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Sem descaso quanto à elucidação

Reginaldo Rabelo escreveu:

“Concordo com vcs. Descaso absoluto a mais de 20 anos. Não me lembro de algum dia, desde pelo menos 1998, em que não vi alguma notícia sobre calote, penhora, inadimplência, etc do Vasco da Gama. Hoje mesmo está lá: o atleta Jean Patrick – que passou pelo clube em 2015(gestão sabe-se bem de quem), acaba de penhorar rendas de jogos por falta de pagamento de R$ 93 mil (noventa e três mil reais) que deixaram de lhe pagar naquele ano(repito 2015).

O caos que foi deixado em janeiro de 2018 não será resolvido em pouco tempo: patrocínio fictício de uma empresa idem; contratos longos com jogadores acabados para o futebol; liberação de Anderson Martins, Madson e Mateus Vital a troco de nada; 4 folhas de pagamento(novembro, dezembro, 13º, tudo de 2017, e férias) sem pagar e sem dinheiro à vista; quotas de TV de 2018 totalmente antecipadas; luvas do novo contrato com a Globo gastas não se sabe como; empréstimos com a FFERJ(por conta do campeonato carioca) e CBF(por conta de recebíveis de futuras Copas do Brasil), etc;”

Vamos falar sobre tudo isso, também.

Como sempre vcs não publicarão meu comentário. Mas é o retrato do Vasco, outrora um grande que rivalizava com o urubu em termos nacionais e que as sucessivas gestões neste século transformaram no maior frequentador da Série B(entre os outrora grandes do futebol brasileiro). E haja balanços fictícios, desde a era Aremithas…

É triste, casaquistas. Mas, é real…”
—–
Os balanços fictícios que você diz existir desde a época Aremithas, você mesmo deveria ir cobrar do Calçada, presidente do clube, mas antes teria de ir lá atrás entender porque no Vasco era ignorado pagamento de impostos nos anos 50, 60, 70… BOA INVESTIGAÇÃO!

Você é antigo aqui e eu, particularmente, há tempos não vinha para a moderação. Uma pena. Poderia elucidá-lo mais vezes.

Vamos falar sobre tudo. Quanto mais se falar de Vasco, mas vai se enxergar a diferença do Vasco com Eurico Miranda, atuando em função executiva, ou sem ele.
——
O Vasco, outrora um grande?

Quem no Rio conquistou mais títulos que o Vasco no último triênio com Eurico Miranda à frente do clube?

Ora, se for o Vasco, então é ele o melhor do Rio no quesito conquistas, que desde o tempo da sua tataravó é fundamento para definir a questão.

Na disputa nacional de mata-mata entre Vasco x Flamengo no último triênio, com Eurico Miranda à frente do clube, quem venceu o confronto?

Se foi o Vasco você já começa a se complicar. Seu comentário vai murchando, murchando…

Nos confrontos contra o próprio Flamengo em Campeonatos Brasileiros na última administração de Eurico Miranda quem ganhou mais vezes?

Ih!!! Deu Vasco, de novo! Seu comentário se torna cada vez mais frágil.

Ano passado (não em 1928, 54, 75, 84, 96, 2006, 2012) qual a diferença de posto entre Vasco e Flamengo no Campeonato Brasileiro disputado?

Uma posição? Foi isso mesmo? Em função de um pênalti marcado a favor do Flamengo nos acréscimos da partida contra o Vitória?

O que houve, então, nos parece claro. Uma óbvia igualdade na disputa entre os dois clubes em nível nacional.

E em 2015?

Lembra de 2015, você silente quanto aos prejuízos de arbitragem exercidos contra o Vasco e em favor dos clubes de Santa Catarina? Pois é.

Eu me lembro perfeitamente. Ocorre que, se ao invés de o Vasco ter sido garfado em 14 pontos no campeonato nacional disputado, a vítima fosse o Flamengo, este teria caído da mesma maneira, o que aliás também teria ocorrido com Fluminense, Palmeiras e Cruzeiro.

Mas o Vasco se vitimizou como à época sua turma fazia com o MUV no poder, choramingando por tudo, etc…?

Não!!!!! O Vasco ficou sete meses invicto, iniciando tal invencibilidade em novembro de 2015, seguindo-a até junho de 2016.

No referido período disputou 11 clássicos estaduais e interestaduais (7 vitórias e 4 empates) e obteve a maior sequência invicta de toda a sua história em partidas oficiais, superando o recorde da história de vários clubes grandes nacionais. Veja:

Atlético-MG
Flamengo
Internacional-RS
Palmeiras

Primeiro pare de morder os cotovelos. Parou? Vamos seguindo.

No século XXI qual clube, em todo o Brasil, conseguiu um número superior a 34 partidas oficiais invicto?

Nenhum. Vou repetir, soletrando para você, em sua homenagem. N-E-N-H-U-M.

Corinthians e Cruzeiro foram os únicos que igualaram o Vasco.

Mas, vamos em frente.

Você não conhece praticamente nada da história do Vasco para falar as bobagens que disse antes (as quais irei rebater, obviamente, e com prazer), mas aproveite para pôr também em sua cachola que qualquer vascaíno com menos de 70 anos jamais havia visto o Vasco chegar ao mês de junho de um ano sem ter perdido jogo oficial algum.

Agora vamos a um fato inquestionável sobre essa diferença entre Vasco e Flamengo sob o aspecto financeiro, mas não sem esquecer o esportivo e institucional conexos:

– Apesar de possuir uma torcida maior, todo o apoio midiático possível e não previsto dentro do razoável;

– Apesar dos inúmeros títulos “roubados”;

– Apesar da tentativa de se criar um polo no qual eram mocinhos e o Vasco bandido, o que se tentava fazer desde os anos 20;

– Apesar de desde o início do século XXI até ali o rubro-negro ter um número maior de títulos conquistados, a partir de estaduais, dentro do próprio século, em sete anos e meio (seis contra dois);

a) Não recebiam um centavo a mais que o Vasco em nível estadual ou nacional, nos campeonatos que ambos disputavam.

b) Não ganhavam um Campeonato Brasileiro desde 1992, enquanto o Vasco depois disso já havia vencido dois.

c) Perdiam no confronto direto contra o Vasco.

d) Apanharam de mão cheia do Vasco, sem conseguir fazer cinco gols contra nós desde 1943.

e) Brigaram para não cair na última rodada do Campeonato Brasileiro, no atual século, até ali, duas vezes, poderiam ter descido em 2002 pela escalação irregular do atleta Wendel, enquanto o Vasco JAMAIS havia precisado matematicamente de qualquer ponto nas últimas duas rodadas do Campeonato Brasileiro para se manter na primeira divisão.

f) Enquanto flertaram com o rebaixamento, chegando até o início do Campeonato Brasileiro de 2007 a figurar no Z4, o Vasco não figurava no Z4 há 108 rodadas em 30/06/2008, quando houve a troca de gestão.

g) Na era dos pontos corridos, até ali, o número de vezes em que o Vasco havia figurado na zona de rebaixamento (todas elas no 1º turno) fora 14 (e se considerarmos os resultados dos jogos anulados de 2005 e seus posteriores resultados este número diminui para menos de 10).

h) Se o Vasco ficou 14 vezes na zona de rebaixamento naquele período, em quantas oportunidades ficou o Flamengo nela? QUARENTA e SEIS. Não sei se percebe, mas é mais que o triplo.

i) Além de o Vasco ter sido Campeão Brasileiro neste século, disputando a finalíssima no Maracanã e garantindo com isso a edição de 2000, finalizada em janeiro de 2001, façamos a comparação de performances dos dois clubes no Campeonato Brasileiro, entre 2001 e 2007, pois em 2008 apesar de o rubro-negro estar à frente do Vasco na oitava rodada do turno, como ocorrera em 2005 e no caso contrário com o próprio Flamengo em 2007 (ambos com inversão de posição ao final do certame), ainda havia muito campeonato a se jogar.

