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Aconteceu em 12 de abril – Vasco vence o Botafogo de virada em briga pela liderança do Brasileiro de 1992

 

No dia 12 de abril de 1992, o Vasco vencia o Botafogo de virada no Maracanã em jogo válido pela 13ª rodada do Brasileiro daquele ano, e assumia a liderança isolada da competição.  Bebeto, grande destaque do clássico, marcava seu 12º gol na competição, e liderava a artilharia. Assim descreveu a partida o jornal “O Globo” do dia seguinte:

“A torcida do Vasco apostou como nunca em seu ídolo. E ganhou. Foi sempre assim. A menor provocação da torcida do Botafogo, a resposta vinha rápida e tinha um nome só: Bebeto! Bebeto! Bebeto! Começado o jogo, o artilheiro do Campeonato Brasileiro, agora com 12 gols, não deixou por menos e correspondeu.

Embora prejudicado pela ausência de William, vetado pouco antes da partida, e de Geovani, que saíra machucado com apenas 15 minutos de jogo, Bebeto, num esforço incomum, brindou o público com lances que levaram os zagueiros do Botafogo ao desespero e a massa vascaína, ao delírio. E veio o coro musical ensurdecedor: “Ê ô, ê ô, o Bebeto é um terror!”

E foi. Como em todo enredo fechado sob forte emoção, ele deixou o melhor para o fim. A partida estava 1 a 1, aos 37 minutos do segundo tempo, e o Botafogo corria atrás do gol que lhe daria a liderança do campeonato. Só que, além de toda a equipe do Vasco, tinha Bebeto à sua frente.

E ele investiu em direção à área numa corrida fatal.  Nem se pode dizer que a defesa adversária estava desprevenida. O grandalhão Márcio Santos até subiu com ele, Bebeto, porém, conseguiu ir mais alto. O Vasco passou a ser uma festa só.  No campo, no toque de bola de seus jogadores; na arquibancada, na sincronia dos cânticos de torcida; e na tabela, com a liderança folgada no Brasileiro, com 21 pontos.

O gol que decidiu o clássico muito disputado teve a mão do técnico Nelsinho. Ao perceber o maior volume de jogo do Botafogo, ele trocou o cansado Macula pelo lateral Eduardo, deslocado para o meio-campo. Cássio, descansado, e na posição de Eduardo, era o caminho para o gol. E tantos foram os cruzamentos que um chegou na medida para Bebeto.

É verdade que o jogo teve um início favorável ao Botafogo. A começar por um pênalti de Eduardo em Renato, e que Chicão desperdiçou, chutando fraco, nas mãos de Régis. É verdade, também, que teve outro pênalti a seu favor, de Macula em Renato, não marcado pelo árbitro. Mas, no primeiro tempo, foi somente isso. Com Valdeir e Carlos Alberto Dias jogando mais atrás, o Vasco equilibrou as ações, procurando o gol com chutes seguidos e perigosos.

Mas foi o Botafogo que reapareceu melhor na volta para o segundo tempo. Renato, em duas oportunidades, poderia ter chegado ao segundo gol. E, no grito da torcida, apareceu Vivinho em campo, no lugar do ponta,  já cansado.

Mas a festa, que tivera início antes do jogo com uma gigantesca “ola” por todo o anel da arquibancada, parecia talhada para o líder do campeonato. E a torcida, sem se cansar, deixou o Maracanã com um canto incansável: “Ê ô ê ô, o Bebeto é um terror!”

O Vasco tinha na época a melhor equipe do futebol brasileiro, recheada de grandes jogadores como Bebeto, Edmundo, Geovani, Bismarck entre outros.  

