Arquivo da categoria: História

No ano da conquista da Libertadores, Vasco estreava no Carioca com vitória sobre o Bangu

Há 20 anos o Vasco estreava no campeonato estadual com um vitória sobre o Bangu em São Januário, no dia da entrega das faixas do tri-campeonato brasileiro.

O autor do gol foi o “Pantera” Donizete, que fazia sua primeira partida oficial com a camisa cruzmaltina. O Gigante da Colina se sagraria campeão carioca exatamente contra o mesmo adversário, também com uma vitória por 1×0.

Neste mesmo ano, o Vasco também conquistaria a Taça Libertadores da América, o seu Bi-Campeonato Sul-Americano.

Que as coincidências e os títulos se repitam.

A Marca do Pantera

Donizete faz o gol da vitória sobre o Bangu em sua estréia no Vasco

Foi um domingo de campeão – mais pela festa da entrega das faixas de campeão brasileiro, é verdade, do que pelo futebol. Um domingo de encontros e reencontros, com direito a um intenso foguetório e samba-enredo (o Vasco, que comemora este ano seu primeiro centenário, será homenageado pela Escola de Samba Unidos da Tijuca).

Nas arquibancadas, sociais e no campo de São Januário – é isso mesmo, dentro do campo -, pouco mais de três mil torcedores ainda eufóricos reencontraram o campeão brasileiro, o time de Edmundo, que estreou na Itália (“jogou apenas três minutos”, lamentava a torcida, repetindo frase que as emissoras de rádio espalhavam).

Esses mesmos torcedores encontraram um novo ídolo, Donizete, autor do gol que deu a primeira vitória ao Vasco no primeiro jogo do ano do centenário, contra um apenas esforçado Bangu, em partida antecipada da segunda fase do Campeonato Estadual.

A torcida, embalada pela bateria da Unidos da Tijuca, comemorou muito o gol de Donizete, que concluiu boa jogada começada por Mauricinho e trabalhada por Pedrinho, coincidentemente os destaques do Vasco, ao lado de Luisinho (um chute forte, da entrada da área, no canto esquerdo do goleiro do Bangu, Alex, que jogou mais ontem do que em todo o tempo em que esteve no Fluminense, seu ex-clube).

O Vasco teve ainda mais duas ou três chances reais de fazer gol no primeiro tempo, todas circunscritas aos quinze primeiros minutos de jogo, quando o time todo corria, ganhava as divididas e conseguia chegar à linha de fundo. Começou bem o segundo tempo, parou e só foi ressurgir já no final, quando Sorato acertou a trave, numa cobrança de falta. Foi uma vitória mais do que merecida, mas…

Ficou claro que o ritmo do time andou atravessando. “Só deu para iniciar a preparação”, justificou-se o técnico Antônio Lopes, que não foi muito fundo na avaliação da falta que o contundido Juninho e o afastado Ramon fizeram à equipe.

A defesa, com o estreante Vítor, não teve muito trabalho e mostrou que está afinada. Destaque para Mauro Galvão, sempre sóbrio e absolutamente eficiente. É bem verdade que o Bangu pouco andou na área do Vasco no primeiro tempo, embora tenha arriscado alguma coisa na segunda fase, mas muito timidamente.

O meio-campo, sem três titulares (Nasa, Juninho e Ramon), foi muito mais luta do que criação. E aí apareceu Luisinho, responsável pela maior parte dos desarmes e pelos melhores lançamentos. Mauricinho, embora deslocado, procurou fechar os avanços do bom lateral Flavinho. Pedrinho esteve bem, especialmente nos chutes de fora da área: bateu duas faltas com muito perigo.

O ataque sentiu claramente falta de preparo físico – Luizão só falava no mormaço – e de entrosamento. Mas deu para antever alguma coisa. Donizete conseguiu criar algumas jogadas muito boas, em arrancadas e dribles largos. Luizão arriscou alguns dribles de quem sabe jogar. Mas, na hora de decidir, faltou a explosão. Valeu como aperitivo num ano em que o Vasco vai disputar todas as copas e campeonatos que existem por aqui. Quarta-feira tem mais, contra o Palmeiras, o adversário das finais do ano passado.