2001 – Vasco à frente
2002 – Vasco à frente
2003 – Flamengo à frente
2004 – Vasco à frente
2005 – Vasco à frente
2006 – Vasco à frente
2007 – Flamengo à frente

j) Finalmente, como estava o Vasco no confronto direto diante do Flamengo em Campeonatos Brasileiros no século. Quem estaria na frente? Seria mais uma esbofeteada?
2001 – Vasco 5 x 1
2002 – Vasco 2 x 1
2003 – Flamengo 2 x 1
2003 – Flamengo 2 x 1
2004 – Vasco 1 x 0
2004 – Vasco 1 x 0
2005 – Flamengo 1 x 0
2005 – Vasco 2 x 1
2006 – Vasco 1 x 0
2006 – Vasco 3 x 1
2007 – 1 x 1
2007 – Flamengo 2 x 1.

Vamos contar? Pegue seu ábaco.

Vitórias do Vasco: Uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete.

Vitórias do Flamengo: Uma, duas, três, quatro (torce aí por mais Reginaldo!!!!!!). Quatro, quatro, quatro. É, eram quatro mesmo.

Vamos ajudar o Flamengo pondo as duas da final da Copa do Brasil em 2006? Concorda, Reginaldo? Então vamos lá.
Quatro, cinco, seis.

Ih, Reginaldo. Ainda ficaram atrás!!!!!!!

Mas o que teria ocorrido, então, Reginaldo, para que começasse uma diferença tão grande entre julho de 2008 até 2014?

Por que aquele grupo que te entusiasmava, hoje vestido de amarelo com seus filhotes, chamado à época de MUV, não experimentou a mesma supremacia?

1 – Porque após pegar o Vasco em nono lugar no Campeonato Brasileiro, há 108 rodadas fora da zona de rebaixamento, deixou que caísse para a segunda divisão com discurso de palanque e muito esforço, fazendo uma besteira atrás da outra até se consumar a queda, inclusive contratando nove atletas sem condições físicas ou técnicas para atuarem a contento naquela competição. Para se ter uma ideia, Reginaldo, com duas rodadas do MUV no poder o Vasco já era sétimo, mas nove depois já estava na zona do rebaixamento, após sofrer a maior goleada da história do confronto contra o Vitória-BA.

2 – Porque se postou como pedinte em 2009 e tratou a Série B e sua “inolvidável” conquista pelos olhos descoloridos da época, amarelados de hoje, como um grande feito e aquele como um grande ano do clube (propaganda é tudo). Até a eliminação do Campeonato Estadual com goleada sofrida do Botafogo por 4 x 0 foi motivo de aplauso. Qual seria o resultado disso para o ano seguinte, Reginaldo?

3 – Um abaixo do medíocre 2010, no qual o maior feito do Vasco foi chegar à final da Taça Guanabara, derrotando o Fluminense nos pênaltis, na semifinal. Era sábado de carnaval, mas após a folia o ano se mostrou digno de quarta-feira de cinzas. Na rodada última antes da parada para a Copa do Mundo o Vasco figurou na penúltima colocação e o conto do vigário já havia sido visto como aquilo que era (conto mesmo).

4 – Aí, Reginaldo, começou a gastança desenfreada, sem qualquer critério, com as vindas de atletas que o clube não tinha como pagar ou comprar, mas fazia assim mesmo e aos borbotões, num quadro que evitou a queda em 2010, não inibiu o pior início de Campeonato Carioca da história do Vasco no ano seguinte, levou o clube a um bom período, entre maio/junho de 2011 até junho/julho de 2012, mas que o inviabilizou. Junto é claro a todas as opções de calotes (as quais você não se movia para contestar na época), a partir do final daquele período até a saída do MUV de dentro do Vasco em dezembro de 2014, tendo aumentado a dívida do clube em 334 milhões de reais (e isso considerando o balanço patrimonial do Vasco de 2008 apresentado com as retificações na caneta oriundas da própria sigla).

5 – Finalmente, Reginaldo, lembra daquele item A? Pois é.

O Vasco, sorridente e malandro, na figura de seus dirigentes da época, ficou satisfeitíssimo em 2011 de receber o dobro do que havia recebido no contrato feito pelo bobo do Eurico Miranda em 2008 até 2011. O valor pago, por sinal, não era em homenagem ao Vasco, mas sim em função da ameaça de concorrência da Record na ocasião, que queria para ela os direitos de transmissão.

Mas o que os malandros esqueceram de perguntar era quanto o Flamengo ganharia.

Como na época intitulou-se que o Vasco não tinha que ficar preocupado com o Flamengo e seguir a vida dele (isso era coisa do Eurico e daquela “velharada”, que afirmava isso durante 110 anos sem ninguém saber o motivo) a parte do bolo total que caberia ao Vasco, caso fosse mantido no primeiro grupo entre os recebedores de cotas, foi para os que ficaram acima dele na nova divisão, que pôs, primordialmente, Corinthians e Flamengo com uma distância gigantesca sobre os demais. O Vasco ainda recebeu menos que o São Paulo, pouco menos que o Palmeiras e reduziu enormemente a diferença que possuía em relação ao Santos.

Com isso, nobre Reginaldo, a exposição de imagem do Flamengo em jogos aumentou muito mais, a dinheirama recebida por eles em relação ao Vasco idem e mais ainda se justificaram negócios maiores em favor do Flamengo se comparado ao Vasco, vide ofertas da CEF para a dupla de queridinhos em relação aos demais, algo iniciado três anos depois e só para dar um exemplo.

No último triênio, já com Eurico Miranda de volta ao clube, conseguiu-se modificar o critério um pouco ao menos, mas era fundamental para o Vasco uma campanha no Brasileiro de 2018 similar ao de 2017 para que sua cota tivesse um impacto positivo em relação ao recebimento do valor referente a 2019.

Creio, Reginaldo, que o assunto Flamengo, que já é para sempre freguês do Eurico, enquanto esteve em função executiva no clube, está devidamente esmiuçado.

Vamos em frente, que atrás vem gente, mordendo mais os pobres cotovelos.
——
Sobre Jean Patrick há lá um valor referente a férias e outros pequenos pedidos. Nada de salário dos meses em que atuou, nem décimo terceiro. E se você for buscar algo dos dois primeiros anos de gestão do clube na última administração de Eurico Miranda vai encontrar, quem sabe, uns três, quatro casos, contra quase 200 milhões de dívidas pagas. Uma bela troca, sem dúvida.

O que todo gestor quer é um caos no qual ele entra, recebe 10 milhões de reais em uma semana, parcela de mecanismo de solidariedade, prêmios de competições, as quais já pegou o Vasco classificado e em cerca de 90 dias mais 45 milhões líquidos, com um total arrecadado no ano de 100 milhões, deixados de bandeja por quem saiu.