Eis as notas dadas aquele grande time e a ficha do jogo:

VT do jogo na íntegra:

 Outras vitórias do Vasco em 12 de abril:

 

 

Andarahy 0 x 3 Vasco (Carioca 1931)

Vasco 2 x 0 Bonsucesso (Carioca 1934)

Vasco 1 x 0 Portuguesa (Taça Rio-SP 1953)

Vasco 3 x 1 Madureira (Carioca 1973)

Vasco 4 x 1 Confiança (Brasileiro 1978)

Madureira 0 x 4 Vasco (Carioca 1998)

Volta Redonda 0 x 3 Vasco (Carioca 2000)

Vasco 4 x 1 América de Cáli (Taça Libertadores 2001)

Criciúma 1 x 2 Vasco (Copa do Brasil 2006)

Nacional-URU 0 x 1 Vasco (Taça Libertadores 2012)

 

Aconteceu em 11 de abril – Vasco vence Coritiba em 84 e Botafogo em 99 com cobranças de faltas

 

Em 11 de abril de 1984 e 1999, o Vasco venceu seus adversários pelo placar mínimo e em cobranças de faltas, executadas por Roberto Dinamite e Juninho Pernambucano.

Contra o Coritiba em 1984, pela 2ª rodada da 3ª fase, a vitória em São Januário foi descrita assim à época:

“Apesar de ter dominado inteira.mente a partida, o Vasco só conseguiu vencer o Coritiba por 1 a 0, gol de Roberto, de falta, aos dois minutos do segundo tempo, em jogo violento, ontem à noite, em São Januário. O Vasco lidera o Grupo Q, com três pontos, e domingo joga no Rio, contra o Fortaleza.

Com um esquema agressivo, o Vasco iniciou o jogo pressionando, procurando não dar espaço ao adversário, que teve dificuldades até para armar jogadas de contra-ataques, pelo lado do veloz ponta-direita Lela. Aproveitando a complacência do árbitro pernambucano Gilson Cordeiro, o time do Coritiba procurou usar a violência para amedrontar os atacantes do Vasco, em sua maioria pequenos e franzinos.

De qualquer forma, o Vasco atuava bem, chegando a armar boas jogadas para marcar, como aos três minutos, quando Edevaldo cruzou e Arturzinho cabeceou rente ao poste, Outras oportunidades aconteceram aos 34 e aos 37 minutos, a primeira através de Roberto, a segunda de Mauricinho. Quando saiam de campo para o vestiário, no intervalo, Arturzinho e Mauro se desentenderam e foram expulsos.

Mal começou o segundo tempo, já com Vilson Tadei no lugar de Mauricinho, o Vasco partiu todo para o ataque. Aos dois minutos, de falta, Roberto fez 1 a 0, com um chute que deixou Jairo totalmente sem ação. O Vasco não parou aí, continuando em busca de mais um gol. Numa dessas jogadas, Carlos Alberto Rocha chegou a salvar em cima da linha de gol.

Depois de perder este gol, o Vasco caiu um pouco de produção, principalmente depois que Vilson Tadei, sem ritmo, cansou, não dando seguimento rápido às jogadas. Aproveitando-se disso, o Coritiba colocou Aladim no lugar de Elejo e melhorou. “

 

E na Taça Guanabara de 1999, o autor do gol que deu a vitória ao Vasco, foi Juninho Pernambucano:

“Em domingo de Fórmula-1, valeu a comparação. O duelo entre Vasco e Botafogo, ontem, no Maracanã, parecia algo semelhante à disputa de um McLaren de Mika Hakkinen contra um Sauber de Pedro Paulo Diniz. Em que pese o nítido desgaste que tem feito o campeão da América ratear nos últimos jogos, deu a lógica. Juninho, o motor do time, aquele que dita o ritmo da equipe, foi a diferença. Com uma cobrança de falta magnífica, ele garantiu o 1 a 0 e a vantagem do empate na decisão da Taça Guanabara, devido ao saldo de gols (15 contra 12), no próximo domingo, contra o Flamengo, uma espécie de Ferrari desta disputa. Não tem o melhor carro, mas tem o melhor piloto: Romário, comparável a Michael Schumacher, pelo talento.

