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O Vasco é dos Vascaínos

Uma vez que o atual presidente do Club de Regatas Vasco da Gama disse em coletiva ter como objetivo revender o futebol do clube, entendendo que o controle do futebol não deve ficar com o Vasco, mas com o investidor, é importante saber se essa é uma opinião isolada dele ou de toda a cúpula gestora do clube, pois os dizeres até aqui de outros não ratificam categoricamente tal posição.

A revenda em si poderia ser uma opção, mas jamais com o Vasco na mão de terceiros, ou seja, perdendo o controle acionário.

Manter a posição do Vasco como majoritária, porém, dá trabalho, traz desgaste, envolve cobrança, suscita críticas sobre resultados, sobre performance.

Dizer ao mercado que o Vasco está à venda, sem a preponderante condição de que caiba ao clube o controle acionário, também não é o simples a se fazer, pois diminui muito o números de interessados. O Athletico-PR pode vislumbrar assim, o Vasco não. O Corinthians, que deve 2,3 bilhões pode vislumbrar assim. O Vasco não…

O pensamento de Jorge Salgado em 2022, conceitualmente, é o mesmo que o do atual presidente do clube. A dívida aumentou? Pois é.

Os irresponsáveis todos que foram a favor nos conselhos e na mídia levaram a isso. Não questionaram, disseram que era o único jeito e a dívida aumentou em mais de 300 milhões de reais, com SAF e reclassificações de contas.

O Vasco não é gerido para buscar soluções de diminuição do problema, mas de passagem do problema para terceiros, sem desgaste e apontando dedos, quando os dedos todos a serem apontados são os da mesma rodinha do MUV, que em 13 dos últimos 16 anos geriu o Vasco, aumentando dívidas, terceirizando tudo que fosse possível terceirizar, choramingando, virando saco de pancadas do maior rival e com os olhinhos brilhando por uma solução mágica ou por uma austeridade burra, sem apresentar os resultados no futebol, que demonstrem ser no confronto direto o clube superior aos demais do Rio em vitórias, taças, títulos. Isso foi possível num triênio, mas houve desgaste, houve cobrança, houve trabalho, houve críticas e os resultados alcançados jamais foram repetidos.

Há insistência em não se enxergar a diferença de um Vasco, que tinha como dívida real a menor dos clubes grandes do Rio até o MUV chegar ao poder em julho de 2008, ou de um Vasco, que se recuperou após seis anos e cinco meses de arraso institucional, novamente mandando no futebol do Rio (vide resultados, taças {de 1º lugar} e títulos oficiais), diminuindo sua dívida global (o que nenhuma gestão do MUV e seus sucessores filosóficos fez), recuperando seu patrimônio, sua base e levando o Vasco à Libertadores.

De 2018 para cá, uma taça (de 1º lugar) em competição oficial conquistada e nenhum título de campeonato ganho.

A dívida, que havia chegado a quase 700 milhões de reais com o MUV (688 milhões) foi reduzida (nas contas dos financistas sucessores) para 645 milhões, na visão do Conselho Deliberativo para 589 milhões.

Jamais se perguntou como foi possível ao Vasco chegar a isso, considerando um clube sem crédito no fim de 2014, sem certidões, com dois anos praticamente de receitas das cotas de TV adiantadas, sem patrocínio firmado para o ano de 2015 (e sem poder obter a última parcela do de 2014), sem direito ao recebimento de valores concernentes a produtos licenciados e mensalidades (adiantados), sem ainda poder fazer um programa de sócio-torcedor independente naquele ano, com quase três meses de salários atrasados, sem um atleta sequer da base, pronto para uma venda de direitos econômicos por valor vultoso, terceiro colocado na Série B, sem ter liderado rodada alguma do campeonato, considerado quarta força do Rio entre os grandes e motivo de piada antes dos confrontos contra o principal rival.

O discurso cego, mistura de ódio a alguém com desdém ao clube, justificado por um profundo sentimento pelo clube, que muitos batiam no peito dizendo amar, mostrou-se falso como nota de treis, quando a primeira oportunidade para o Vasco se entregar foi tida como áurea, em 2022.

O desastre daquilo tudo pouco importou para muitos. A ordem é fazer de novo, no método tentativa e erro (mais cuidado, mais transparência, etc…), trazendo ao clube cada vez mais a sensação de que o gigante que é, o é apenas para poucos, pois a maioria vendilhona entende o Vasco como inviável, incapaz de lutar, de se recuperar, de enxergar seu potencial, por mais que provas do contrário tenham sido dadas ao longo do tempo, como ocorreu em 2019, em relação ao sócio-torcedor, por mais que se saiba do potencial crescente para obtenção de receitas futuras, por mais que o Vasco seja, de fato, um dos cinco gigantes do futebol brasileiro, com torcida nacional (aliás, o único dos cinco que se põe à venda).

O Vasco tem de comandar seu destino e não ter isso em mente significa desacreditar do próprio clube, se conduzido por sua gente, o que já seria, como premissa, ilógico para qualquer um pleitear comandá-lo.

Não imaginem que o discurso de revenda com entrega de controle acionário é aceito pela torcida, porque é aquilo que ela pensa, necessariamente.

A lógica se dá porque desde que o clube retomou o controle acionário ele jamais foi incisivo quanto à manutenção disso, deixando brechas para que se pensasse o contrário.

Ou seja, o Vasco não se posicionou perante o mercado como dono do próprio nariz e aceitou o discurso daqueles que enxergam o Corinthians com 2,3 bilhões de dívida viável e o Vasco com 1,1 bilhão inviável.

O Vasco é dos vascaínos e a agressão a isso por 30, 300, ou 3.000.000.000 de moedas nada mais é do que vender a essência do Vasco – como fez Jorge Salgado e os que lhe apoiaram, direta ou indiretamente – independentemente da forma como se venda tal essência.

Sérgio Frias

“A mão do Eurico” – Um pouco do que não foi citado

Faltou Citar

Sobre um pouco daquilo que não foi citado no documentário de Eurico Miranda e é importante ser registrado mais à frente, numa outra oportunidade, baseado na biografia dele e nos fatos inequívocos expostos pela própria mídia e pela história não só do Vasco, como de seus principais adversários do Rio.

Não citaram que o jornalista de “O Globo”, responsável pela matéria “A mão do Eurico”, José Jorge, pediu desculpas ao próprio pela reprodução da mesma, ao identificar que não fora Eurico ou sua mão, protagonista do apagão.

Não citaram a passagem de Eurico Miranda como representante do basquete carioca em 1972, quando questionou os organizadores do torneio disputado em Recife por tentarem dar privilégios aos paulistas em detrimento dos demais estados participantes da competição, obtendo êxito naquilo que queria (a igualdade de tratamento entre todos) e o título de campeão, tido como quase impossível por muitos, conquistado pelos cariocas.

Não citaram que através de ação diligente iniciada por Eurico Miranda, em 1981, lutando pelos direitos do Vasco, os clubes passaram a receber do governo percentuais sobre a Loteria Esportiva, anos depois.

Não citaram as duas invasões de campo de torcedores do Flamengo, ocorridas no segundo jogo da decisão do Campeonato Carioca de 1981 frente ao Vasco, aos 37 minutos do segundo tempo, quando o placar que dava o título ao Flamengo se mantinha (0 x 0). Não foi, portanto, uma novidade ou fato insólito a invasão do ladrilheiro rubro-negro no terceiro jogo decisivo, logo após o Vasco diminuir o placar para 2 x 1.

Não citaram que nos 25 anos anteriores à chegada de Eurico Miranda como Vice-Presidente de Futebol do clube, o Vasco era o quarto clube dos grandes em títulos no Rio de Janeiro e que quando Eurico assumiu o cargo, em janeiro de 1986, o Bangu (que o Vasco não vencia desde 1982) se mostrava mais forte que o próprio Vasco, considerando o ano anterior (1985).

Não citaram que na primeira decisão do Vasco com Eurico Miranda à frente do clube (Taça Guanabara de 1986), houve vitória do Vasco sobre o Flamengo por 2 x 0, gols de Romário, com 121 mil pagantes no Maracanã, após ele desafiar a torcida do Flamengo e dizer que a do Vasco seria maior no estádio, promovendo o jogo e vendo, de fato, os vascaínos dividirem o Maracanã com seu principal rival, quanto à presença de público.

Não citaram o caso das papeletas amarelas em 1986, suposto esquema de corrupção em favor de árbitros que apitaram jogos do Flamengo, trazido a público de dentro do próprio Flamengo, pouco após o rubro-negro ter sido Campeão Carioca daquele ano.

Não citaram que Eurico Miranda, trabalhando nos bastidores e encarando adversários de ocasião, impediu o Vasco de cair de divisão no Campeonato Brasileiro, em 1986, quando tentou-se, fora de campo, fazer com que o Joinville ficasse com a vaga do Vasco, comportando-se parte da imprensa carioca à época mais favorável à tese do Joinville (que buscava a vaga fora das quatro linhas) que a do Vasco, norteada no resultado de campo das duas equipes.

Não citaram que Eurico Miranda foi o responsável pelo cruzamento dos módulos verde e amarelo no Campeonato Brasileiro de 1987, que possibilitou ao Sport ser o Campeão Brasileiro daquele ano e, com isso, que a Copa União não fosse considerada pela CBF como uma competição pirata.

Não citaram que o Vasco, quando ganhou o Bicampeonato Carioca, o fez após 38 anos da conquista anterior e que nas duas decisões (1987 e 1988) ex-rubro-negros trazidos por ele, Eurico, fizeram os gols dos respectivos títulos para o Vasco (Tita e Cocada).

Não citaram que Eurico Miranda, enquanto diretor de futebol da CBF, criou a Copa do Brasil.

Não citaram que Eurico Miranda, enquanto diretor de futebol da CBF, foi diligente no episódio da partida contra o Chile, válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1990, sabendo que havia possibilidade de o Brasil perder os pontos da partida pelo fato de um sinalizador de fumaça ter sido atirado em campo, na direção do goleiro Rojas (embora sem atingi-lo), tomando medidas para que os chilenos não saíssem do vestiário após abandonarem o campo e garantindo na mesma noite à imprensa que o Brasil estaria na Copa do Mundo, pois o Chile sofreria um W.O., o que, de fato, ocorreu.

Não citaram o tricampeonato do Troféu Ramon de Carranza, disputado na Espanha (1987/1988/1989), fato que nenhum clube no mundo, não espanhol, jamais conseguiu.

Não citaram que Eurico Miranda saiu da CBF porque Ricardo Teixeira lhe deu a opção de decidir entre a entidade e o Vasco e ele Eurico, de pronto, disse que sua opção seria o Vasco. “Não precisa perguntar duas vezes. Minha opção é o Vasco”.

