário

 

Por Centro de Memória do Vasco

O Estádio Vasco da Gama completa 90 anos! Com a sua história de fundação singular e a sua utilização ao longo do tempo como palco de grandes manifestações populares e marcos importantes para o país, a “casa vascaína” escapou da serventia tradicional de arena esportiva e se colocou no decorrer de sua gloriosa existência como parte da história política e cultural brasileira, tornando-se um verdadeiro patrimônio nacional.

O surgimento de São Januário remonta à luta do Vasco em poder colocar em prática a sua política de seleção de jogadores sem distinção de raça ou condição social. No ano de 1923, o Vasco conquistou o seu primeiro título de Campeão Carioca. Com uma equipe recheada de jogadores das camadas populares, conseguiu desbancar um a um os seus adversários. Fazendo uma campanha espetacular, o Clube fez história ao ser o primeiro a conquistar este campeonato com jogadores negros e brancos de baixa condição social, abalando a estrutura do racismo e do preconceito social vigentes no futebol do Rio de Janeiro, então Capital Federal.

A façanha vascaína levou uma mensagem de igualdade para todo o país e revoltou os clubes que comandavam o futebol da Liga Metropolitana e monopolizavam os títulos de “Campeão da Cidade”, o que conhecemos atualmente como Campeonato Carioca. Nos primeiros meses de 1924, ocorreu uma cisão que resultou na criação de outra liga, a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA), cujos clubes fundadores foram o América FC, o Bangu AC, o Botafogo FC, o CR do Flamengo e o Fluminense FC.

Baseando-se no discurso da necessidade de se ter maior controle sobre “a moral no esporte” (o que encobria o racismo e o preconceito social existentes) e da obrigatoriedade de se defender um futebol que fosse puramente amador (isso, na verdade, não era praticado por nenhum clube da Liga Metropolitana), as elites visavam encobrir a luta pelo controle de uma entidade que regesse o futebol carioca e, consequentemente, administrasse os crescentes recursos financeiros mobilizados em torno da sua prática institucionalizada.

A AMEA convidou o Vasco para participar de seu primeiro campeonato, em 1924. Contudo, as condições para a sua participação eram extremamente desfavoráveis. A principal exigência era a exclusão por parte do Clube de 12 jogadores, dentre eles 7 dos que haviam conquistado o campeonato do ano anterior. Esses homens foram apontados pela Sindicância da nova liga como indivíduos despossuídos de condições morais para a prática do futebol. Foram excluídos com base no critério do analfabetismo e das condições e natureza das suas profissões.

A verdade era que os estatutos da nova entidade tinham por objetivo impedir que clubes montassem equipes competitivas com jogadores das camadas populares e, consequentemente, tivessem condições de conquistar o campeonato, o que o Vasco havia feito. Além disso, privilegiavam-se àqueles clubes que já possuíam melhor estrutura, em detrimento dos demais, pois, era preciso ter uma “praça de exercícios atléticos e desportivos […]” que satisfizessem as exigências da AMEA. Posição esta reforçada pela entidade no dia 06 de abril de 1924, quando emitiu resoluções que obrigavam os clubes não-fundadores como o Vasco a terem que disputar uma espécie de seletiva, na qual seriam rebaixados para a segunda divisão “dous clubs não fundadores menos desenvolvidos em installações materiaes, organização techinica, administrativa e prática de exercicios physicos e esportivos”.

Em resposta às exigências preconceituosas da AMEA, o então presidente vascaíno, José Augusto Prestes, emitiu um ofício comunicando que desistiria de fazer parte da nova entidade por “não se conformar com o processo porque foi feita a investigação das posições sociaes desses nossos consócios, investigação levada a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa” (Ofício nº261, 07 de abril de 1924).

A negativa vascaína em 1924 se popularizou como sendo uma “Resposta Histórica”, que representou e representa o repúdio total da entidade ao racismo e ao preconceito social no futebol e no esporte como um todo. O Vasco, por não acatar as condições que lhe foram impostas, retorna para a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT).

