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Grande diferença

Na democracia um dos seus preceitos é o respeito a opiniões e não a desqualificação de quem pensa diferente de você, como se o dono da razão fosse você próprio.

O escudo do Flamengo visto ontem não agradou nem um pouco a inúmeros vascaínos, como também pode ter satisfeito a uma outra parte, como para outros não fez diferença alguma.

Como a ação de marketing não funcionou da maneira como se propunha, a forma como o atual presidente do Vasco, Alexandre Campello, se posicionou na própria imprensa seguiu um contexto de diminuição dos que discordam dele, como por exemplo discorda o estatuto do próprio clube, que, em tese, deveria ser respeitado.

Talvez em tenra infância as cores do Vasco pouco importassem para o mandatário, mas para inúmeros VASCAÍNOS DE RAIZ já nos eram imaculadas e assim permanecem.

A homenagem feita pela equipe do Resende é digna de todos os aplausos e poderia ser também a do Vasco, com o mesmo leilão que se pretende fazer em favor das famílias das vítimas, embora quem apareça na própria camisa (no caso das do Vasco) tenha sido o responsável pelas vítimas e não tão vítima como as que partiram.

Às famílias das vítimas, amigos, admiradores, colegas, funcionários próximos, muita força.

Ao Flamengo, que não mais manche o esporte brasileiro, sendo referência de desdém quanto às leis, determinações e normas, que levaram à possibilidade do ocorrido.

Ao presidente do Vasco, mais zelo com o clube.

Sérgio Frias

Tragédia Secular

O ocorrido há cerca de 36 horas é estarrecedor, inimaginável, inclassificável e uma tragédia, fruto de completa e total irresponsabilidade do Clube de Regatas do Flamengo.

O local onde havia dormitório poderia funcionar como estacionamento, tratava-se de um contêiner, com uma só saída e sem outra de emergência, o clube havia sido multado quase 30 vezes, por estar sem o devido alvará, a prefeitura determinou a interdição do CT em 20/10/2017, mas o clube resolveu manter o funcionamento e transformou em alojamento um espaço, sem ter pedido licença para tal e sem anuência do corpo de bombeiros.

Força Flamengo???

Força aos parentes das vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

Por completa irresponsabilidade, desídia, negligência, prepotência, arrogância do rubro-negro, houve uma tragédia inaceitável (e jamais vista), em clubes da quarta divisão do futebol brasileiro ou em outros sem divisão alguma.

Não é a maior tragédia do Flamengo em sua história. É a maior tragédia entre clubes brasileiros, na história do futebol brasileiro, por responsabilidade própria.

Força Flamengo???

Força aos parentes da vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

Não fosse a Folha de São Paulo soltar uma matéria ontem devastadora, quanto a todas as irregularidades cometidas pelo Clube de Regatas do Flamengo, teríamos vivido um dia no qual o responsável pela morte de 10 crianças carbonizadas parecia tão vítima como as crianças que morreram.

Os prejuízos que a instituição “Flamengo” sofreu foram de imagem e financeiros. Isso se compara ao que foi perdido pelas famílias daquelas crianças?

Força Flamengo???

Força aos parentes das vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

A consternação foi geral. De qualquer atleta mirim que pretende ser um profissional, dos profissionais veteranos ou já fora dos campos que um dia foram mirins. Todos tem história para contar, de dificuldades pelas quais passaram ou passam, das condições precárias em dado clube ou oportunidade, mas nenhum tem história similar ao ocorrido, porque nunca aconteceu e ocorreu com um clube que é tido e havido como modelo pelos irresponsáveis da imprensa convencional que investigam o que lhes interessa e incensam também o que lhes interessa.

Ora, ninguém, absolutamente ninguém da imprensa convencional que cobre o Flamengo buscou saber quais as condições daquele espaço? Por que (se sabiam) não se buscou divulgar o fato até que interditassem (caso permanecesse a desídia, irresponsabilidade, negligência, arrogância e prepotência do Flamengo), por meio de uma campanha global em cima da irregularidade?

Ontem mesmo se viu gente falando na mídia convencional da estrutura do Vasco em 2012 (sim, 2012), em Itaguaí para incensar o Flamengo, afirmando que era o clube com menos problemas na época e que depois melhorou mais ainda… Melhorou muito! Está se vendo como melhorou! É a referência do Rio! Aliás o Flamengo hoje é uma referência nacional! É uma referência de desídia, negligência, irresponsabilidade, prepotência e arrogância, que levou ao ocorrido.

Força aos parentes das vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

Sérgio Frias

O palpiteiro

O ex atleta Edmundo declarou para o Esporte Interativo em entrevista recente, vestindo a camisa de seu clube paulista por adoção, que imagina o Vasco brigando para não cair no Campeonato Brasileiro em 2019, lá por novembro, dezembro, presume-se, entre outros palpites, achismos e paradigmas próprios do que é bom, ruim, mais ou menos em termos de performance no futebol profissional cruzmaltino para este ano.

Há vários problemas na declaração do Edmundo, o mais grave deles é se passar por um torcedor comum do Vasco, quando na verdade é um profissional da crônica esportiva em mídia convencional.

Outro é tecer seus comentários desanimadores à torcida, enquanto ator político do clube, como a maioria dos que acompanham o Vasco – e minimamente os meandros do clube – sabem.

O terceiro erro é tratar o Campeonato Estadual, um título de campeão nele, como simples de ser vencido para justificar uma possível conquista do Vasco como desimportante e – pior – uma não conquista do título como algo aquém do normal.

Vencer o Campeonato Carioca para o Vasco é, em média, uma conquista que ocorre de quatro em quatro anos e não ano sim, ano não.

Ele, por exemplo, disputou pelo Vasco cinco Estaduais e ganhou apenas um.

Uma boa Copa do Brasil significa o que? Chegar às quartas, às semifinais, chegar à final?

Em 2017 Edmundo disse que o Vasco poderia até ser Tricampeão Carioca, mas que ia ter problemas no Campeonato Brasileiro.

O discurso em relação à expectativa por resultados era, portanto, o mesmo, com a agravante de considerar um Tri Estadual algo banal.