Apesar de suas limitações, quem começou à toda foi o Botafogo. Em dois minutos teve duas chances. Rodrigo obrigou Carlos Germano à boa defesa e depois Caio chutou forte por cima. Juninho começou a esquentar as máquinas aos 8, após passe de Felipe e quase surpreendeu Vágner. Mas quem estava com tudo era Rodrigo. Outro chute forte e mais uma defesa de Germano.

Lopes troca a peça certa e seu time dá a arrancada definitiva

Era difícil, porém, uma equipe com peças tão limitadas como o Botafogo, manter um ritmo forte e o Vasco, sempre na cadência de Juninho, foi saindo do sufoco. É verdade que havia um certo desleixo no ar, como se o time tivesse certeza que o gol sairia a qualquer momento. O bom futebol de Sandro e, principalmente, de Bandoch era a prova de que as coisas não seriam tão simples.

O pit-stop do intervalo foi providencial. Bom mecânico, Antônio Lopes trocou uma peça e deu nova vida ao Vasco. Tirou o improdutivo Henrique, pôs  Alex Oliveira na lateral esquerda e liberou Felipe para o meio-campo. Era o combustível que Juninho precisava para levar o time à frente.

Logo aos 30 segundos, Ramon apareceu na frente de Vágner e chutou forte. O goleiro fez uma de suas várias ótimas defesas no jogo. Faria outra aos 15, numa cabeçada de Guilherme.

Mas o Botafogo deu também sua acelerada. Aos 17 , César Prates entrou livre, mas chutou fora. Dois minutos de-pois, Sérgio Manoel preferiu se atirar na área do que concluir uma jogada que ele mesmo iniciara de forma brilhante. O juiz Ubiraci Damásio não foi na onda.

Foram duas das raras escapadas do Botafogo no segundo tempo. Seu time já apresentava problemas. Havia um corredor pela direita e Donizete, mesmo sem ser brilhante, levava vantagem sobre Reidner. Lopes, porém, achou que o atacante estava rodado demais e o trocou por Zezinho. A torcida protestou:

— Burro! Burro!

Melhor, o Vasco foi chegando de novo com Ramon, mas Vágner apareceu bem. Ronildo errou a marcha, perdeu a bola na área e Felipe quase complicou para o Botafogo. Rodrigo tentou dar o troco, foi a vez de Germano aparecer. Em seguida, Felipe deu outro susto, com um belo chute. Aos 39, porém, Juninho cobrou uma falta de longe, com a categoria dos mestres. Vágner não acreditou e o Vasco ganhou o jogo.

O 1 a 0 fez o Vasco se igualar ao Flamengo em pontos, mas, pelo saldo, a vantagem é de Juninho e seus amigos. Quarta-feira, é verdade, a máquina vascaína terá sua potência testada contra o Palmeiras, pela Libertadores da América, e pode chegar à prova final um tanto desgastada. De qualquer forma, domingo, o favorito vai largar na pole.”

 

Outras vitórias do Vasco em 11 de abril:

Botafogo 3 x 5 Vasco (Amistoso 1926)

Vasco 2 x 0 Volta Redonda (Carioca 1976)

Vasco 4 x 1 São Cristovão (Carioca Especial 1979)

Vasco 2 x 1 Flamengo (Carioca 1993)

Aconteceu em 10 de abril – Vasco vence Botafogo por 1×0 na fase final do Carioca de 94, com show de William e Carlos Germano

 

No dia 10 de abril de 1994, o Vasco estreava com vitória no quadrangular final do Carioca de 1994, com uma vitória diante do Botafogo, em dia de William e Carlos Germano. Assim descreveu o jornal “O Globo” o que aconteceu naquela tarde no Estádio Mário Filho:

“O baixinho William andou um bom tempo jogado pelos cantos de São Januário. Foram quatro meses de isolamento. Primeiro, uma contusão; depois, pouco caso com ele na renovação do contrato. Posto à venda, foi oferecido por ai até em troca por outros jogadores. Ninguém apareceu. Em meio ao ostracismo ao qual o levaram, ele bem que avisou: “Sou bom de bola e futebol não se esquece”. O sábio Jair Pereira, ao assumir o comando técnico do time, mostrou que sabe das coisas e o recuperou. Pois na vitória de 1 a 0 de ontem do Vasco sobre o Botafogo, William mostrou suas garras.