A gestão anterior poderia ter vendido Paulinho por 12 milhões de euros e pago tudo de dívida, mas resolveu deixar para a outra a possibilidade de vendê-lo por 25, 30 milhões.

Os salários de novembro foram pagos com dinheiro obtido através da participação do gestor que saía, com um parceiro seu durante o triênio e os salários de dezembro e décimo terceiro da época não foram efetuados até hoje.

Que diferença para 2014, hein? Mas aí quem assumiu tinha responsabilidade.

Por outro lado, que vergonha fez o grupo do ódio contra o Vasco no ano passado, não? Qual o prejuízo que causou ao clube com a sabotagem contra São Januário? Quantos milhões? Isso interferiu em contratos outros que estavam sendo negociados? Claro. Só porque refutavam ver o Vasco na Libertadores, levado pelas mãos da administração que odiavam. Vergonha completa.

O fato é que o clube foi recebido com 688 milhões de dívida – e se postas naquela época aquelas que a atual administração considerou no balanço apresentado, usando os mesmos critérios, ultrapassaria mole 730 milhões – e foi deixado, segundo as contas de quem saiu com 582 milhões, segundo quem chegou, com 645 milhões, ou seja, a dívida diminuiu.

Pode ser que aumente com o não cumprimento de acordos antes celebrados e que foram honrados em esmagadora maioria até setembro do ano passado, por mais de 100 demissões, sem que saibamos se foram pagas as verbas rescisórias, mas com a dinheirama que entrou este ano (na mão) talvez tudo tenha se resolvido a contento.

O mais curioso disso tudo é que em junho de 2008 o Vasco foi deixado com salários em dia, situação fiscal regularizada, partícipe do Ato Trabalhista (em condições melhores que as de Fluminense e Botafogo no mesmo Ato), patrimônio conservado, base com grandes revelações, acordos cumpridos e um custo mensal de 3 a 3,5 milhões de reais, mais 10 milhões para serem trabalhados pela venda de Phillippe Coutinho, com recebimento da primeira parcela prevista na ordem de 3 milhões de reais em 30/07 daquele ano, cotas de TV a serem antecipadas através do Clube dos 13, independentemente da vontade global.

O clube foi recebido em dezembro de 2014 com quase o dobro de dívida, sem crédito, sem ninguém para que se fizesse grande dinheiro rápido, em termos de base, com uma despesa mensal entre 10, 12 milhões de reais. Mas com 25 dias o Vasco já tinha as certidões, coisa que com todo o dinheiro recebido em 2018 não conseguiu.

Sobre salários, recebeu da mesma forma que deixou em 2017, mas resolveu tudo em cerca de seis, sete meses. Qual atleta da base mesmo o Vasco teve para fazer dinheiro em 2015? Deixe-me ver.. Seria nenhum?

Sobre cotas de TV. Que saudade de 2008, hein, Reginaldo???? Primeiro grupo entre os recebedores daquele valor, contrato assinado até 2011, e comprometido apenas até o primeiro trimestre de 2009. Muito melhor que a situação na qual o clube foi encontrado em janeiro de 2001, não é? Afinal o Vasco virou o século sem que tivesse qualquer valor a receber em 18 meses!

Sobre gastos “não sabe como”. Não sabe mesmo, Reginaldo? Com a limpeza de todas as barbaridades que seu grupo fez entre julho de 2008 e novembro de 2014, ou você acha que reconstruir se faz com a mesma capacidade que se destrói algo? Lembre outra vez de como pegaram o Vasco em 30/06/2008. Não esqueça.

Aí veio sua turma, aquela que você bateu palmas. Deu apoio. E qual foi o resultado? Cem por cento comprometido das cotas de 2015 (não falei 92% e sim 100%). Que vergonha, Reginaldo. Mais uma daquela trupe.

Em 2014 o Vasco foi duas vezes à FFERJ para obter verba visando pagamento de salários dos atletas e evitar, com isso, que no meio da Série B os atrasos ultrapassassem três meses e pudesse haver uma debandada. Quem conseguiu isso para o clube não foi seu presidente à época, mas sim seu opositor. Que diferença de postura, não?

Você acha mesmo que o Vasco não devia nada à CBF em 2015? HAHAHAHAHA.

Sobre atletas (como gosto das oportunidades que você nos dá), o que tivemos:

Contratações (todas a pedido de Zé Ricardo ou com o aval dele):
Rafael Galhardo
Erazo
Luiz Gustavo
Fabricio
Desabato
Thiago Galhardo
Rildo
Riascos

O Vasco renovou com Martin Silva, Breno, Ramon, Wellington e Kelvin.

Em relação à base, entre dezembro e janeiro, renovou com Bruno Cosendey, Caio Monteiro, Evander, Paulinho e Paulo Victor.

Permaneceram ainda:
Jordi
Gabriel Félix
Yago Pikachu
Ricardo Graça
Henrique
Alan Cardoso
Andrey
Wagner
Escudero
Nenê
Guilherme Costa
Andrés Rios

Você, tão preocupado com “caos”, deveria ter aplaudido o acordo feito pelo Vasco com Anderson Martins, afinal o clube não teve de pagar o devido e conseguiu ainda o distrato de um contrato no qual por mais um ano e oito meses teria de desembolsar 520 mil mensais para um atleta que hoje não é nem titular absoluto no São Paulo.

Sobre Mateus Vital, como você já deve ter lido, foi vendido 85% por um valor que o mercado entendia valer o atleta por 100% dos direitos econômicos na época. Hoje vale 200 mil euros a mais, após ter passado uma temporada na qual conseguiu média próxima da do Escudero na temporada de 2017, em termos de passes e gols. Vital fez dois este ano, contra um do argentino no ano passado. Vital deu duas assistências e sofreu uma penalidade máxima, contra três assistências dadas pelo argentino em 2017. Comparado a Thiago Galhardo este ano, então, chega ser covardia.

Sobre Madson, engraçado é. O atleta não valia um níquel para a grande maioria da torcida. O Vasco vendeu por 500.000 euros 60% dos direitos econômicos do jogador, ou seja, ainda tem 40% e ele foi banco do Grêmio o ano todo, preterido por um atleta com 40 anos de idade.

——
Agora a cereja do bolo:

“Descaso absoluto a mais de 20 anos. Não me lembro de algum dia, desde pelo menos 1998, em que não vi alguma notícia sobre calote, penhora, inadimplência, etc do Vasco da Gama.”

Em primeiro lugar, tais notícias remontam a história do Vasco desde os anos 60 e as situações das mais esdrúxulas já vivera o clube, antes da chegada de Eurico Miranda em 1986.

Impostos, salários, rescisões trabalhistas, atleta comprado e não pago, falta de luz, problemas com a CEDAE, INPS, IPCA, penhora de São Januário, de telefone, de caldeira, exaustor, troféu.

E isso com resultados esportivos pífios, pois para se ter uma ideia, desde 1960 até 1985 o Vasco conseguiu uma média de um título a cada cinco anos (considerando ainda que ganhou um deles empatado com três outros clubes).

Vamos contar, Reginaldo? A chamada matemática elementar?

Nesses últimos 20 anos aí que você citou, quantos títulos ganhou o Vasco, desde Campeonato Estadual? 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Seria quase o dobro? Sim. Pois é.

