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A Verdade Prevaleceu
Orgulhosos de não sermos como vocês
Menino Pedrinho: um sonhador
O menino Pedrinho tinha um sonho: o de jogar e ser campeão pelo seu time de coração.
Já tinha visto no estádio, como torcedor, os títulos de 1987 (daquele Vasco de Tita e Dunga, duas contratações bancadas por um certo dirigente), e o de 88 com o baixinho Romário (que quase foi parar numa equipe menor da Europa, não fosse a intervenção de certo dirigente) dando show nas finais contra o freguês da Gávea. Além disso, viu o inesquecível título Brasileiro de 89 com o arretado Bebeto, aquele que um certo dirigente trouxe pro Vasco dando uma pernada no rival.
Já adolescente, viu seu time ser Tri-Campeão pela primeira vez na história, com a conquista do Carioca de 94, aquele em que um certo dirigente conseguiu uma inversão na tabela, contrariando o desejo dos cartolas rivais que queriam colocar como último jogo da competição um Fla x Flu.
Agora ele queria ser campeão, mas dentro de campo.
Certo dia, o já crescido Pedrinho acordou, olhou para o seu poster de Roberto Dinamite na parede (aquele que quase foi parar no rival em 1980, não fosse a intervenção de certo dirigente) e decidiu ligar pra Felipe, seu amigo de infância e parceiro nas quadras de futsal e posteriormente, de campo:
– Vamos formar um time pra disputar o Brasileiro?
– Bóra!
– Vou ligar pro Edmundo. Ele está em má fase no Corinthians. Quem sabe não aceita vir…
– Beleza! Enquanto isso vou mandar uma mensagem pro pager do Mauro Galvão. Ele é veterano, mas acho que pode ajudar nessa parada.
– Beleza então. Vamos marcar uma reunião lá no Pepê pra ver isso.
– Mas peraí: quem vai treinar a gente?
– Fica tranquilo. Já falei com o “Cabeção” e ele topou participar.
– Boa ! Amanhã vou ver um lugar pra treinar, arrumar um médico, pro caso de lesão, massagista pro pós-jogo, advogado se tivermos problemas extra-campo…
– É verdade. Vai que o Edmundo é expulso e nós precisamos dele no jogo seguinte? Sabe como ele é…
– E se começarem a nos roubar? Temos que dar um jeito de colocar a boca no trombone…
– Tranquilo isso. Compramos espaço nos jornais. Os classificados do JB estão bem em conta…
– Show! Então amanhã nos vemos. Abraço peixe!
– Peixe? Pô cara, tú me deu uma boa ideia…
Pronto: assim surgiu o Vasco campeão de 97 e 2000.
E ainda tem gente que diz que certo dirigente era necessário…
Princípios
O campeonato estadual começou e o Vasco já disputou duas partidas, com o saldo de uma derrota e uma vitória. É normal, e até mesmo óbvio, uma equipe que está começando a temporada, não apresentar um bom futebol. No momento, o mais importante é o resultado, visando uma classificação para a próxima fase, e também a preparação pra principal competição neste primeiro semestre, que é a Taça Libertadores.
Porém o assunto mais tocado neste início de 2018, infelizmente não é o campo e bola, mas sim o eterno cenário eleitoral, que muitas vezes, acaba influenciando negativamente no desempenho da equipe.
Eu disse algumas vezes no programa “Casaca no Rádio” no final do ano passado, que mais importante que o resultado dentro de campo, seria aquele fora do campo. Que uma derrota nos gramados poderia ser compensada com uma vitória na rodada seguinte, mas que o resultado do pleito , este duraria 3 anos e poderia trazer boas ou más consequências pro processo de reconstrução do clube.
Na última sexta-feira, na sede náutica da Lagoa, foi eleito o novo presidente do clube pro próximo triênio. Não o presidente que nós desejávamos e que sabíamos que continuaria a reconstrução já citada e que dava nome a chapa. Depois de toda judicialização e injustiças cometidas, que culminaram com a eliminação absurda dos votos de sócios legítimos, chegamos a um cenário que apresentava duas opções: uma que tínhamos a certeza que traria aquele cenário caótico que assolou o clube entre julho de 2008 e dezembro de 2014.