A força da Instituição, baseada no seu corpo associativo e na capacidade do Clube de atrair uma grande massa de torcedores, fazia com que o Vasco não pudesse ser relegado pelos demais. O Vasco conquistaria de forma invicta o Campeonato Carioca, o primeiro dos seis que ostenta atualmente, sagrando-se Bicampeão Carioca. (1923-1924). No ano seguinte (1925), o Vasco seria novamente convidado a fazer parte da AMEA. O Clube aceitou o convite e levou consigo todos os seus jogadores.

Embora na própria “Resposta Histórica” o Vasco faça um protesto quanto à forma que a Instituição era tratada por não possuir melhores “installações materiaes”, ainda havia uma resposta mais taxativa a ser dada: a construção de um estádio próprio. Impulsionados pela tentativa dos ditos “grandes clubes” em enfraquecer o Vasco, os dirigentes vascaínos já debatiam seriamente desde 1924 a compra de um terreno para a construção de um estádio próprio, enxergado como meio de se obter total autonomia para o Clube. O processo de construção da “casa própria” vai tomando corpo, até que no dia 28 de março de 1925, o Vasco adquiria a terreno onde seria erguido o seu Estádio. Os dirigentes vascaínos hastearam o pavilhão do Clube no local, no dia 20 de dezembro de 1925.

Após esse esforço inicial, era preciso angariar recursos para o erguimento do estádio. Iniciava-se, então, uma campanha histórica para a construção da “casa vascaína”. As três principais ações nesse intuito foram: uma gigantesca campanha para atrair novos sócios, que ficaria conhecida como “campanha dos 10 mil”; as contribuições individuais de vascaínos e vascaínas; e o lançamento de debêntures no mercado, ou seja, títulos de créditos ao portador.

No decorrer dessa mobilização vascaína, o contrato entre o Vasco e construtora Christiani & Nielsen foi firmado em 17 de abril de 1926, assinando-o pelo Vasco o então Presidente Raul da Silva Campos, e Harald Broe, pela empresa construtora. A Cristiani & Nielsen, de origem dinamarquesa, teve como fundadores o engenheiro Rudolf Christiani e pelo Capitão de Marinha Aage Nielsen. Anos antes (1923/1924) foi responsável pela construção da sede do Jockey Club Brasileiro.

O Lançamento da Pedra Fundamental do Estádio ocorreu no dia 06 de junho de 1926 e reuniu dentre outras autoridades, os dirigentes do Vasco, torcedores e o então prefeito da Capital Federal, Alaor Prata. Além da assinatura da Ata de Lançamento pelo Prefeito e dirigentes vascaínos, houve a inserção de uma espécie de “cápsula do tempo” no subsolo do futuro estádio, contendo moedas, jornais e outros objetos da época.

O ritmo das obras foi acelerado, apesar das tentativas de dificultarem a façanha vascaína. Uma dessas dificuldades ocorreu quando o Vasco solicitou a importação do cimento belga, que era de melhor qualidade em comparação ao brasileiro. A importação foi barrada e o Vasco se viu obrigado a utilizar o cimento nacional. A solução encontrada para vencer esse obstáculo foi reforçar ainda mais as estruturas do estádio: para cada uma parte de cimento, foram colocadas duas e meia de areia e três e meia de pedra britada. Nada parava o Vasco, o Clube erguia o seu gigante de concreto.

Na tarde de 21 de abril de 1927, o Gigante da Colina dava ao Brasil o maior estádio da América do Sul. O Estádio do Vasco foi todo construído com recursos próprios da Instituição, sem qualquer contribuição de dinheiro público. Os 40 mil torcedores que acompanharam a inauguração ficaram impressionados com a beleza e a imponência do estádio vascaíno.

Coube ao aviador português, Major José Manuel Sarmento de Beires, o ato simbólico de cortar a fita inaugural, ao lado do Presidente do Vasco, Raul da Silva Campos, e do Presidente da Confederação Brasileira de Desportos, Oscar Rodrigues da Costa. O Presidente da República, Washington Luís, também estava presente e assistiu aos eventos do dia da Tribuna de Honra.