Outro erro é falar em janeiro do que ocorrerá numa competição que termina em dezembro, como se o clube não pudesse contratar durante a temporada e sem haver nenhuma das 20 equipes pronta para dezembro deste ano.

Jogadores sairão e virão de todos os clubes e qualquer afirmação de adivinhação é chute, considerando os elencos atuais dos clubes e nenhuma partida oficial disputada na temporada por quaisquer deles.

Em suma: Edmundo mostra-se um errante, em termos de palpites, que fala, anda, pensa – às vezes antes de falar – e, lamentavelmente, para alguns, representa a voz do vascaíno na imprensa, como há poucos anos representava, teoricamente, o Juninho Pernambucano.

Sérgio Frias
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Abaixo um outro Edmundo, em junho de 2008, com outras perspectivas, características. Um otimista. Bons tempos.

Edmundo rechaça pessimismo no Vasco contra o Sport

Cariocas precisam ganhar por três gols de diferença para garantir vaga na final

A situação do Vasco na Copa do Brasil não é das mais confortáveis. Para eliminar o Sport e garantir vaga na grande final, o time carioca precisa derrotar o adversário por três gols de diferença no jogo desta quarta-feira. Se vencer por 2 a 0, a decisão da vaga será nos pênaltis. Mesmo assim, o atacante Edmundo trata de afastar qualquer pensamento pessimista no grupo vascaíno.

– Não podemos começar com pessimismo, achando que é uma grande desvantagem. Eles jogaram melhor no primeiro jogo, conseguiram marcar dois gols. Eles tiveram toda uma atmosfera a seu favor, e é isso que a gente espera que aconteça com o Vasco aqui no Rio de Janeiro. O Vasco, em São Januário, costuma ser muito forte e a gente acredita que, pelo menos o placar mínimo de 2 a 0 a gente vai conseguir, para levar a decisão para os pênaltis – comentou o Animal.

Edmundo foi poupado do clássico do último final de semana contra o Botafogo pelo Brasileirão, mas está confirmado para enfrentar o Sport. O atacante confia na boa preparação da equipe e espera que o Vasco possa mostrar sua competência dentro das quatro linhas.

– Estamos bem treinados, temos um bom entrosamento e temos tudo a nosso favor. O futebol tem muitos detalhes, um deles a sorte, mas a gente tem que ter competência para ter sorte também – ressaltou o atacante.

Gazeta Press – 27/05/2008

Diferença incontestável

Em qualquer lugar do mundo em que se analisasse resultado esportivo e gestão, comparativamente, sob a ótica desses últimos dois anos, ter-se-ia a clara conclusão de que o Vasco foi transformado de vinho para água e com muito mais recursos financeiros disponíveis no presente ano, em comparação ao outro.

Vamos a um fato, que chama bastante a atenção. Número de vitórias fora do estado, com mando de campo do adversário.

Não há como fazer uma comparação diferente do que utilizar como parâmetro o modelo de pontos corridos com 20 clubes na disputa, se quisermos ser justos, o que ocorre desde 2006.

A cada ano exposto o Vasco atuou na Série A em 16 jogos fora do Rio de Janeiro (apenas em 2015 foram 17).

Eis os números:

2006: 6 vitórias fora de casa (três contra grandes clubes brasileiros)
2007: 4 vitórias fora de casa (duas contra grandes clubes brasileiros)
2008: 3 vitórias fora de casa (nenhuma contra grande clube brasileiro)
2010: 2 vitórias fora de casa (nenhuma contra grande clube brasileiro)
2011: 7 vitórias fora de casa (duas contra grandes clubes brasileiros)
2012: 6 vitórias fora de casa (uma contra grande clube brasileiro)
2013: 2 vitórias fora de casa (nenhuma contra grande clube brasileiro)
2015: 3 vitórias fora de casa (uma contra grande clube brasileiro)
2017: 6 vitórias fora de casa (duas contra grandes clubes brasileiros)

Está claro que os números de 2017 estão entre os melhores dos nove anos mencionados.

Para resumir nossa participação no Campeonato Brasileiro de 2018, não ganhamos de ninguém fora do Rio.

Ano passado o Vasco somou 56 pontos, em 2018 foram 43. Treze a menos.

Em 2017 o clube foi deixado na Libertadores e neste ano não se classificou nem para a Copa Sul-Americana.

No ano passado o Vasco perdeu o direito de ter torcedores na cidade do Rio de Janeiro em seis dos seus jogos, em 2018 jogou todas com seu mando de campo em casa, com torcida, tendo vendido apenas um mando para Brasília (Vasco x Corinthians no turno).

É inegável que o Vasco seguia para um bom caminho entre o findar de 2017 e o início deste ano.

As receitas em 2018 aumentariam (venda de Paulinho, prevista para julho, participação em competições sul-americanas, ganhos com mecanismo de solidariedade) e com as certidões a serem conseguidas, por quem tinha competência para tal, outros ganhos ocorreriam.

A mudança de poder, de gestão, de atitude, de comportamento, visão e postura levaram à nova vitimização, pouquíssimo avanço e nenhum comprometimento de se sair em defesa da qualidade do elenco que lá estava e o que foi constituído a partir do desmonte daquele encontrado.

O Vasco em 2018, para sua gestão, não tinha objetivo algum. Nenhuma promessa foi feita, não foi dito em rodada alguma do Campeonato Brasileiro, nem nas quatro, cinco primeiras, que o clube objetivava voltar à Libertadores, criando um ciclo virtuoso. Nada, absolutamente nada foi dito.

O clube pagou pela inoperância e omissão de uma gestão totalmente despreparada para simplesmente mantê-lo no patamar esportivo em que se encontrava há um ano.

Lembre-se ainda que nos últimos três meses de Campeonato Brasileiro, ano passado, o clube se viu à volta com problemas de salários e políticos, mas isso não impediu que o objetivo traçado no início da competição fosse cumprido.

A simples admissibilidade disso poderia fazer o Vasco ter um melhor ano novo, no próximo.

Se sobrar humildade para ouvir e coragem para agir externamente em defesa do elenco, de sua capacidade, traçando objetivos grandiosos, sem fazer segredo ao público, pode-se conseguir mais, muito mais.