Não citaram que Eurico Miranda refutou as ponderações de Antônio Soares Calçada para demitir o treinador Nelsinho no meio do Campeonato Brasileiro de 1989.

Não citaram a briga nos bastidores contra o Palmeiras no Campeonato Brasileiro de 1989 para que o Vasco chegasse à decisão do campeonato.

Não citaram que na queda de braço entre Vasco e CBF sobre a liberação dos atletas para a seleção antes da Copa do Mundo de 1990, prevaleceu a vontade do Vasco e não da entidade, considerando a entrevista dada por Ricardo Teixeira, mostrada no documentário.

Não citaram que na discussão de 1990 sobre o Campeonato Carioca, o Fluminense ficou do lado do Vasco (até ser eliminado em campo pelo próprio Vasco), que a arbitragem ficou no gramado esperando o Botafogo voltar à cancha (porque era a ordem da FERJ) na partida em que houve a dupla interpretação dos clubes de que eram campeões, que na decisão nos tribunais esportivos suprimiu-se instância para definir o Botafogo como campeão e que dar o título ao Botafogo foi um trabalho primordialmente midiático até o julgamento.

Não citaram que Eurico Miranda refutou a hipótese de o Vasco entregar o jogo com o São Paulo em 1992, diante da iminência de a vaga ficar com o Flamengo para ir à decisão do Campeonato Brasileiro, embora os jornais do dia do jogo sugerissem que era plausível Eurico fazê-lo.

Não citaram que os grandes clubes cariocas foram obrigados a disputar todos os clássicos no Campeonato Carioca de 1992 em São Januário e que o Vasco neste ano foi Campeão Carioca Invicto, o que não ocorria há 43 anos.

Não citaram que Eurico Miranda defendeu o ex-atleta rubro-negro Junior, que dera uma cabeçada no árbitro Jorge Travassos no último jogo do Campeonato Carioca (Vasco x Flamengo) em 1992, para que ele não sofresse uma grande punição e pudesse, com isso, encerrar sua carreira, sem qualquer entrave, no ano seguinte, como de fato ocorreu no primeiro semestre de 1993.

Não citaram que Eurico repudiava a venda de Edmundo ao Palmeiras em 1993 e que o presidente do clube à época, Antônio Soares Calçada, ameaçou renunciar caso ela não fosse concretizada.

Não citaram que na conquista do Bicampeonato pelo Vasco em 1993 foi a primeira vez na história em que o clube derrotou o Fluminense numa decisão de Campeonato Carioca e que em todas as decisões de taça ou campeonato disputadas contra o adversário no período de Eurico como Vice de Futebol e presidente do clube, o Vasco venceu todas. Foram nove ao todo. E que antes disso (antes da chegada de Eurico à vice-presidência de futebol) o Vasco havia perdido, diante do mesmo adversário, sete decisões consecutivas.

Não citaram a tentativa infrutífera dos rivais cariocas de boicotar o campeonato no ano do tri (1994) e a que ponto chegou a rivalidade do Flamengo com o Vasco, no jogo seguinte ao falecimento de Dener, partida na qual, inclusive, o Vasco foi prejudicado pela arbitragem e sofreu sua única derrota na competição.

Não citaram as preocupações de Eurico Miranda com a família de Dener, logo após o falecimento do atleta, quando se preocupou com a quitação de apartamento para a mãe do ex-atleta, entre outras assistências à família e que após o imbróglio jurídico foi na gestão do próprio Eurico, como presidente do Vasco, que os valores acertados em juízo foram finalmente satisfeitos, após calote das últimas seis parcelas de pagamento por parte da gestão antecessora a dele.

Não citaram que Eurico conseguiu fazer reconhecer oficialmente, com status de Libertadores, o título Sul-Americano de 1948, isso em 1996, garantindo a participação do Vasco na Supercopa Libertadores de 1997 (e outras que porventura fossem disputadas), competição da qual só participavam equipes que tivessem conquistado a Taça Libertadores.

Não citaram o caso da “Liga Barbante” que os demais clubes do Rio quiseram implementar em 1997, sem sucesso.

Não citaram que o mesmo Edmundo, liberado para disputar a decisão do Campeonato Brasileiro de 1997 contra o Palmeiras, após ter sido julgado, obteve efeito suspensivo para atuar na final do Campeonato Brasileiro de 1994 pelo próprio Palmeiras, diante do Corinthians, mesmo julgado e posto na condição de impedido de jogar, diferentemente do ocorrido em 1997.

Não citaram como Eurico Miranda conseguiu que o Vasco atuasse até a decisão da Taça Libertadores de 1998 em seu estádio.

Não citaram o título carioca conquistado pelo Vasco no ano do centenário, nem o papelão dos rivais no campeonato, inclusive com vergonhosos WOs, frutos da fuga de Flamengo e Botafogo quando da ocasião em que deveriam enfrentar o Vasco.

Não citaram que no jogo do título carioca do ano do centenário (1998), em Bangu, a partida só não acabou sem acréscimos da arbitragem porque Eurico Miranda foi a campo e pressionou o árbitro para isso, após as luzes terem sido apagadas, o que aparentemente faria com que o árbitro encerrasse a partida sem descontos.

Não citaram que o Projeto Olímpico veio a partir de um consenso entre as partes envolvidas de que fortaleceria a marca, facilitando a que a VGL obtivesse novos patrocínios e receitas para o clube, o que por sinal era sua função à época.

Não citaram a conquista do Torneio Rio- São Paulo de 1999, mas apenas uma fala de Eurico numa rádio (para afrontar setores da imprensa paulista) a respeito da competição.

Não citaram que no balanço patrimonial do clube em 1999 todo o valor investido em esportes olimpicos e correlatos somava apenas 22% do montante, enquanto o referente ao futebol chegava a 67%.

Não citaram que o mesmo critério utilizado para o Vasco disputar o Campeonato Mundial de 2000 valeu para o Palmeiras ser escolhido como representante brasileiro para disputar o de 2001 na Espanha, que chegou a ser anunciado pela FIFA em fevereiro daquele ano para ser realizado em agosto, mas que depois não foi para frente.

Não citaram que o parceiro contratual do clube desde 1998 deixou de pagar o Vasco em julho de 2000.

Não citaram o porquê de Eurico Miranda ter sido contra a Lei Pelé e as consequências de tal lei para o futebol brasileiro, primordialmente para os clubes, desembocando nas SAFs, criadas via legislação, em 2021.

Não citaram o real motivo de a Globo ter se indisposto com o Vasco, quando o clube não aceitou atuar em jogos encavalados, referentes a Campeonato Brasileiro e Copa Mercosul, no fim de 2000, causando prejuízos e embaraços à emissora, após o Vasco instar o Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol para que fosse à Justiça, a fim de impedir que o clube se visse obrigado a atuar em até cinco partidas no incrível espaço de 14/12 a 23/12.

Não citaram que a Globo tratou como antecipação de receitas um valor que na verdade foi emprestado com aval do parceiro do Vasco, que garantia poder ocorrer tal empréstimo pois o quitaria, algo não concretizado.

Não citaram que o Vasco denunciou o contrato em 14/02/2001 e no imbróglio com o parceiro ganhou em primeira instância o direito de receber U$12 milhões e que no acordo feito em 2002, embora a VGL cobrasse quase 80 milhões de reais do clube, aceitou-se fazer acordo, ficando elas por elas.

Não citaram que o Vasco não tinha como buscar patrocínio entre 2001 e 2002 porque a marca estava presa, tanto que nova fornecedora de material esportivo foi fechada logo após o fim do torniquete financeiro, em agosto de 2002. E que em 2004 o clube obteve patrocínio durante a temporada (utilizado, na prática, para ajudá-lo a obter certidões positivas com efeito de negativas no ano seguinte) e pontual (no último jogo do Campeonato Brasileiro), que em 2007 o clube teve patrocínio durante o período da luta de Romário por marcar seu milésimo gol (BMG) e que em 2008 o clube obteve novo patrocínio (MRV), válido até fevereiro de 2009 e, finalmente, que a grande preocupação do Vasco na primeira década do século foi a de se manter na elite dentre os clubes recebedores das cotas de TV, maior receita dos clubes na ocasião (com raríssimas exceçoes), o que conseguiu, de fato, durante todo aquele período em que Eurico Miranda esteve à frente do clube.

Não citaram que entre 1998 e 2002 o Vasco adquiriu uma rua inteira, comprando 56 imóveis, incorporando tudo ao seu patrimônio, no complexo de São Januário.

Não citaram que a Globo foi convencida a conversar com o Vasco em 2002, porque o clube não deu unanimidade quanto à redução que pretendia a emissora fazer no contrato seguinte de cotas de TV (os outros clubes todos, devedores dela, pressionados, aquiesciam) e que ela pagou cotas ao Vasco no mesmo ano, embora a narrativa fosse a de que o clube já havia antecipado tudo até 2003.

Não citaram que a força de Eurico Miranda o fazia comandar as negociações das cotas de TV e que a Globo teve nele, na esmagadora maioria das vezes, um aliado, tendo sido ele, na prática, o maior parceiro dela nesse quesito.

Não citaram a conquista do Campeonato Carioca de 2003, ano em que o Vasco obteve também a Taça Guanabara e a Taça Rio.

Não citaram que a participação do Vasco na Copa Sul-Americana de 2003 se deu porque o clube fez valer seu direito, citando o título Sul-Americano de 1948 para que fosse incluído no critério de pontos do ranking e, por conseguinte, inserido o clube na competição, como de fato ocorreu, junto a outros, em mudança do número de participantes feita pela entidade logo depois.

Não citaram, embora falassem en passant do assunto, que foi Eurico Miranda quem criou o Colégio Vasco da Gama, dentro do complexo de São Januário, em 2004, com funcionários do setor trabalhando às expensas do clube.

Não citaram as mais variadas comprovações em fatos, matérias, publicações, de que a situação financeira do Vasco era muito melhor que a dos três outros grandes do Rio. Exemplo: Lamentomania Carioca em 2005 (Jornal “O Globo”).

Não citaram que em maio de 2005, através da revista Consultor Jurídico, comprovou-se que o Vasco era entre os clubes do Rio o que menos tinha ações trabalhistas contra si. Eram 286, contra 534 do Flamengo, 662 do Fluminense e 723 do Botafogo.

Não citaram que em 2002 (CSA na Copa do Brasil), 2005 (Brasiliense no Campeonato Brasileiro) e 2007 (Grêmio no Campeonato Brasileiro) os desejos do Vasco foram satisfeitos nos bastidores e mesmo dentro de campo, com participação de Eurico Miranda ou do corpo jurídico do Vasco nos episódios.