A partida de futebol da inauguração, disputado pelo Vasco contra a equipe do Santos, de São Paulo, significou pouco se comparado ao que representava aquele marco histórico. O Vasco, em resposta àqueles que queriam diminuí-lo e enfraquecê-lo, e igualmente, em resposta àqueles que gostariam de ver o futebol marcado pelo racismo e pelo preconceito social, fez surgir um verdadeiro templo do povo.

A “casa do Vasco” também passou a receber partidas de outros clubes e da própria seleção brasileira. A equipe principal do Vasco já atuou em 1475 partidas de futebol, com 965 vitórias, 309 empates e 201 derrotas (não contabilizamos jogos do Torneio Início a título de estatística para partidas de futebol). A equipe vascaína marcou 3419 vezes e sofreu 1372 gols, mantendo um saldo positivo de 2047 gols. Dentre esses 1475 jogos, veja a lista a seguir com os dez momentos esportivos mais marcantes do Vasco no Estádio:

1º – 15/05/1927 – Vasco 3×1 Flamengo/RJ – Primeiro Vasco e Flamengo em São Januário. A equipe vascaína “sobrou em campo”. Mesmo carecendo de reforços, estando em processo de reformulação de seu elenco e ainda sentindo os efeitos de todo o esforço financeiro para erguer o maior estádio da América do Sul, o “Gigante da Colina” venceu a partida por 3 a 1 e conquistou sobre o Flamengo o troféu “O Pregão da Victoria”.

2º – 31/03/1928 – Partida de inauguração dos refletores do Estádio. Primeira partida noturna de São Januário e primeira partida internacional do Vasco no estádio. Mais de 60 mil torcedores estiveram presentes (dados oficiosos);

3º – 09/11/1930 – Vasco 6×0 Fluminense/RJ – Maior goleada da história deste Clássico;

4º – 26/04/1931 – Vasco 7×0 Flamengo/RJ – Maior goleada da história do “Clássico dos Milhões”;

5º – 25/05/1949 – Vasco 1×0 Arsenal/ING (Amistoso Internacional) – O famoso clube londrino, um dos mais tradicionais e populares da Inglaterra, fundado em 1886, havia se sagrado mais uma vez campeão na temporada de 1947/48 e era exaltado como um dos melhores times do mundo. Mais de 60 mil torcedores estiveram presentes (dados oficiosos);

6º – 06/12/1992 – Vasco 1×1 Flamengo/RJ – O Vasco ratifica a conquista do Campeonato Carioca de 1992, ao terminar a campanha de forma invicta;

7º – 12/08/1998 – Vasco 2×0 Barcelona (Equador). Primeira partida da Final da Libertadores. Vasco 2×0 Barcelona (Equador);

8º – 06/12/2000 – Vasco 2×0 Palmeiras/SP. Primeira partida da final da Copa Mercosul, que seria conquistada pelo Vasco.

9º – 20/05/2007 – Vasco 3×1 Sport/PE. Partida do milésimo gol do Romário;

10º – 01/06/2011 – Vasco 1×0 Coritiba/PR. Primeiro jogo da final da Copa do Brasil. O Vasco dava o pontapé inicial para a conquista do campeonato.

Para além do futebol, São Januário foi sede de eventos culturais e políticos que marcaram o Brasil. No estádio vascaíno, Getúlio Vargas pronunciou vários discursos, especialmente, no Dia do Trabalhador (1º de Maio) e no Dia da Independência (07 de Setembro). Geralmente, na comemoração da Independência, o maestro Heitor Villa Lobos regia corais orfeônicos com milhares de jovens e crianças de escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro. Além de Getúlio, o estádio vascaíno teve a presença de outras figuras importantes da política nacional em eventos históricos, como Luiz Carlos Prestes, Juscelino Kubitschek, Eurico Gaspar Dutra, João Goulart e outros. Na “casa vascaína” também foram realizados desfiles de escolas de samba, em 1945, a Portela sagrou-se campeã. Veja a seguir os dez eventos não-esportivos mais marcantes que ocorreram no Estádio Vasco da Gama:

1º – 01/05/1940 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador. Neste evento houve a assinatura de instituição do Salário Mínimo pelo Decreto-Lei nº 2.162, de 1º de Maio de 1940;

2º – 01/05/1941 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador. Neste evento houve a instalação oficial da Justiça do Trabalho no Brasil. Em 1941, realizou-se a inauguração e o real funcionamento da Justiça do Trabalho no país, estruturada pelo Decreto-Lei nº 1.237/1939;

3º – 07/09/1942 – Comemorações do Dia da Independência; Realização da Hora da Independência. Cerimônia em comemoração ao Dia da Independência, com a presença e discurso de Getúlio Vargas, Presidente da República. A primeira após a entrada oficial do Brasil na Segunda Guerra Mundial. O maestro Villa Lobos regeu grande coral orfeônico formado por jovens e crianças das escolas públicas e particulares;

4º – 07/02/1945 – Desfile Oficial de Carnaval das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. A Portela sagrou-se campeã.

5º – 01/05/1945 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador;

6º – 23/05/1945 – Comício de Luiz Carlos Prestes. Semanas após deixar a prisão devido à anistia concedida pelo presidente Getúlio Vargas, o líder comunista Luiz Carlos Prestes falou para cerca de 100 mil pessoas no Estádio de São Januário, em organizado pelo Partido do Brasil (PCB);

7º – 12/08/1950 – Comício de Getúlio Vargas, candidato à Presidência da República;

8º – 01/05/1951 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador;

9º – 01/05/1952 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador;

10º – 01/05/1957 – Discursos proferidos pelo Presidente da República, Juscelino Kubitschek, e pelo Vice-Presidente da República, João Goulart, por ocasião do Dia do Trabalhador;

No intuito de prestarmos uma homenagem a este monumento à igualdade no esporte e de demonstração da grandeza do Vasco, destacamos fatos históricos que ressaltam a importância do Estádio de São Januário. Ao olharmos para o passado glorioso do nosso Vasco, apontamos para um futuro ainda mais próspero, levando em nossos corações um velho ditado vascaíno: “O Vasco é um clube rico, de adeptos trabalhadores e dedicados”.

90 anos de São Januário

 

O Estádio Vasco da Gama completa 90 anos! Com a sua história de fundação singular e a sua utilização ao longo do tempo como palco de grandes manifestações populares e marcos importantes para o país, a “casa vascaína” escapou da serventia tradicional de arena esportiva e se colocou no decorrer de sua gloriosa existência como parte da história política e cultural brasileira, tornando-se um verdadeiro patrimônio nacional.

O surgimento de São Januário remonta à luta do Vasco em poder colocar em prática a sua política de seleção de jogadores sem distinção de raça ou condição social. No ano de 1923, o Vasco conquistou o seu primeiro título de Campeão Carioca. Com uma equipe recheada de jogadores das camadas populares, conseguiu desbancar um a um os seus adversários. Fazendo uma campanha espetacular, o Clube fez história ao ser o primeiro a conquistar este campeonato com jogadores negros e brancos de baixa condição social, abalando a estrutura do racismo e do preconceito social vigentes no futebol do Rio de Janeiro, então Capital Federal.

A façanha vascaína levou uma mensagem de igualdade para todo o país e revoltou os clubes que comandavam o futebol da Liga Metropolitana e monopolizavam os títulos de “Campeão da Cidade”, o que conhecemos atualmente como Campeonato Carioca. Nos primeiros meses de 1924, ocorreu uma cisão que resultou na criação de outra liga, a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA), cujos clubes fundadores foram o América FC, o Bangu AC, o Botafogo FC, o CR do Flamengo e o Fluminense FC.

Baseando-se no discurso da necessidade de se ter maior controle sobre “a moral no esporte” (o que encobria o racismo e o preconceito social existentes) e da obrigatoriedade de se defender um futebol que fosse puramente amador (isso, na verdade, não era praticado por nenhum clube da Liga Metropolitana), as elites visavam encobrir a luta pelo controle de uma entidade que regesse o futebol carioca e, consequentemente, administrasse os crescentes recursos financeiros mobilizados em torno da sua prática institucionalizada.