O Vasco nos últimos 15 anos ganhou praticamente aquilo que conquistou naqueles 25, antes da chegada de quem? Pois é.

O descaso absoluto nada mais é do que uma continuidade daquilo que você aplaudiu em julho de 2008 e que queria ver com outra cor em dezembro de 2014. Teimoso que é quis pagar para ver novamente em 2018 e aí está. Pegue esta culpa que também é sua e carregue-a consigo. É o jeito.

Sempre um prazer elucidá-lo.

Sérgio Frias

*Comentário feito pelo postante na matéria “Descaso absoluto”

Cola vagabunda

A eterna tentativa de colar algo que não adere se manifesta pelos mais diversos grupos políticos, ou pseudo apolíticos, os quais surgem querendo distorcer o óbvio e se espalham na rede como pus de uma ferida impossível de cicatrizar porque atrelada a um ódio doentio. O resultado disso é um hematoma irrecuperável. Mais que um câncer é uma dor curtida, porque odiar faz bem a quem tem pouco para oferecer.

A gestão anterior do clube, que assumiu o Vasco com 688 milhões de dívida e o deixou – segundo um balanço apresentado pela atual direção – com 645 milhões, que diverge dos números apresentados pela outra (582 milhões), obviamente DIMINUIU A DÍVIDA DO CLUBE nesse período e deixou ativos que não recebeu da outra, o maior deles Paulinho, que teve seu contrato renovado na primeira semana de janeiro deste ano, estipulada sua multa rescisória em 30 milhões de euros.

Se o Vasco deixou comprometidas cotas de TV na ordem de 92% em relação a 2018, pegou com mais do que isso comprometido em 2015.

A situação era pior e não havia como se fazer dinheiro a curto prazo, pois o que foi deixado de base não oportunizava a grandes receitas.

Muito diferente dessa situação estava o clube em junho de 2008, quando a chapa amarela da época, apelidada de MUV, assumiu o clube.

Na ocasião, o Vasco tinha comprometidos seis meses do fim daquele ano, mais metade do trimestre primeiro de 2009 e só, fora uma discussão junto à Globo que nunca foi a lugar nenhum, sobre uma suposta dívida do clube com ela.

A situação, por sinal, era muito melhor do que a encontrada em 2001, quando o Vasco não tinha nada a receber por cerca de 18 meses, o que oportunizou à Rede Globo promover o torniquete financeiro contra o clube por igual período, até o início do segundo semestre de 2002.

Ressalte-se também, em relação às cotas de TV, que o Vasco fazia parte, por quase 25 anos, do primeiro grupo, entre os recebedores de tal quantia.

Caiu o clube para a quinta posição em 2011, quando a chapa amarela da época buscava sua reeleição.

Entendemos que alguém com pretensão de escrever sobre administrações do Vasco e seu histórico saiba ser inadequado ignorar como foi assumido o clube em 2001, isto é, com salários atrasados em até mais de três meses (basta ver os pedidos dos atletas na Justiça no decorrer daquele ano, referentes aos valores cobrados).

Bem como entende-se ser do conhecimento geral que direitos de imagem em atraso cobrados por craques como Edmundo e Romário retroagiam a 1999 e 2000, enquanto passes de jogadores trazidos em 2000, em alguns casos, não haviam sido pagos, impostos não eram recolhidos – um problema que existia desde o final dos anos 60 – e a filosofia adotada por todos os clubes grandes brasileiros era a mesma: fazer dinheiro, primordialmente, com a venda de atletas, acima mesmo do que negociavam receber via TV, até quase a virada do século.

Elucidado tal ponto, o Vasco foi deixado em 30/06/2008 com salários em dia, situação fiscal regular, inúmeros acordos judiciais e extrajudiciais honrados, ato trabalhista cumprido, também, desde 2004, e outro assinado em situação melhor que a dos demais grandes clubes devedores deste estado no final de 2007, além de um contrato com a TV, válido até 2011, do qual o clube poderia usufruir de todo ele, a partir do segundo trimestre do ano de 2009.

Na época, caso quisesse adiantar cotas não precisaria o Vasco de inúmeros avais, porque o Clube dos 13 recebia diretamente o dinheiro da Globo e repassava aos filiados com apenas uma garantia bancária, que era dada, no caso do Vasco, com operações realizadas pelo Bic Banco, tal qual foi feito mais de uma vez, já pelo MUV amarelo, no segundo semestre de 2008, período no qual também teve a receber a gestão sucessora 3 milhões de reais pela primeira das três parcelas referentes à venda de Phillippe Coutinho, fora rendas sem penhora, premiações correspondentes à Copa Sul-Americana, mecanismo de solidariedade, entre outros valores.

O patrimônio do clube estava muito bem conservado, acarretando elogios da oposição que se instalava no poder.

Se entre 2001 e 2002 o Vasco adquiriu mais imóveis (procedimento iniciado em 1998) para incorporar a seu patrimônio praticamente uma rua inteira, ao longo dos anos construiu o Colégio Vasco da Gama, fez inúmeras obras de conservação do complexo de São Januário, mantendo limpo e conservado seu patrimônio naquele período.

Podemos extrair como exemplo sobre não só o patrimônio físico, mas a estrutura do Vasco, fala do Vice-Presidente de Futebol do clube, Manoel Fontes, que assumiu o cargo à época, logo no início do mandato da gestão MUV amarela, e que afirmou com apenas 15 dias daquela trupe no poder:

“Isso é meu. Tenho que ser sincero e honesto. A nível de estrutura, infra estrutura do Vasco da Gama, das instalações, a gente que realmente reconhecer que foi feito um trabalho magnífico. O Vasco da Gama hoje tem instalações que são respeitáveis e comparadas aos vários clubes, talvez até internacionais”.

O patrimônio deixado pela gestão que esteve seis anos e cinco meses pelo Vasco (reeleita com quase 95% dos votos após o primeiro mandato) continha 30 toneladas de lixo a céu aberto, São Januário capacitado a receber cerca de 15.000 pessoas (quando assumira o Vasco o limite de público pagante, fora gratuidades, era de 24.500 lugares), sem clássicos disputados no estádio, com inúmeros problemas em itens comezinhos, fora um parque aquático sob tapumes, ginásio em desuso e colégio Vasco da Gama praticamente largado, entre inúmeros outros abandonos vistos no espaço de suas sedes.

Após nova troca de gestão e a volta daquela que gerira o clube de 22/01/2001 a 30/06/2008, tudo o acima narrado evoluiu, a olhos vistos.

Faz-se uma visita guiada no clube desde agosto do ano de 2017, podendo o Vasco, com orgulho, mostrar a sócios e visitantes seu patrimônio, totalmente recuperado.

Sobre a área fiscal, a esmagadora parte da dívida deixada para a gestão MUV amarela era cerca de 95% dela oriunda do século anterior e equacionada pela gestão que antecedeu aquela responsável por diminuir e rebaixar o clube institucionalmente.

Tanto isto é fato que foi o Vasco o único dos grandes cariocas a obter certidões positivas com efeito de negativas em 2005, bem como o primeiro regularizado para adentrar na Timemania, quase no final de 2007.