Não citaram que quando foram consolidadas as dívidas fiscais via Timemania, incluindo as equacionadas, o tamanho da dívida fiscal do Vasco era metade daquela consolidada pelo Flamengo e menor do que as consolidadas por Fluminense e Botafogo.

Não citaram que quando o clube assinou seu segundo Ato Trabalhista, em dezembro de 2007 (o primeiro, cumprido, fora iniciado em 2004), os percentuais da receita a serem separados para satisfazer os débitos eram menores mensalmente e anualmente que os estipulados para Fluminense e Botafogo, os outros dois grandes signatários do mesmo Ato, durante todo o período previsto do acordo.

Não citaram a incrível coincidência de o Vasco ter sido prejudicado pela arbitragem no balanço dos pontos em quase todos os Campeonatos Brasileiros do século XXI antes da saída de Eurico Miranda do clube em 30/06/2008 (2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 e ao longo das oito primeiras rodadas da competição em 2008), bem como em momentos decisivos da Copa do Brasil de 2003 e 2008, na decisão do Campeonato Carioca de 2001, de 2003 (quando foi campeão) e de 2004 e em disputas diretas eliminatórias no próprio Campeonato Carioca, em 2005 e 2008.

Não citaram que quando Eurico saiu do Vasco, em 30/06/2008, o clube era o terceiro colocado no ranking da CBF (melhor do Rio).

Não citaram que quando Eurico saiu, em 30/06/2008, o Vasco, no século XXI, não perdia no confronto direto para nenhum grande do Rio.

Não citaram que quando Eurico saiu do Vasco o clube estava há 108 rodadas fora da zona de rebaixamento, jamais havia estado na referida zona no segundo turno da competição, desde 2003, e jamais precisara, matematicamente, dos pontos das duas últimas rodadas de quaisquer dos certames para se manter na primeira divisão. Isto num século em que cinco grandes haviam caído de divisão até ali (Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Grêmio e Palmeiras). E que do Rio de Janeiro era o que menos vezes havia frequentado a zona de rebaixamento, longe, muito longe, de Flamengo e Botafogo nesse quesito. O documentário sugere, inclusive, que a gestão de Roberto Dinamite começou muito bem, como se ela tivesse sido iniciada em 2009 e não em 01 de julho de 2008, quando pegou o Vasco, recém semifinalista da Copa do Brasil (foi eliminado pelo Sport, campeão daquela edição, nos pênaltis), em nono lugar no Campeonato Brasileiro (com salários em dia) e o levou à 18ª colocação, após o fim da competição, após trocar de técnico duas vezes, negociar dois titulares, além do terceiro principal artilheiro da equipe e trazer nove outros atletas para o clube.

Não citaram que poucos dias após a posse de Roberto Dinamite, próceres daquela gestão foram chamados ao escritório de Eurico Miranda para que ele lhes explicasse como deveriam fazer para buscar antecipação de receitas das cotas de TV, via Bic Banco e com aval do Clube dos Treze, o que a direção do clube, de fato, fez mais de uma vez ao longo do segundo semestre de 2008.

Não citaram que o gasto mensal do Vasco, entre despesas fixas e variáveis, à época da saída de Eurico Miranda (junho de 2008), era em torno de 3,5 milhões de reais (no mês de julho de 2008 a gestão sucessora recebeu 3 milhões de reais pela primeira parcela da venda de Phillippe Coutinho) e que quando Eurico Miranda voltou a gerir o clube, cerca de seis anos e cinco meses depois, o gasto mensal do clube, entre despesas fixas e variáveis, com o Vasco vindo da segunda divisão, passava de 10 milhões.

Não citaram, ainda, que quando o Vasco estava na lanterna da competição, em 2008, a dez rodadas do fim da competição, Eurico Miranda anunciou no programa Casaca! no Rádio, veiculado na Rádio Bandeirantes do Rio de Janeiro, que se dispunha a assumir o futebol, com amplos poderes, e evitar o rebaixamento, o que foi rejeitado pela gestão naquele momento, por medo de isso vir a se consumar e trazer ao dirigente os holofotes que tanto incomodavam a muitos.

Não citaram que nas cotas de TV em âmbito nacional, até Eurico sair, o Vasco não ganhava um centavo a menos que nenhum outro clube e que um contrato com validade até 2011 foi deixado assinado nesses termos.

Não citaram que como oposição, em 2011, Eurico Miranda buscou alertar e tentou mesmo se mexer para que a direção do Vasco não fosse partícipe da ideia de implodir o Clube dos Treze, em benefício daquilo que queria o Flamengo, no final o grande beneficiado mesmo, junto ao Corinthians, após a negociação ter sido feita de maneira individual por cada clube com a Globo e não coletiva, como era até ali.

Não citaram que como oposição Eurico Miranda se mexeu e conseguiu da FERJ em 2013 que o Vasco mantivesse o direito de permanecer com sua torcida do lado direito do Maracanã em qualquer ocasião e que isso só não foi possível porque Roberto Dinamite, a posteriori, resolveu assinar um termo no qual dava ao Fluminense tal direito, a troco de nada, como se fosse algo desimportante.

Não citaram que como oposição Eurico Miranda ajudou o Vasco, via FERJ, a pagar salários em plena Série B no ano de 2014.

Não citaram que na conquista do Campeonato Carioca de 2015 o Vasco quebrou um tabu de jamais ter vencido o Botafogo em decisões e que há 50 anos não derrotava o adversário numa decisão direta de competição.

Não citaram os inúmeros prejuízos de arbitragem sofridos pelo clube no Campeonato Brasileiro de 2015 (14 pontos ao todo, o que é um recorde na história da competição para qualquer clube na era dos pontos corridos).

Não citaram com um mínimo de profundidade o título invicto de 2016, ocasião na qual o Vasco disputou mais clássicos em comparação a qualquer outra conquista invicta da história do clube.

Não citaram a maior sequência invicta da história do clube, em jogos oficiais, obtida entre novembro de 2015 e junho de 2016, superando as marcas neste quesito de Atlético-MG, Flamengo, Internacional-RS e Palmeiras, e que o último jogo dela se deu no aniversário do próprio Eurico, em 07/06/2016, quando em Joinville a torcida vascaína cantou um “Parabéns a você” em homeagem a ele, após o fim da partida.

Não citaram a reconstrução do patrimônio do clube em sua última gestão, após a passagem do Tsunami do MUV no clube, bem como o fato de que pela última vez o Vasco, exatamente naquele período, obteve certidões positivas com efeito de negativas, em relação às dívidas fiscais, o que se manteve por quase três anos.

Não citaram que apesar de ter recebido a dívida do clube mais do que dobrada do acumulado dela em 110 anos de Vasco, Eurico a reduziu em seu triênio último à frente do Vasco, admitido isso pela gestão que o sucedeu, responsável pelo balanço patrimonial de 2017 apresentado.

Não citaram que enquanto Eurico Miranda deixou como crédito para o clube em 2008 o valor da venda de Phillippe Coutinho, além de uma joia da base com 100 milhões de reais de multa rescisória (Alex Teixeira) e em 2018 deixou tudo pronto para uma possível negociação do atacante Paulinho (hoje destaque do Atlético-MG) à Europa, com valores na ordem de 57 milhões de reais a serem usufruídos pela gestão sucessora, que fez a negociação, ele, Eurico, quando recebeu o clube para geri-lo novamente, em dezembro de 2014, não tinha um atleta sequer da base com potencial para uma grande venda.

Não citaram que Eurico Miranda deixou o Vasco na Taça Libertadores de 2018, mesmo com o clube impedido de atuar com torcida em São Januário por seis jogos no Campeonato Brasileiro. Nele, por sinal, o Vasco teve seis gols irregulares marcados contra si (validados), apenas um pênalti a favor e oito contra, sendo que não foram marcados a seu favor sete outras penalidades máximas, existentes.

Não citaram que no referido triênio o Vasco ganhou mais campeonatos oficiais (dois) do que todos os grandes cariocas (juntos).

Não citaram que no referido triênio o Vasco conquistou mais taças oficiais (quatro), do que todos os outros do Rio (juntos).

Não citaram que no referido triênio o Vasco disputou quatro decisões de taça e venceu todas.

Não citaram que no referido triênio, pela primeira vez na história, o Vasco eliminou o Flamengo, em confronto direto, de três competições consecutivas, sendo campeão em duas delas.

Não citaram que com Eurico Miranda na presidência do clube no século XXI, jamais qualquer outro clube carioca foi Campeão Brasileiro ou Sul-Americano, fato ocorrido nas gestões do Vasco em que estiveram à frente do clube seus adversários políticos deste século.

Não citaram que de cadeira de rodas e tudo, Eurico ainda ia buscar verba junto a entidades para ajudar o Vasco, ao longo de 2018.

Não citaram as ajudas que Eurico deu a muitos clubes, incluindo os principais rivais, mas citaram um pedido dele a Eduardo Viana, presidente da FERJ, de que as cotas do Campeonato Carioca de 2001 (em reunião realizada a 13/02 daquele ano) fossem divididas proporcionalmente com o Vasco incluído, porque a Globo se recusava a pagar o que o Vasco entendia ser seu por direito (o tempo comprovou que, de fato, era), tratando-se a questão por jornais da época como uma “vaquinha”, ou algo do gênero, sem ter sido citado no documentário as razões pelas quais Flamengo e Botafogo justificavam não aceitar aquilo (grave crise financeira, dito pelo Flamengo e estado de humilhação pública, dito pelo Botafogo, por não cumprimento de obrigações básicas por parte do próprio alvinegro). Vale lembrar que 11 meses depois, o Fla-Barra virou Vasco-Barra, após calote rubro-negro dado ao dono do local e consequente despejo em julho de 2000. Em janeiro de 2002 o espaço passou a ser alugado e utilizado pelo Vasco. Anos mais tarde, na gestão de Roberto Dinamite no Vasco, o clube foi despejado do local por não pagamento do acordado e cumprido até o fim da gestão de Eurico Miranda, em junho de 2008.

Não citaram que Eurico Miranda é o dirigente com maior número de títulos oficiais conquistados em toda a história do clube. Em 25 anos e meio como vice-presidente de futebol ou presidente do clube foram 18 campeonatos oficiais: uma Copa Libertadores, uma Copa Mercosul, três Campeonatos Brasileiros, dois Interestaduais (João Havelange de 1993 e Rio-São Paulo de 1999), nove Campeonatos Cariocas (1987, 1988, 1992, 1993, 1994, 1998, 2003, 2015, 2016) e duas Copas Rio (1992/1993). Além disso, 20 conquistas de taças (turnos): Taça Guanabara (1986, 1987, 1990, 1992, 1994, 1998, 2000, 2003, 2016), Taça Rio (1988, 1992, 1993, 1998, 1999, 2001, 2003, 2004, 2017), Terceiro Turno (1988 e 1997). Fora isso, o Vasco ainda obteve, com ele à frente do futebol, 11 títulos internacionais, dois interestaduais e um estadual, totalizando 52 títulos. Não bastasse tudo que foi exposto, ainda fez reconhecer, como já dito antes, o título Sul-Americano Invicto de 1948, 48 anos depois, colocando o emblemático Expresso da Vitória como primeiro Campeão Sul-Americano oficial do continente.