A AMEA convidou o Vasco para participar de seu primeiro campeonato, em 1924. Contudo, as condições para a sua participação eram extremamente desfavoráveis. A principal exigência era a exclusão por parte do Clube de 12 jogadores, dentre eles 7 dos que haviam conquistado o campeonato do ano anterior. Esses homens foram apontados pela Sindicância da nova liga como indivíduos despossuídos de condições morais para a prática do futebol. Foram excluídos com base no critério do analfabetismo e das condições e natureza das suas profissões.  

A verdade era que os estatutos da nova entidade tinham por objetivo impedir que clubes montassem equipes competitivas com jogadores das camadas populares e, consequentemente, tivessem condições de conquistar o campeonato, o que o Vasco havia feito. Além disso, privilegiavam-se àqueles clubes que já possuíam melhor estrutura, em detrimento dos demais, pois, era preciso ter uma “praça de exercícios atléticos e desportivos […]” que satisfizessem as exigências da AMEA. Posição esta reforçada pela entidade no dia 06 de abril de 1924, quando emitiu resoluções que obrigavam os clubes não-fundadores como o Vasco a terem que disputar uma espécie de seletiva, na qual seriam rebaixados para a segunda divisão “dous clubs não fundadores menos desenvolvidos em installações materiaes, organização techinica, administrativa e prática de exercicios physicos e esportivos”.

Em resposta às exigências preconceituosas da AMEA, o então presidente vascaíno, José Augusto Prestes, emitiu um ofício comunicando que desistiria de fazer parte da nova entidade por “não se conformar com o processo porque foi feita a investigação das posições sociaes desses nossos consócios, investigação levada a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa” (Ofício nº261, 07 de abril de 1924).

A negativa vascaína em 1924 se popularizou como sendo uma “Resposta Histórica”, que representou e representa o repúdio total da entidade ao racismo e ao preconceito social no futebol e no esporte como um todo. O Vasco, por não acatar as condições que lhe foram impostas, retorna para a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT).

A força da Instituição, baseada no seu corpo associativo e na capacidade do Clube de atrair uma grande massa de torcedores, fazia com que o Vasco não pudesse ser relegado pelos demais. O Vasco conquistaria de forma invicta o Campeonato Carioca, o primeiro dos seis que ostenta atualmente, sagrando-se Bicampeão Carioca. (1923-1924). No ano seguinte (1925), o Vasco seria novamente convidado a fazer parte da AMEA. O Clube aceitou o convite e levou consigo todos os seus jogadores.

Embora na própria “Resposta Histórica” o Vasco faça um protesto quanto à forma que a Instituição era tratada por não possuir melhores “installações materiaes”, ainda havia uma resposta mais taxativa a ser dada: a construção de um estádio próprio. Impulsionados pela tentativa dos ditos “grandes clubes” em enfraquecer o Vasco, os dirigentes vascaínos já debatiam seriamente desde 1924 a compra de um terreno para a construção de um estádio próprio, enxergado como meio de se obter total autonomia para o Clube. O processo de construção da “casa própria” vai tomando corpo, até que no dia 28 de março de 1925, o Vasco adquiria a terreno onde seria erguido o seu Estádio.  Os dirigentes vascaínos hastearam o pavilhão do Clube no local, no dia 20 de dezembro de 1925.

Após esse esforço inicial, era preciso angariar recursos para o erguimento do estádio. Iniciava-se, então, uma campanha histórica para a construção da “casa vascaína”. As três principais ações nesse intuito foram: uma gigantesca campanha para atrair novos sócios, que ficaria conhecida como “campanha dos 10 mil”; as contribuições individuais de vascaínos e vascaínas; e o lançamento de debêntures no mercado, ou seja, títulos de créditos ao portador.

No decorrer dessa mobilização vascaína, o contrato entre o Vasco e construtora Christiani & Nielsen foi firmado em 17 de abril de 1926, assinando-o pelo Vasco o então Presidente Raul da Silva Campos, e Harald Broe, pela empresa construtora. A Cristiani & Nielsen, de origem dinamarquesa, teve como fundadores o engenheiro Rudolf Christiani e pelo Capitão de Marinha Aage Nielsen. Anos antes (1923/1924) foi responsável pela construção da sede do Jockey Club Brasileiro.