A situação encontrada em dezembro de 2014, com relação a certidões (o clube passou a grande parte da gestão MUV amarela sem tê-las) foi resolvida em menos de 25 dias e o Vasco as manteve até quase o final daquela gestão, portanto, não por seis meses, um ano apenas, tanto que de forma inédita obteve verbas da Confederação Brasileira de Clubes e pôde assinar com tranquilidade três contratos de patrocínio com a Caixa Econômica Federal, que, por sinal, não queria ver o clube nem pintado de ouro em dezembro de 2014, porque no decorrer do contrato anterior o Vasco descumpriu praticamente tudo, quanto às obrigações contratuais de sua parte.

Sem certidões há alguns meses e com a entrada de algo em torno de 120 milhões de reais no decorrer de 2018 o Vasco não voltou a obtê-las até aqui, embora na carta amarela, assinada pelo atual presidente do clube, a 30/04, fosse dito que entre as despesas prementes a serem pagas, estava um valor na ordem de 27 milhões para regularização das certidões, como objetivo final.

Sobre a dívida, dissemos lá em cima ter sido diminuída, conforme foi evidenciado nas apresentações das contas deste ano. Ocorre que a história não começa aí. Não, não, não.

Em 2001 a situação financeira do Vasco era caótica porque seu grande parceiro deu simplesmente um calote na ordem de 12 milhões de dólares, enquanto a Vasco da Gama Licenciamentos entendia ser o clube devedor de algo em torno de 75 milhões de reais, considerando valores concernentes a contratos de cotas de TV e prêmios obtidos pelo clube por competições conquistadas (exemplo, Mercosul), entre outros.

Uma interpretação peculiar do contrato assinado na época, no qual estava previsto o recebimento de 50% do valor referente a acordos em prol do Vasco, conseguidos pela empresa e não pelo próprio clube, evidentemente.

A situação já era complicadíssima a partir de julho de 2000, quando o Vasco sofreu o calote mencionado acima e se tornara insustentável no final de 2000, com inúmeras obrigações não cumpridas, referentes ao projeto olímpico, futebol, basquete, futsal, obrigações outras e contratos assinados até 2001, 2002, ficando ainda pior com a perda de ativos do Vasco, considerados a partir do início de 2001, quando começou a viger a Lei Pelé, combatida abertamente pelo então deputado federal Eurico Miranda, enquanto os doutos jornalistas, escribas e sabichões do mundo futebolístico afirmavam ser aquela a lei de alforria dos atletas e o início da profissionalização do futebol brasileiro.

Na verdade, ali seria o início da queda institucional de todos os grandes clubes, vide a diferença de qualquer um deles em relação aos principais europeus e até medíocres europeus, como se percebe na dura realidade de hoje, apesar de duas ou três exceções vistas em todo o século até aqui.

A direção que saía em junho de 2008 apresentou um balanço no qual deixava o Vasco com 190 milhões de dívida, valor bastante inferior à maioria dos grandes clubes brasileiros e menor, sem dúvida, em relação aos grandes clubes cariocas, como aliás fazia sentido, uma vez que no Rio quem melhor e mais cumpria obrigações financeiras e fiscais era o Vasco (vide acordo trabalhista último, feito à época, certidões obtidas, a primeira delas em 2005, sem penhoras de rendas nos vários jogos anteriores à troca de gestão e um custo mensal variável entre 3 e 3,5 milhões de reais).

O MUV amarelo assumiu e afirmou ser a dívida no valor de 354 milhões. Acompanhando todos até aí? ÓTIMO!

O MUV amarelo saiu, deixando uma dívida de 688 milhões. Todos contando? Aumento de 334 milhões, quase o dobro.

Dos 688 milhões de dívida recebidos, temos hoje números divergentes, entre 582 milhões de dívida e 645 milhões.

Fica a pergunta a ser respondida por qualquer aluno de ensino primário. Sem a participação do MUV quanto deveria o Vasco hoje?

E sem que o clube tivesse dívidas em janeiro de 2001, quanto deveria o Vasco – novamente sem o MUV – em dezembro de 2017?

Mas há ainda um detalhe importante: como o Vasco foi recebido em dezembro de 2014?

Não havia qualquer expectativa pela entrada de recursos, as cotas de TV estavam 100% comprometidas, o Vasco não podia implementar um programa de sócio torcedor até novembro do ano seguinte, em função da multa contratual, não havia crédito, o clube devia a postos de gasolina, desentupidoras e outras prestadoras de serviços baratos, tinha contra si mais de 200 títulos protestados, comparado a nenhum deixado em 2008. Uma situação absolutamente deplorável.

Ficamos imaginando como seria a continuação amarela diante daquele quadro de coisas.

Vamos, então ao futebol, finalmente! O assunto principal hoje em dia para usos e costumes das mentiras espalhadas na rede.

Algumas perguntinhas básicas, quanto aos últimos dois anos, anteriores à troca de gestão no clube, em 2008:

1 – Há quantas rodadas o Vasco não frequentava a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, desde o início dos pontos corridos, em 30/06/2008?
a) uma
b) 10
c) 20
d) 108
——
2 – Qual era o clube carioca que menos frequentara a zona de rebaixamento, desde o início da era dos pontos corridos, até 30/06/2008?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——-
3 – O Vasco foi deixado em nono lugar no Campeonato Brasileiro, com o mesmo número de pontos do oitavo colocado, com o sétimo melhor ataque da competição e a décima primeira defesa menos vazada.
Baseado no fato histórico, responda: Quantas rodadas precisou o Vasco para chegar à zona de rebaixamento, após a direção MUV amarela assumir o clube?
a) Uma
b) Duas
c) Dez
d) Onze
—–
4 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve na zona de classificação para a Taça Libertadores, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 28 vezes
——–
5 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os seis primeiros, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 39 vezes
——-
6 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores a 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os oito primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 53 vezes
——
7 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os 10 primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 62 vezes
——
8 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os 12 primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 71 vezes
———
9 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre o 13º e o 16º lugar, em 76 rodadas?
a) 70 vezes
b) 60 vezes
c) 50 vezes
d) 5 vezes
——
10 – No Campeonato Brasileiro de 2008, em suas primeiras oito rodadas, o Vasco ficou na posição de classificado para a Libertadores em alguma delas?
a) Impossível com aquele time do Eurico
b) Não sei, pois não ia aos jogos, apenas fazia política
c) Não
d) Sim
——-
11 – No Campeonato Brasileiro de 2008, em suas primeiras oito rodadas, o Vasco ficou entre os 10 primeiros colocados em:
1) Nenhuma rodada
2) Uma rodada
3) Duas rodadas
4) Seis rodadas
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Agora vamos ao triênio 2015, 2016, 2017:

12 – Em que lugar o futebol do Vasco foi encontrado em dezembro de 2014?
a) Na Libertadores
b) Campeão invicto da Série B
c) Campeão da Série B
d) Terceiro lugar na Série B, sem ter liderado a competição em rodada alguma.
——
13 – Em que lugar o futebol do Vasco foi deixado em dezembro de 2017?
a) Campeão da Série B
b) Vice Campeão da Série B
c) Terceiro colocado na Série B
d) Na Libertadores
——
14 – Qual clube carioca mais conquistou campeonatos neste período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——-
15 – Qual clube carioca mais conquistou taças oficiais nesse período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——-
16 – Qual clube carioca não perdeu nenhuma decisão nesse período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——–
17 – O Vasco tem em seu currículo um recorde de invencibilidade em jogos oficiais. São 34 partidas. Tal período invicto foi obtido entre os anos de:
a) 1949/1950
b) 1999/2000
c) 2011/2012
d) 2015/2016
——-
18 – Em qual ano de sua história o Vasco foi prejudicado com maior número de pontos, oriundos de erros da arbitragem num Campeonato Brasileiro (critério Placar Real)?
a) 2001
b) 2006
c) 2011
d) 2015