Uma chapa onde quem colocava a cara como candidato ao cargo máximo era um completo desconhecido até 2014, alguém que não se rogou a desrespeitar os homens do Vasco e que servia apenas como fantoche de ex-jogadores e empresários ávidos por tomar o Vasco de assalto. Junto desse pessoal, até grande benemérito do Flamengo apareceu como patrocinador.
Do outro lado, uma chapa que tem nomes partícipes da gestão de Roberto Dinamite, que fizeram parte da pior administração da história do clube, mas que conta com pessoas que ao menos tem história no Vasco, que conhecem o clube. O voto na sexta-feira foi plebiscitário. Era votar contra ou a favor da chapa amarela. Na verdade, a melhor definição é que o que tivemos foi um voto de protesto. Protesto contra a influência externa promovida pela imprensa, contra o conluio jurídico midiático que insiste em querer se meter nas coisas do Vasco. Que manipulou informações, criou factóides e reverberou absurdos como a história do roubo de aparelhos do CAPPRES. Quem viveu o massacre midiático do início de 2001, sabe do que estou falando. Janeiro de 2018 foi o janeiro de 2001 com redes sociais.
Esse pessoal tem que entender: O Vasco é gerido de dentro pra fora, e não o contrário !
E foi esse o recado dado pelos conselheiros do clube.
Vejo pessoas reclamando que em 120 anos, essa é a primeira vez que um candidato eleito pela maioria, não toma posse. Isso aconteceu sim, quando os votos da urna 7 foram sumariamente anulados, tirando da chapa “Reconstruindo o Vasco” o direito a ter os seus 120 conselheiros eleitos.
Falam de golpe, mas se esquecem que a chapa amarela só conseguiu a quantidade de votos que obteve, porque no meio do pleito, de maneira atropelada, se uniu a chapa verde e a chapa branca. Não fosse isso, os votos da oposição se fragmentariam e eles brigariam apenas pelo 2º lugar. E ao invés de 120 conselheiros, teriam apenas os 30 da minoria.
Reclamam de traição, mas admitem que as chapas eram completamente antagônicas. Sendo antagônicas, era óbvio que rachariam. Até porque o único projeto de Vasco desse pessoal, é tirar o Eurico.
Pra sorte do Vasco, racharam antes de assumir o poder. Se acontece depois, o clube ficaria inviável, com uma eterna briga por espaço e cargos.
Dizem também que o processo indireto de escolha do presidente é injusto. Discordo frontalmente!
Quando o estatuto do Vasco determinou que fosse assim, já previam que num futuro próximo, o poder financeiro e midiático pudesse influenciar na escolha daquele que comandaria o clube. E fizeram isso sem saber que um dia existiriam mídias sociais, com seus fakes remunerados que manipulam e alienam a informação. Que transformam completos desconhecidos em salvadores da pátria. Que elevam a categoria de “messias” do Vasco um rapaz que, pasmem, não pagava nem suas mensalidades em dia!
Se não fossem os homens do Vasco, com 40, 50, 60 anos de história no clube, correríamos o risco de ter num futuro próximo, até mesmo alguém da família Marinho presidindo o Vasco ! Ou alguém duvida do poder de influência dessa gente?
Por fim, deixo uma mensagem aos torcedores e sócios do Vasco que sempre confiaram e acompanharam o CASACA! ao longo dos 18 anos de existência do grupo. Vocês devem imaginar que temos muito a falar sobre o início de Alexandre Campello como presidente do Vasco, as primeiras escolhas de vice-Presidentes, pronunciamentos noticiados na imprensa, etc.
Porém, o momento é de trégua, já que o time de futebol estreia na tão cobiçada Libertadores em menos de 10 dias e o clube precisa respirar um pouco de tranquilidade para avançar de fase.