O Lançamento da Pedra Fundamental do Estádio ocorreu no dia 06 de junho de 1926 e reuniu dentre outras autoridades, os dirigentes do Vasco, torcedores e o então prefeito da Capital Federal, Alaor Prata. Além da assinatura da Ata de Lançamento pelo Prefeito e dirigentes vascaínos, houve a inserção de uma espécie de “cápsula do tempo” no subsolo do futuro estádio, contendo moedas, jornais e outros objetos da época.

O ritmo das obras foi acelerado, apesar das tentativas de dificultarem a façanha vascaína. Uma dessas dificuldades ocorreu quando o Vasco solicitou a importação do cimento belga, que era de melhor qualidade em comparação ao brasileiro. A importação foi barrada e o Vasco se viu obrigado a utilizar o cimento nacional. A solução encontrada para vencer esse obstáculo foi reforçar ainda mais as estruturas do estádio: para cada uma parte de cimento, foram colocadas duas e meia de areia e três e meia de pedra britada. Nada parava o Vasco, o Clube erguia o seu gigante de concreto.

Na tarde de 21 de abril de 1927, o Gigante da Colina dava ao Brasil o maior estádio da América do Sul. O Estádio do Vasco foi todo construído com recursos próprios da Instituição, sem qualquer contribuição de dinheiro público. Os 40 mil torcedores que acompanharam a inauguração ficaram impressionados com a beleza e a imponência do estádio vascaíno.

Coube ao aviador português, Major José Manuel Sarmento de Beires, o ato simbólico de cortar a fita inaugural, ao lado do Presidente do Vasco, Raul da Silva Campos, e do Presidente da Confederação Brasileira de Desportos, Oscar Rodrigues da Costa. O Presidente da República, Washington Luís, também estava presente e assistiu aos eventos do dia da Tribuna de Honra.

A partida de futebol da inauguração, disputado pelo Vasco contra a equipe do Santos, de São Paulo, significou pouco se comparado ao que representava aquele marco histórico. O Vasco, em resposta àqueles que queriam diminuí-lo e enfraquecê-lo, e igualmente, em resposta àqueles que gostariam de ver o futebol marcado pelo racismo e pelo preconceito social, fez surgir um verdadeiro templo do povo.

A “casa do Vasco” também passou a receber partidas de outros clubes e da própria seleção brasileira. A equipe principal do Vasco já atuou em 1475 partidas de futebol, com 965 vitórias, 309 empates e 201 derrotas (não contabilizamos jogos do Torneio Início a título de estatística para partidas de futebol). A equipe vascaína marcou 3419 vezes e sofreu 1372 gols, mantendo um saldo positivo de 2047 gols. Dentre esses 1475 jogos, veja a lista a seguir com os dez momentos esportivos mais marcantes do Vasco no Estádio:

1º – 15/05/1927 – Vasco 3×1 Flamengo/RJ – Primeiro Vasco e Flamengo em São Januário. A equipe vascaína “sobrou em campo”. Mesmo carecendo de reforços, estando em processo de reformulação de seu elenco e ainda sentindo os efeitos de todo o esforço financeiro para erguer o maior estádio da América do Sul, o “Gigante da Colina” venceu a partida por 3 a 1 e conquistou sobre o Flamengo o troféu “O Pregão da Victoria”.

