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Até…

Eu o conheci pela TV, falando Vasco, Vasco e Vasco em inúmeras discussões ali e acolá.

Eu o conheci pelo rádio, onde ouvia o que desejava ouvir, quase que como lhe dissesse para falar o que dizia, como se adivinhasse o que meu coração vascaíno queria ouvir.

Eu o conheci através dos jornais, com matérias por vezes sensacionalistas, noutros casos ácidas, falando dele como uma figura que cativava, mas também incomodava.

Eu o conheci ao vivo, lá pelos meus 18 anos e não vi barreira grande para falar com ele ou ter dele uma resposta direta e até simpática diante das minhas dúvidas ou preocupações daquele momento.

Quando meu pai me trouxe o adesivo de campanha, em 1985, eu o colei na minha janela e lá está ele até hoje, no mesmo vidro dela, no mesmo lugar, no quarto da hoje casa de minha mãe.

O que se dizia ali era muito sério, de difícil execução, quase impossível ocorrer na prática, mas eu, adolescente e acreditando nos sonhos de qualquer adolescente via como possível, plausível e emblemático: “Eurico 86 – O Vasco Acima de Tudo”.

Eurico perdeu as eleições, de forma estranhíssima na ocasião. O clube todo sabia o que ocorrera, mas ele não foi à Justiça, não foi expor o Vasco.

Deu lá algumas entrevistas e voltou para seus afazeres, certo de que o Vasco praticamente inteiro o queria dentro do clube.

Chamado a atuar como Vice-presidente de futebol, após quase 20 anos vivendo a política interna do clube, ele surgiu como um trator.

O Vasco mudou de patamar e aquilo que nem nos nossos mais belos sonhos juvenis seria plausível foi obtido.

Mas o que chamava a atenção, mais do que vitórias, títulos, alegrias era como havia apenas dois caminhos para os oponentes do Vasco. Admirá-lo ou odiá-lo.

O Vasco não passava desapercebido e quando desrespeitado tinha um leão a defendê-lo, com todas as armas possíveis e impossíveis de serem usadas para tal.

Colecionou inimigos e brigas em prol do clube, prejudicou-se pessoalmente, teve na família seu grande aparato, nos amigos e correligionários apoio, mas viveu entre injustiças contra si e ações odiosas de seus adversários.

Em tempos digitais mentiras e distorções se espalham pela rede, falar mal em maioria de alguém faz um monte de bobagens parecerem verdades e o trabalho feito por Eurico Miranda após seu retorno apoteótico à presidência do clube no final de 2014, até o fim de seu mandato, teve na distorção dos fatos a conclusão de que tudo aquilo feito de nada importava e era simples para qualquer outro executar.

O tempo demonstra o contrário, como a história recente do clube – sem ele gerindo o Vasco – também evidencia a grande distância entre aquele indefectível personagem e o resto.

No seu último ano de vida ativa no clube ainda ajudou no que pôde, aconselhou no que pôde, agiu como pôde. Enfim, fez o que pôde.

Um homem que por décadas não passou anônimo na multidões qualquer lugar pelo qual andasse, que se fez respeitar pelos adversários desta cidade por inequívoca supremacia nos confrontos, por inequívoca capacidade de sobrepujá-los fosse nos bastidores ou no próprio campo de jogo.

Como gran finale teve ao final de seu último jogo como presidente do clube uma vitória, contra tudo e contra todos, que foi a classificação para a Taça Libertadores de 2018.

Como gran finale teve ao final de seu último jogo como torcedor um gol do Vasco, contra o arquirrival, marcado num pênalti, no último minuto.

Quisera eu escolher sua última memória, sua última visão, antes de ele fechar de vez os olhos e entrar para a história. Que fosse ela, então, a bola na rede rubro-negra em mais um gol do Vasco, Vasco que foi no fundo a razão de viver dessa lenda chamada Eurico Miranda, que tanta falta nos faz e fará ao Vasco para todo o sempre.

Saudades, amigo.

Sérgio Frias

Parabéns à torcida vascaína


Foi uma vitória da torcida, que pressionou os jogadores tricolores e seu tic-tac improdutivo no campo de defesa.

Foi uma vitória da torcida, que pressionou fora do estádio para que pudessem retornar ao local que sempre foi de direito do clube, desde 1950 e deixou de sê-lo por uma anuência inaceitável em 2013 e que mantém a discussão acesa até hoje.

Foi uma vitória da torcida, que enfrentou intempéries, enfrentou a desilusão dos portões fechados com o jogo correndo e voltou ao estádio, ou o invadiu, após ter havido a liberação judicial.

O Vasco cumpre ordem judicial, ao Vasco cumpre tal dever e à torcida cruzmaltina cumpre defender o clube, com ações em massa como a que vimos hoje.

Parabéns a todos nós.

Vasco Campeão da Taça Guanabara (invicto) mais uma vez.

Sérgio Frias

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Grande diferença

Na democracia um dos seus preceitos é o respeito a opiniões e não a desqualificação de quem pensa diferente de você, como se o dono da razão fosse você próprio.

O escudo do Flamengo visto ontem não agradou nem um pouco a inúmeros vascaínos, como também pode ter satisfeito a uma outra parte, como para outros não fez diferença alguma.

Como a ação de marketing não funcionou da maneira como se propunha, a forma como o atual presidente do Vasco, Alexandre Campello, se posicionou na própria imprensa seguiu um contexto de diminuição dos que discordam dele, como por exemplo discorda o estatuto do próprio clube, que, em tese, deveria ser respeitado.