Ele andou perturbando o goleiro Vágner até onde pôde. Chutou cara a cara, Vágner defendeu; usou seu passes e lançamentos, ninguém aproveitou. Até que veio aquela falta de Wilson Gottardo em Valdir. Yan ainda se preparou para a cobrança. Mas o pequeno armador chegou mais para perto e avisou: “Essa é comigo”. Estava coberto de razão.

Emoção demais. William acabara de fazer 1 a 0 e o tri já era cantado pela arquibancada vascaína. Veio o pênalti. Roberto Cavalo chutou mal, bola nas mãos de Carlos Germano. Nova jogada de perigo do Botafogo, Marcelo chutou e Carlos Germano evitou novamente o gol.

As duas torcidas deliravam. A do Vasco buscou a quem recorrer. E recorreu aos céus. Lembrou-se dos momentos dramáticos do Fluminense e não se incomodou ao imitar a torcida rival: “A bênção, João de Deus…”, cantou, em agradecimento, num gigantesco coro ouvido por todo o Maracanã.

O jogo continuou corrido, com emoções a todo instante, mas o Vasco pareceu mesmo abençoado. Venceu. Agora tem quatro pontos (tinha dois de bonificação, um pela melhor campanha e outro por ser o primeiro em seu grupo na fase de classificação), dois a mais do que o Flamengo e três a mais do que o Fluminense.

Comovente o Botafogo. Entrou de camisa preta, rasgando a sua tradição. Queria surpreender. Nílton Santos, uma de suas glórias do passado, apelou para a superstição: “Ataquem primeiro para o lado a direito da tribuna, se nos couber escolher o campo”. pediu. Limitado, seu time é. Mas é guerreiro, bom de briga. Com dois minutos de jogo deu um aviso ao Vasco. Eduardo, de longe, mandou uma bola rasteira na trave direita de Carlos Germano.

Valdir respondeu, mas encontrou Vágner atento e bem colocado. O Vasco insistiu. Gottardo empurrou Torres dentro da área. O árbitro Léo Feldman não marcou o pênalti. Os primeiros sustos passaram. Os times se encolheram e se estudaram. Queriam chegar logo ao gol.

Um intervalo nas emoções. Os jogadores respiraram, retomaram o fôlego e pronto: dai até o fim não deu para descansar. Ao provocar sua expulsão, Ricardo Rocha deixou o Vasco em situação dramática. Tanto que os vascaínos só respiraram no apito final. Mas continuam invencíveis: “Tricampeão!”, cantavam eles. ”

Numa equipe que contava com Dener, Valdir, Ricardo Rocha entre outros, destaque especial para William e Carlos Germano, que obtiveram as melhores notas da equipe cruzmaltina:

Outras vitórias do Vasco em 10 de abril:

Botafogo 3 x 6 Vasco (Amistoso 1927)

Vasco 2 x 0 Nacional-COL (Libertadores 1975)

Vasco 2 x 1 Botafogo (Brasileiro 1985)

Vasco 4 x 3 Atlético-PR (Copa do Brasil 1997)

Vasco 1 x 0 São Paulo (Copa do Brasil 2002)

 

 

 

 

Aconteceu em 9 de abril – Dupla “Dinamite e Granada” detona o Fluminense no Brasileiro de 1981

 

No dia 9 de abril de 1981, o Vasco vencia o Fluminense na 1ª partida das oitavas de final do campeonato brasileiro daquele ano, conquistando uma belíssima vantagem pro jogo seguinte.

O Gigante da colina não sabia o que era eliminar o tricolor em jogos mata-mata havia décadas, mas a dupla “Dinamite e Granada” tratou de quebrar esse incômodo jejum:

“O Vasco ficou ontem a noite numa posição invejável no Campeonato brasileiro, ao derrotar o Fluminense, por 2 a 0, no Maracanã. Assim, pode até perder por dois gols de diferença, no próximo domingo, que estará classificado à fase seguinte da competição.