Fonte: Jornal do Brasil

Tribuna da Imprensa (18/01/1998)

FICHA TÉCNICA
18/01/1998 – VASCO 1 x 0 BANGU

Competição: Campeonato Carioca
Local: São Januário
Público: 3.307 pagantes
Árbitro: Jorge Travassos, auxiliado por Élsson Passos e Manuel do Couto Pires

Vasco: Carlos Germano (Márcio), Vítor, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho (Fabrício), Nélson, Pedrinho e Mauricinho; Donizete e Luizão (Sorato)
Técnico: Antônio Lopes

Bangu: Alex, Marcelo Cardoso, Paulo Campos, Naílton e Flavinho; André Biquinho, Humberto, Marcão e Edílson (Renatinho); Marcelo Cruz (Paulo Andrade) e Bianor (Wellington)
Técnico: Alfredo Sampaio

Gol: Donizete (1 min. do 1º tempo)

Cartões amarelos: Luisinho, Odvan e Nélson (Vasco); Paulo Campos, Naílton e Marcão (Bangu)

 

Há 60 anos, Vasco derrotava o Nacional-URU em pleno Estádio Centenário

No dia 11 de janeiro de 1958, o Vasco iniciava uma série de amistosos em terras uruguaias e argentinas enfrentando o então tri campeão uruguaio, o Nacional.

Diante de um Estádio Centenário lotado, o Gigante da Colina conquistou a vitória no segundo tempo, com gols de Rubens (4´) e Vavá (15´). A partida foi marcada por jogadas ríspidas, grandes atuações de Bellini, Paulinho e Sabará e confusão no fim.

Depois desse jogo, a equipe cruzmaltina enfrentou o Peñarol-URU (3×1), Boca Jrs-ARG (2×2), Quilmes-ARG (4×2), Boca Jrs-ARG mais uma vez (1×1) e finalizou atuando novamente contra o Nacional-URU (3×2), com saldo de quatro vitórias e dois empates.

No total, Vasco e Nacional se enfrentaram em 19 oportunidades, com onze vitórias vascaínas, dois empates e seis triunfos uruguaios. São 28 gols marcados e 23 sofridos.

O Vasco atuou com Carlos Alberto; Paulinho e Belini; Écio (Laerte), Orlando, Coronel; Sabará (Roberto), Almir, Vavá (Valdemar), Rubens e Pinga.

Jornal dos Sports (12/01/1958)

“Intensa expectativa reina por parte dos torcedores locais pela estréia do Vasco da Gama, coisa que verifica-se na noite de hoje, tendo os cruzmaltinos como adversário o forte conjunto local do Nacional. Este prélio fez o esporte uruguaio viver momentos de intensa vibração e ansiedade. Platéia numerosa lota quase que totalmente as dependências do Estádio Nacional que engalana-se para servir de palco a este espetáculo que se antecipa como dos mais sensacionais e eletrizantes.” (Jornal dos Sports – 12/01/1958)

Jornal dos Sports (12/01/1958)

“Belini foi, a nosso ver, a figura marcante da equipe vascaína. Lutou com alma e esteve sempre presente onde se tornava necessária a sua presença. Depois de Belini vem Paulinho com uma atuação segura. E no ataque consideramos Sabará e Vavá, os elementos que mais colaboraram para o sensacional triunfo.” (Jornal dos Sports – 12/01/1958)

Jornal dos Sports – 12/01/1958

O “Jornal dos Sports” descreve como foi a confusão no fim do jogo:

Jornal dos Sports (12/01/1958)

 

Em 1961, vitória e quebra de invencibilidade do rival no Octogonal Sul-Americano

Há 57 anos, o Vasco derrotava o urubu no Maracanã por 1 a 0 em partida válida pelo Octogonal Sul-Americano de 1961, que contava ainda com Corinthians, São Paulo, Boca Jrs-ARG, River Plate-ARG, Nacional-URU e Cerro Porteño-URU. O gol da vitória vascaína foi marcado por Azumir aos 39 do primeiro tempo. O atacante fazia sua estréia com a camisa cruzmaltina, recém contratado por empréstimo junto ao Fluminense.