Talvez em tenra infância as cores do Vasco pouco importassem para o mandatário, mas para inúmeros VASCAÍNOS DE RAIZ já nos eram imaculadas e assim permanecem.

A homenagem feita pela equipe do Resende é digna de todos os aplausos e poderia ser também a do Vasco, com o mesmo leilão que se pretende fazer em favor das famílias das vítimas, embora quem apareça na própria camisa (no caso das do Vasco) tenha sido o responsável pelas vítimas e não tão vítima como as que partiram.

Às famílias das vítimas, amigos, admiradores, colegas, funcionários próximos, muita força.

Ao Flamengo, que não mais manche o esporte brasileiro, sendo referência de desdém quanto às leis, determinações e normas, que levaram à possibilidade do ocorrido.

Ao presidente do Vasco, mais zelo com o clube.

Sérgio Frias

Tragédia Secular

O ocorrido há cerca de 36 horas é estarrecedor, inimaginável, inclassificável e uma tragédia, fruto de completa e total irresponsabilidade do Clube de Regatas do Flamengo.

O local onde havia dormitório poderia funcionar como estacionamento, tratava-se de um contêiner, com uma só saída e sem outra de emergência, o clube havia sido multado quase 30 vezes, por estar sem o devido alvará, a prefeitura determinou a interdição do CT em 20/10/2017, mas o clube resolveu manter o funcionamento e transformou em alojamento um espaço, sem ter pedido licença para tal e sem anuência do corpo de bombeiros.

Força Flamengo???

Força aos parentes das vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

Por completa irresponsabilidade, desídia, negligência, prepotência, arrogância do rubro-negro, houve uma tragédia inaceitável (e jamais vista), em clubes da quarta divisão do futebol brasileiro ou em outros sem divisão alguma.

Não é a maior tragédia do Flamengo em sua história. É a maior tragédia entre clubes brasileiros, na história do futebol brasileiro, por responsabilidade própria.

Força Flamengo???

Força aos parentes da vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

Não fosse a Folha de São Paulo soltar uma matéria ontem devastadora, quanto a todas as irregularidades cometidas pelo Clube de Regatas do Flamengo, teríamos vivido um dia no qual o responsável pela morte de 10 crianças carbonizadas parecia tão vítima como as crianças que morreram.

Os prejuízos que a instituição “Flamengo” sofreu foram de imagem e financeiros. Isso se compara ao que foi perdido pelas famílias daquelas crianças?

Força Flamengo???

Força aos parentes das vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

A consternação foi geral. De qualquer atleta mirim que pretende ser um profissional, dos profissionais veteranos ou já fora dos campos que um dia foram mirins. Todos tem história para contar, de dificuldades pelas quais passaram ou passam, das condições precárias em dado clube ou oportunidade, mas nenhum tem história similar ao ocorrido, porque nunca aconteceu e ocorreu com um clube que é tido e havido como modelo pelos irresponsáveis da imprensa convencional que investigam o que lhes interessa e incensam também o que lhes interessa.

Ora, ninguém, absolutamente ninguém da imprensa convencional que cobre o Flamengo buscou saber quais as condições daquele espaço? Por que (se sabiam) não se buscou divulgar o fato até que interditassem (caso permanecesse a desídia, irresponsabilidade, negligência, arrogância e prepotência do Flamengo), por meio de uma campanha global em cima da irregularidade?

Ontem mesmo se viu gente falando na mídia convencional da estrutura do Vasco em 2012 (sim, 2012), em Itaguaí para incensar o Flamengo, afirmando que era o clube com menos problemas na época e que depois melhorou mais ainda… Melhorou muito! Está se vendo como melhorou! É a referência do Rio! Aliás o Flamengo hoje é uma referência nacional! É uma referência de desídia, negligência, irresponsabilidade, prepotência e arrogância, que levou ao ocorrido.

Força aos parentes das vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

Sérgio Frias

O palpiteiro

O ex atleta Edmundo declarou para o Esporte Interativo em entrevista recente, vestindo a camisa de seu clube paulista por adoção, que imagina o Vasco brigando para não cair no Campeonato Brasileiro em 2019, lá por novembro, dezembro, presume-se, entre outros palpites, achismos e paradigmas próprios do que é bom, ruim, mais ou menos em termos de performance no futebol profissional cruzmaltino para este ano.

Há vários problemas na declaração do Edmundo, o mais grave deles é se passar por um torcedor comum do Vasco, quando na verdade é um profissional da crônica esportiva em mídia convencional.

Outro é tecer seus comentários desanimadores à torcida, enquanto ator político do clube, como a maioria dos que acompanham o Vasco – e minimamente os meandros do clube – sabem.

O terceiro erro é tratar o Campeonato Estadual, um título de campeão nele, como simples de ser vencido para justificar uma possível conquista do Vasco como desimportante e – pior – uma não conquista do título como algo aquém do normal.

Vencer o Campeonato Carioca para o Vasco é, em média, uma conquista que ocorre de quatro em quatro anos e não ano sim, ano não.

Ele, por exemplo, disputou pelo Vasco cinco Estaduais e ganhou apenas um.

Uma boa Copa do Brasil significa o que? Chegar às quartas, às semifinais, chegar à final?

Em 2017 Edmundo disse que o Vasco poderia até ser Tricampeão Carioca, mas que ia ter problemas no Campeonato Brasileiro.

O discurso em relação à expectativa por resultados era, portanto, o mesmo, com a agravante de considerar um Tri Estadual algo banal.

Outro erro é falar em janeiro do que ocorrerá numa competição que termina em dezembro, como se o clube não pudesse contratar durante a temporada e sem haver nenhuma das 20 equipes pronta para dezembro deste ano.