Por enquanto, releiam os princípios do CASACA!. Nossos próximos passos estão ali.
Rodrigo Alonso
Extra ! Extra !
Recordar é viver
Todos viram: os vivos e os mortos-vivos da turma do ódio.
Casaca!
Blog do DETRAN ou Fofocas Veiculares
O Blog Extracampo da jornalista Marluci Martins e publicado no forro de gaiola chamado “Extra”, veiculou nesta quinta-feira uma matéria sobre multas aplicadas no veículo de Luis Fabiano por excesso de velocidade. Quem sabe, tentando deixar subentendido, que este tenha sido o culpado pelo acidente em que o atleta do Vasco se envolveu há dois dias. Anteriormente fez uma “belíssima” matéria investigativa sobre multas do ônibus do clube.
O tal blog parece que se tornou uma espécie de veículo não-oficial do DETRAN na cobertura “esportiva” do Vasco.
Enquanto isso o Flamengo, que tem 3 dirigentes investigados na Lava-Jato, que é favorecido irregularmente pelo uso do recurso eletrônico e que tem sua torcida promovendo atos violentos em estádios e ginásios sem punição, permanece blindado pela imprensa, que se mantém silente sobre estes e outros assuntos muito mais relevantes.
Entram no modo “mute”, como fizeram em 2013, quando o rubro-negro foi salvo do rebaixamento pela suspeita escalação do jogador Everton, da Portuguesa.
A pupila de Renato Mauricio Prado segue o mesmo caminho decadente que fez com que seu mestre e inspirador decidisse se aposentar após levar um esporro de Galvão Bueno ao vivo na TV.
Naquela ocasião, o rubro-negro jornalista (nesta ordem) quis fazer gracinhas expondo uma conversa particular em off com o narrador da TV Globo.
Fez aquilo que é popularmente conhecido como “fofoca”.
Talvez seja este o caminho escolhido pela jornalista: ter um blog de fofocas.
Leo Dias que se cuide.
Casaca!
O árbitro oficialesco e o narrador sincero
Em 2016, Flamengo e Fluminense se enfrentavam pela 30ª rodada do campeonato brasileiro. Aos 39 do 2º tempo, o zagueiro Henrique faz de cabeça aquele que seria o gol de empate. O bandeira marca impedimento. O árbitro Sandro Meira Ricci chama a responsabilidade pra si e valida o gol. A TV reprisa o lance 5 vezes de 3 ângulos diferentes. Narrador e comentarista do Premiere batem o martelo: gol irregular. A informação chega no banco do Flamengo. Reservas, titulares e comissão técnica partem pra cima do juiz. Ele recebe diversas informações pelo ponto eletrônico e de agentes externos. Um verdadeiro colegiado foi criado para analisar o lance. Oito minutos depois, Sandro Meira Ricci anula o gol.
https://youtu.be/2rDbobalTCA
2017, sexta rodada do campeonato brasileiro, Avai 1×1 Flamengo. Aos 34 minutos do 2º tempo, pênalti para o time catarinense assinalado pelo árbitro. Novamente replays exaustivos são exibidos de todos os ângulos possíveis e imagináveis. O comentarista de arbitragem Paulo Cesar Oliveira da TV Globo, diz que não houve a infração.
Cabe interpretação. Uns podem achar que sim (como o juiz da partida achou) e outros não.
Nova reunião de um colegiado especial apenas para analisar o lance. Dois minutos se passam. Eis que, num ataque de sinceridade, o narrador Luis Roberto, após ver o árbitro se dirigir ao auxiliar, solta a seguinte frase:
“Ih, vai consultar a gente de novo! Vai consultar a gente de novo!”
https://youtu.be/AHCOiDd2alo
Resultado: o árbitro oficial, auxiliado pelo árbitro oficialesco, anula a marcação da penalidade.
Alguém pode perguntar: “O que o Vasco tem com isso?”.