Há gente disposta a encarar o desafio, pelo que tenho visto, mas é uma atitude grupal e não individual que poderá fazer a diferença. Não adianta um puxar para cima e os outros se esconderem no conforto do descomprometimento. Todos devem se expor e fazer com que se acredite no Vasco para 2019.

A torcida vascaína agradece.

Sérgio Frias

Momentos de terror no estádio padrão FIFA

Estive em viagem a São Paulo, por motivos profissionais, e aproveitei para dar uma força ao Vasco no Itaquerão.

Não costumo ultimamente ir a jogos fora do Rio, apesar de já ter feito isso muitas vezes.

Não gosto de dar dinheiro para o mandante, prefiro ajudar o Vasco nos jogos do Rio. Mas estava por lá e fui.

Estávamos eu e minha mulher e tentamos comprar nossas entradas pela internet, mas o ingresso do visitante só é vendido na bilheteria, 2 horas antes do jogo. Chegamos às 17:00 e aguardamos na fila.

O jogo transcorreu do jeito que já conhecemos. Mais uma vez prejudicados grosseiramente. As imagens falam por si.

Mas o pior foi o que ocorreu na área destinada à torcida do Vasco.

Terror

O jogo acaba. Estávamos nos preparando para sair, quando vimos uma bomba estourando na parte inferior das cadeiras.

Abre-se um clarão e começa a correria.

As escadas ficam cheias de torcedores em fuga.

Muitas mulheres e crianças.

Por alguns momentos nos desencontramos.

Tensão. Consigo ver minha esposa e tento lhe proteger.

Não sabemos para onde correr.

A torcida adversária vibra com a ação policial.

Quando pensávamos estar tudo mais calmo, vejo um policial com o cassetete batendo em uma pessoa a 2 metros de nós.

Mais correria, dessa vez sobre os cavaletes, que àquela altura já estavam derrubados.

Pessoas caem e são pisoteadas.

Felizmente conseguimos ir até o andar de baixo, onde há lanchonete e banheiros.

Vemos mulheres chorando, crianças assustadas, pais desesperados.

Muitos abalados, outros feridos e sangrando.

Ofereço ajuda e tento acalmá-los.

Depois de uma hora, outro grupo de policiais chega, como se estivessem procurando alguém.

Depois de procurarem até dentro do banheiro, vão embora.

A torcida do Vasco é liberada por volta das 22:00.

Consequências
Após todo esse absurdo, começamos a ler notícias sobre o jogo.

Parece que alguma pessoa quebrou cadeira do estádio.

De onde estávamos, realmente não vimos – apenas quando começou a correria.

Minhas perguntas: Deve-se agredir os outros torcedores por causa de alguns?

O estádio padrão FIFA não tem câmeras que possam identificá-los?

O uso da força deve ser indiscriminado, apenas por estarmos no mesmo local?

O árbitro da partida, em noite absolutamente infeliz, ainda relata na súmula o que supostamente viu.

Senhores, não houve briga entre torcedores.

Houve uma ação isolada, de alguém que deveria ser punido individualmente.

Mas o senhor apitador parece não estar satisfeito apenas com os estragos realizados por ele dentro de campo.

Constatações
Não esqueceremos tão cedo os momentos de terror.

Infelizmente, parece que o Estatuto do Torcedor só vale para beneficiar os protegidos de sempre.

A pomposa arena “podrão” FIFA – paga com o nosso dinheiro e envolvida em escândalos – não será punida.

Os senhores certamente não ouvirão a opinião dos vascaínos presentes ao estádio.

Seremos todos vistos como vândalos e bandidos, o que não é verdade.

Uma noite, que deveria ser de diversão, transforma-se em momentos de horror, ferimentos e medo.

Definitivamente, esse estádio não é local para os senhores levarem suas famílias.

Mas isso não vão lhe contar.

O saldo da partida em Itaquera: escoriações, minha camisa rasgada, famílias encurraladas e 2 pênaltis não marcados.

Luiz Baptista Lemos, Conselheiro do Club de Regatas Vasco da Gama Vasco da Gama

Cola vagabunda

A eterna tentativa de colar algo que não adere se manifesta pelos mais diversos grupos políticos, ou pseudo apolíticos, os quais surgem querendo distorcer o óbvio e se espalham na rede como pus de uma ferida impossível de cicatrizar porque atrelada a um ódio doentio. O resultado disso é um hematoma irrecuperável. Mais que um câncer é uma dor curtida, porque odiar faz bem a quem tem pouco para oferecer.

A gestão anterior do clube, que assumiu o Vasco com 688 milhões de dívida e o deixou – segundo um balanço apresentado pela atual direção – com 645 milhões, que diverge dos números apresentados pela outra (582 milhões), obviamente DIMINUIU A DÍVIDA DO CLUBE nesse período e deixou ativos que não recebeu da outra, o maior deles Paulinho, que teve seu contrato renovado na primeira semana de janeiro deste ano, estipulada sua multa rescisória em 30 milhões de euros.

Se o Vasco deixou comprometidas cotas de TV na ordem de 92% em relação a 2018, pegou com mais do que isso comprometido em 2015.

A situação era pior e não havia como se fazer dinheiro a curto prazo, pois o que foi deixado de base não oportunizava a grandes receitas.

Muito diferente dessa situação estava o clube em junho de 2008, quando a chapa amarela da época, apelidada de MUV, assumiu o clube.

Na ocasião, o Vasco tinha comprometidos seis meses do fim daquele ano, mais metade do trimestre primeiro de 2009 e só, fora uma discussão junto à Globo que nunca foi a lugar nenhum, sobre uma suposta dívida do clube com ela.

A situação, por sinal, era muito melhor do que a encontrada em 2001, quando o Vasco não tinha nada a receber por cerca de 18 meses, o que oportunizou à Rede Globo promover o torniquete financeiro contra o clube por igual período, até o início do segundo semestre de 2002.

Ressalte-se também, em relação às cotas de TV, que o Vasco fazia parte, por quase 25 anos, do primeiro grupo, entre os recebedores de tal quantia.

Caiu o clube para a quinta posição em 2011, quando a chapa amarela da época buscava sua reeleição.