Jogadores sairão e virão de todos os clubes e qualquer afirmação de adivinhação é chute, considerando os elencos atuais dos clubes e nenhuma partida oficial disputada na temporada por quaisquer deles.

Em suma: Edmundo mostra-se um errante, em termos de palpites, que fala, anda, pensa – às vezes antes de falar – e, lamentavelmente, para alguns, representa a voz do vascaíno na imprensa, como há poucos anos representava, teoricamente, o Juninho Pernambucano.

Sérgio Frias
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Abaixo um outro Edmundo, em junho de 2008, com outras perspectivas, características. Um otimista. Bons tempos.

Edmundo rechaça pessimismo no Vasco contra o Sport

Cariocas precisam ganhar por três gols de diferença para garantir vaga na final

A situação do Vasco na Copa do Brasil não é das mais confortáveis. Para eliminar o Sport e garantir vaga na grande final, o time carioca precisa derrotar o adversário por três gols de diferença no jogo desta quarta-feira. Se vencer por 2 a 0, a decisão da vaga será nos pênaltis. Mesmo assim, o atacante Edmundo trata de afastar qualquer pensamento pessimista no grupo vascaíno.

– Não podemos começar com pessimismo, achando que é uma grande desvantagem. Eles jogaram melhor no primeiro jogo, conseguiram marcar dois gols. Eles tiveram toda uma atmosfera a seu favor, e é isso que a gente espera que aconteça com o Vasco aqui no Rio de Janeiro. O Vasco, em São Januário, costuma ser muito forte e a gente acredita que, pelo menos o placar mínimo de 2 a 0 a gente vai conseguir, para levar a decisão para os pênaltis – comentou o Animal.

Edmundo foi poupado do clássico do último final de semana contra o Botafogo pelo Brasileirão, mas está confirmado para enfrentar o Sport. O atacante confia na boa preparação da equipe e espera que o Vasco possa mostrar sua competência dentro das quatro linhas.

– Estamos bem treinados, temos um bom entrosamento e temos tudo a nosso favor. O futebol tem muitos detalhes, um deles a sorte, mas a gente tem que ter competência para ter sorte também – ressaltou o atacante.

Gazeta Press – 27/05/2008

Diferença incontestável

Em qualquer lugar do mundo em que se analisasse resultado esportivo e gestão, comparativamente, sob a ótica desses últimos dois anos, ter-se-ia a clara conclusão de que o Vasco foi transformado de vinho para água e com muito mais recursos financeiros disponíveis no presente ano, em comparação ao outro.

Vamos a um fato, que chama bastante a atenção. Número de vitórias fora do estado, com mando de campo do adversário.

Não há como fazer uma comparação diferente do que utilizar como parâmetro o modelo de pontos corridos com 20 clubes na disputa, se quisermos ser justos, o que ocorre desde 2006.

A cada ano exposto o Vasco atuou na Série A em 16 jogos fora do Rio de Janeiro (apenas em 2015 foram 17).

Eis os números:

2006: 6 vitórias fora de casa (três contra grandes clubes brasileiros)
2007: 4 vitórias fora de casa (duas contra grandes clubes brasileiros)
2008: 3 vitórias fora de casa (nenhuma contra grande clube brasileiro)
2010: 2 vitórias fora de casa (nenhuma contra grande clube brasileiro)
2011: 7 vitórias fora de casa (duas contra grandes clubes brasileiros)
2012: 6 vitórias fora de casa (uma contra grande clube brasileiro)
2013: 2 vitórias fora de casa (nenhuma contra grande clube brasileiro)
2015: 3 vitórias fora de casa (uma contra grande clube brasileiro)
2017: 6 vitórias fora de casa (duas contra grandes clubes brasileiros)

Está claro que os números de 2017 estão entre os melhores dos nove anos mencionados.

Para resumir nossa participação no Campeonato Brasileiro de 2018, não ganhamos de ninguém fora do Rio.

Ano passado o Vasco somou 56 pontos, em 2018 foram 43. Treze a menos.

Em 2017 o clube foi deixado na Libertadores e neste ano não se classificou nem para a Copa Sul-Americana.

No ano passado o Vasco perdeu o direito de ter torcedores na cidade do Rio de Janeiro em seis dos seus jogos, em 2018 jogou todas com seu mando de campo em casa, com torcida, tendo vendido apenas um mando para Brasília (Vasco x Corinthians no turno).

É inegável que o Vasco seguia para um bom caminho entre o findar de 2017 e o início deste ano.

As receitas em 2018 aumentariam (venda de Paulinho, prevista para julho, participação em competições sul-americanas, ganhos com mecanismo de solidariedade) e com as certidões a serem conseguidas, por quem tinha competência para tal, outros ganhos ocorreriam.

A mudança de poder, de gestão, de atitude, de comportamento, visão e postura levaram à nova vitimização, pouquíssimo avanço e nenhum comprometimento de se sair em defesa da qualidade do elenco que lá estava e o que foi constituído a partir do desmonte daquele encontrado.

O Vasco em 2018, para sua gestão, não tinha objetivo algum. Nenhuma promessa foi feita, não foi dito em rodada alguma do Campeonato Brasileiro, nem nas quatro, cinco primeiras, que o clube objetivava voltar à Libertadores, criando um ciclo virtuoso. Nada, absolutamente nada foi dito.

O clube pagou pela inoperância e omissão de uma gestão totalmente despreparada para simplesmente mantê-lo no patamar esportivo em que se encontrava há um ano.