2º – 31/03/1928 – Partida de inauguração dos refletores do Estádio. Primeira partida noturna de São Januário e primeira partida internacional do Vasco no estádio. Mais de 60 mil torcedores estiveram presentes (dados oficiosos);

3º – 09/11/1930 – Vasco 6×0 Fluminense/RJ – Maior goleada da história deste Clássico;

4º – 26/04/1931 – Vasco 7×0 Flamengo/RJ – Maior goleada da história do “Clássico dos Milhões”;

5º – 25/05/1949 – Vasco 1×0 Arsenal/ING (Amistoso Internacional) – O famoso clube londrino, um dos mais tradicionais e populares da Inglaterra, fundado em 1886, havia se sagrado mais uma vez campeão na temporada de 1947/48 e era exaltado como um dos melhores times do mundo. Mais de 60 mil torcedores estiveram presentes (dados oficiosos);

6º – 06/12/1992 – Vasco 1×1 Flamengo/RJ – O Vasco ratifica a conquista do Campeonato Carioca de 1992, ao terminar a campanha de forma invicta;

7º – 12/08/1998 – Vasco 2×0 Barcelona (Equador). Primeira partida da Final da Libertadores. Vasco 2×0 Barcelona (Equador);

8º – 06/12/2000 – Vasco 2×0 Palmeiras/SP. Primeira partida da final da Copa Mercosul, que seria conquistada pelo Vasco.

9º – 20/05/2007 – Vasco 3×1 Sport/PE.        Partida do milésimo gol do Romário;

10º – 01/06/2011 – Vasco 1×0 Coritiba/PR. Primeiro jogo da final da Copa do Brasil. O Vasco dava o pontapé inicial para a conquista do campeonato.

Para além do futebol, São Januário foi sede de eventos culturais e políticos que marcaram o Brasil. No estádio vascaíno, Getúlio Vargas pronunciou vários discursos, especialmente, no Dia do Trabalhador (1º de Maio) e no Dia da Independência (07 de Setembro). Geralmente, na comemoração da Independência, o maestro Heitor Villa Lobos regia corais orfeônicos com milhares de jovens e crianças de escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro. Além de Getúlio, o estádio vascaíno teve a presença de outras figuras importantes da política nacional em eventos históricos, como Luiz Carlos Prestes, Juscelino Kubitschek, Eurico Gaspar Dutra, João Goulart e outros. Na “casa vascaína” também foram realizados desfiles de escolas de samba, em 1945, a Portela sagrou-se campeã. Veja a seguir os dez eventos não-esportivos mais marcantes que ocorreram no Estádio Vasco da Gama:

1º – 01/05/1940 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador. Neste evento houve a assinatura de instituição do Salário Mínimo pelo Decreto-Lei nº 2.162, de 1º de Maio de 1940;         

2º – 01/05/1941 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador.  Neste evento houve a instalação oficial da Justiça do Trabalho no Brasil. Em 1941, realizou-se a inauguração e o real funcionamento da Justiça do Trabalho no país, estruturada pelo Decreto-Lei nº 1.237/1939;

3º – 07/09/1942 – Comemorações do Dia da Independência; Realização da Hora da Independência. Cerimônia em comemoração ao Dia da Independência, com a presença e discurso de Getúlio Vargas, Presidente da República. A primeira após a entrada oficial do Brasil na Segunda Guerra Mundial. O maestro Villa Lobos regeu grande coral orfeônico formado por jovens e crianças das escolas públicas e particulares;

4º – 07/02/1945 – Desfile Oficial de Carnaval das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. A Portela sagrou-se campeã.

5º – 01/05/1945 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador;

6º – 23/05/1945 – Comício de Luiz Carlos Prestes. Semanas após deixar a prisão devido à anistia concedida pelo presidente Getúlio Vargas, o líder comunista Luiz Carlos Prestes falou para cerca de 100 mil pessoas no Estádio de São Januário, em comício organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCB);

7º – 12/08/1950 – Comício de Getúlio Vargas, candidato à Presidência da República;

8º – 01/05/1951 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador;  

9º – 01/05/1952 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador;

10º – 01/05/1957 – Discursos proferidos pelo Presidente da República, Juscelino Kubitschek, e pelo Vice-Presidente da República, João Goulart, por ocasião do Dia do Trabalhador;

No intuito de prestarmos uma homenagem a este monumento à igualdade no esporte e de demonstração da grandeza do Vasco, destacamos fatos históricos que ressaltam a importância do Estádio de São Januário. Ao olharmos para o passado glorioso do nosso Vasco, apontamos para um futuro ainda mais próspero, levando em nossos corações um velho ditado vascaíno: “O Vasco é um clube rico, de adeptos trabalhadores e dedicados”.