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
——
19 – Quantos pontos o Vasco conquistou nos Campeonatos Brasileiros de 2015 e 2017 por conta de erros de arbitragem (Critério Placar Real)?
a) 14
b) 20
c) 25
d) Zero

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
——–
20 – Quantos pontos o Vasco perdeu nos Campeonatos Brasileiros de 2015 e 2017 por conta de arbitragem (critério Placar Real)?
a) nenhum em 2015 e nenhum em 2017 – a arbitragem foi justa
b) Um em 2015 e Dois em 2017
c) Dois em 2015 e um em 2017
d) Quatorze em 2015 e Sete em 2017

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
——
Finalmente, sobre o elenco deixado para a disputa da temporada de 2018 (em seu início) pela gestão anterior, tivemos o seguinte quadro:

Goleiro:

O Vasco renovou com Martin Silva por dois anos.

– O Vasco manteve Jordi no elenco.

– O Vasco manteve Gabriel Félix no elenco.

– O Vasco manteve a revelação do Sub 20, João Pedro, no elenco.
—–
Lateral direito:

– Com o fim do empréstimo de Gilberto, o Vasco não se interessou por renovar o vínculo.

– O clube vendeu 60% dos direitos econômicos de Madson por 2 milhões de reais (ou 511.509 euros), o que representa, caso fosse negociado 100% dos direitos econômicos do atleta, 852.515 euros. Atualmente, segundo o site Transfermkt, o atleta está cotado em 1,25 milhões de euros e numa futura transferência o Vasco teria a receber mais 500.000 euros, que daria um total de 1.011.509 euros, por um atleta que veio de graça para o clube, sem ser formado nele.

– O clube trouxe, de graça, Rafael Galhardo, considerado dois anos antes de sua vinda como o melhor lateral direito do Campeonato Brasileiro de 2015, bola de prata da Revista Placar e indicado pelo treinador Zé Ricardo.

– O Vasco manteve Yago Pikachu, que vez por outra atuava de lateral direito, mas também jogava em funções mais adiantadas, como ocorreu várias vezes na temporada de 2017 e algumas outras em 2016.
——-
Zagueiros:

– O clube renovou o vínculo com Breno, destaque da equipe no Campeonato Brasileiro.

– O clube fez um acerto com Anderson Martins, contratado em agosto, e que recebia o maior salário do elenco, 530 mil reais, para que este fosse liberado e viesse a jogar no São Paulo, sem que o Vasco tivesse que pagar qualquer valor em atraso ao atleta.

– Encerrado o empréstimo de Paulão o clube decidiu não renovar o vínculo pelo alto salário recebido pelo atleta, emprestado em 2017 ao Vasco, oriundo do Internacional-RS.

– Com o fim do contrato de Rafael Marques, o Vasco decidiu não renovar com o atleta.

– O clube não se interessou em manter Lucas Rocha, trazido no meio da temporada de 2017 para a zaga.

– Indicado pelo treinador Zé Ricardo o Vasco contratou Erazo.

– Indicado pelo treinador Zé Ricardo o Vasco contratou Luiz Gustavo.

– Em 2018 pretendia-se dar chance real a Ricardo Graça, para que atuasse no time de cima, após meses apenas treinando.
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Lateral esquerdo:

– Por sua ótima produtividade em 2017, até se machucar, o Vasco renovou o vínculo com Ramon, que tinha volta prevista para maio.

– Para substituir eventualmente Ramon o clube contratou Fabrício, com aval do treinador Zé Ricardo.

– O clube manteve Henrique como opção na lateral esquerda, que já havia atuado por diversas vezes em 2017.

– Com contrato renovado em junho de 2017, Alan Cardoso era outra opção do elenco.
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Volantes:

O clube não se interessou em manter Jean no plantel, após o fim do empréstimo com o atleta.

Foi trazido junto ao Velez Sarsfield-ARG, Desabato para ocupar o lugar deixado por Jean.

Diante do bom Campeonato Brasileiro feito pelo Vasco em 2017, o contrato de Wellington foi renovado.

Andrey foi mantido no elenco, com contrato renovado em maio de 2017 até 2021.

Bruno Cosendey foi mantido no elenco com contrato renovado em dezembro de 2017 até 2020.

Bruno Paulista permanecia no elenco com contrato até junho de 2018.
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Meias:

O Vasco tinha Nenê até dezembro de 2018.

O Vasco tinha Wagner até dezembro de 2018.

O Vasco tinha Escudero até dezembro de 2018.

O Vasco renovou com Evander, em janeiro de 2018, até 2021.

O Vasco contratou Thiago Galhardo, por indicação do treinador Zé Ricardo.

Guilherme Costa foi mantido no elenco para 2018.

O Vasco negociou 85% dos direitos econômicos de Mateus Vital por 1,5 milhões de euros, exatamente o valor de mercado do atleta à época, mas considerando que fosse vendido 100% dos direitos econômicos por aquele valor.

http://www.netvasco.com.br/n/204738/valor-de-mercado-de-mateus-vital-e-de-r-586-milhoes-de-acordo-com-site-especializado
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Atacantes:

O Vasco contratou Riascos, com boa passagem pelo clube e a pedido de considerável parte da torcida.

O Vasco contratou Rildo, que seria o homem de velocidade do time nos arranques ofensivos.

Andrés Riós, com contrato até junho de 2018, permanecia no elenco, após ter marcado três gols em 15 jogos no Campeonato Brasileiro.

Thales foi emprestado para o futebol japonês.

O Vasco renovou o contrato de Paulo Vitor, em janeiro de 2018, até 2023.

O Vasco renovou com Caio Monteiro, em dezembro de 2017, até 2021.

O clube não se interessou em continuar com Manga Escobar.

O Vasco não fechou as portas para Luís Fabiano, que, por sua vez, não sabia mais se continuaria jogando ou não.

O Vasco renovou, em janeiro de 2018, o contrato de Paulinho, elevando ao sêxtuplo, aproximadamente, sua multa rescisória.
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O texto anacrônico e longo é proposital.

Anacrônico para mostrar que por qualquer lugar que queiram andar não há argumentos para justificar culpas que não sejam ou estejam indiretamente relacionadas ao MUV amarelo ou descolorido, ao longo deste século, ou ainda por razão de fatores externos, prejudiciais ao Vasco, surgidos ou desenvolvidos com apoio ou silêncio da sigla versão século XXI e seus filhotes.

Longo, porque necessários serem embasados os fatos e não simplesmente despejá-los fora de contexto.

Apesar de tudo isso que vimos neste ano de 2018 só se o Vasco fizer muita bobagem nos últimos quatro jogos deixará de se classificar para a Copa Sul-Americana de 2019.

Sérgio Frias

Transferência

O presidente do Vasco, Alexandre Campello, parece viver num mundo paralelo.