Lembre-se ainda que nos últimos três meses de Campeonato Brasileiro, ano passado, o clube se viu à volta com problemas de salários e políticos, mas isso não impediu que o objetivo traçado no início da competição fosse cumprido.

A simples admissibilidade disso poderia fazer o Vasco ter um melhor ano novo, no próximo.

Se sobrar humildade para ouvir e coragem para agir externamente em defesa do elenco, de sua capacidade, traçando objetivos grandiosos, sem fazer segredo ao público, pode-se conseguir mais, muito mais.

Há gente disposta a encarar o desafio, pelo que tenho visto, mas é uma atitude grupal e não individual que poderá fazer a diferença. Não adianta um puxar para cima e os outros se esconderem no conforto do descomprometimento. Todos devem se expor e fazer com que se acredite no Vasco para 2019.

A torcida vascaína agradece.

Sérgio Frias

Cola vagabunda

A eterna tentativa de colar algo que não adere se manifesta pelos mais diversos grupos políticos, ou pseudo apolíticos, os quais surgem querendo distorcer o óbvio e se espalham na rede como pus de uma ferida impossível de cicatrizar porque atrelada a um ódio doentio. O resultado disso é um hematoma irrecuperável. Mais que um câncer é uma dor curtida, porque odiar faz bem a quem tem pouco para oferecer.

A gestão anterior do clube, que assumiu o Vasco com 688 milhões de dívida e o deixou – segundo um balanço apresentado pela atual direção – com 645 milhões, que diverge dos números apresentados pela outra (582 milhões), obviamente DIMINUIU A DÍVIDA DO CLUBE nesse período e deixou ativos que não recebeu da outra, o maior deles Paulinho, que teve seu contrato renovado na primeira semana de janeiro deste ano, estipulada sua multa rescisória em 30 milhões de euros.

Se o Vasco deixou comprometidas cotas de TV na ordem de 92% em relação a 2018, pegou com mais do que isso comprometido em 2015.

A situação era pior e não havia como se fazer dinheiro a curto prazo, pois o que foi deixado de base não oportunizava a grandes receitas.

Muito diferente dessa situação estava o clube em junho de 2008, quando a chapa amarela da época, apelidada de MUV, assumiu o clube.

Na ocasião, o Vasco tinha comprometidos seis meses do fim daquele ano, mais metade do trimestre primeiro de 2009 e só, fora uma discussão junto à Globo que nunca foi a lugar nenhum, sobre uma suposta dívida do clube com ela.

A situação, por sinal, era muito melhor do que a encontrada em 2001, quando o Vasco não tinha nada a receber por cerca de 18 meses, o que oportunizou à Rede Globo promover o torniquete financeiro contra o clube por igual período, até o início do segundo semestre de 2002.

Ressalte-se também, em relação às cotas de TV, que o Vasco fazia parte, por quase 25 anos, do primeiro grupo, entre os recebedores de tal quantia.

Caiu o clube para a quinta posição em 2011, quando a chapa amarela da época buscava sua reeleição.

Entendemos que alguém com pretensão de escrever sobre administrações do Vasco e seu histórico saiba ser inadequado ignorar como foi assumido o clube em 2001, isto é, com salários atrasados em até mais de três meses (basta ver os pedidos dos atletas na Justiça no decorrer daquele ano, referentes aos valores cobrados).

Bem como entende-se ser do conhecimento geral que direitos de imagem em atraso cobrados por craques como Edmundo e Romário retroagiam a 1999 e 2000, enquanto passes de jogadores trazidos em 2000, em alguns casos, não haviam sido pagos, impostos não eram recolhidos – um problema que existia desde o final dos anos 60 – e a filosofia adotada por todos os clubes grandes brasileiros era a mesma: fazer dinheiro, primordialmente, com a venda de atletas, acima mesmo do que negociavam receber via TV, até quase a virada do século.

Elucidado tal ponto, o Vasco foi deixado em 30/06/2008 com salários em dia, situação fiscal regular, inúmeros acordos judiciais e extrajudiciais honrados, ato trabalhista cumprido, também, desde 2004, e outro assinado em situação melhor que a dos demais grandes clubes devedores deste estado no final de 2007, além de um contrato com a TV, válido até 2011, do qual o clube poderia usufruir de todo ele, a partir do segundo trimestre do ano de 2009.

Na época, caso quisesse adiantar cotas não precisaria o Vasco de inúmeros avais, porque o Clube dos 13 recebia diretamente o dinheiro da Globo e repassava aos filiados com apenas uma garantia bancária, que era dada, no caso do Vasco, com operações realizadas pelo Bic Banco, tal qual foi feito mais de uma vez, já pelo MUV amarelo, no segundo semestre de 2008, período no qual também teve a receber a gestão sucessora 3 milhões de reais pela primeira das três parcelas referentes à venda de Phillippe Coutinho, fora rendas sem penhora, premiações correspondentes à Copa Sul-Americana, mecanismo de solidariedade, entre outros valores.

O patrimônio do clube estava muito bem conservado, acarretando elogios da oposição que se instalava no poder.

Se entre 2001 e 2002 o Vasco adquiriu mais imóveis (procedimento iniciado em 1998) para incorporar a seu patrimônio praticamente uma rua inteira, ao longo dos anos construiu o Colégio Vasco da Gama, fez inúmeras obras de conservação do complexo de São Januário, mantendo limpo e conservado seu patrimônio naquele período.