Sérgio Frias

Centenário Vivo

Rui Soares Proença de Sousa nasceu em Portugal no dia 07/06/1922 e por lá teve gosto por esportes, como o ciclismo, segundo contava. Era um espectador frequente das grandes provas esportivas disputadas naqueles tempos.

Chegando ao Brasil, com 18 anos, em 14/02/1941 teve quase que imediata ligação com o Club de Regatas Vasco da Gama.

Sob a matrícula 11.292 tornou-se sócio do clube em 05/10/1945, depois viria a ser Sócio Proprietário em 06/09/1948, tornando-se sócio Emérito em 11/01/1973, Benemérito em 01/10/1976 e pouco tempo depois Grande Benemérito do clube.

Assumiu a diretoria do Departamento Infanto-Juvenil do clube em 1964 e foi elevado ao posto de Assessor da Presidência para assuntos Luso-Brasileiros no triênio 1971/1973, obtendo muitos anos mais tarde a função de Assesssor Especial da Presidência em 2001.

Em todo o tempo no qual esteve no clube ou fora dele, dedicou-se de corpo e alma à instituição. Doou-se, doou tudo que pode ao Vasco, fazendo do clube quase um filho, que não cansava de presentear.

De minha parte, tinha naquele luso-brasileiro, de sotaque incorrigível e poucas mas contumazes palavras a imagem daquilo que uma criança queria ver ao observá-lo a cada gol do Vasco marcado tomando atitudes que teoricamente os adultos não poderiam se atrever a nos mostrar. Subia e descia escadas, subia nas cadeiras, até mesmo dançava com guarda-chuvas, quando o jogo trazia necessidade de levarmos o utensílio ao estádio. O gol do Vasco era uma verdadeira festa para ele.

Por empatia meu pai foi se aproximando dele nos jogos do Maracanã, depois nos de São Januário e o via inflamar-se quando o assunto era algo feito em prejuízo do Vasco, fosse, em sua visão, vindo da arbitragem, da imprensa, ou de dentro do próprio clube.

Sr. Rui não admitia que se falasse mal de jogador algum do Vasco. Vaiar, então, nem pensar. Para ele se lá estivesse um cabo de vassoura no gramado, com a camisa do Vasco, ele representava o clube e teria que ser apoiado.

Era também um fã de Roberto Dinamite. Certa vez, num jantar ocorrido na Sede Náutica da Lagoa, um vascaíno lá presente disse que jogador para ele não era Roberto e sim o fora Tostão, lembrando o incauto ter visto a estreia do craque contra o Flamengo no Maracanã, contando detalhes. Sr. Rui não teve freio e disse para que não repetisse mais uma bobagem como aquela. Roberto era isso, mais aquilo, mais aquilo outro e muito mais ainda. Não havia comparação e não havia como se fazer tal comparação.

Tantas vezes na social do Vasco calou inconformados com a atuação deste ou daquele jogador. Para ele quem não estava bem tinha que ser mais apoiado ainda para melhorar (embora discordasse que algum jogador do Vasco estivesse mal, por princípio).

Uma figura única, que ao viajar de férias pelo Brasil levava centenas de brindes para dar a vascaínos nos mais variados cantos do país. Não havia limite para ele no enaltecimento ao Vasco.

Quantos sócios do Vasco fez, quantos vascaínos fez, quantos trabalhos fez, quanto contribuiu para o Vasco? Um exemplo a ser seguido.

Nessa data, várias vezes comemorada pela feliz coincidência de também ser o aniversário de seu amigo Eurico Miranda (que hoje completaria 78 anos), há um emblema: o Vasco, de verdade, está vivo, uma vez que o Sr. Rui Proença vive, com a fundamental ajuda e presença de sua esposa Luiza, que o faz assim permanecer, cuidando com o maior carinho do mundo dessa joia verdadeiramente vascaína.

Parabéns, Sr. Rui Proença, saudações vascaínas hoje, amanhã e sempre. Um grande Casaca! para o senhor.

Sérgio Frias

Da resposta para a história

O Vasco não deixará de acolher, defender e propugnar em defesa de 12 de seus atletas, sócios do clube, independentemente de a elite futebolística querer o contrário.

O Vasco veio do nada, perdeu praticamente tudo com apenas um ano de vida e resistiu, independentemente de que quem deixava o clube na ocasião pouco se importasse com isso.

O Vasco é o clube do povo, independentemente de desejarem eleger outro no lugar ao longo da história.

O Vasco construiu São Januário, independentemente das dificuldades experimentadas, inclusive por decisões do Poder Público à época.

O Vasco impedirá Ari Barroso ou qualquer outro da imprensa que use do poder de um microfone para aviltar o clube de graça, independentemente do corporativismo reinante no setor.

O Vasco será o clube que jogará eternamente nos campos, nas quadras, nas águas para ganhar, independentemente de a eventual vitória servir apenas a terceiros interessados.

O Vasco será o clube mais acessível para que sua torcida adentre nele e se torne sócia dele, independentemente dos preços praticados para isso por outros coirmãos.

O Vasco é o pioneiro do Brasil em conquistas fora do território nacional, independentemente da descrença na conquista por tantos.

O Vasco, como clube de regatas que é, detém o recorde de títulos consecutivos no Remo (16), independentemente de rivais almejarem por mais de 60 anos igualar o feito.

O Vasco foi, de fato, Campeão Mundial de Basquete FIBA em 1999, Independentemente de ousarem tratar o vice-campeonato da competição, contra equipe da NBA, como fracasso.

O Vasco possui as maiores campanhas do amadorismo e profissionalismo do futebol carioca, independentemente das buscas dos adversários, antes e agora, por igualá-lo.

O Vasco detém as maiores goleadas dos clássicos estaduais que disputa há mais de 100 anos, independentemente das cores de seus adversários.

O Vasco é o único Super-Super Campeão do Rio de Janeiro, independentemente de por quatro vezes terem tentado tirar tal título na edição de 1958.

O Vasco tem na música e nos gramados seus reis, independentemente de príncipes torcerem por outros clubes.

O Vasco formou a maior delegação de um clube para Jogos Olímpicos, em 2000, independentemente da oposição contra ele e de inverdades reverberadas sobre o pós-projeto até hoje.

O Vasco, dentre os grandes, foi o primeiro clube a investir no esporte paralímpico, independentemente de qualquer vislumbre de retorno financeiro.

O Vasco, dentre os grandes, foi o primeiro clube a dar espaço ao futebol feminino, independentemente de preconceitos da sociedade à época.

O Vasco é o pioneiro, entre os grandes, na construção de uma escola dentro do clube, cumprindo sua função social, independentemente de palavras vazias ditas por rivais inertes.

O Vasco veio de baixo, caiu e se levantou várias vezes, independentemente de tais quedas terem sido convenientes a quem geria o clube ou a poderes influentes do futebol brasileiro.

O Vasco é o clube da resistência e da virada, independentemente de quem esteja eventualmente à frente dele ser adepto do entreguismo.

O Vasco é o clube do país com maior engajamento de torcida, portanto se um dia urubus do mercado quiserem comprá-lo, ela o fará antes, ficando apenas a carniça para outrem, afinal,

SOMOS INDEPENDENTES.

Sérgio Frias

Três anos depois

Passaram-se três anos de seu falecimento. Já estava ele fora da gestão há cerca de 14 meses.

A última vez em que o Vasco se classificou para a Taça Libertadores da América foi com ele. O MUV, versão amarela, dizia nas redes que isso era mole. Pois é. Passaram-se cinco anos, desde a classificação de 2017 e o Vasco se encontra fazendo segunda época na Série B.

O último título de Campeão Carioca invicto foi com ele, aliás o penúltimo também foi.

O último Bicampeonato Carioca foi com ele, aliás o penúltimo e o antepenúltimo também foram.

O único Tricampeonato Carioca foi com ele.

Das 13 Taças Guanabaras conquistadas pelo Vasco em sua história, desde 1965, nove foram com ele.

Em 36 Taças Rio (disputa do 1º lugar) ocorridas, o Vasco conquistou dez (é o recordista). Delas, com ele, foram nove.

Dos quatro Campeonatos Brasileiros conquistados pelo Vasco, três foram com ele.

Dos quatro Torneios Interestaduais oficiais conquistados pelo Vasco (1958, 1966, 1993 e 1999), dois foram com ele.

A primeira final de uma Copa do Brasil disputada pelo Vasco foi com ele, a de um Mundial de Clubes oficial (em 2000), também.

A maior virada em decisões da história do futebol mundial, em todos os tempos, foi obtida pelo Vasco, com ele, no ano de 2000. Todos sabem de que jogo estamos falando.

O Campeonato Carioca que o Vasco moralmente tinha que ganhar (o de 1998) foi com ele. E em sua função o gol do título, marcado por Mauro Galvão, pôde existir, pois a pressão em Bangu era para que o jogo terminasse, após o fim do tempo regulamentar, pela falta de luz no estádio.

Se o Vasco hoje é bicampeão Sul-Americano e se tem na conta um dos títulos conquistados de forma invicta, isso ocorre por sua luta e de um dos seus filhos, hoje professor doutor em história, para que tal reconhecimento fosse obtido em 1996.

No comando do clube, ou do futebol do clube, foram 25 anos e meio.

Se o Vasco teve a oportunidade de durante três anos crescer esportivamente sem comprometer ativo nenhum seu em garantia, sem ter que dar um milímetro de seu patrimônio ou ceder qualquer atleta em função de acordo, isto ocorreu porque ele conseguiu o contrato de parceria com o Nations Bank.

Mas entrar dinheiro não significa conquistar títulos. Outras parcerias foram firmadas com Flamengo, Grêmio, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Bahia e Vitória. Campeonato Brasileiro e Libertadores (juntos) só mesmo o Vasco conquistou naquele período.

E sabemos como o Vasco não se deixou ludibriar, buscou seus direitos, evocou outros, abriu espaços, se necessário à fórceps, brigou com os poderes midiáticos vigentes à época, em vários casos, para trazer, com tudo isso somado, Campeonato Brasileiro de 1997, Campeonato Carioca de 1998 (ano do centenário), Taça Libertadores de 1998, Torneio Rio-São Paulo de 1999, Copa Mercosul de 2000 e Campeonato Brasileiro de 2000, conquistado em 2001, após luta individual sua para que não nos tomassem na canetada.