Seria a segunda vez que o Gigante da Colina enfrentava o grande rival em um torneio internacional. A primeira havia sido pelo Quadrangular Internacional do Rio de Janeiro de 1953, quando o Vasco também obteve uma vitória, goleando por 5 a 2.

Jornal dos Sports (11/01/1961)
Jornal dos Sports (11/01/1961)

Ficha do jogo:
Torneio Octogonal Sul-Americano
10/01/1961
Estádio do Maracanã
Vasco da Gama 1 x 0 Flamengo
Gol: Azumir 40
Vasco da Gama: Ita; Paulinho, Bellini; Ecio, Orlando, Coronel; Sabará, Azumir, Delem, Valdemar, Pinga (Joãozinho).
Téc: Martim Francisco.
Flamengo: Ari; Bolero, Joubert (Santana); Nelinho, Carlinhos, Jordan; Luis Carlos (Moacir), Henrique, Gerson (Germano), Dida, Babá.
Téc: Fleitas Solich.

 

Há 69 anos, festa vascaína no México

No dia 09 de janeiro de 1949, o Vasco iniciava uma série de dez partidas amistosas em terras mexicanas com uma bela vitória de virada sobre o América. Os gols cruzmaltinos foram marcados por Ademir (2), Ipojucan e Dimas.

O Gigante da Colina saiu invicto do México, com saldo de oito vitórias e dois empates.

Jornal dos Sports – 09/01/1949

“As duas equipes se apresentaram com as seguintes escalas:

VASCO DA GAMA –  Barbosa, Augusto e Wilson; Eli, Danilo e Jorge; Friaça, Ademir, Pacheco, Ipojucan e Chico.

AMÉRICA – Landeros, La Bruja e Ayla; Ortiz, Ochoa e Hernandéz; Quesada, Cruz, Casarin, Iturralde e Arnaude.

A partida foi iniciada pelo América às 3:20 (hora do Rio) tendo imediatamente feito o goal. Os visitantes, porém, contra-atacaram. 

Aos seis minutos, um tiro brasileiro ameaçou a trave mexicana, porém passou muito alto. Aos oito minutos, o América exerceu nova pressão sobre o goal brasileiro, mas uma rápida e eficiente intervenção de Barbosa, arqueiro do Vasco, frustrou a ofensiva mexicana, arrancando aplausos da assistência. Barbosa entusiasmou os espectadores com seus tiros longos e certeiros, que quase atingiam a área de penalty adversária.

Aos nove minutos de jogo, Casarin, centro do América, marcou o primeiro tento, com um shoot de longe, de um passe de Quesada.O Vasco reagiu e, aos 16 minutos, empatou a partida, quando um tiro de Ademir foi batido erradamente por Ochoa, indo alcançar a rede mexicana, que mandou a bola às redes antes que a defesa local pudesse intervir.

Os brasileiros intensificaram então seu esforço para manter a vantagem, apesar da elevada altitude dessa cidade – mais de 2.000 metros – à qual não estão habituados. O América dominou a parte restante do primeiro tempo, porém não conseguiu romper a sólida defesa vascaína. O primeiro tempo terminou com a seguinte contagem: Vasco 2×1 América.

Os mexicanos atacaram constantemente desde o início do segundo tempo e conseguiram empatar aos 11 minutos, quando Iturralde aproveitou um passe alto e certeiro de Arnaude, que havia batido um córner. Quatro minutos depois, aos 13 minutos do segundo tempo, os mexicanos passaram a vencer por 3 a 2, com um goal feito de cabeça por Casarin.

Os brasileiros contra-atacaram então com grande ímpeto, a fim de modificar a situação. Aos 20 minutos, Ademir irrompeu sozinho no centro e mandou a bola a redes mexicanas.

Trinta segundos depois, Dimas, que havia substituído Pacheco, repetiu a proeza de Ademir. O Vasco manteve a sua pressão até o apito final, enquanto os mexicanos se mostravam lentos e desorganizados. Os brasileiros retardaram as substituições até o segundo período. Dimas substituiu Pacheco aos 18 minutos do segundo tempo. Maneca entrou no lugar de Ipojucan aos 23 minutos, Nestor no lugar de Friaça aos 32 e Moacir no lugar de Ademir aos 39 minutos. O América realizou uma substituição no segundo tempo, quando Vera entrou no lugar de Ayla.