Podemos extrair como exemplo sobre não só o patrimônio físico, mas a estrutura do Vasco, fala do Vice-Presidente de Futebol do clube, Manoel Fontes, que assumiu o cargo à época, logo no início do mandato da gestão MUV amarela, e que afirmou com apenas 15 dias daquela trupe no poder:

“Isso é meu. Tenho que ser sincero e honesto. A nível de estrutura, infra estrutura do Vasco da Gama, das instalações, a gente que realmente reconhecer que foi feito um trabalho magnífico. O Vasco da Gama hoje tem instalações que são respeitáveis e comparadas aos vários clubes, talvez até internacionais”.

O patrimônio deixado pela gestão que esteve seis anos e cinco meses pelo Vasco (reeleita com quase 95% dos votos após o primeiro mandato) continha 30 toneladas de lixo a céu aberto, São Januário capacitado a receber cerca de 15.000 pessoas (quando assumira o Vasco o limite de público pagante, fora gratuidades, era de 24.500 lugares), sem clássicos disputados no estádio, com inúmeros problemas em itens comezinhos, fora um parque aquático sob tapumes, ginásio em desuso e colégio Vasco da Gama praticamente largado, entre inúmeros outros abandonos vistos no espaço de suas sedes.

Após nova troca de gestão e a volta daquela que gerira o clube de 22/01/2001 a 30/06/2008, tudo o acima narrado evoluiu, a olhos vistos.

Faz-se uma visita guiada no clube desde agosto do ano de 2017, podendo o Vasco, com orgulho, mostrar a sócios e visitantes seu patrimônio, totalmente recuperado.

Sobre a área fiscal, a esmagadora parte da dívida deixada para a gestão MUV amarela era cerca de 95% dela oriunda do século anterior e equacionada pela gestão que antecedeu aquela responsável por diminuir e rebaixar o clube institucionalmente.

Tanto isto é fato que foi o Vasco o único dos grandes cariocas a obter certidões positivas com efeito de negativas em 2005, bem como o primeiro regularizado para adentrar na Timemania, quase no final de 2007.

A situação encontrada em dezembro de 2014, com relação a certidões (o clube passou a grande parte da gestão MUV amarela sem tê-las) foi resolvida em menos de 25 dias e o Vasco as manteve até quase o final daquela gestão, portanto, não por seis meses, um ano apenas, tanto que de forma inédita obteve verbas da Confederação Brasileira de Clubes e pôde assinar com tranquilidade três contratos de patrocínio com a Caixa Econômica Federal, que, por sinal, não queria ver o clube nem pintado de ouro em dezembro de 2014, porque no decorrer do contrato anterior o Vasco descumpriu praticamente tudo, quanto às obrigações contratuais de sua parte.

Sem certidões há alguns meses e com a entrada de algo em torno de 120 milhões de reais no decorrer de 2018 o Vasco não voltou a obtê-las até aqui, embora na carta amarela, assinada pelo atual presidente do clube, a 30/04, fosse dito que entre as despesas prementes a serem pagas, estava um valor na ordem de 27 milhões para regularização das certidões, como objetivo final.

Sobre a dívida, dissemos lá em cima ter sido diminuída, conforme foi evidenciado nas apresentações das contas deste ano. Ocorre que a história não começa aí. Não, não, não.

Em 2001 a situação financeira do Vasco era caótica porque seu grande parceiro deu simplesmente um calote na ordem de 12 milhões de dólares, enquanto a Vasco da Gama Licenciamentos entendia ser o clube devedor de algo em torno de 75 milhões de reais, considerando valores concernentes a contratos de cotas de TV e prêmios obtidos pelo clube por competições conquistadas (exemplo, Mercosul), entre outros.

Uma interpretação peculiar do contrato assinado na época, no qual estava previsto o recebimento de 50% do valor referente a acordos em prol do Vasco, conseguidos pela empresa e não pelo próprio clube, evidentemente.

A situação já era complicadíssima a partir de julho de 2000, quando o Vasco sofreu o calote mencionado acima e se tornara insustentável no final de 2000, com inúmeras obrigações não cumpridas, referentes ao projeto olímpico, futebol, basquete, futsal, obrigações outras e contratos assinados até 2001, 2002, ficando ainda pior com a perda de ativos do Vasco, considerados a partir do início de 2001, quando começou a viger a Lei Pelé, combatida abertamente pelo então deputado federal Eurico Miranda, enquanto os doutos jornalistas, escribas e sabichões do mundo futebolístico afirmavam ser aquela a lei de alforria dos atletas e o início da profissionalização do futebol brasileiro.

Na verdade, ali seria o início da queda institucional de todos os grandes clubes, vide a diferença de qualquer um deles em relação aos principais europeus e até medíocres europeus, como se percebe na dura realidade de hoje, apesar de duas ou três exceções vistas em todo o século até aqui.

A direção que saía em junho de 2008 apresentou um balanço no qual deixava o Vasco com 190 milhões de dívida, valor bastante inferior à maioria dos grandes clubes brasileiros e menor, sem dúvida, em relação aos grandes clubes cariocas, como aliás fazia sentido, uma vez que no Rio quem melhor e mais cumpria obrigações financeiras e fiscais era o Vasco (vide acordo trabalhista último, feito à época, certidões obtidas, a primeira delas em 2005, sem penhoras de rendas nos vários jogos anteriores à troca de gestão e um custo mensal variável entre 3 e 3,5 milhões de reais).

O MUV amarelo assumiu e afirmou ser a dívida no valor de 354 milhões. Acompanhando todos até aí? ÓTIMO!

O MUV amarelo saiu, deixando uma dívida de 688 milhões. Todos contando? Aumento de 334 milhões, quase o dobro.