Antes, houve outras tentativas para frear a busca do Vasco por outros campeonatos, entre eles o Brasileiro de 1989, houve a imposição do clube em atuar todos os clássicos em São Januário no Campeonato Carioca Invicto, conquistado em 1992, a guerra nos bastidores contra o Fluminense no Campeonato Carioca de 1993, a inversão de tabela no único tricampeonato conquistado pelo Vasco em sua história, em 1994.

Para que tais conquistas surgissem (52) ele, logo ao assumir a vice-presidência de futebol, além de manter Geovani (fora dos planos de Calçada e da comissão técnica em 1986) e Roberto Dinamite, que pretendia não mais ficar no clube caso não recebesse o que era devido (algo dito no início do mesmo ano), buscou vários atletas que conquistariam títulos pelo Vasco e em 2017 levaram o clube a disputar sua última Taça Libertadores, já com outra gestão, no ano seguinte:

Henrique, Vivinho, Luís Carlos Martins, Dunga, Tita, Célio Silva, Zé do Carmo, Cocada, Marco Aurélio, Luís Carlos Winck, Quiñonez, Andrade, Boiadeiro, Bebeto, Tato, Jorge Luís, Luisinho, Eduardo, Geovani (de volta em 1991, após venda para o futebol europeu em 1989), Torres, Roberto Dinamite (de volta em 1992 para encerrar de forma vitoriosa sua carreira no Vasco), Carlos Alberto Dias, Dener, Ricardo Rocha, Juninho Pernambucano, Leonardo, Ramon Menezes, Edmundo, Válber, Odvan, Mauro Galvão, Evair, Sorato, Donizete, Luizão, Vágner, Zé Maria, Guilherme, Alex Oliveira, Paulo Miranda, Gilberto, Viola, Amaral, Romário, Jorginho, Júnior Baiano, Clébson, Fábio, Euller, Juninho Paulista, Jorginho Paulista, Léo Lima, Souza, Petkovic, Valdir, Russo, Marcelinho Carioca, Marques, Beto, Madson, Gilberto, Júlio César, Riascos, Andrezinho, Jorge Henrique, Nenê, Yago Pikachu, Breno, Wagner, Luís Fabiano, Anderson Martins, entre outros.

A aposta sistemática na base vascaína, com profissionais imbuídos do objetivo de apresentar material humano de qualidade e bem observados por quem do clube observava, e muito bem, futebol, trouxe importante participação de vários nomes: William, Bismarck, França, Sorato, Sidney, Cássio, Luciano, Carlos Germano, Júnior, Tinho, Valdir, Pimentel, Leandro Ávila, Jardel, Márcio, Yan, Gian, Alex, Brener, Pedrinho, Felipe, Luís Cláudio, Henrique, Géder, Hélton, Wescley, Ygor, Morais, Souza, Alex Teixeira, Alan Kardec, Phillippe Coutinho, Allan, Douglas Luiz, Evander, Paulinho, entre outros.

Falamos aqui, hoje, apenas de conquistas do futebol profissional, mesmo sendo sabedores de que inúmeros outros esportes, com muito ou pouco dinheiro, deram ao Vasco títulos, com a participação dele na diretoria administrativa (desde 1992) e como presidente do clube no século XXI. Não citaremos também os títulos da base, as melhorias patrimoniais, compra de patrimônio, manutenção e conservação dele, profissionais que tiveram escola no Vasco (acadêmica, inclusive) para brilhar nacional e internacionalmente e crescerem como cidadãos, respeito ao Vasco (exigido), em qualquer entidade dirigente do desporto nacional, bem como em qualquer roda de negociações que sem o Vasco, representado por ele, levaram a prática das tratativas normalmente ao fracasso (vide liga barbante do trio Fla/Flu e Bota dos anos 90, I Liga, com a dupla Fla/Flu como partícipe, entre outros tiros n`água, como por exemplo aquele que desencadeou no fim do Clube dos Treze, ocorrido quando ele não administrava o Vasco).

Importante deixar registrado para o público que no século XXI, quando a dívida global do Vasco saiu de aproximadamente 150 milhões de reais (janeiro de 2001) para cerca de 800 milhões de reais, mais de 600 milhões do aumento dela pertence às administrações opositoras a dele neste século e que no século XXI ele geriu o clube durante dez anos e meio, enquanto seus adversários geriram o Vasco (até aqui) por dez anos e nove meses.

Cabe-nos, ainda, lembrar algumas estatísticas e dados básicos do Vasco, com ele e sem ele, no século XXI.

Último clube carioca Campeão Brasileiro, com Eurico Miranda na direção do Vasco (2001 a junho de 2008, dezembro de 2014 a 15/01/2018) – VASCO

Último clube carioca Campeão Sul-Americano, com Eurico Miranda na direção do Vasco (2001 a junho de 2008, dezembro de 2014 a 15/01/2018) – VASCO

Último clube carioca Campeão da Taça Libertadores, com Eurico Miranda na direção do Vasco (2001 a junho de 2008, dezembro de 2014 a 15/01/2018) – VASCO

Único clube carioca finalista de Campeonato Mundial Oficial com Eurico Miranda na direção do Vasco (2001 a junho de 2008, dezembro de 2014 a 15/01/2018) – VASCO

Confrontos do Vasco contra seus três principais rivais históricos no século:
Vasco x Botafogo

Com ele: Vasco 12 x 07 Botafogo
Sem ele: Vasco 12 x 19 Botafogo

——–

Vasco x Flamengo
Com ele: Vasco 19 x 16 Flamengo
Sem ele: Vasco 04 x 19 Flamengo

——

Vasco x Fluminense
Com ele: Vasco 15 x 08 Fluminense
Sem ele: Vasco 14 x 06 Fluminense

——

Número de taças oficiais (1º lugar e 1ª divisão) conquistadas com ele:
2001 – Campeonato Brasileiro (referente à competição do ano anterior)
2001 – Taça Rio (1º lugar)
2003 – Taça Guanabara
2003 – Taça Rio (1º lugar)
2003 – Campeonato Carioca
2004 – Taça Rio (1º lugar)
2015 – Campeonato Carioca
2016 – Taça Guanabara
2016 – Campeonato Carioca (INVICTO)
2017 – Taça Rio (1º lugar)
TOTAL: 10

Número de taças oficiais (1º lugar e 1ª divisão) conquistadas pelo Vasco no século XXI, sem ele:
2011 – Copa do Brasil
2019 – Taça Guanabara
TOTAL: 02

Temos como última comparação, e definitiva para qualquer dúvida deixar de subsistir:

Vinte e cinco anos e meio de Vasco com ele:

Vasco: 16 títulos oficiais desde Campeonatos Cariocas.
(1987, 1988, 1989, 1992, 1993, 1993, 1994, 1997, 1998, 1998, 1999, 2000, 2000, 2003, 2015, 2016)

Vinte cinco anos e meio de Vasco sem ele (primeiro trimestre de 1971 para cá):

Vasco: 04 títulos oficiais, desde Campeonatos Cariocas.
(1974, 1977, 1982, 2011)

Hoje, meu caro Eurico Miranda, querem vender o Vasco na xepa, conforme você anunciou há mais de dez anos que seria o plano deles. Como você disse à época, em reunião aberta e repleta de gente numa dessas casas portuguesas, eles iriam diminuir tanto o Vasco que convenceriam o público de que não haveria outro jeito. Você tinha inteira razão.

Nós estivemos sempre atentos, sabemos que jeito há, sabemos que soluções existem, sempre soubemos que a história mal contada do Vasco favorece a quem quer manchá-la, mas acreditamos, também, que atropelos e sofreguidão por se conseguir o que pretendem pode levá-los, em definitivo, ao fim de sua jornada. Se isso ocorrer, dar-se-á a morte do MUV (que não se confunde com quem fez ou não fez parte do movimento e sim com o espírito do movimento) e um novo tempo no Vasco, no qual a Turma do Ódio, do despeito e da inveja poderá abrir espaço para quem venha tratar nosso clube com a grandeza que ele possui, fazendo-o ser respeitado, temido (se necessário) e vencedor, como é a sua sina.

Sérgio Frias

Cobrança aos incompetentes é o único sim deste momento

O Casaca! participará da manifestação contra a SAF no próximo sábado, de 09 às 13 horas, em frente à fachada histórica da sede de São Januário.

É preciso ficar claro que qualquer modelo de solução para problemas do clube, criados neste caso, pelos que estão lá e lá estiveram desde julho de 2008 (com a exceção de 2015 a 2017, período no qual a dívida diminuiu e o Vasco mostrou quem manda no Rio, em número de vitórias, taças e campeonatos conquistados no período), quando se iniciou a desgraça do MUV no Vasco, pode e deve ser pensado, debatido, falando-se com honestidade ao público a respeito para que um debate amplo possa se dar sobre o tema em voga.

Alternativas para a situação atual do Vasco existem várias, caso contrário não teríamos dentro das cinco chapas que disputaram a eleição estatutária do clube, realizada há quase 16 meses, presencialmente, em São Januário, opções das mais diversas, nenhuma delas sugerindo a venda do futebol e o controle dele dado a terceiros, para sempre.

A SAF interessa a alguns, por razões inconfessáveis, fora, evidentemente, quem compra e deseja hoje reforçar o Genoa, às custas da base do Vasco, emprestando 12,2 milhões de euros para obter à sua escolha, num cardápio, quatro atletas de nossa base.

A tentativa de desesperançar e depois uma nova de idiotizar a torcida do Vasco, tudo isso faz parte de um plano maquiavélico, no qual quanto mais o clube vier a perder no futebol, melhor para quem quer vendê-lo na xepa.

Não há problema algum de durante um processo eleitoral próximo candidatos virem a se manifestar com a solução da SAF no modelo apresentado recentemente (sem autorização) pelo presidente do Vasco hoje, como a única coisa cabível para o clube. Ele próprio pode tentar a reeleição com o discurso.

Veremos, então, o que o quadro social decidirá, porque o modelo continuará à disposição e já se saberá quem deu com os burros na água e a razão disso.

O Vasco tem de subir para a primeira divisão (obrigação), utilizar os 70 milhões de empréstimo previstos no orçamento para cumpri-lo e alcançar os objetivos ditos na oportunidade, que tinham, apesar da mediocridade deles, como sustentáculo a subida de divisão.

Diante disso, não se deve pedir ou solicitar, mas sim exigir contratações que façam reforçar o time para, de fato, torná-lo competitivo num nível aceitável.