Apesar da resposta ser óbvia, pois tratam-se de adversários diretos numa competição extremamente equilibrada, iremos expor porque isso tem a ver com o Vasco e é simples:
Também queremos replays exaustivos nos lances polêmicos. Também queremos que as arbitragens consultem o vídeo e após uma reunião do colegiado de homens de amarelo (e que amarelam), decida-se pela anulação de pênaltis mal marcados (dos seis contra nós, pelo menos dois não foram e 1 cabe interpretação), pela retificação dos não marcados (já foram três, sendo um contra o Palmeiras, um contra o Fluminense e outro contra o Corinthians) e que gols oriundos de jogadas de impedimento sejam anulados (no gol do Bahia contra o Vasco, Allione, que participou ativamente da jogada, estava impedido).
Mas é claro: tudo isso só terá validade, se for referendado pelos árbitros oficialescos. E pra isso, é preciso ser amigo do Rei. Ou da Rainha. A tal Vênus Platinada.
Em um país em que “excesso de provas” de um crime se transforma em prova de inocência, pode se esperar de tudo.
E o futebol nada mais é do que um reflexo da bagunça institucionalizada.
Rodrigo Alonso
Fogo Amigo
Todos nós já sabemos de cor e salteado a forma como o Vasco é tratado pela mídia.
Sabemos que a perseguição ao clube por parte da imprensa é antiga, desde o tempo de Ary Barroso e Armando Nogueira, passando por Renato Maurício Prado, Juca Kfouri, Márcio Guedes e afins.
Dito isso, nenhuma novidade que essa gente, antes mesmo do campeonato começar, tenha nos colocado como favoritos ao Z4, junto a Avaí, Atlético-GO e outros clubes de menor expressão. Não nos surpreende a tentativa quase diária de colocar o Vasco em um patamar abaixo. Tudo parte do roteiro histórico.
O que não deveria fazer parte deste tal roteiro, é um site dito “vascaíno” , no dia de uma vitória com direito a casa cheia e festa da torcida, colocar seguidamente matérias com títulos que fariam inveja a ESPN, Fox Sports e Globo Esporte.
As 21:15, o site NetVasco publicou a seguinte matéria, com título e conteúdo textual produzidos por eles mesmos:
Vasco terminará rodada fora da zona do rebaixamento
http://www.netvasco.com.br/n/193794/vasco-terminara-rodada-fora-da-zona-do-rebaixamento
Ora, por que ao invés deste título, o referido site não usou o seguinte: “Vasco termina rodada a 1 ponto do G6” ? Por que a abordagem tem que ser negativa ?
Pois bem: às 22:16, ou seja, 61 minutos após, publicam outra matéria com o mesmo teor e abordagem negativa, usando como fonte o twitter do “famoso quem” Jorge Luiz Rodrigues:
Vasco deixa a zona do rebaixamento do Brasileiro da Série A após 36 rodadas
Em ambas matérias, a reação do nosso torcedor foi obviamente de repúdio e revolta:
O Casaca!, em reunião aberta recente, convocou os sócios e torcedores do Vasco a apoiarem e brigarem pelo clube, tanto dentro dos estádios, marcando presença maciça (como aconteceu hoje em SJ) como nas mídias sociais, defendendo a instituição dos ataques recorrentes dessa gente. Sabemos que isso não é fácil. Ficarão rodada após rodada tentando colar no Vasco a imagem de uma equipe que irá brigar, única e exclusivamente, para não cair.
Mas quando vemos que o site que é referência em se tratando de notícias sobre o cruzmaltino, que é o mais visitado, e portanto de grande influência na postura e opinião da nossa torcida, que lucra com a imagem do clube com dezenas de propagandas, presta esse desserviço a instituição, vemos que a luta será árdua, pois além de enfrentarmos os inimigos históricos, teremos também que enfrentar o fogo amigo.
Esse tipo de atitude me deixa a seguinte certeza: de que o “contra tudo e contra todos”, um dos nosso lemas históricos, tenha que incluir também no rol de adversários, aqueles que deveriam nos apoiar e defender.
Rodrigo Alonso