O score final foi Vasco da Gama 4×3 América.”

(Jornal dos Sports – 11/01/1949)

Jornal dos Sports – 11/01/1949
Jornal dos Sports – 11/01/1949
Jornal dos Sports – 11/01/1949

 

Fausto e Jaguaré: os primeiros brasileiros do Barça

Conheça Fausto do Santos e Jaguaré Bezerra, os primeiros jogadores brasileiros da história do FC Barcelona

Dois jogadores tiveram o privilégio de serem os responsáveis por abrir as portas do FC Barcelona ao Brasil. Uma relação histórica que teve seu pontapé inicial há 87 anos e que começou de uma forma curiosa. O fato que sejam dois atletas e não apenas um, já é um exemplo. Mas as curiosidades não param por aí. Ambos chegaram ao Barça procedentes da mesma equipe, o Vasco da Gama, do Rio de janeiro.

Além disso, fizeram a sua estreia na mesma partida e vestiram a camisa do clube catalão no mesmo período, durante a temporada 1931/32. Outra semelhança entre ambos é que nenhum deles chegou a disputar uma partida oficial pelo Barça, por culpa do regulamento da época, que não permitia jogadores estrangeiros.

São eles: Jaguaré Bezerra de Vasconcellos e Fausto Dos Santos. Dois grandes craques brasileiros do início do século XX, que impressionaram os catalães durante uma excursão do clube carioca pela Europa. Desse modo, acabaram contratados pelo Barça e se tornaram os primeiros brasileiros da história do clube catalão. 

Ambos fizeram a sua estreia no dia 29 de agosto de 1931, no antigo estádio de Les Corts, em um amistoso contra o Athletic Club que o Barça venceu por 5 a 1. Na foto abaixo, a equipe do Barça que entrou em campo naquele dia, com as presenças do goleiro Jaguaré (agachado) e do meia Fausto dos Santos. 

Fausto dos Santos

Nascido em Codó (Maranhão) no dia 28 de janeiro de 1905, o meia Fausto dos Santos foi considerado o melhor jogador brasileiro na sua posição durante as décadas de 20 e 30. Foi eleito o melhor jogador do Brasil na primeira Copa do Mundo (Uruguai 1930), na qual foi apelidado de ‘Maravilha Negra’ pelos jornalistas locais.

No FC Barcelona jogou apenas partidas amistosas. Um total de 46, nas quais marcou sete gols. Também jogou em clubes como Bangu, Flamengo, Young Fellows (Suíça) e Nacional (Uruguai). Faleceu de forma precoce no dia 29 de março de 1939 – aos 34 anos – em razão de uma tuberculose.

Jaguaré Bezerra

Jaguaré Bezerra de Vasconcelos nasceu no dia 14 de maio de 1905, no Rio de Janeiro. Foi estivador no cais do porto da cidade até ter uma oportunidade de ser o goleiro do Vasco da Gama. Ali, virou ídolo da torcida graças as suas defesas extraordinárias e molecagens no gramado, que irritava os adversários.

Chegou ao Barça em 1931, mas também foi prejudicado pela regras da época e só teve a oportunidade de disputar jogos amistosos – 18 no total. Alguns anos depois, voltaria ao Brasil e se tornaria o primeiro goleiro a usar luvas, novidade trazida da sua passagem pelo futebol europeu. Jogou também no Corinthians, Sporting de Lisboa, Olympique de Marsella, Acadêmicos do Porto e São Cristóvão. Faleceu no dia 27 de agosto de 1946, aos 41 anos.