Entendemos que alguém com pretensão de escrever sobre administrações do Vasco e seu histórico saiba ser inadequado ignorar como foi assumido o clube em 2001, isto é, com salários atrasados em até mais de três meses (basta ver os pedidos dos atletas na Justiça no decorrer daquele ano, referentes aos valores cobrados).

Bem como entende-se ser do conhecimento geral que direitos de imagem em atraso cobrados por craques como Edmundo e Romário retroagiam a 1999 e 2000, enquanto passes de jogadores trazidos em 2000, em alguns casos, não haviam sido pagos, impostos não eram recolhidos – um problema que existia desde o final dos anos 60 – e a filosofia adotada por todos os clubes grandes brasileiros era a mesma: fazer dinheiro, primordialmente, com a venda de atletas, acima mesmo do que negociavam receber via TV, até quase a virada do século.

Elucidado tal ponto, o Vasco foi deixado em 30/06/2008 com salários em dia, situação fiscal regular, inúmeros acordos judiciais e extrajudiciais honrados, ato trabalhista cumprido, também, desde 2004, e outro assinado em situação melhor que a dos demais grandes clubes devedores deste estado no final de 2007, além de um contrato com a TV, válido até 2011, do qual o clube poderia usufruir de todo ele, a partir do segundo trimestre do ano de 2009.

Na época, caso quisesse adiantar cotas não precisaria o Vasco de inúmeros avais, porque o Clube dos 13 recebia diretamente o dinheiro da Globo e repassava aos filiados com apenas uma garantia bancária, que era dada, no caso do Vasco, com operações realizadas pelo Bic Banco, tal qual foi feito mais de uma vez, já pelo MUV amarelo, no segundo semestre de 2008, período no qual também teve a receber a gestão sucessora 3 milhões de reais pela primeira das três parcelas referentes à venda de Phillippe Coutinho, fora rendas sem penhora, premiações correspondentes à Copa Sul-Americana, mecanismo de solidariedade, entre outros valores.

O patrimônio do clube estava muito bem conservado, acarretando elogios da oposição que se instalava no poder.

Se entre 2001 e 2002 o Vasco adquiriu mais imóveis (procedimento iniciado em 1998) para incorporar a seu patrimônio praticamente uma rua inteira, ao longo dos anos construiu o Colégio Vasco da Gama, fez inúmeras obras de conservação do complexo de São Januário, mantendo limpo e conservado seu patrimônio naquele período.

Podemos extrair como exemplo sobre não só o patrimônio físico, mas a estrutura do Vasco, fala do Vice-Presidente de Futebol do clube, Manoel Fontes, que assumiu o cargo à época, logo no início do mandato da gestão MUV amarela, e que afirmou com apenas 15 dias daquela trupe no poder:

“Isso é meu. Tenho que ser sincero e honesto. A nível de estrutura, infra estrutura do Vasco da Gama, das instalações, a gente que realmente reconhecer que foi feito um trabalho magnífico. O Vasco da Gama hoje tem instalações que são respeitáveis e comparadas aos vários clubes, talvez até internacionais”.

O patrimônio deixado pela gestão que esteve seis anos e cinco meses pelo Vasco (reeleita com quase 95% dos votos após o primeiro mandato) continha 30 toneladas de lixo a céu aberto, São Januário capacitado a receber cerca de 15.000 pessoas (quando assumira o Vasco o limite de público pagante, fora gratuidades, era de 24.500 lugares), sem clássicos disputados no estádio, com inúmeros problemas em itens comezinhos, fora um parque aquático sob tapumes, ginásio em desuso e colégio Vasco da Gama praticamente largado, entre inúmeros outros abandonos vistos no espaço de suas sedes.

Após nova troca de gestão e a volta daquela que gerira o clube de 22/01/2001 a 30/06/2008, tudo o acima narrado evoluiu, a olhos vistos.

Faz-se uma visita guiada no clube desde agosto do ano de 2017, podendo o Vasco, com orgulho, mostrar a sócios e visitantes seu patrimônio, totalmente recuperado.

Sobre a área fiscal, a esmagadora parte da dívida deixada para a gestão MUV amarela era cerca de 95% dela oriunda do século anterior e equacionada pela gestão que antecedeu aquela responsável por diminuir e rebaixar o clube institucionalmente.

Tanto isto é fato que foi o Vasco o único dos grandes cariocas a obter certidões positivas com efeito de negativas em 2005, bem como o primeiro regularizado para adentrar na Timemania, quase no final de 2007.

A situação encontrada em dezembro de 2014, com relação a certidões (o clube passou a grande parte da gestão MUV amarela sem tê-las) foi resolvida em menos de 25 dias e o Vasco as manteve até quase o final daquela gestão, portanto, não por seis meses, um ano apenas, tanto que de forma inédita obteve verbas da Confederação Brasileira de Clubes e pôde assinar com tranquilidade três contratos de patrocínio com a Caixa Econômica Federal, que, por sinal, não queria ver o clube nem pintado de ouro em dezembro de 2014, porque no decorrer do contrato anterior o Vasco descumpriu praticamente tudo, quanto às obrigações contratuais de sua parte.

Sem certidões há alguns meses e com a entrada de algo em torno de 120 milhões de reais no decorrer de 2018 o Vasco não voltou a obtê-las até aqui, embora na carta amarela, assinada pelo atual presidente do clube, a 30/04, fosse dito que entre as despesas prementes a serem pagas, estava um valor na ordem de 27 milhões para regularização das certidões, como objetivo final.

Sobre a dívida, dissemos lá em cima ter sido diminuída, conforme foi evidenciado nas apresentações das contas deste ano. Ocorre que a história não começa aí. Não, não, não.

Em 2001 a situação financeira do Vasco era caótica porque seu grande parceiro deu simplesmente um calote na ordem de 12 milhões de dólares, enquanto a Vasco da Gama Licenciamentos entendia ser o clube devedor de algo em torno de 75 milhões de reais, considerando valores concernentes a contratos de cotas de TV e prêmios obtidos pelo clube por competições conquistadas (exemplo, Mercosul), entre outros.

Uma interpretação peculiar do contrato assinado na época, no qual estava previsto o recebimento de 50% do valor referente a acordos em prol do Vasco, conseguidos pela empresa e não pelo próprio clube, evidentemente.