Devido à sua clara irresponsabilidade, desrespeito ao previsto no estatuto do clube e uma aparente soberba, o médico gestor forçou uma reunião no Conselho Deliberativo a 17/08 na qual, sem dar satisfação praticamente nenhuma ao Conselho Fiscal, pretendeu aprovar um empréstimo para o clube, buscando o convencimento através de narrativas e slides inconfiáveis exatamente pelo exposto acima.

Por outro lado, se o presidente do clube resolveu implodir sua relação com o grupo responsável por fazê-lo encabeçar a chapa concorrente às eleições do clube, isso não é problema do Vasco, mas pessoal dele.

A responsabilidade para com os poderes, mais particularmente em relação ao Conselho Fiscal, não pode ser maculada por questões políticas durante um período de três anos e era esse o caminho que estava sendo percorrido pela administração do clube até aquele freio visto em agosto último.

É curioso o fato de o médico gestor buscar no termo “transparência” algo que lhe cole à sua própria gestão, quando o termo “transferência” cabe perfeitamente naquilo que o faz descolar-se de todos os problemas surgidos por responsabilidade dele próprio.

Poderia o atual presidente ontem ter feito o uso da palavra para ratificar o compromisso firmado junto ao Conselho Fiscal, no que tange a documentos solicitados e ainda não enviados, bem como expressar sua satisfação diante de uma votação na qual grupos dos mais diversos caminharam juntos (embora saibamos não haver condescendência prévia quanto a lacunas futuras, caso forem propositalmente não preenchidas pela direção do clube), ou simplesmente ter agradecido pela presença de todos, afinal tratava-se de um pleito atrelado a quórum qualificado, que foi obtido até com certa tranquilidade (178 presentes).

Após a reunião, porém, Alexandre Campello, essa “raposa política”, preferiu ir à imprensa jogar nos outros uma culpa que é inteiramente sua pelo fato de ter sido suspensa a reunião anterior por falta de envio dos documentos pertinentes ao Conselho Fiscal, algo expresso no estatuto do clube, portanto obrigação e não favor.

Por fim, devemos lamentar o episódio ocorrido ontem de agressão a dois conselheiros do clube, opositores nossos no campo das ideias, mas vascaínos como os outros que lá estavam, dispendendo, todos, tempo de suas vidas particulares para discutir o clube e seus rumos.

Sérgio Frias

Correção à diminuição midiática da marca Vasco

O site UOL publicou matéria na qual faz juízo de valor sobre o fechamento de contrato feito pela administração de Eurico Miranda, junto à empresa LASA, ocorrido em janeiro.

Na visão dos responsáveis pela matéria era de se prever a inadimplência do parceiro, devido a problemas financeiros vividos por ele.

As negociações foram feitas, como dito em variadas mídias do Casaca!, por cerca de dois meses, com encontros e inúmeros contatos entre o marketing do clube e a empresa, com participação efetiva do Casaca!.

O descumprimento do valor a ser pago deve ser questionado a quem inadimpliu. Razões, motivos, circunstâncias, etc…

O fato é que o contrato, além de extremamente favorável ao Vasco financeiramente, foi assinado com proteção ao clube no caso de descumprimento da outra parte, portanto feito de maneira responsável.

Salta aos olhos, porém, algumas omissões e erros matemáticos banais quanto à valoração da marca Vasco.

Em 2017 o Vasco, no primeiro quadrimestre, recebeu 2,5 milhões de reais, referentes ao contrato assinado em abril do ano anterior, com validade de um ano, junto à Caixa Econômica Federal.

Após o término do compromisso, o clube fechou outro contrato com o mesmo parceiro, válido por oito meses, recebendo (fora possível bônus), 11 milhões de reais.

Daí temos uma soma simples matemática que perfaz o valor de 13,5 milhões de reais firmados para recebimento em 2017 e não 12,5 milhões, como dito na matéria.

O mais grave, entretanto, é a omissão de que o Vasco assinou no ano de 2017, proporcionalmente, o maior contrato de patrocínio do século XXI, pois se acertou o recebimento de 11 milhões em 8 meses, receberia por um ano, caso fosse este o tempo firmado de compromisso, 16,5 milhões. Há neste caso um fenômeno curioso oriundo da mídia em geral: tal proporcionalidade não foi exposta em momento algum por quase ninguém. Aí não se trata de uma questão concernente à juízo de valor, mas sim de mera informação adequada à realidade factual.

Parece-nos estranho que não se informe na mídia, claramente interessada em valorizar o clube nas suas publicações, imaginamos, quanto passou a valer a marca Vasco, considerando apenas o tema abordado, numa realidade de mercado, em 2017.

Nada mais natural, portanto, que se firmasse um patrocínio superior em 2018, uma vez que o clube tem e permanecerá tendo maior exposição pela participação na mais concorrida competição da América do Sul e é o único deste estado a pretender conquistar o Tricampeonato Sul-Americano (1948/1998/2018), estando neste quesito, entre os demais clubes brasileiros participantes da competição, atrás apenas de Grêmio e Santos.

A real situação é a seguinte: o clube tem a receber, diante do descumprimento contratual por parte da empresa, valor superior a 2 milhões de reais, previsto em contrato. Além disso, o parâmetro para fechamento de um novo compromisso, considerando-o anual, é de 16,5 milhões, levando-se em conta apenas o contrato firmado em 2017. Deve-se também ponderar outros dois fatores para embasar maior valoração: a participação do clube na Taça Libertadores de 2018 e o contrato fechado em janeiro, consoante ao crescimento do retorno de mídia previsto para o Vasco neste ano.

Sérgio Frias

Antes e depois

O trabalho evidente de reconstrução do Club de Regatas Vasco da Gama se mostrou tão claro e com tantos resultados favoráveis ao longo dos últimos três anos, a ponto de se tornar algo ridículo qualquer menção contrária a isso.

Futebol e Arbitragem

De um elenco no qual se tinha Martin Silva (Charles), Nei, Rodrigo (Douglas Silva), Luan (Rafael Vaz), Henrique, Guinazu, Sandro Silva, Bernardo, Montoya, Rafael Silva e Thales como pilares, Jordi, Lorran, Jhon Cley, Yago, Renato Kayser e Marquinhos do Sul como destaques das divisões inferiores, temos hoje um de outro nível e com a base repleta de promessas, que em campo já demonstraram capacidade para não só assumirem a titularidade da equipe, mas também serem fonte de vultosos negócios para o clube.

O Vasco foi entregue em 2014, colocado em terceiro lugar na segunda divisão sem liderar nenhuma das 38 rodadas daquela competição e deixado em janeiro de 2018 na posição de classificado para a Taça Libertadores da América deste ano.

Sobre a falácia de obtenção da sétima vaga para a Taça Libertadores, isso é conversa para boi dormir. Haviam seis vagas para os clubes partícipes do Campeonato Brasileiro, independentemente de qualquer coisa, e o Vasco conquistou a quinta (não foi a quarta porque até derrota com gol de mão sofremos). Caso Grêmio e Cruzeiro, campeões respectivamente da Taça Libertadores da América e Copa do Brasil, ficassem abaixo do Vasco, o clube obteria sua classificação da mesma forma, portanto em nada o Vasco dependeu de Cruzeiro e Grêmio para se classificar à principal competição do continente. No ano de 2016, por exemplo, tanto Grêmio como a Chapecoense, campeões da Copa do Brasil e Sul-Americana, respectivamente, não figuraram entre os seis primeiros do Brasileirão. Com isso, Botafogo e Atlético-PR obtiveram a quinta e sexta vaga, da mesma maneira, só que ocupando quinto e sexto lugares, respectivamente.