Fonte: Site Oficial

Há exatos 32 anos, Milton Mendes, novo treinador cruzmaltino, fazia sua estreia com a camisa do Vasco

O dia 20 de março está definitivamente marcado na vida de Milton Mendes, o novo treinador cruzmaltino.

Na mesma data em que foi apresentado oficialmente como o novo comandante da equipe vascaína, Milton Mendes fazia sua estreia como jogador no próprio Vasco, onde se formou na base, jogando ao lado de Romário, Lira e Mazinho, e conquistando títulos, como o Carioca juvenil de 1983 (1º do Vasco nesta categoria) e o Carioca de juniores de 1984.

Mesmo com apenas 19 anos, e apesar do nervosismo, teve boa atuação atuando ao lado de Acácio, Geovani e Donato, inclusive sendo elogiado pelo “Jornal dos Sports”.

A partida contra o Coritiba, futuro campeão brasileiro, era válida pelo 2º turno do Brasileiro daquele ano, e o empate deu a liderança provisória em seu grupo, ao Gigante da Colina.

Vamos relembrar mais este jogo da belíssima História Cruzmaltina !

O Globo (21/03/1985)
Jornal dos Sports (21/03/1985)

“Sem seis titulares, em especial Roberto e Mauricinho, o Vasco, ainda assim, esteve para ganhar do Coritiba, que se esforçou muito para conseguir o empate de 0 a 0, ontem a noite, no Estádio Couto Pereira. O resultado foi bom para os dois times, pois o Coritiba manteve a liderança do Grupo A e o Vasco também manteve a ponta do seu grupo, junto com o Bahia que empatou com o Santa Cruz.

Talvez se Edu tivesse escalado Romário, desde o inicio do jogo, o Vasco poderia ter conseguido a vitória, pois Claudio José perdeu boas oportunidades e não soube como fugir à marcação do adversário. O desfalque de Mauricinho prejudicou muito o time carioca, pois Gilberto preferiu ajudar no combate no meio-campo.

O empate só não agradou por ter sido de 0 a 0, pois os goleiros fizeram boas defesas, principalmente Rafael que em duas oportunidades soltou duas bolas chutadas com violência. Acácio, no final, impediu o gol do Coritiba, com uma defesa sensacional. Uma cabeçada de Índio, por cima do travessão, também assustou o Vasco. Se entra, faria injustiça ao time de Edu, melhor em campo.

Pressionado por tua torcida, que não admitia o empate em casa, o Coritiba tentou de tudo para agredir o Vasco, mas esbarrava no bloqueio muito bem comandado por Luis Carlos no meio-campo. Depois que Romário entrou, dando mais velocidade ao ataque carioca, o Coritiba procurou se fechar um pouco, o que acabou irritando a sua torcida. Para o Vasco, o resultado teve o sabor de vitória por ter sido alcançado no campo do adversário e sem meio time.” (Jornal dos Sports – 21/03/1985)

Jornal do Brasil (21/03/1985)

As atuações dos atletas vascaínos segundo o “Jornal dos Sports”:

Acácio
Nas poucas vezes em que foi solicitado, o fez muitíssimo bem.

Milton Mendes
Uma boa estreia, apesar do nervosismo no início.

Donato
Um dos melhores do time.

Ivan
Andou apelando um pouco. Por isso, levou um cartão amarelo que o tirou do clássico com o América.

Airton
Não foi fácil segurar Lela.

Luis Carlos
O melhor do time, mais uma vez.

Geovani
Um lançamento genial que deixou Romário na cara de Rafael. Boa partida.

Gilberto
Foi mais marcador do que qualquer outra coisa. Aos 35 do final, se contundiu e deu vaga a Mario Tilico, pouco solicitado.

Cláudio José
Deveria ter sido substituído no primeiro tempo.

Romário
Entrou aos 14 minutos do final e aumentou a agressividade do time.

Silvinho
Apenas algumas boas jogadas.

Fonte: História Cruzmaltina