A situação já era complicadíssima a partir de julho de 2000, quando o Vasco sofreu o calote mencionado acima e se tornara insustentável no final de 2000, com inúmeras obrigações não cumpridas, referentes ao projeto olímpico, futebol, basquete, futsal, obrigações outras e contratos assinados até 2001, 2002, ficando ainda pior com a perda de ativos do Vasco, considerados a partir do início de 2001, quando começou a viger a Lei Pelé, combatida abertamente pelo então deputado federal Eurico Miranda, enquanto os doutos jornalistas, escribas e sabichões do mundo futebolístico afirmavam ser aquela a lei de alforria dos atletas e o início da profissionalização do futebol brasileiro.

Na verdade, ali seria o início da queda institucional de todos os grandes clubes, vide a diferença de qualquer um deles em relação aos principais europeus e até medíocres europeus, como se percebe na dura realidade de hoje, apesar de duas ou três exceções vistas em todo o século até aqui.

A direção que saía em junho de 2008 apresentou um balanço no qual deixava o Vasco com 190 milhões de dívida, valor bastante inferior à maioria dos grandes clubes brasileiros e menor, sem dúvida, em relação aos grandes clubes cariocas, como aliás fazia sentido, uma vez que no Rio quem melhor e mais cumpria obrigações financeiras e fiscais era o Vasco (vide acordo trabalhista último, feito à época, certidões obtidas, a primeira delas em 2005, sem penhoras de rendas nos vários jogos anteriores à troca de gestão e um custo mensal variável entre 3 e 3,5 milhões de reais).

O MUV amarelo assumiu e afirmou ser a dívida no valor de 354 milhões. Acompanhando todos até aí? ÓTIMO!

O MUV amarelo saiu, deixando uma dívida de 688 milhões. Todos contando? Aumento de 334 milhões, quase o dobro.

Dos 688 milhões de dívida recebidos, temos hoje números divergentes, entre 582 milhões de dívida e 645 milhões.

Fica a pergunta a ser respondida por qualquer aluno de ensino primário. Sem a participação do MUV quanto deveria o Vasco hoje?

E sem que o clube tivesse dívidas em janeiro de 2001, quanto deveria o Vasco – novamente sem o MUV – em dezembro de 2017?

Mas há ainda um detalhe importante: como o Vasco foi recebido em dezembro de 2014?

Não havia qualquer expectativa pela entrada de recursos, as cotas de TV estavam 100% comprometidas, o Vasco não podia implementar um programa de sócio torcedor até novembro do ano seguinte, em função da multa contratual, não havia crédito, o clube devia a postos de gasolina, desentupidoras e outras prestadoras de serviços baratos, tinha contra si mais de 200 títulos protestados, comparado a nenhum deixado em 2008. Uma situação absolutamente deplorável.

Ficamos imaginando como seria a continuação amarela diante daquele quadro de coisas.

Vamos, então ao futebol, finalmente! O assunto principal hoje em dia para usos e costumes das mentiras espalhadas na rede.

Algumas perguntinhas básicas, quanto aos últimos dois anos, anteriores à troca de gestão no clube, em 2008:

1 – Há quantas rodadas o Vasco não frequentava a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, desde o início dos pontos corridos, em 30/06/2008?
a) uma
b) 10
c) 20
d) 108
——
2 – Qual era o clube carioca que menos frequentara a zona de rebaixamento, desde o início da era dos pontos corridos, até 30/06/2008?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——-
3 – O Vasco foi deixado em nono lugar no Campeonato Brasileiro, com o mesmo número de pontos do oitavo colocado, com o sétimo melhor ataque da competição e a décima primeira defesa menos vazada.
Baseado no fato histórico, responda: Quantas rodadas precisou o Vasco para chegar à zona de rebaixamento, após a direção MUV amarela assumir o clube?
a) Uma
b) Duas
c) Dez
d) Onze
—–
4 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve na zona de classificação para a Taça Libertadores, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 28 vezes
——–
5 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os seis primeiros, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 39 vezes
——-
6 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores a 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os oito primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 53 vezes
——
7 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os 10 primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 62 vezes
——
8 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os 12 primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 71 vezes
———
9 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre o 13º e o 16º lugar, em 76 rodadas?
a) 70 vezes
b) 60 vezes
c) 50 vezes
d) 5 vezes
——
10 – No Campeonato Brasileiro de 2008, em suas primeiras oito rodadas, o Vasco ficou na posição de classificado para a Libertadores em alguma delas?
a) Impossível com aquele time do Eurico
b) Não sei, pois não ia aos jogos, apenas fazia política
c) Não
d) Sim
——-
11 – No Campeonato Brasileiro de 2008, em suas primeiras oito rodadas, o Vasco ficou entre os 10 primeiros colocados em:
1) Nenhuma rodada
2) Uma rodada
3) Duas rodadas
4) Seis rodadas
———————-
Agora vamos ao triênio 2015, 2016, 2017:

12 – Em que lugar o futebol do Vasco foi encontrado em dezembro de 2014?
a) Na Libertadores
b) Campeão invicto da Série B
c) Campeão da Série B
d) Terceiro lugar na Série B, sem ter liderado a competição em rodada alguma.
——
13 – Em que lugar o futebol do Vasco foi deixado em dezembro de 2017?
a) Campeão da Série B
b) Vice Campeão da Série B
c) Terceiro colocado na Série B
d) Na Libertadores
——
14 – Qual clube carioca mais conquistou campeonatos neste período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——-
15 – Qual clube carioca mais conquistou taças oficiais nesse período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——-
16 – Qual clube carioca não perdeu nenhuma decisão nesse período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
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17 – O Vasco tem em seu currículo um recorde de invencibilidade em jogos oficiais. São 34 partidas. Tal período invicto foi obtido entre os anos de:
a) 1949/1950
b) 1999/2000
c) 2011/2012
d) 2015/2016
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18 – Em qual ano de sua história o Vasco foi prejudicado com maior número de pontos, oriundos de erros da arbitragem num Campeonato Brasileiro (critério Placar Real)?
a) 2001
b) 2006
c) 2011
d) 2015

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
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19 – Quantos pontos o Vasco conquistou nos Campeonatos Brasileiros de 2015 e 2017 por conta de erros de arbitragem (Critério Placar Real)?
a) 14
b) 20
c) 25
d) Zero

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
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20 – Quantos pontos o Vasco perdeu nos Campeonatos Brasileiros de 2015 e 2017 por conta de arbitragem (critério Placar Real)?
a) nenhum em 2015 e nenhum em 2017 – a arbitragem foi justa
b) Um em 2015 e Dois em 2017
c) Dois em 2015 e um em 2017
d) Quatorze em 2015 e Sete em 2017

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
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Finalmente, sobre o elenco deixado para a disputa da temporada de 2018 (em seu início) pela gestão anterior, tivemos o seguinte quadro:

Goleiro:

O Vasco renovou com Martin Silva por dois anos.