Dos 688 milhões de dívida recebidos, temos hoje números divergentes, entre 582 milhões de dívida e 645 milhões.

Fica a pergunta a ser respondida por qualquer aluno de ensino primário. Sem a participação do MUV quanto deveria o Vasco hoje?

E sem que o clube tivesse dívidas em janeiro de 2001, quanto deveria o Vasco – novamente sem o MUV – em dezembro de 2017?

Mas há ainda um detalhe importante: como o Vasco foi recebido em dezembro de 2014?

Não havia qualquer expectativa pela entrada de recursos, as cotas de TV estavam 100% comprometidas, o Vasco não podia implementar um programa de sócio torcedor até novembro do ano seguinte, em função da multa contratual, não havia crédito, o clube devia a postos de gasolina, desentupidoras e outras prestadoras de serviços baratos, tinha contra si mais de 200 títulos protestados, comparado a nenhum deixado em 2008. Uma situação absolutamente deplorável.

Ficamos imaginando como seria a continuação amarela diante daquele quadro de coisas.

Vamos, então ao futebol, finalmente! O assunto principal hoje em dia para usos e costumes das mentiras espalhadas na rede.

Algumas perguntinhas básicas, quanto aos últimos dois anos, anteriores à troca de gestão no clube, em 2008:

1 – Há quantas rodadas o Vasco não frequentava a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, desde o início dos pontos corridos, em 30/06/2008?
a) uma
b) 10
c) 20
d) 108
——
2 – Qual era o clube carioca que menos frequentara a zona de rebaixamento, desde o início da era dos pontos corridos, até 30/06/2008?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——-
3 – O Vasco foi deixado em nono lugar no Campeonato Brasileiro, com o mesmo número de pontos do oitavo colocado, com o sétimo melhor ataque da competição e a décima primeira defesa menos vazada.
Baseado no fato histórico, responda: Quantas rodadas precisou o Vasco para chegar à zona de rebaixamento, após a direção MUV amarela assumir o clube?
a) Uma
b) Duas
c) Dez
d) Onze
—–
4 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve na zona de classificação para a Taça Libertadores, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 28 vezes
——–
5 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os seis primeiros, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 39 vezes
——-
6 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores a 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os oito primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 53 vezes
——
7 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os 10 primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 62 vezes
——
8 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os 12 primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 71 vezes
———
9 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre o 13º e o 16º lugar, em 76 rodadas?
a) 70 vezes
b) 60 vezes
c) 50 vezes
d) 5 vezes
——
10 – No Campeonato Brasileiro de 2008, em suas primeiras oito rodadas, o Vasco ficou na posição de classificado para a Libertadores em alguma delas?
a) Impossível com aquele time do Eurico
b) Não sei, pois não ia aos jogos, apenas fazia política
c) Não
d) Sim
——-
11 – No Campeonato Brasileiro de 2008, em suas primeiras oito rodadas, o Vasco ficou entre os 10 primeiros colocados em:
1) Nenhuma rodada
2) Uma rodada
3) Duas rodadas
4) Seis rodadas
———————-
Agora vamos ao triênio 2015, 2016, 2017:

12 – Em que lugar o futebol do Vasco foi encontrado em dezembro de 2014?
a) Na Libertadores
b) Campeão invicto da Série B
c) Campeão da Série B
d) Terceiro lugar na Série B, sem ter liderado a competição em rodada alguma.
——
13 – Em que lugar o futebol do Vasco foi deixado em dezembro de 2017?
a) Campeão da Série B
b) Vice Campeão da Série B
c) Terceiro colocado na Série B
d) Na Libertadores
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14 – Qual clube carioca mais conquistou campeonatos neste período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
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15 – Qual clube carioca mais conquistou taças oficiais nesse período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
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16 – Qual clube carioca não perdeu nenhuma decisão nesse período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
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17 – O Vasco tem em seu currículo um recorde de invencibilidade em jogos oficiais. São 34 partidas. Tal período invicto foi obtido entre os anos de:
a) 1949/1950
b) 1999/2000
c) 2011/2012
d) 2015/2016
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18 – Em qual ano de sua história o Vasco foi prejudicado com maior número de pontos, oriundos de erros da arbitragem num Campeonato Brasileiro (critério Placar Real)?
a) 2001
b) 2006
c) 2011
d) 2015

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
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19 – Quantos pontos o Vasco conquistou nos Campeonatos Brasileiros de 2015 e 2017 por conta de erros de arbitragem (Critério Placar Real)?
a) 14
b) 20
c) 25
d) Zero

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
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20 – Quantos pontos o Vasco perdeu nos Campeonatos Brasileiros de 2015 e 2017 por conta de arbitragem (critério Placar Real)?
a) nenhum em 2015 e nenhum em 2017 – a arbitragem foi justa
b) Um em 2015 e Dois em 2017
c) Dois em 2015 e um em 2017
d) Quatorze em 2015 e Sete em 2017

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
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Finalmente, sobre o elenco deixado para a disputa da temporada de 2018 (em seu início) pela gestão anterior, tivemos o seguinte quadro:

Goleiro:

O Vasco renovou com Martin Silva por dois anos.

– O Vasco manteve Jordi no elenco.

– O Vasco manteve Gabriel Félix no elenco.

– O Vasco manteve a revelação do Sub 20, João Pedro, no elenco.
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Lateral direito:

– Com o fim do empréstimo de Gilberto, o Vasco não se interessou por renovar o vínculo.