Até que o Fluminense começou bem a partida, explorando as jogadas de pontas e chegando com perigo ao gol de Mazaropi. Mas, aos oito minutos, um de seus pontas — Zezé atingiu Wilsinho por trás e foi expulso de campo.

Bastou isso ao Vasco para tomar conta do jogo e chegar com merecimento à vantagem de 1 a 0 no primeiro, num belo gol de César, aos 35 minutos: lançado por Roberto, o atacante driblou Zezinho e, na saída do goleiro Paulo Vítor, tocou sem defesa.

Mas, mesmo com dez, o Fluminense causou pânico na defesa do Vasco, minutos antes, quando Robertinho, de virada, aproveitou um cruzamento de Edevaldo para mandar a bola no travessão, com o goleiro Mazaropi completamente batido. Mas o Vasco teve um gol anulado, aos 20 minutos, porque Roberto empurrou o goleiro Paulo Vítor antes da conclusão de Guina.

No segundo tempo, o Vasco imprimiu um ritmo veloz e chegou seguidamente com perigo à área adversária, e sempre pelas pontas. Numa dessas jogadas, Roberto recebeu, dominou e concluiu rápido, na trave.

Aos 14 minutos, César e Wilsinho trocaram passes. A bola, já dentro da área, ficou para Wilsinho, derrubado por Tadeu. Pênalti indiscutível, que Roberto cobrou com categoria. Vasco 2 a 0, resultado que persistiu até o final.

Resultado justo, por sinal. Mas o Vasco, na ânsia de mantê-lo, permitiu que o Fluminense avançasse e, a partir dos 30 minutos, o goleiro Mazaropi passou por maus momentos.  Até Edinho esteve na área para as conclusões, quase conseguindo descontar numa cabeçada nos minutos finais.

O técnico do Vasco Zagalo comenta sobre a vantagem conquistada e os dirigentes tricolores tentam justificar a derrota colocando (sem razão) a culpa na arbitragem:

As altas notas atribuídas aos atletas vascaínos comprovam a grande atuação do time naquele dia:

Outras jogos do Vasco em 09 de abril:

Vasco 3 x 1 Ponte Preta (Brasileiro 1978)

Vasco 2 x 1 Cabofriense (Carioca 2011)

 

Aconteceu em 08 de abril – Com “Clã da Guia” em campo, Vasco vence Bangu por 2×0 pelo campeonato carioca de 1934

No dia 08 de abril de 1934, o Vasco vencia o Bangu em São Januário, em partida válida pela 2ª rodada do campeonato carioca (LCF). Seria a segunda das oito vitórias da campanha do título cruzmaltino deste ano:

“Em São Januário mediram forças hontem os quadros do CR Vasco da Gama e os do Bangú AC em disputa do campeonato carioca de profissionaes. A assistencia que compareceu ao local da peleja foi pequena. A opinião geral era de que o Vasco venceria a peleja com muita felicidade. Entretanto, foi o que não se verificou: a victoria conquistada pelos cruzmaltinos foi bem difficil.” diziam as primeiras linhas da matéria. O Vasco atuou com: Rey, Domingos e Italia; Tinoco, Fausto e Gringo; Bahianinho, Leonidas, Gradim, Russo e Orlando. Os gols foram marcados por estes dois últimos.

O fato curioso desta partida foram os 3 irmãos do “Clã da Guia” jogando juntos, sendo 2 pela equipe banguense (Medio da Guia e Ladislao da Guia) e 1 pela equipe cruzmaltina (Domingos da Guia):

“Domingos, Medio e Ladislau, os três irmãos que surgiram no Bangú e que há dois annos se separaram, indo Domingos para o Vasco, depois para Montevideo e agora novamente para o Vasco.