– O Vasco manteve Jordi no elenco.

– O Vasco manteve Gabriel Félix no elenco.

– O Vasco manteve a revelação do Sub 20, João Pedro, no elenco.
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Lateral direito:

– Com o fim do empréstimo de Gilberto, o Vasco não se interessou por renovar o vínculo.

– O clube vendeu 60% dos direitos econômicos de Madson por 2 milhões de reais (ou 511.509 euros), o que representa, caso fosse negociado 100% dos direitos econômicos do atleta, 852.515 euros. Atualmente, segundo o site Transfermkt, o atleta está cotado em 1,25 milhões de euros e numa futura transferência o Vasco teria a receber mais 500.000 euros, que daria um total de 1.011.509 euros, por um atleta que veio de graça para o clube, sem ser formado nele.

– O clube trouxe, de graça, Rafael Galhardo, considerado dois anos antes de sua vinda como o melhor lateral direito do Campeonato Brasileiro de 2015, bola de prata da Revista Placar e indicado pelo treinador Zé Ricardo.

– O Vasco manteve Yago Pikachu, que vez por outra atuava de lateral direito, mas também jogava em funções mais adiantadas, como ocorreu várias vezes na temporada de 2017 e algumas outras em 2016.
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Zagueiros:

– O clube renovou o vínculo com Breno, destaque da equipe no Campeonato Brasileiro.

– O clube fez um acerto com Anderson Martins, contratado em agosto, e que recebia o maior salário do elenco, 530 mil reais, para que este fosse liberado e viesse a jogar no São Paulo, sem que o Vasco tivesse que pagar qualquer valor em atraso ao atleta.

– Encerrado o empréstimo de Paulão o clube decidiu não renovar o vínculo pelo alto salário recebido pelo atleta, emprestado em 2017 ao Vasco, oriundo do Internacional-RS.

– Com o fim do contrato de Rafael Marques, o Vasco decidiu não renovar com o atleta.

– O clube não se interessou em manter Lucas Rocha, trazido no meio da temporada de 2017 para a zaga.

– Indicado pelo treinador Zé Ricardo o Vasco contratou Erazo.

– Indicado pelo treinador Zé Ricardo o Vasco contratou Luiz Gustavo.

– Em 2018 pretendia-se dar chance real a Ricardo Graça, para que atuasse no time de cima, após meses apenas treinando.
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Lateral esquerdo:

– Por sua ótima produtividade em 2017, até se machucar, o Vasco renovou o vínculo com Ramon, que tinha volta prevista para maio.

– Para substituir eventualmente Ramon o clube contratou Fabrício, com aval do treinador Zé Ricardo.

– O clube manteve Henrique como opção na lateral esquerda, que já havia atuado por diversas vezes em 2017.

– Com contrato renovado em junho de 2017, Alan Cardoso era outra opção do elenco.
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Volantes:

O clube não se interessou em manter Jean no plantel, após o fim do empréstimo com o atleta.

Foi trazido junto ao Velez Sarsfield-ARG, Desabato para ocupar o lugar deixado por Jean.

Diante do bom Campeonato Brasileiro feito pelo Vasco em 2017, o contrato de Wellington foi renovado.

Andrey foi mantido no elenco, com contrato renovado em maio de 2017 até 2021.

Bruno Cosendey foi mantido no elenco com contrato renovado em dezembro de 2017 até 2020.

Bruno Paulista permanecia no elenco com contrato até junho de 2018.
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Meias:

O Vasco tinha Nenê até dezembro de 2018.

O Vasco tinha Wagner até dezembro de 2018.

O Vasco tinha Escudero até dezembro de 2018.

O Vasco renovou com Evander, em janeiro de 2018, até 2021.

O Vasco contratou Thiago Galhardo, por indicação do treinador Zé Ricardo.

Guilherme Costa foi mantido no elenco para 2018.

O Vasco negociou 85% dos direitos econômicos de Mateus Vital por 1,5 milhões de euros, exatamente o valor de mercado do atleta à época, mas considerando que fosse vendido 100% dos direitos econômicos por aquele valor.

http://www.netvasco.com.br/n/204738/valor-de-mercado-de-mateus-vital-e-de-r-586-milhoes-de-acordo-com-site-especializado
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Atacantes:

O Vasco contratou Riascos, com boa passagem pelo clube e a pedido de considerável parte da torcida.

O Vasco contratou Rildo, que seria o homem de velocidade do time nos arranques ofensivos.

Andrés Riós, com contrato até junho de 2018, permanecia no elenco, após ter marcado três gols em 15 jogos no Campeonato Brasileiro.

Thales foi emprestado para o futebol japonês.

O Vasco renovou o contrato de Paulo Vitor, em janeiro de 2018, até 2023.

O Vasco renovou com Caio Monteiro, em dezembro de 2017, até 2021.

O clube não se interessou em continuar com Manga Escobar.

O Vasco não fechou as portas para Luís Fabiano, que, por sua vez, não sabia mais se continuaria jogando ou não.

O Vasco renovou, em janeiro de 2018, o contrato de Paulinho, elevando ao sêxtuplo, aproximadamente, sua multa rescisória.
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O texto anacrônico e longo é proposital.