Fonte: Site oficial do Barcelona FC

Há 18 anos, Vasco dava show no Mundial de Clubes: 3 a 1 no Manchester United

No dia 8 de janeiro de 2000, o Vasco derrotava por 3 a 1 o então campeão europeu e mundial Manchester United no Maracanã pelo I Mundial de Clubes da Fifa. Romário (2) e Edmundo construíram ainda no primeiro tempo a vitória vascaína. A foto dos dois comemorando, abraçados, o primeiro gol da partida rodou o mundo e se tornou uma das mais marcantes da história do Vasco. Já o terceiro gol, de Edmundo, entrou para a galeria das obras-primas do futebol: ele aplicou um drible sensacional em Silvestre antes de fuzilar o goleiro Bosnich. 

https://youtu.be/ZzkeCbQsiMs

VASCO: Hélton, Jorginho (Paulo Miranda 24″ do 2º), Júnior Baiano, Mauro Galvão e Gilberto; Amaral, Felipe, Juninho (Alex Oliveira 34″ do 2º) e Ramon (Nasa 31″ do 2º); Edmundo e Romário. Técnico: Antônio Lopes. 

MANCHESTER UNITED: Bosnich, Gary Neville, Stam (Jordi Cruyff 26″ do 2º), Silvestre e Irwin; Keane, Butt, Philip Neville e Giggs (Fortune 32″ do 2º); Solskjaer (Sheringham, intervalo) e Yorke. Técnico: Alex Ferguson. 

Fonte: NetVasco (texto) Youtube (Video)

Há 64 anos, no Dia Mundial da Paz, o Clássico da Paz

No dia 01/01/1954, Vasco e América se enfrentaram no Maracanã em partida válida pelo 3º turno do campeonato estadual de 1953. É, até então, a única vez na história que o Gigante da Colina atuou no 1º dia do ano.

Correio da Manhã (02/01/1954)

O “Clássico da Paz” é o único disputado por dois clubes da zona norte carioca. Ganhou este apelido pois este foi o primeiro clássico disputado após a pacificação das duas ligas até então existentes no Rio de Janeiro, por divergências políticas entre os clubes cariocas. Tal pacificação se deu por iniciativa dos então presidentes do Vasco, Pedro Pereira Novaes, e do America, Pedro Magalhães Correia, também conhecidos como “Os Pacificadores”.

Com a vitória do Vasco, por 3 a 2 em 31 de julho de 1937 no Estádio de São Januário perante um público de cerca de 25.000 torcedores, o Vasco conquistou os troféus Taça Pinto Bastos e Bronze da Vitória, este último concedida pela revista “O Cruzeiro”.

Havia um terceiro troféu em jogo, mais importante, pois foi definido em melhor de três jogos, o Troféu da Paz “O Camiseiro”. Segundo o Jornal do Brasil, edição de 24 de março de 1942, este terceiro jogo para decidir a posse definitiva do Troféu da Paz só foi disputado em 22 de março de 1942. O Vasco venceu por 2 a 1 e essa partida marcou, inclusive, a estreia de Ademir no Vasco. A partir desse momento, o jogo entre os dois clubes ganhou o apelido de Clássico da Paz. 

Diário de Notícia (03/01/1954)

Data: 01/01/1954
Jogo: Vasco 1 x 1 América
Motivo: Campeonato Carioca. 3º Turno.
Local: Maracanã. Rio de Janeiro (RJ).
Público:
Renda: Cr$ 554.368,60
Árbitro: Cross.
Vasco: Osvaldo Baliza, Beto, Haroldo, Ely, Amaury, Jorge, Sabará, Maneca, Alvinho, Pinga e Ademir. Técnico: Flávio Costa.
América: Osni, Cacá, Osmar, Ivan, Osvaldinho, Hélio, Ramos, Vassil, Guilherme, João Carlos e Olício. Técnico: Oto Glória.
Gol do Vasco: Pinga (1ºT). Gol do América: Ramos (2ºT).

Há 67 anos, a primeira e única vez que o Vasco jogou no último dia do ano

No dia 31 de dezembro de 1950, o Vasco derrotou o Bangu por 2 a 1 em partida válida pela 7ª rodada do returno do Campeonato Carioca. O Vasco conquistaria o título no dia 28 de janeiro de 1951, em uma vitória contra o América pelo mesmo resultado.

Esta foi a primeira e única vez que a equipe profissional do Vasco disputou um jogo oficial no dia 31 de dezembro. 

Ficha do jogo:

Domingo, 31/12/1950
BANGU 1 x 2 VASCO
Local: Maracanã (RJ)
Renda: Cr$ 582,560,00
Árbitro: Mário Gonçalves Vianna
Gols: Ipojucan, Maneca e Ismael.