Nunca tinham actuado uns contra os outros. A peleja Vasco e Bangú fez com que se encontrassem em campos opostos. É a família que mais cracks tem dado ao football carioca. E todos actuaram em scratch. O primeiro a destacar-se na família foi Luiz Antônio. Ladislau appareceu depois. Medio e Domingos são da mesma época, sendo que Medio antes de Domingosactuou em primeiros quadros”

A edição vespertina do jornal, descrevia como ficava a situação do campeonato após o fim da rodada, com o Vasco liderando:

 

Outras vitórias do Vasco no dia 8 de abril:

Vasco 2 x 0 Botafogo (Carioca 1979 Especial)

Portuguesa-RJ 0 x 3 Vasco (Carioca 1987)

Bangu 0 x 3 Vasco (Carioca 1989)

Vasco 5 x 1 Iraty (Copa do Brasil 2006)

Vasco 4 x 1 Volta Redonda (Carioca 2015)

Aconteceu em 07 de abril – Vasco goleia Bangu por 9×1 com 5 gols de Russinho, na estréia do Carioca de 1929

 

No dia 7 de abril de 1929, o Vasco estreava no campeonato carioca de 1929 (AMEA) com uma goleada impiedosa sobre o Bangu – a maior imposta sobre o clube da zona oeste. Foi apenas a 1ª das 15 vitórias conquistadas por aquela equipe, que perdeu apenas 1 dos 23 jogos que disputou. O Vasco acabou se sagrando campeão naquele ano em uma melhor de três contra o America Foot-Ball Club, após dois empates (0 X 0 e 1 X 1) e uma espetacular vitória de 5 a 0 no terceiro e último jogo realizado no dia 24/11/1929.

A capa do jornal “O Globo” do dia seguinte, destacava as estreias vencedoras daquele certame:

“As primeiras victorias do campeonato couberam ao América, Andarahy, Vasco da Gama e Botafogo”

 

Os gols deste jogo foram marcados por Russinho(5), Santana, Fausto, Mário Matos e Espanhol.

Assim descreveu a estréia cruzmaltina o jornal “O Globo” do dia seguinte:

“O Vasco vencendo o Bangu, obteve a maior contagem do dia

Vencendo a poeira asphixiante das ruas que circundam o magestoso estadium  de São Januário, uma assistencia bem maior na parte das geraes e no privativo social, que mesmo nas archibancadas, assistiu ao jogo official de campeonato entre as representações do Vasco da Gama local e do Bangu, o sempre temido conjunto suburbano.”

A curiosidade fica pelo pontapé inicial da segunda etapa, que deveria ser realizado pelos banguenses, mas acabou sendo feito novamente pelo Vasco. Neste momento o Vasco já vencia a peleja por 5 x 0.

O jornal cita o fato com bom humor:

“O periodo final que devia ser iniciado pelos alvi-rubros, foi, porém, pelos vascaínos. É que aquelles, talvez por cansaço de tantas saídas, concederam novo kick-off a Moacyr…”

Outras vitórias do Vasco em  07 de abril:

Vasco 2 x 1 São Paulo (Torneio Rio-SP 1965)

Madureira 2 x 3 Vasco (Carioca 1996)

Friburguense 0 x 3 Vasco (Carioca 1998)

Vasco 5 x 1 Bangu (Torneio Rio-SP 2002)

Vasco 2 x 1 Friburguense (Carioca 2013)

Aconteceu em 06 de abril – Há 58 anos, Vasco goleava Portuguesa por 5×1 e conquistava o Torneio Rio-SP de 1958

No dia 06 de abril de 1958, o Vasco sagrava-se pela primeira vez campeão do Torneio Rio-São Paulo. O adversário do jogo que valeu o título, foi a Portuguesa de Desportos que havia superado o Vasco em 1952, em dois jogos extras, se sagrando campeã naquele ano. Mas a tão esperada revanche havia chegado e o Vasco impiedosamente goleou a Lusa em pleno Pacaembu pelo placar de 5 x 1.