– O clube vendeu 60% dos direitos econômicos de Madson por 2 milhões de reais (ou 511.509 euros), o que representa, caso fosse negociado 100% dos direitos econômicos do atleta, 852.515 euros. Atualmente, segundo o site Transfermkt, o atleta está cotado em 1,25 milhões de euros e numa futura transferência o Vasco teria a receber mais 500.000 euros, que daria um total de 1.011.509 euros, por um atleta que veio de graça para o clube, sem ser formado nele.

– O clube trouxe, de graça, Rafael Galhardo, considerado dois anos antes de sua vinda como o melhor lateral direito do Campeonato Brasileiro de 2015, bola de prata da Revista Placar e indicado pelo treinador Zé Ricardo.

– O Vasco manteve Yago Pikachu, que vez por outra atuava de lateral direito, mas também jogava em funções mais adiantadas, como ocorreu várias vezes na temporada de 2017 e algumas outras em 2016.
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Zagueiros:

– O clube renovou o vínculo com Breno, destaque da equipe no Campeonato Brasileiro.

– O clube fez um acerto com Anderson Martins, contratado em agosto, e que recebia o maior salário do elenco, 530 mil reais, para que este fosse liberado e viesse a jogar no São Paulo, sem que o Vasco tivesse que pagar qualquer valor em atraso ao atleta.

– Encerrado o empréstimo de Paulão o clube decidiu não renovar o vínculo pelo alto salário recebido pelo atleta, emprestado em 2017 ao Vasco, oriundo do Internacional-RS.

– Com o fim do contrato de Rafael Marques, o Vasco decidiu não renovar com o atleta.

– O clube não se interessou em manter Lucas Rocha, trazido no meio da temporada de 2017 para a zaga.

– Indicado pelo treinador Zé Ricardo o Vasco contratou Erazo.

– Indicado pelo treinador Zé Ricardo o Vasco contratou Luiz Gustavo.

– Em 2018 pretendia-se dar chance real a Ricardo Graça, para que atuasse no time de cima, após meses apenas treinando.
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Lateral esquerdo:

– Por sua ótima produtividade em 2017, até se machucar, o Vasco renovou o vínculo com Ramon, que tinha volta prevista para maio.

– Para substituir eventualmente Ramon o clube contratou Fabrício, com aval do treinador Zé Ricardo.

– O clube manteve Henrique como opção na lateral esquerda, que já havia atuado por diversas vezes em 2017.

– Com contrato renovado em junho de 2017, Alan Cardoso era outra opção do elenco.
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Volantes:

O clube não se interessou em manter Jean no plantel, após o fim do empréstimo com o atleta.

Foi trazido junto ao Velez Sarsfield-ARG, Desabato para ocupar o lugar deixado por Jean.

Diante do bom Campeonato Brasileiro feito pelo Vasco em 2017, o contrato de Wellington foi renovado.

Andrey foi mantido no elenco, com contrato renovado em maio de 2017 até 2021.

Bruno Cosendey foi mantido no elenco com contrato renovado em dezembro de 2017 até 2020.

Bruno Paulista permanecia no elenco com contrato até junho de 2018.
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Meias:

O Vasco tinha Nenê até dezembro de 2018.

O Vasco tinha Wagner até dezembro de 2018.

O Vasco tinha Escudero até dezembro de 2018.

O Vasco renovou com Evander, em janeiro de 2018, até 2021.

O Vasco contratou Thiago Galhardo, por indicação do treinador Zé Ricardo.

Guilherme Costa foi mantido no elenco para 2018.

O Vasco negociou 85% dos direitos econômicos de Mateus Vital por 1,5 milhões de euros, exatamente o valor de mercado do atleta à época, mas considerando que fosse vendido 100% dos direitos econômicos por aquele valor.

http://www.netvasco.com.br/n/204738/valor-de-mercado-de-mateus-vital-e-de-r-586-milhoes-de-acordo-com-site-especializado
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Atacantes:

O Vasco contratou Riascos, com boa passagem pelo clube e a pedido de considerável parte da torcida.

O Vasco contratou Rildo, que seria o homem de velocidade do time nos arranques ofensivos.

Andrés Riós, com contrato até junho de 2018, permanecia no elenco, após ter marcado três gols em 15 jogos no Campeonato Brasileiro.

Thales foi emprestado para o futebol japonês.

O Vasco renovou o contrato de Paulo Vitor, em janeiro de 2018, até 2023.

O Vasco renovou com Caio Monteiro, em dezembro de 2017, até 2021.

O clube não se interessou em continuar com Manga Escobar.

O Vasco não fechou as portas para Luís Fabiano, que, por sua vez, não sabia mais se continuaria jogando ou não.

O Vasco renovou, em janeiro de 2018, o contrato de Paulinho, elevando ao sêxtuplo, aproximadamente, sua multa rescisória.
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O texto anacrônico e longo é proposital.

Anacrônico para mostrar que por qualquer lugar que queiram andar não há argumentos para justificar culpas que não sejam ou estejam indiretamente relacionadas ao MUV amarelo ou descolorido, ao longo deste século, ou ainda por razão de fatores externos, prejudiciais ao Vasco, surgidos ou desenvolvidos com apoio ou silêncio da sigla versão século XXI e seus filhotes.

Longo, porque necessários serem embasados os fatos e não simplesmente despejá-los fora de contexto.

Apesar de tudo isso que vimos neste ano de 2018 só se o Vasco fizer muita bobagem nos últimos quatro jogos deixará de se classificar para a Copa Sul-Americana de 2019.

Sérgio Frias

Transferência

O presidente do Vasco, Alexandre Campello, parece viver num mundo paralelo.