Além disso, que mesmo sem reforços, ainda, no confronto deste fim de semana pelo Campeonato Carioca o Vasco se porte como Vasco e vença aquele que, excluindo o período do MUV no clube, neste século, é nosso freguês de caderno, sem ter ganho tanto ele como qualquer outro, depois de nós, Campeonato Brasileiro ou Sul-Americano, claro, que sem o MUV “gerindo” o Vasco.

Se a direção do clube não banca obter o dito acima com 70 milhões na mão e o “melhor quadro dirigente do Brasil”, então que larguem o Vasco e arrumem o que fazer, longe do clube.

Que sejam bem recebidos na Gávea e implantem com o funcionário rubro-negro, Luis Mello, a SAF na Gávea, o mais rápido possível. Só não sabemos se contarão com o apoio efusivo de veículos de mídia que tradicionalmente os protegem.

Sérgio Frias

O sequestro e suas consequências

Há um ano o Casaca! disputou um pleito estatutário, direto e com mais 3.600 associados participando dele. Perdeu e reconheceu a derrota. Simples.

No pleito estatutário ocorrido no clube venceu o candidato Luiz Roberto Leven Siano em todas as urnas, com a exceção daquela que, coincidentemente, estava sub-júdice.

Tudo o que se fez, de forma desavergonhada, suja, pela chapa bicolor, cuspindo na cara do quadro social, uma vez descumprindo o que manda o estatuto no pleito, fumando-o e deixando que na Justiça fosse o clube “sequestrado”, induzindo-a a erro, nada mais é do que o resumo daquilo que são, daquilo que foram a vida toda no Vasco, com raríssimas exceções.

Essa turma, que atochou no Vasco mais de 600 milhões de reais da dívida atual, de um clube que em janeiro de 2001 devia aproximadamente 150 milhões de reais, que é freguês do Botafogo, algo só vivido pelo Vasco nos anos 1960, que conseguiu a proeza de nesses dez anos e meio não vencer o Flamengo uma única vez em Campeonatos Brasileiros, que tem amplo, claro e irrestrito apoio dos poderes midiáticos vigentes, desde julho de 2008, para rebaixar o Vasco em todos os sentidos e produzir justificativas ridículas, risíveis e que apenas desonestos, mau caráteres, vagabundos, vigaristas, pilantras e um ou outro ingênuo, que vive no mundo da lua, conseguem engolir.

Com vocês não há fundo do poço previsto, porque o fundo do poço demanda um limite de incompetência, incapacidade, descomprometimento, desídia, que no caso da chapa bicolor permanece sendo uma interrogação. Desde o MUV vocês rebaixaram o Vasco quatro vezes e isso em apenas dez anos e meio de gestão. E quanto aos apoiadores? Esses que reverberam as mentiras que são contadas nas mídias sociais? São tão ou mais desonestos, nas atitudes, que os contadores de mentiras, embora, também, contem as suas. Quanto mais mentem, mais os fatos esfregam-lhes na cara o carimbo, selo, tatuagem do que são e do papel imundo que se disponibilizam a executar.

A forma de arrancar-lhes do poder, visto que possuem ampla proteção da mídia e convenceram o Judiciário carioca de que são santos, se dá com apenas uma medida: associação em massa.

Torçam para que a contrainformação que passam nas mídias sociais de que isso não adianta nada, na Justiça os bicolores vão arrumar um jeito de ganhar, etc… suste tal movimento.

Se o movimento de associação em massa vier a ocorrer vocês sairão, claro, mas quando o Vasco no futuro lembrar de roxo e amarelo se recordará que a cor Tabajara simbolizou a destruição do clube, o que de mais podre ficou do MUV e os fatos, os números, para além das mentiras que contam até hoje vão prevalecer, sem que deixemos de nos recordar quantas mentiras contaram e quantas distorções fizeram, única e exclusivamente pela sede do poder, por projeto de poder, sem que a instituição Club de Regatas Vasco da Gama tivesse ao longo desses dez anos e meio neste século qualquer importância, ou relevância.

Sérgio Frias

Adversários por 23 anos

Desde 1997 em rigorosamente todas as eleições realizadas em São Januário nos posicionamos em chapas diferentes. O Casaca! da mesma forma.

Muito é dito na política do Vasco sobre pessoas, mas pouco se conhece delas.

Todo o quadro social conhece bem hoje o grupo bicolor, cínico ou sonso, falsamente austero, pequeno em atitudes, que resolveu “decapitar” antigos companheiros de luta, quando esses saíram da linha movediça na qual se encontra atolado o MUV, desde que assumiu o Vasco em 2008, contando 10 anos de poder, com uma lacuna, na qual o clube reduziu sua dívida, ganhou mais títulos e taças e venceu mais vezes seus adversários diretos do Rio de Janeiro, reconstruiu patrimônio, pagou em dia em aproximadamente 90% da totalidade do período, obteve certidões positivas com efeito de negativas no mesmo percentual de tempo, reavivou Basquete, Remo, sua base e sua relevância institucional, tendo sido deixado na Taça Libertadores da América em 2018.

Por outro lado, digo, com tranquilidade, que o quadro social conhece outros atores políticos aparentemente muito, em função das massificações falsas de discursos pré-formatados e engolidos com a mesma tranquilidade que o Vasco engole hoje a situação de distanciamento em relação ao principal rival e se deixa enganar (ainda alguns poucos e muitos robôs) com os mais descabidos discursos.

Um tiro no pé político se dá quando se faz o que se fez na sexta-feira última, mas a imaturidade política leva a isso. Não vamos nos ater às justificativas de quem não as tem para qualquer punição e se vê obrigado a usar de pirotecnia para se justificar. Mas quem já fumou o estatuto para golpeá-lo, convenhamos, tem desculpa para tudo.

A imaturidade política, voltando, encontra-se alicerçada às questões pessoais e infantis, que, pondo o Vasco em plano secundário, dão vazão ao absurdo cometido contra dois conselheiros natos do clube, infringindo preceitos, inclusive, constitucionais, que tangenciam o contraditório e a ampla defesa para criar um gozo político de decidir algo que satisfaz às pequenezas de muitos, ou ao desconhecimento frontal do estatuto e do modus operandi por décadas do Vasco de outros.

Vale ressaltar para quem desconhece, que na gestão última, em outubro de 2020 (meses depois dos fins dos trabalhos da Junta Deliberativa), alegou o clube na ação 0176177-1-2020.8.19.001, proposta por dois associados (os quais obtiveram êxito no pedido) e distribuída à 27ª Vara Cível, que sócios gerais com três meses de inadimplência (na verdade mais de três meses pelo estatuto) são eliminados do quadro social, cabendo-lhes carência para voltar e possibilidade disso a partir de anuência do Conselho de Beneméritos (art. 43 caput e seu parágrafo único). O fato foi devidamente registrado por mim na reunião da última sexta-feira, em questão de ordem levantada na ocasião.

A questão aqui não é a probabilíssima reversão disso na Justiça, mas sim o ganho de tempo sem alguns opositores ferrenhos da gestão nela, tempo no qual não se tem dois votos contra o atual estado de coisas no Vasco.

Roberto Monteiro Soares foi adversário político meu e nosso (Casaca!), junto ao grupo que lidera (Identidade Vasco), durante anos a fio, mas na eleição de 2014, sob minha desconfiança prévia, o vi comportar-se como um digno representante do Vasco na qualidade de presidente da mesa. Mas não por conveniência, pois sua chapa era candidata à eleição e terminaria em terceiro lugar. Nada foi feito por ele no intuito de melar ou tumultuar o processo. Já sabendo do resultado preocupou-se o magistrado daquela eleição em elaborar a ata com todos os cuidados, a fim de que nenhum vagabundo fosse à Justiça questionar o resultado lídimo daquele pleito, o qual, repito, só lhe desfavoreceu, bem como desfavoreceu seu grupo, quanto ao numerário de votos.

Os anos passaram e, na minha cabeça, aquilo não foi menor.

Veio a eleição de 2017 e novamente em chapas distintas fomos para a disputa de votos em São Januário. Houve um racha da chapa vencedora e dali saíram, para o segundo turno, dois péssimos candidatos, na minha visão, para gerir o Vasco. O menos péssimo venceu e ambos acabaram abraçados no golpe dado contra o Vasco em novembro último, após o primeiro salvar o segundo de sindicâncias, junto com o grupo bicolor, apesar de um suposto regurgitar inicial de seus adeptos, ditos amarelos, logo após a derrota mais infantil de um candidato a presidente na história do Vasco, em janeiro de 2018.

Depois disso, eu, finalmente, tive uma conversa com Roberto Monteiro e depois muitas outras. Não concordo com tudo o que ele acha e ele não concorda com tudo do que eu entendo, discordo de algumas coisas que ele entende e ele discorda de algumas coisas que eu acho. E assim nos entendemos nos últimos três anos e tanto, respeitando a posição alheia e convergindo no que há para convergir.

Mais uma vez em 2020 seguimos caminhos diferentes nas eleições, mas fomos, ambos, institucionais no pleito. Na hora de os homens se mostrarem homens e dos covardes se mostrarem crianças imaturas.

O conteúdo de tudo, de lá para cá, já está devidamente sedimentado na cabeça dos vascaínos. Em esmagadora maioria, apesar do silêncio ensurdecedor da mídia convencional, num posicionamento meramente protocolar, indigno de sua força, diante do estapafúrdio que se viu e se vê no clube.

Meu lamento profundo pelo cometido contra Roberto Monteiro Soares e Edmilson José Valentim dos Santos (não menos injustiçado), coincidentemente pertencentes a um mesmo grupo, composto, embora adversário, por nomes outros de relevo e que terão por parte do Casaca! todo o apoio para o que for necessário, a fim de que esse mal ao Vasco, por extensão, não perdure por muito tempo.

Finalmente, ao Roberto Monteiro:

Aquilo que teu pai te deu, vagabundo nenhum vai tomar.

O tempo é o senhor da razão.

Sérgio Frias

O Vasco tem história e não há como distorcê-la ou apagá-la

A lamentável atitude da FERJ de usar a mesma nomenclatura de uma taça que valeu turnos por anos a fio para presentear o 5º colocado do Campeonato Estadual (com anuência ou silêncio do Vasco no arbitral que definiu essa bizarrice) pode ter trazido uma distorção, mas não vai apagar a supremacia do Vasco no 2º Turno do Campeonato Carioca, independentemente do nome que foi dado a ele através dos anos, o que ocorre, também, historicamente, quanto aos vencedores do 3º turno do Campeonato Carioca nas 10 vezes em que foi realizado, entre 1973 e 1997.