Bangu: Luiz Borracha, Sula e Rafanelli; Djalma, Mirim e Pinguela; Menezes, Zizinho, Simões, Ismael e Teixeirinha. Técnico: Ondino Vieira.

Vasco: Barbosa, Augusto e Laerte; Eli,Danilo e Jorge; Alfredo, Maneca, Ademir, Ipojucam e Djair. Técnico: Flávio Costa

Relembre o título do Vasco na Copa São Paulo de Futebol Júnior

Comandado por Valdir Bigode, o Gigante da Colina venceu o São Paulo nas cobranças de pênalti na decisão em 1992

O Vasco da Gama inicia em 02 de janeiro, contra o Juventus (SP), sua participação em mais uma edição da Copa São Paulo, a competição sub-20 mais tradicional do país. Com uma equipe reformulada, contando apenas com quatro titulares do time que teve uma temporada de 2017 vitoriosa, o Cruzmaltino tentará chegar ao lugar mais alto do pódio pela segunda vez no importante torneio nacional. 

A primeira e única conquista vascaína foi obtida na temporada de 1992. Na oportunidade, o sub-20 era dirigido por Gaúcho e contava no elenco com atletas nascidos em 71, 72, 73 e 74. Por ter feito um espetacular ano de 1991, que foi coroado pelos títulos do Campeonato Carioca, da Taça Belo Horizonte e da Taça Carlinhos Maracanã, o Vasco embarcou para São Paulo acreditando que poderia fazer história. 

Na primeira fase, o Almirante duelou com São Paulo, Bahia, Nacional (SP), Portuguesa (SP) e Atlético (MG). Apesar de ter sido superado pelo tricolor baiano, os vascaínos não se abateram e fecharam o grupo na segunda colocação. Foram duas vitórias, dois empates e uma derrota. O Gigante da Colina só não terminou na primeira colocação da chave por ter somado um ponto a menos que o São Paulo.


Valdir Bigode foi o artilheiro da Copa São Paulo de 1992- Foto: Sérgio Berezovsky

Com a classificação, o Vasco passou a ser o único representante carioca vivo na disputa do título. Campeão da Copinha diversas vezes entre as décadas de 70 e 80, o Fluminense caiu na fase de grupos. Botafogo e Flamengo não participaram dessa edição. O Cruzmaltino enfrentou a Ponte Preta nas quartas de final e não tomou conhecimento da equipe de Campinas. Vitória por 3 a 1 e vaga na semifinal garantida. 

O rival não possuía tanta tradição como os adversários anteriores, porém vinha fazendo uma campanha espetacular. Após superar Corinthians e Fluminense na fase de grupos, o Santa Tereza (MG) eliminou nada mais, nada menos que o Santos nas quartas de final. A equipe mineira, todavia, não teve forças para superar o time liderado pelo matador Valdir Bigode. O triunfo do clube de São Januário foi pelo placar de 2 a 0. 

A tão esperada finalíssima aconteceu em 25 de janeiro, data do aniversário da cidade de São Paulo, no Pacaembu. Apesar de duelar contra o São Paulo e sua grande torcida na capital paulista, o Vasco não se intimidou e saiu na frente com Valdir Bigode. Andrei empatou para o Tricolor no segundo tempo e levou o jogo para a prorrogação. O empate persistiu e o título acabou sendo decidido nos pênaltis. Melhor para o Gigante, mais competente nas cobranças: 5 a 3.

Além de ter levado o clube de São Januário a inédita conquista, a equipe campeã da Copa São Paulo cedeu inúmeros jogadores para a equipe de profissionais. Nomes como Caetano, Pimentel, Tinho, Alex Pinho, Leandro Ávila e Valdir Bigode participaram de títulos importantes, em especial do Tricampeonato Estadual (1992, 1993 e 1994), o único da história do clube até o presente momento.

Escalação do Vasco: Caetano; Pimentel, Alex Pinho, Tinho e Josenilson (Fábio); Viana, Leandro Ávila, Vítor e Denilson (Pedro Renato); Valdir Bigode e Hernande. Treinador: Gaúcho.

 
Vídeo: Reprodução Youtube
 
Fonte: Site oficial