O Torneio Rio-SP naquela época era uma competição de suma importância para o futebol brasileiro, já que pelo fato do país não ter um campeonato nacional, era o  que envolvia os principais clubes nacionais. Era um título cobiçado, e todos entravam nessa competição com força máxima. Porém, nem mesmo o Expresso da Vitória conseguiu conquista-lo, até que o cruzmaltino colocou Gradim, velho conhecido jogador do Vasco da Gama, como treinador do Club.

Logo na estréia, um revés por 4 x 2 diante do Palmeiras de Waldemar Fiúme ,o “pai da bola”, após estar vencendo a partida por 2 x 0. Porém, o Vasco soube lidar com a derrota traumática na estréia e emplacou 6 vitórias seguidas contra Corinthians, São Paulo, Fluminense, América, Santos e Botafogo, com destaque a goleada de 6 x 1 sobre o Fluminense onde Vavá marcou 4 vezes. Essa sequência foi parada pelo Flamengo, cujo resultado ficou no 1 x 1, mas no último e mais importante jogo, o Vasco precisava apenas empatar com a Portuguesa do ex-jogador do Vasco Ipojucan e do ex-treinador Flávio Costa.

O que se viu no Pacaembu foi um verdadeiro passeio do Gigante da Colina, ao golear a Lusa por 5 x 1, com direito a show de Almir Pernambuquinho, autor de 3 gols, sagrando-se assim, campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1958, fato que viria acontecer mais duas vezes, em 1966 e 1999.

 

Assim descreveu esta data histórica o jornal “O Globo” do dia seguinte, na sua edição matutina:

A emoção que se apossou do vice-presidente Jaime Alves, moço e dinâmico diretor do Vasco da Gama, foi traduzida pelas lágrimas nos seus olhos. O dirigente cruzmaltino mal podia falar, abraçado com Gradim e recebendo os parabéns dos seus atletas e admiradores. Com multa dificuldade, aproximamo-nos do chefe da delegação do Vasco e foram essas as suas palavras:

— É um dia de felicidade para mim… Estreando numa diretoria de um clube do quilate do Vasco da Gama, recebi o duro encargo de dirigir a delegação do meu quadro, nos jogos mais difíceis, principalmente porque a diretoria que passou, deixou o Vasco numa situação excelente, neste Rio-São Paulo o nós tivemos que seguir a marcha…

— E o jogo de hoje?

— Um espetáculo. O Vasco fez por merecer a vitória e, principalmente, o título máximo. Numa decisão, quando se sabe que um quadro tem que ficar nervoso, o meu Vasco atirou-se à luta, resolutamente e o resultado foi este 5 x l. Parabéns ao atletas do meu quadro e a este fabuloso Gradim.

E na edição vespertina, continua narrando a glória conquistada:

Derrotando hoje a Portuguesa de Desportos, no Estádio do Pacaembu, pela expressiva contagem de cinco tentos a dois, o Vasco da Gama conquistou, de forma aliás muito merecida, o título de campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1958. Não foi tarefa difícil para o clube da Cruz de Malta sobrepujar o clube da Cruz de Aviz. A alta categoria da equipe cruzmaltina superou, com nítida vantagem, a agressividade e o elevado espírito de luta dos lusos bandeirantes, cujo quadro, em conjunta, deixou multo a desejar, falhando muito e facilitando, inclusive, a ação desenvolvida pelos seus adversários, que puderam trabalhar à vontade e predominar amplamente em todos os setores do campo.

Mais positivo e prático, o Vasco

O Vasco da Gama apresentou-se em magnífica forma para a partida decisiva que disputaria com a Portuguesa do Desportos. Estando em jogo a conquista do título do certame interestadual, em cujo desenrolar o quadro vascaíno cumpriu excepcional campanha, apenas perdendo urna vez, na sua peleja de estréia, diante do Palmeiras, pela contagem de quatro a dois, e empatando também apenas uma vez, diante do Flamengo, na “peleja dos milhões”, tratou o “onze” guanabarino de empenhar-se com o maior ardor e denodo no sentido de liquidar desde logo as possíveis ilusões da Portuguesa, desenvolvendo uma atividade intensa que foi suficiente para desfazer as esperanças daqueles que contavam com a possibilidade de uma surpresa por parte dos lusos.