Abaixo os vencedores de turno, ano após ano, lembrando que a Taça Guanabara de 1980 foi um campeonato à parte do Campeonato Carioca, assim como a disputa dela entre os anos de 1965 a 1971.

Fora isso, o maior vencedor de Copas Rio, em competições disputadas pelos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, é o Vasco, com duas conquistas, o maior vencedor de Torneios Municipais é o Vasco, com quatro conquistas consecutivas (1944, 1945, 1946, 1947), o maior vencedor de Torneios Início é o Vasco, com 10 conquistas (1926, 1929, 1930, 1931, 1932, 1942, 1944, 1945, 1948, 1958) e o maior vencedor de Torneios Extras Cariocas é o Vasco, com 4 conquistas (1944, 1946, 1973, 1990).

Além disso, desde que o Vasco disputa o Campeonato Carioca, o maior vencedor de títulos cariocas invictos é o próprio Vasco (1924, 1945, 1947, 1949, 1992, 2016), com seis, a maior campanha do Campeonato Carioca na história do amadorismo é do Vasco (1924), a maior campanha da história do profissionalismo é do Vasco (1949), o melhor saldo de gols de um clube em um Campeonato Carioca foi obtido pelo Vasco (1977).

Desde 1972 os turnos foram implementados no Campeonato Carioca.

Abaixo a performance dos clubes cariocas ao longo desse período e uma curiosa estatística, considerando administrações:

Performance dos clubes cariocas:

Conquistas de turnos:

1972
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Fluminense
3º Turno – Vasco
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1973
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Fluminense
3º Turno – Vasco e Fluminense
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1974
1º Turno – América
2º Turno – Vasco
3º Turno – Flamengo
——

1975
1º Turno – Fluminense
2º Turno – Botafogo
3º Turno – Vasco
——-

1976
1º Turno – Vasco
2º Turno – Botafogo
3º Turno – Fluminense
——

1977
1º Turno – Vasco
2º Turno – Vasco
——-

1978
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Flamengo
——

1979 Especial
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Flamengo
——–

1979
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Flamengo
3º Turno – Flamengo
——

1980
1º Turno – Fluminense
2º Turno – Vasco
——

1981
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Vasco
3º Turno – Flamengo
——-

1982
1º Turno – Flamengo
2º Turno – América
——

1983
1º Turno – Fluminense
2º Turno – Flamengo
——

1984
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Vasco
——

1985
1º Turno – Fluminense
2º Turno – Flamengo
——

1986
1º Turno – Vasco
2º Turno – Flamengo
——-

1987
1º Turno – Vasco
2º Turno – Bangu
3º Turno – Flamengo
——

1988
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Vasco
3º Turno – Vasco
——

1989
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Botafogo
——-

1990
1º Turno – Vasco
2º Turno – Fluminense
——

1991
1º Turno – Fluminense
2º Turno – Flamengo
——

1992
1º Turno – Vasco
2º Turno – Vasco
——

1993
1º Turno – Fluminense
2º Turno – Vasco
——-

1994
1º Turno – Vasco
——-

1995
1º Turno – Flamengo
—–

1996
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Flamengo
—–

1997
1º Turno – Botafogo
2º Turno – Botafogo
3º Turno – Vasco
——

1998
1º Turno – Vasco
2º Turno – Vasco
——

1999
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Vasco
—–

2000
1º Turno – Vasco
2º Turno – Flamengo
——

2001
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Vasco
——

2002
1º Turno – Americano
2º Turno – Americano
——

2003
1º Turno – Vasco
2º Turno – Vasco
——

2004
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Vasco
——

2005
1º Turno – Volta Redonda
2º Turno – Fluminense
——

2006
1º Turno – Botafogo
2º Turno – Madureira
———-

2007
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Botafogo
——

2008
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Botafogo
——

2009
1º Turno – Botafogo
2º Turno – Flamengo
—–

2010
1º Turno – Botafogo
2º Turno – Botafogo
—–

2011
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Flamengo
—–

2012
1º Turno – Fluminense
2º Turno – Botafogo
—–

2013
1º Turno – Botafogo
2º Turno – Botafogo
——

2014
1º Turno – Flamengo
——

2015
1º Turno – Botafogo
——

2016
1º Turno – Vasco
——

2017
1º Turno – Fluminense
2º Turno – Vasco
——

2018
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Fluminense
——

2019
1º Turno – Vasco
2º Turno – Flamengo
——

2020
1º Turno – Flamengo
2º Turno – Fluminense
——–

2021
1º Turno – Flamengo
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GERAL:

1º Turno –

Flamengo – 22
Vasco – 12
Fluminense – 8
Botafogo – 6
América – 1
Americano – 1
Volta Redonda – 1
——

2º Turno
Vasco – 14
Flamengo – 12
Botafogo – 9
Fluminense – 6
América – 1
Bangu – 1
Americano – 1
Madureira – 1
——

3º Turno
Vasco – 5
Flamengo – 4
Fluminense – 2
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Período sem o MUV – (Agathyrno da Silva Gomes, Alberto Pires Ribeiro, Antônio Soares Calçada, Eurico Miranda)

Soma dos Turnos:

Vasco – 30
Flamengo – 30
Fluminense – 13
Botafogo – 9
América – 2
Americano – 2
Bangu – 1
Volta Redonda – 1
Madureira – 1
—–

Período do MUV (Roberto Dinamite, Alexandre Campello, Jorge Salgado)

Soma dos turnos:

Flamengo – 8
Botafogo – 6
Fluminense – 3
Vasco – 1
——

Turno por Turno

1º Turno
Flamengo – 5
Botafogo – 4
Fluminense – 1
Vasco – 1
——-

2º Turno
Flamengo – 3
Botafogo – 2
Fluminense – 2
Vasco – 0
—–

TOTAL:
Flamengo – 8
Botafogo – 6
Fluminense – 3
Vasco – 1
——

Disputa direta entre Vasco x Flamengo

Títulos de turnos:

Agathyrno da Silva Gomes – 7 x 10
Alberto Pires Ribeiro – 2 x 3
Antônio Soares Calçada s/ Eurico Miranda – 1 x 3
Antônio Soares Calçada c/ Eurico Miranda – 14 x 10
Eurico Miranda – 6 x 4
MUV (Roberto Dinamite, Alexandre Campello, Jorge Salgado) – 1 x 8
———

Século XXI

Campeonato Carioca

Para os defensores de que o Campeonato Carioca é “carioquinha” ou outros termos afins, vejamos neste século os títulos obtidos de Campeonatos Cariocas por todos os clubes cariocas, dentro do modelo MUV de desvalorização de Campeonato Carioca e quando o Vasco foi gerido por Eurico Miranda.

Século XXI

Vasco com Eurico Miranda

Campeonatos Cariocas

Flamengo – 5 títulos
Vasco – 3 títulos
Fluminense – 2 títulos
Botafogo – 1 título
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Vasco com o MUV

Flamengo – 6 títulos
Botafogo – 3 títulos
Fluminense – 1 título
——–

Se o Campeonato Carioca é tão fraco, tão simples de ganhar, nada justifica a estatística do Vasco neste século, quando gerido pelos apoiadores dessa luminar conclusão.

Sérgio Frias

Resposta a uma das milhares de distorções expostas na rede sobre o Vasco deste século

Comentário feito por um internauta, Odilon Silva, no site Netvasco, matéria “Sérgio Frias participou de live do Canal Alexandre Laureano Melo Xandymenor; veja vídeo”

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FORA EURIQUISMO.. FORA CASACA….. QUATRO MANDATOS DO EURIQUISMO COMO PRESIDENTE ,JAMAIS BRILHAMOS NUMA COMPETIÇÃO NACIONAL OU INTERNACIONAL….QUATRO MANDATOS DO EURIQUISMO COMO PRESIDENTE, JAMAIS TIVEMOS UM JOGADOR CONVOCADO PRA SELEÇÃO BRASILEIRA…. QUATRO MANDATOS DO EURIQUISMO COMO PRESIDENTE,JAMAIS TIVEMOS UM GRANDE PATROCINADOR…. QUATRO MANDATOS DO EURIQUISMO COMO PRESIDENTE,UM SEXTO LUGAR FOI MELHOR COLOCAÇÃO DO VASCO EM CAMPEONATO BRASILEIRO….. QUATRO MANDATOS DO EURIQUISMO COMO PRESIDENTE,SÓ GANHAMOS TRES ESTADUAIS….. QUATRO MANDATOS DO EURIQUISMO COMO PRESIDENTE,JAMAIS FIZEMOS UM CLÁSSICO INTERESTADUAL NO MARACANÃ PRA UM GRANDE PÚBLICO…. QUATRO MANDATOS DO EURIQUISMO COMO PRESIDENTE,O VASCO CAIU NOS RANKING DA CBF,CAIU NO RANKING DA CONMEBOL,CAIU NO RANKING DOS MAIORES PÚBLICOS DA HISTÓRIA DO FUTEBOL BRASILEIRO….. QUATRO MANDATOS DO EURIQUISMO COMO PRESIDENTE,O VASCO SE APEQUENOU,DEIXOU DE FIGURAR NA PRIMEIRA GRANDEZA DO FUTEBOL BRASILEIRO…. FORA CASACA…. FORA EURIQUISMO…..FORA TURMA DA CASCATA……. S.O.S. VASCO……….TAMOJUNTOVASCAO.
——-
Resposta:

1 – Eurico morreu e “euriquismo”, se é para caracterizá-lo, significa 52 títulos (37 oficiais) em 25 anos e meio do próprio na condição de Vice-Presidente de Futebol e/ou Presidente de fato e/ou de direito do clube, mais freguesia imposta a todos os grandes clubes do Rio de Janeiro (Botafogo, Flamengo e Fluminense), 28 taças de campeão, oficiais, conquistadas em 44 disputas diretas (decisões), mais títulos oficiais que qualquer outro clube carioca no respectivo período, apenas para falar de futebol profissional.

2 – O Casaca! defendeu e defende a concepção de Vasco, que levou ao descrito acima e que não era a realidade do Vasco durante 25 anos antes da chegada de Eurico Miranda ao clube na função preponderante exercida por ele, como, também, não foi nos 9 anos e meio que o clube esteve sem ele neste século.

Os resultados falam por si só. Neste século, sem ele, por exemplo, o Vasco é freguês de Flamengo e Botafogo e o quarto em conquistas entre os quatro, no período anterior citado (1960 a 1985), o Vasco foi freguês de Flamengo e Fluminense e o quarto em conquistas entre os quatro.