Anacrônico para mostrar que por qualquer lugar que queiram andar não há argumentos para justificar culpas que não sejam ou estejam indiretamente relacionadas ao MUV amarelo ou descolorido, ao longo deste século, ou ainda por razão de fatores externos, prejudiciais ao Vasco, surgidos ou desenvolvidos com apoio ou silêncio da sigla versão século XXI e seus filhotes.

Longo, porque necessários serem embasados os fatos e não simplesmente despejá-los fora de contexto.

Apesar de tudo isso que vimos neste ano de 2018 só se o Vasco fizer muita bobagem nos últimos quatro jogos deixará de se classificar para a Copa Sul-Americana de 2019.

Sérgio Frias

O Dinamite de Jaleco

Boa tarde senhores, é com muita honra que volto a utilizar esse espaço onde tanta gente boa deixou marcada a sua história na vida vascaína.

Confesso que deixei de me manifestar por aqui por pura falta de tempo, mas hoje, diante do quadro em que o clube se apresenta, me vi na obrigação de deixar um pouco de lado os meus afazeres habituais para tecer breves comentários.

O Club de Regatas Vasco da Gama vem sendo bombardeado por interesses conhecidos desde meados do ano passado com ações judiciais mil, decisões induzidas pelo clamor da fervorosa parceria amarela/MUViana e até show pirotécnico com direito a bombas e pimenta foram vistas em São Januário.

Os ataques persistem agora entre ex parceiros de ocasião. Dr. Alexandre Campello, que no final do ano passado ingressara com uma ação judicial dentre tantas para desestabilizar o clube, hoje é vítima da mesma prática que usara anteriormente (o que seria divertidíssimo se não fosse o Vasco o único prejudicado), contudo o que me fez voltar aqui não foi isso.

Foram duas matérias enormes no estilo Globo, ludibriando a opinião pública e reacendendo a balela sobre fraude eleitoral do Vasco com o único intuito de fazer pressão no Poder Judiciário (como se este fosse pressionável) mas como é formado por seres humanos, não está imune ao falseio da verdade massificada.

E o que fez o nosso bravo representante? Silenciou-se!

Até que um “jornalista” conhecido do mundo esportivo vem a público trazer denúncias (mais uma na verdade) que recaem sobre a pessoa do presidente, que aí sim se sente atingido e vem a público mentir.

Mente não em relação ao assunto da matéria que deverá ser esclarecida aos poderes constituídos do clube, mas mente de forma patológica quando afirma que o clube pagará R$ 7 milhões a mais no custo do empréstimo e que o pedido deste teria sido negado para maiores esclarecimentos, mas na segunda foi aprovado sem que ele fizesse qualquer apresentação.

Não Dr. Campello, o empréstimo foi negado na primeira reunião porque o senhor jamais enviou um único documento ao Conselho Fiscal, porque sua gestão é pífia principalmente no que tange a tal propalada transparência, ainda mais se considerarmos que nunca antes na história do Vasco um presidente recebeu cerca de R$ 150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de reais) em menos de 1 ano, sem contar receitas advindas da TV aberta e fechada. E me responda honestamente, faça uma forcinha. O senhor implorou uma reunião com este grupo, no qual eu estive presente e afirmou que todas as obrigações trabalhistas e tributárias estavam em dia em 2018 (já que para o senhor o clube foi fundado em Janeiro desse ano), porém poucos dias depois o atleta Wagner conseguiu uma liminar por inadimplências ocorridas justamente em 2018.

O senhor acha mesmo que eu tenho tempo a perder com as suas verdades falseadas em Power point? A aprovação na segunda reunião se deu porque finalmente conseguimos compeli-lo a cumprir com a sua obrigação estatutária, mesmo que incompleta, e se há qualquer prejuízo ao Vasco nesse sentido, o responsável está sentado na cadeira da presidência.

Sendo mais claro, estou falando do senhor mesmo e não do vice presidente de controladoria que ao que parece, é quem comanda o clube.

Por fim, me estarrece o fato do atual representante do Vasco jamais se insurgir para defendê-lo, apenas quando sua honra é supostamente atacada e olha que material para desconstruir a farsa publicamente não lhe falta. Só fico com uma dúvida, seria descaso com a Instituição ou medo de virem à tona as digitais do atropelo praticado por alguns personagens desde o ano passado?

Abços,
SV

Márcio Magalhães

Transferência

O presidente do Vasco, Alexandre Campello, parece viver num mundo paralelo.

Devido à sua clara irresponsabilidade, desrespeito ao previsto no estatuto do clube e uma aparente soberba, o médico gestor forçou uma reunião no Conselho Deliberativo a 17/08 na qual, sem dar satisfação praticamente nenhuma ao Conselho Fiscal, pretendeu aprovar um empréstimo para o clube, buscando o convencimento através de narrativas e slides inconfiáveis exatamente pelo exposto acima.

Por outro lado, se o presidente do clube resolveu implodir sua relação com o grupo responsável por fazê-lo encabeçar a chapa concorrente às eleições do clube, isso não é problema do Vasco, mas pessoal dele.

A responsabilidade para com os poderes, mais particularmente em relação ao Conselho Fiscal, não pode ser maculada por questões políticas durante um período de três anos e era esse o caminho que estava sendo percorrido pela administração do clube até aquele freio visto em agosto último.

É curioso o fato de o médico gestor buscar no termo “transparência” algo que lhe cole à sua própria gestão, quando o termo “transferência” cabe perfeitamente naquilo que o faz descolar-se de todos os problemas surgidos por responsabilidade dele próprio.

Poderia o atual presidente ontem ter feito o uso da palavra para ratificar o compromisso firmado junto ao Conselho Fiscal, no que tange a documentos solicitados e ainda não enviados, bem como expressar sua satisfação diante de uma votação na qual grupos dos mais diversos caminharam juntos (embora saibamos não haver condescendência prévia quanto a lacunas futuras, caso forem propositalmente não preenchidas pela direção do clube), ou simplesmente ter agradecido pela presença de todos, afinal tratava-se de um pleito atrelado a quórum qualificado, que foi obtido até com certa tranquilidade (178 presentes).

Após a reunião, porém, Alexandre Campello, essa “raposa política”, preferiu ir à imprensa jogar nos outros uma culpa que é inteiramente sua pelo fato de ter sido suspensa a reunião anterior por falta de envio dos documentos pertinentes ao Conselho Fiscal, algo expresso no estatuto do clube, portanto obrigação e não favor.

