Continuo afirmando precisar o time do Vasco de um primeiro volante dos considerados inquestionáveis e alertando que há poucas opções no mercado; permaneço pontuando ser importante um meia de criação para o restante da competição pois expulsões e contusões impedirão a manutenção do nível da linha de três no setor que conta, em tese, com Jorge Henrique, Andrezinho e Nenê; insisto na qualificação do time com novas opções para lateral e na busca por um centroavante de confiança da nova comissão técnica, primordialmente do treinador, pois Riascos e Herrera quebram um galho por ali, e pelo fato de termos como único atleta “top” da posicão, ainda no mercado, Pizarro, ex- Bayern Munich, peruano de 36 anos e que custaria ao Vasco, caso viesse a aceitar atuar no clube, valor superior a 10 milhões de reais ano, certamente.
Mas o assunto principal desta data é a inacreditável atuação da arbitragem CONTRA o Vasco em Goiânia.
O time começou na frente, tomou o gol antes dos 10 minutos, praticamente na primeira investida do adversário, poderia até ter levado o segundo num outro ataque, mas o pênalti marcado pela arbitragem pouco depois foi uma brincadeira de péssimo gosto. Um puxão na camisa do atacante goiano que nem ao próprio incomodou, visto ter ele mesmo pedido escanteio ao final da jogada. Um lance no qual no momento do tal puxão, que não alterou em nada a jogada, o atleta esmeraldino estava com um pé fora da área e outro dentro. A frenética marcação do bandeira foi no mínimo estranha. O mesmo bandeira que na segunda etapa deixou de marcar falta claríssima sobre Madson em jogada na direita, por trás, no nariz dele e assinalada pelo árbitro da partida.
Pouco depois um atleta do Goiás estica o pé para atingir bola ou rosto de Jorge Henrique, que na sequência dá um toque por baixo na perna do infrator, que por sua vez põe a mão no rosto como se tivesse sido atingido na face. O árbitro de longe expulsa Jorge Henrique, enquanto o bandeira, frenético minutos antes, se omite.
Na segunda etapa, em contragolpe goiano, Martin Silva faz uma bela defesa, mas parcial apenas, e no rebote Rodrigo vai para a briga com um avante goiano que sentindo o toque do zagueiro cruzmaltino se joga de forma acintosa ao chão. O árbitro marca o pênalti e expulsa Rodrigo, terminando o Vasco a partida com nove em campo.
Houve antes, quando o placar ainda era de 2 x 0, um lance na área do Goiás no qual Nenê percebe que vai ser tocado pelo defensor adversário (como de fato foi) e força a queda, mas a arbitragem, em cima, nada marca.
O irmão de Paulo Cesar de Oliveira – ex-árbitro, com o histórico de ter apitado de maneira ridícula uma partida contra o Vasco em 1999 diante do Paraná, em São Januário, a qual lhe trouxe consequências na época – só pode ter se inspirado naquele evento para atuar de forma tão esdrúxula, assessorado por um de seus bandeiras.
Já fico imaginando o que ocorreria se ao armar a bicicleta no primeiro gol do Goiás o atacante da casa fosse tocado ou impedido por Anderson Sales com uma paredinha ou um deslocamento comum. Talvez houvesse mais um pênalti contra o Vasco na partida.
Tivesse hoje o Vasco Edmundo, Juninho, Viola, Mauro Galvão, Felipe e cia. em Goiás, perdendo por 2 x 0, com 19 minutos de jogo, 10 contra 11, fruto de prejuízos oriundos da arbitragem (duas vezes, em lances cruciais), o destino do embate não se modificaria.
Problemas existem ainda, mas a postura tática do time hoje, mesmo com um homem a menos em campo, não se compara àquela vista contra Corínthians, Palmeiras, Santos entre outras partidas as quais nada mais foram (no 11 contra 11) que um autêntico ataque contra defesa.
Sobre permanência na primeira divisão, continuamos precisando de 30 pontos, mas agora em 18 jogos. Um empate hoje seria muito importante e a derrota fará com que o time tenha de buscar este ponto diante de um adversário mais difícil fora de casa. Já em seus domínios, com direito a errar muito pouco, o Vasco precisará de vitórias e muitas, para permanecer na Série A. Mas pelo visto a briga por isso terá de se iniciar fora das quatro linhas.
Sérgio Frias