3 – O que se chama de euriquismo comandando o Vasco neste século trouxe ao clube, no período de 10 anos e meio, freguesia imposta aos três grandes clubes do Rio (Flamengo, Fluminense e Botafogo), o Vasco foi o 2º clube, entre os quatro, com mais conquistas, igualou o maior recorde de vitórias consecutivas na Taça Libertadores, junto ao Cruzeiro de 1976 (isso em 2001), bateu seu recorde de invencibilidade em jogos oficiais, 34 jogos, entre 2015 e 2016, superando as marcas de Atlético-MG, Flamengo, Internacional-RS e Palmeiras nesse quesito e tem igualado o recorde de Corinthians e Cruzeiro neste século, também no mesmo quesito.

O clube aplicou as maiores goleadas de sua história contra Botafogo e São Paulo, conquistou 9 títulos oficiais, nas decisões diretas de taça, ganhou 8 e perdeu 4 (ganhou, portanto, o dobro), pela 1ª vez em sua história, eliminou o Flamengo em mata-mata de 3 competições seguidas, sendo campeão em duas delas, pela 1ª vez conquistou um título carioca em decisão contra o Botafogo em toda a história, com direito a bis no ano seguinte.

O título Brasileiro e da Copa Mercosul de 2000 foram obtidos com ele, Eurico Miranda, já presidente eleito (fez na época as duas chapas vencedoras) e só houve o jogo, já em 2001 contra o São Caetano, porque ele se mexeu para tal e enfrentou o verdadeiro sistema, este abraçado pelo MUV e seus penduricalhos ao longo do século, por covardia e subserviência da sigla a ele.

4 – Além do título conquistado em janeiro de 2001, o Vasco chegou à final e semifinal da Copa do Brasil de 2006 e 2008, em 2006 foi o 6º colocado, a uma trave da Libertadores, e em 2017 o clube foi deixado na Taça Libertadores.

Vale destacar que em competição longa, no caso o Campeonato Brasileiro, curiosamente, houve em 2001 a perda de 10 pontos na balança dos erros de arbitragem, o que impediu ao Vasco se classificar para a fase de play-offs naquele ano, como ocorreu na temporada seguinte, em função de 5 pontos tomados (o Vasco ficaria com a vaga do Santos, Campeão Brasileiro naquele ano).

Desde o início dos pontos corridos, em 2003, os prejuízos na balança de arbitragem, ano a ano, demonstram que o sistema é pesado.

Em 2003 e 2004 foram 6 pontos tomados, em campanhas ruins feitas pelo Vasco, em 2005 foram 5, teria o Vasco ficado em 8º com o mesmo número de pontos do 6º (5 pontos tomados), em 2006 teria ficado em 4º, 1 ponto atrás do 3º (7 pontos tomados), em 2007 teria ficado em 9º, com a mesma pontuação do 8º (1 ponto apenas tomado), em 2008 o clube teria sido deixado em 6º, não em 9º, para o MUV assumir (3 pontos tomados), ocasião na qual o Vasco era dos cariocas o que menos havia frequentado a zona de rebaixamento na era dos pontos corridos e estava há 108 rodadas sem figurar no Z4.

No retorno de Eurico Miranda ao poder, o sistema pesado foi ainda mais pesado e tirou do Vasco, em 2015, 14 pontos. O clube ao invés de chegar em 8º acabaria a competição em 18º.

Caso o mesmo critério fosse aplicado ao Vasco ao longo dos outros anos, o clube teria caído 9 vezes em 17 oportunidades e naquele mesmo ano (2015), Flamengo, Fluminense (que somou apenas 14 pontos no returno e estava livre do rebaixamento na última rodada do campeonato), Cruzeiro e Palmeiras (Campeão da Copa do Brasil naquele ano) teriam caído caso sofressem o mesmo prejuízo de arbitragem experimentado pelo Vasco.

Finalmente, em 2017, com “apenas” a metade dos pontos tomados do Vasco, o clube terminaria o Campeonato Brasileiro em 3º lugar, empatado com o 2º colocado e não em 7º, classificado à Libertadores, como ficou.

Na Copa do Brasil não custa lembrar os garfos sofridos em 2003, contra o Cruzeiro (4ª de final), em São Januário, em 2008, contra o Sport (semifinal), em São Januário, e em 2016, contra o Santos (8ª de final), em São Januário.

5 – Como sabemos o Vasco teve convocados para a Seleção Brasileira Romário, Juninho Paulista, Euller, Fábio e Morais neste século, com Eurico Miranda no poder.

6 – Tivemos um grande patrocinador master, a CEF, obtido porque o Vasco teve certidões ao longo do período em que firmou os contratos (2015 a 2017), que trouxe ao clube, em 3 anos, uma média de 11,5 milhões de reais ano em patrocínio, valor três vezes maior que o da última gestão no clube, e, em 2017, proporcionalmente maior que o da Eletrobrás no contrato assinado entre maio e dezembro daquele ano.

Destaque-se, também, que o contrato com o Nations Bank, a maior parceria do Vasco no século passado, foi conseguido por ele e não por mais ninguém, quando era, então, Deputado Federal.

Não podemos nos esquecer que em 2015 o clube fechou pelo triplo do valor conseguido em 2020, as mangas da camisa com a Viton 44 e devemos salientar, ainda, que mesmo com o calote da LASA no início de 2018, ainda ficou por descumprimento contratual e espaço livre na camisa desde fevereiro daquele ano e 2,6 milhões a serem buscados via Justiça.

Mas devemos lembrar, fundamentalmente, das cotas de TV, já que o assunto é receita. Até 2011, contrato assinado por Eurico Miranda em 2008, o clube era partícipe do 1º grupo entre os recebedores de cotas de TV, sem ganhar um centavo a menos que qualquer um, em nível estadual e nacional, considerando todas as plataformas.

A grande distância vista em relação ao Flamengo, inclusive para quem critica a média de patrocínio obtida via CEF pelo Vasco, começa no ano de 2011, ocasião na qual um time foi montado sem ter como pagá-lo (salários sistematicamente atrasados) num momento de exceção, quanto à performance (duradoura até o meio de 2012, cerca de 15 meses no total) daquilo que foi a gestão MUV, com consequências vistas dois, três anos depois.

7 – Em 11 Campeonatos Estaduais o Vasco venceu três nesse período. Em 98 Campeonatos Cariocas ao longo de sua história o clube venceu 24. Basta fazer as contas para ver qual percentual é mais favorável.

Se formos comparar os últimos 50 anos do Vasco sem Eurico Miranda presente, desde Vice-Presidente de Futebol, foram 9 títulos obtidos.

Ou seja, a média obtida em 11 anos com ele Presidente do clube é superior à média histórica do Vasco na competição, como, também, é superior à média dos últimos 50 anos, nos quais tivemos 7 anos de Expresso da Vitória (dos 9 vividos pelo Vasco nesta condição) no meio da conta.

Evidencia-se que o torcedor em questão despreza uma média de conquistas superior à média do próprio clube.

Além disso, vale ressaltar que em 11 disputas o Vasco obteve um título carioca invicto, enquanto nos outros 87 anos obteve 5. Faça-se novamente as contas e teremos qual média é a melhor.

8 – O Vasco não jogou os grandes clássicos interestaduais no Maracanã neste século e sim em São Januário por opção, a mesma que fez em relação às conquistas da Taça Libertadores de 1998, da Copa Mercosul e do Campeonato Brasileiro entre 1998 e 2000 (exceto o jogo remarcado contra o São Caetano) e outro com o São Paulo, em 1999, com derrota e pequeno público, como por obrigação a Copa do Brasil de 2011.

Os grandes clássicos interestaduais deste século disputados no Maracanã trouxeram para o Vasco, normalmente, empates ou derrotas, perdendo o clube, por exemplo, a chance de uma classificação para a final da Copa do Brasil em 2009 (o próprio treinador do Corinthians à época afirmou que preferia o jogo no Maracanã a que ele fosse disputado em SJ).

9 – Quando Eurico Miranda saiu do Vasco, em junho de 2008, o Vasco era o líder do ranking em pontos ganhos da CBF, era o último Campeão Sul-Americano e da Libertadores do Rio de Janeiro e apenas o São Paulo possuía, entre os clubes brasileiros, mais títulos da principal competição da América interclubes entre os clubes brasileiros. A dura realidade para quem quis sua saída foi ver o decréscimo do clube, a partir de julho daquele ano.

10 – O Vasco não esteve interessado em obter os maiores públicos da história do futebol brasileiro, quando disputou o Campeonato Brasileiro de 2000. A opção por São Januário foi ignorando tal questão.

Se houve diminuição da capacidade de São Januário de 25.000 pagantes para 15.000 em um ano, apenas, de MUV, se não houve a reforma de São Januário em 2008/2009, já com um protocolo de intenções assinado junto à empresa LusoArenas para que isso ocorresse, deixado pela gestão de Eurico Miranda para o MUV, se o Vasco ficou a gestão toda do MUV sem disputar clássicos estaduais em São Januário, enganando a torcida quanto à sua intenção no Campeonato Brasileiro de 2011 (e isso sem Maracanã, por anos e ate mesmo o Engenhão em dado ano), aí se demonstra o que fez o Vasco decrescer.

O Vasco não decresceu de público, decresceu de valorização do que é seu, alegrando o sistema, enquanto praticamente triplicava a dívida real do clube em 6 anos e 5 meses de gestão MUV.

11 – Um clube que estapeia no período todos os seus principais adversários, com os quais divide mercado e preferência dos torcedores, batendo de mão aberta no Flamengo (cinco de novo), eliminando-o por três vezes consecutivas de competições das quais ganha duas, que pela 1ª vez derrota em decisão de Campeonato Carioca o Botafogo, repetindo o feito no ano seguinte, que não perde uma única decisão de taça para o Fluminense e que é deixado na 1ª saída do dirigente, em 2008, na nona colocação no Campeonato Brasileiro, há 108 rodadas sem frequentar a zona de rebaixamento, sendo o que menos vezes frequentou tal zona entre os quatro grandes do Rio, ainda classificado para a Copa Sul-Americana do mesmo ano, e que é deixado na Taça Libertadores da América no período último da gestão do próprio Eurico Miranda, esteve longe de apequenar-se a não ser que consideremos Flamengo, Fluminense e Botafogo apequenados no respectivo período.

12 – Você disse tudo. É hora de dar um basta nas cascatas, repetidas milhares de vezes, que denigrem a imagem do Vasco para atingir uma pessoa, editando aquilo que ela obteve no próprio Vasco, como se nada representasse, alimentando ódio diário e distorcendo diariamente a história do clube.

Chega de cascata! Fora as distorções! Deixem o Vasco andar e parem de desvalorizar aquilo que o Vasco conquistou, porque seu político ou grupo político não ganhou, ou porque seu adversário histórico político conquistou.

Sérgio Frias