Por fim, devemos lamentar o episódio ocorrido ontem de agressão a dois conselheiros do clube, opositores nossos no campo das ideias, mas vascaínos como os outros que lá estavam, dispendendo, todos, tempo de suas vidas particulares para discutir o clube e seus rumos.

Sérgio Frias

Elucidação

 

Foi noticiado, na tarde de hoje, decisão desfavorável a um recurso interposto pelo Vasco no caso envolvendo uma dívida com o ex-treinador Joel Santana. Não é de hoje que notícias desconexas e sem as respectivas nuances são publicadas em detrimento do Vasco, especialmente quando envolvem algum passivo sendo cobrado na Justiça.

Daí porque necessário pontuar-se. Pois bem. O processo em questão tem origem numa confissão de dívida firmada em maio de 2008. Na ocasião, o Clube obrigou-se a pagar R$ 860.000,00 em 36 parcelas mensais, fixas e sucessivas. O Clube, entretanto, quitou apenas as 2 (duas) primeiras parcelas, dada a opção pelo calote deliberado instalado desde a inauguração da república das bananeiras, em julho daquele ano.

Parte da dívida (parcelas vencidas entre agosto de 2008 e agosto de 2009) foi alvo de uma outra ação que tramitou na 3ª Vara Cível da Capital. Como o Vasco, notificado em março de 2012, não quitou as parcelas vencidas entre setembro de 2009 à maio de 2011, Joel Santana, em abril de 2013, promoveu nova ação para cobrança de tais valores. O processo prosseguiu com sentença a favor de Joel, mantida mesmo após os recursos interpostos pelo Vasco.

Em sede de execução a antiga administração procurou o ex-treinador para composição do débito, não alcançando êxito por exigências que o Clube entendeu descabidas, inclusive no que tange a valores.

Joel então prosseguiu a execução pretendendo receber R$ 1.408.798,48 (um milhão quatrocentos e oito mil setecentos e noventa e oito reais e quarenta e oito centavos), em novembro de 2015. Após intimado, o Vasco apresentou impugnação alegando a nulidade da sentença por incompetência da justiça comum e, subsidiariamente, excesso do valor cobrado.

O primeiro argumento foi rejeitado, o que ensejou, ainda na gestão passada, a interposição de recurso cuja relatoria coube ao Desembargador André Andrade. Portanto, diferentemente do que afirmou-se na notícia, o recurso rejeitado pelo referido desembargador não se refere à penhoras determinadas recentemente, mas sim à discussão da competência ou não da justiça comum para o processamento.

Importante esclarecer que, muito embora tenha experimentado revés na questão inerente à competência, que pode ser objeto de recurso às instâncias superiores, o Vasco obteve redução de R$ 641.332,62 (seiscentos e quarenta e um mil, trezentos e trinta e dois reais e sessenta e dois centavos) por assistir-lhe razão quanto ao segundo argumento (excesso da cobrança). A dívida, que pelos cálculos do credor seria de R$ 1.679.731,77 em dezembro de 2017, foi reduzida para R$ 1.038.299,15.

Aproveitando o ensejo, seria bom que se esclarecesse como o autor da ação indicou, no seu pedido de penhora, o código swift do suposto contrato de câmbio internacional pelo qual o dinheiro do mecanismo de solidariedade inerente ao atleta Philipe Coutinho ingressaria no país e, sobretudo, o porquê do Clube nada ter feito em relação a esse “vazamento”.

Estranho, muito estranho, especialmente quando o patrono do Joel é o mesmo que subscreveu o nefasto “acordo” firmado pela atual gestão para cancelar os títulos honoríficos concedidos em outubro do ano pretérito.

Saudações Vascaínas
Leonardo Rodrigues

Transparência que não se vê

Determinados termos, adotados à guisa de conceitos na ciência de botequim do jornalismo de ocasião, atraem inexplicável atenção ante ao respeitável público. Um deles é a transparência. Diz-se que é legal ser transparente, posto que se vê através. Enxerga-se a paisagem à frente, ainda que esta não passe de um cenário ao deleite dos incautos. Para além do cenário, a transparência esconde, torna invisíveis fatos, personagens, números, atitudes. Não há esconderijo mais adequado do que esse, posto que se apresenta como algo de extrema beleza, mas que não se vê.  À moda do conto de Andersen, A Roupa Nova do Rei, a transparência desnuda a incapacidade, a vaidade, o ridículo e não enseja – nem tampouco encerra – explicações. Procurado pela reportagem, não foi encontrado… É invisível, transparente.

A teatralidade da missiva do Rei nu, certo de sua veste magnífica, prenunciou um balanço confuso, omisso em vários aspectos e apócrifo – o perfeito Evangelho da Transparência Cênica. Não cínica, muito embora pudesse, eventualmente, ser. Mas, em se considerando a expertise e esperteza dos verdadeiros autores, bem como a escola teatral… O importante é fomentar, o fomento é o fermento do negócio. E o fermento cresce a massa, cujas migalhas alimentam a miséria dos beneficiários em tese, de prontidão eterna. Mas esse é outro assunto, na qual a esfera do contribuinte é tênue bolha em meio a um turbilhão.

O Rei nu foi o arauto de si próprio, anunciando-se à plebe com pompas e circunstâncias.  Agora deve à arraia-miúda a materialização da transparência. De transparente, a invisível. De Rei invisível a bobo. De bobo a um arremedo de louco, na medida em que alheio está às consequências de seus desatinos. Talvez seja assim, de médico e louco… Não é o que se diz por aí?

No mais, a transparência virou delicada vidraça e a pedra de si mesma. O Vasco, como sempre, um mero coadjuvante, o transparente infeliz e involuntário de um discurso que nada tem a mostrar, além da covarde terceirização de responsabilidades daquele que se mostra irremediavelmente despreparado a assumi-las.

No fim das contas, é a tal da opacidade que dá as caras, que se apresenta, que possui densidade e fibra para o enfrentamento da falsa e etérea ética que, de tão “sublime”, abomina sua própria prática…

Bem aventurados os opacos de coração!