Devido à sua clara irresponsabilidade, desrespeito ao previsto no estatuto do clube e uma aparente soberba, o médico gestor forçou uma reunião no Conselho Deliberativo a 17/08 na qual, sem dar satisfação praticamente nenhuma ao Conselho Fiscal, pretendeu aprovar um empréstimo para o clube, buscando o convencimento através de narrativas e slides inconfiáveis exatamente pelo exposto acima.

Por outro lado, se o presidente do clube resolveu implodir sua relação com o grupo responsável por fazê-lo encabeçar a chapa concorrente às eleições do clube, isso não é problema do Vasco, mas pessoal dele.

A responsabilidade para com os poderes, mais particularmente em relação ao Conselho Fiscal, não pode ser maculada por questões políticas durante um período de três anos e era esse o caminho que estava sendo percorrido pela administração do clube até aquele freio visto em agosto último.

É curioso o fato de o médico gestor buscar no termo “transparência” algo que lhe cole à sua própria gestão, quando o termo “transferência” cabe perfeitamente naquilo que o faz descolar-se de todos os problemas surgidos por responsabilidade dele próprio.

Poderia o atual presidente ontem ter feito o uso da palavra para ratificar o compromisso firmado junto ao Conselho Fiscal, no que tange a documentos solicitados e ainda não enviados, bem como expressar sua satisfação diante de uma votação na qual grupos dos mais diversos caminharam juntos (embora saibamos não haver condescendência prévia quanto a lacunas futuras, caso forem propositalmente não preenchidas pela direção do clube), ou simplesmente ter agradecido pela presença de todos, afinal tratava-se de um pleito atrelado a quórum qualificado, que foi obtido até com certa tranquilidade (178 presentes).

Após a reunião, porém, Alexandre Campello, essa “raposa política”, preferiu ir à imprensa jogar nos outros uma culpa que é inteiramente sua pelo fato de ter sido suspensa a reunião anterior por falta de envio dos documentos pertinentes ao Conselho Fiscal, algo expresso no estatuto do clube, portanto obrigação e não favor.

Por fim, devemos lamentar o episódio ocorrido ontem de agressão a dois conselheiros do clube, opositores nossos no campo das ideias, mas vascaínos como os outros que lá estavam, dispendendo, todos, tempo de suas vidas particulares para discutir o clube e seus rumos.

Sérgio Frias

Correção à diminuição midiática da marca Vasco

O site UOL publicou matéria na qual faz juízo de valor sobre o fechamento de contrato feito pela administração de Eurico Miranda, junto à empresa LASA, ocorrido em janeiro.

Na visão dos responsáveis pela matéria era de se prever a inadimplência do parceiro, devido a problemas financeiros vividos por ele.

As negociações foram feitas, como dito em variadas mídias do Casaca!, por cerca de dois meses, com encontros e inúmeros contatos entre o marketing do clube e a empresa, com participação efetiva do Casaca!.

O descumprimento do valor a ser pago deve ser questionado a quem inadimpliu. Razões, motivos, circunstâncias, etc…

O fato é que o contrato, além de extremamente favorável ao Vasco financeiramente, foi assinado com proteção ao clube no caso de descumprimento da outra parte, portanto feito de maneira responsável.

Salta aos olhos, porém, algumas omissões e erros matemáticos banais quanto à valoração da marca Vasco.

Em 2017 o Vasco, no primeiro quadrimestre, recebeu 2,5 milhões de reais, referentes ao contrato assinado em abril do ano anterior, com validade de um ano, junto à Caixa Econômica Federal.

Após o término do compromisso, o clube fechou outro contrato com o mesmo parceiro, válido por oito meses, recebendo (fora possível bônus), 11 milhões de reais.

Daí temos uma soma simples matemática que perfaz o valor de 13,5 milhões de reais firmados para recebimento em 2017 e não 12,5 milhões, como dito na matéria.

O mais grave, entretanto, é a omissão de que o Vasco assinou no ano de 2017, proporcionalmente, o maior contrato de patrocínio do século XXI, pois se acertou o recebimento de 11 milhões em 8 meses, receberia por um ano, caso fosse este o tempo firmado de compromisso, 16,5 milhões. Há neste caso um fenômeno curioso oriundo da mídia em geral: tal proporcionalidade não foi exposta em momento algum por quase ninguém. Aí não se trata de uma questão concernente à juízo de valor, mas sim de mera informação adequada à realidade factual.

Parece-nos estranho que não se informe na mídia, claramente interessada em valorizar o clube nas suas publicações, imaginamos, quanto passou a valer a marca Vasco, considerando apenas o tema abordado, numa realidade de mercado, em 2017.

Nada mais natural, portanto, que se firmasse um patrocínio superior em 2018, uma vez que o clube tem e permanecerá tendo maior exposição pela participação na mais concorrida competição da América do Sul e é o único deste estado a pretender conquistar o Tricampeonato Sul-Americano (1948/1998/2018), estando neste quesito, entre os demais clubes brasileiros participantes da competição, atrás apenas de Grêmio e Santos.

A real situação é a seguinte: o clube tem a receber, diante do descumprimento contratual por parte da empresa, valor superior a 2 milhões de reais, previsto em contrato. Além disso, o parâmetro para fechamento de um novo compromisso, considerando-o anual, é de 16,5 milhões, levando-se em conta apenas o contrato firmado em 2017. Deve-se também ponderar outros dois fatores para embasar maior valoração: a participação do clube na Taça Libertadores de 2018 e o contrato fechado em janeiro, consoante ao crescimento do retorno de mídia previsto para o Vasco neste ano.

Sérgio Frias