Outros jogos do Vasco em 6 de abril:

Vasco 2 x 1 Bangu (Carioca 1930)

Vasco 2 x 0 São Cristovão (Carioca 1968)

Vasco 4 x 0 Campo Grande (Carioca 1977)

Vasco 6 x 4 Goiás (Brasileiro 2003)

Vasco 2 x 1 ABC (Copa do Brasil 2011)

 

Aconteceu em 05 de abril – Vasco vence o Peñarol por 2×1 em São Januário pela Taça Libertadores 2001

“Gol toda hora! É com Viola!” O atacante vascaíno fez jus ao canto da torcida na noite de 05 de abril de 2001.

Com dois gols dele, o Vasco superou o Peñarol, em São Januário e manteve os 100% de aproveitamento na Libertadores.

Foi nesta edição que o cruzmaltino conquistou alguns recordes:

  • 1º clube a vencer todos os jogos da fase de grupos (este feito só veio a ser igualado pelo Santos em 2007 e Boca Jrs em 2015)
  • Maior número de vitórias consecutivas em uma só edição ( 8 jogos )

Ficha do jogo:

Vasco Da Gama 2 x 1 Peñarol (URU) | Taça Libertadores Da América 2001
Local : Estádio De São Januário (Rio De Janeiro – RJ)
Arbitro : Hector Baldassi
Gols : Viola (Vasco 14/1ºT), Giacomazzi (Peñarol 41/2ºT) e Viola (Vasco 46/2ºT)

Vasco – Hélton,Maricá,Géder,Alexandre Torres,Jorginho Paulista,Nasa,Jorginho,Pedrinho (Paulo Miranda),Juninho Paulista,Viola e Romário. Técnico : Joel Santana

Peñarol – Berbi, Pilipauskas, De Los Santos, Bezera, Ruben Dos Santos, Giacomazi, Serafin Garcia, Rotundo (Romero), Canobbio (Cesaro), Cedres e Franco (Pintos). Técnico : Júlio César Ribas

Fonte: Jornal O Globo

Outros jogos do Vasco em 05 de abril

Vasco 4 x 0 Bangu (Carioca 2009)

Há exatos 24 anos, Vasco colocava Flamengo de 4 no Maracanã

No dia 29 de março de 1992, Bebeto e Edmundo brilhavam contra o eterno freguês da Gávea.
Bebeto que fazia sua 99ª partida com a camisa cruzmaltina,  marcou duas vezes, Edmundo – em seu primeiro ano como profissional – deixou sua marca e o volante Flávio fechou o placar.
Recordar é viver !

https://youtu.be/8MNzw9R_sEA

Vasco Da Gama 4 x 2 Flamengo (RJ)
Data: 29/03/1992
Campeonato Brasileiro
Local : Estádio Do Maracanã (Rio De Janeiro – RJ)
Arbitro : Aloísio Viug
Público : 92.962
Gols : Edmundo (Vasco 7/1ºT), Bebeto (Vasco 41/1ºT), Bebeto (Vasco 21/2ºT), Flávio (Vasco 33/2ºT), Luís Antônio (Flamengo 43/2ºT) e Luís Antônio (Flamengo 45/2ºT)
Vasco – Régis, Luís Carlos Winck, Alexandre Torres, Jorge Luís, Eduardo, Luisinho, Geovani, William, Edmundo (Flávio), Bebeto e Bismarck Técnico : Nelsinho Rosa
Flamengo – Gilmar, Charles, Wilson Gottardo, Rogério, Piá, Uidemar (Marcelinho), Júnior, Marquinhos, Zinho, Paulo Nunes (Toto) e Luís AntônioTécnico : Carlinhos