De um clube que não conquistava o Campeonato Carioca há 11 anos e perdera na gestão MUV seis disputas de taça em seis possíveis, o Vasco passou a ser o papão de títulos no Rio neste triênio, afinal não só venceu dois Estaduais (um invicto), como ainda conquistou uma Taça Guanabara (assim como Botafogo e Fluminense) e uma Taça Rio. Ou seja, terminou o período com quatro conquistas contra uma de Flamengo, Fluminense e Botafogo, deixando os vices para outros.

Em todas as disputas diretas de taça o Vasco foi o vencedor, três vezes contra o Botafogo e uma diante do Fluminense.

No que tange ao tricolor das Laranjeiras, uma sequência impressionante de reversão das conquistas em confronto direto ocorreu a partir de 1988. Dali por diante foram oito disputas de taça e oito vitórias consecutivas do Vasco (1988, 1992, 1993, 1994 {duas vezes}, 2003 {duas vezes}, 2004), que, até então, perdera as sete últimas para o Fluminense (1948, 1973 {duas vezes}, 1976, 1980 {duas vezes}, 1984) e só derrotara o adversário uma única vez, na decisão do Torneio Municipal de 1946. No período do MUV uma disputa e uma derrota, na final da Taça Guanabara de 2012 (confronto direto sem vantagem de nenhuma equipe). Neste último triênio, nova vitória vascaína na Taça Guanabara de 2016, com o adversário precisando apenas do empate, mas sendo derrotado por nós por 1 x 0, gol de Riascos, novamente atleta do clube em 2018.

Em relação ao Botafogo, jamais o Vasco havia derrotado o adversário numa final de Estadual, em quatro oportunidades: 1948, 1968, 1990 (decisão polêmica) e 1997. Pois bem, foram duas vitórias seguidas, com três triunfos e um empate nos quatro jogos decisivos. Finais de turno em se tratando de estaduais, considerando a vitória de um dos lados na partida a garantia do título sem disputas extras (disputa extra que poderia ter ocorrido em 1977 quando o Vasco venceu, caso se desse o contrário), foi a primeira conquista do Vasco sobre o adversário. Derrotas na Taça Guanabara de 1997, Taça Guanabara de 2010, Taça Rio de 2012, Taça Guanabara de 2013. O erguimento da Taça Rio de 2017 quebrou o tabu.

Quanto ao maior rival, por cinco vezes houve disputa eliminatória contra ele. O Vasco venceu quatro (Estadual 2015, Copa do Brasil 2015, Estadual 2016, Taça Rio 2017), obtendo posteriormente o título em três das quatro ocasiões, e perdeu apenas uma (Taça Guanabara em 2017, dando a oportunidade de mais um vice aos rubro-negros).
No confronto direto contra os três outros grandes do Rio foi este o saldo:

Vasco 6 x 1 Botafogo
Vasco 6 x 4 Flamengo*
*Em jogos oficiais 6 x 3
Vasco 5 x 3 Fluminense

Algo a ser destacado, contrário ao Vasco ao longo do último triênio, foram as arbitragens.

Em 76 jogos do Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão (2015 e 2017), o clube não obteve um único ponto por ajuda da arbitragem. Foi prejudicado em incríveis 14 pontos no Brasileirão 2015 e em 7 no ano passado, com lances capitais (pênaltis não marcados a favor ou marcados equivocadamente contra o clube, transformados em gols, tentos mal anulados marcados pelo Vasco e ilegais dos adversários, validados).

Em 2015 o prejuízo na tabela chegou a 14 pontos em jogos contra Internacional (C) – 2 pontos, Sport (F) – 1 ponto, Atlético-MG (C) – 1 ponto, Cruzeiro (F) – 2 pontos, Avaí (F) – 2 pontos, Chapecoense (C) – 2 pontos, São Paulo (F) – 2 pontos, Coritiba (F) – 2 pontos. Contabilizados os 14 pontos teria o Vasco ficado em oitavo lugar no Brasileirão e não na décima oitava colocação, o que trouxe por consequência, a queda para a segunda divisão.

Já em 2017 os prejuízos caíram pela metade. O Vasco perdeu sete pontos em função da arbitragem nos seguintes jogos: Chapecoense (F) – 1 ponto, Flamengo (C) – 1 ponto, Santos (C) – 2 pontos, Corínthians (F) 1 ponto, Coritiba (C) – 2 pontos, em função de pênaltis cometidos sobre Alan Cardoso, pelo rubro-negro Everton Ribeiro, jogando vôlei, sobre Wagner e ainda sobre Ramon, sem nos esquecermos do gol feito com a mão por Jô, do Corínthians. Contabilizados os sete pontos a favor do Vasco, o clube teria terminado o Campeonato Brasileiro na terceira colocação, com o mesmo número de pontos que o segundo colocado.

Também na Copa do Brasil, outra competição organizada pela CBF, o Vasco teve vários prejuízos que desequilibraram as disputas de mata-mata nas quais foi eliminado do certame.

Em 2015, contra o São Paulo, o segundo gol tricolor, marcado por Luís Fabiano, hoje atleta do Vasco, foi ilegal, pois o centroavante tirou a bola das mãos de Martin Silva, quando o goleiro vascaíno a tinha em uma de suas mãos presa junto ao solo, lance por sinal muito parecido com o gol bem anulado do Manchester United-ING contra o Vasco no Mundial da FIFA de 2000, sendo na época protagonistas da jogada o arqueiro Hélton e o atacante Sheringham (que substituíra Solskajaer no intervalo). Além disso, na segunda etapa houve pênalti claro sobre Nenê não marcado pela arbitragem. Com a vitória tricolor por 3 x 0, que seria por um placar mínimo e sofrendo gol em casa, caso a arbitragem se comportasse com acerto, o Vasco lançou um time praticamente reserva no segundo confronto, o qual terminou empatado em 1 x 1.

Em 2016 contra o Santos foi muito escancarado o ocorrido contra o Vasco em São Januário no jogo de volta da disputa (o Santos havia vencido em seu estádio por 3 x 1). Na primeira etapa três lances polêmicos poderiam ter ensejado a marcação de pênaltis para o time da casa, um deles claríssimo, após cobrança de falta e toque na mão do zagueiro santista dentro da área, flagrante. Na segunda etapa, quando o Vasco buscava o terceiro gol para empatar a disputa (vencia por 2 x 1), uma falta não marcada nas proximidades da área santista a favor do Vasco iniciou a série de erros de árbitro e auxiliares no mesmo lance, com a não marcação de impedimento do ataque santista no contragolpe, em dois momentos diferentes. Três erros em apenas uma jogada deram à equipe paulista o segundo gol naquele empate com máculas ocasionadas por apito e bandeiras.

Ano passado, no jogo de ida da Copa do Brasil, em São Januário, o lance que oportunizou a abertura da contagem por parte do Vitória adveio de um pênalti em lance no qual, na origem, o atacante vascaíno Manga foi derrubado por um zagueiro e crendo na marcação da falta pôs a mão na bola, tendo o juiz ignorado a infração a favor do Vasco e marcado a outra, a favor do adversário. O gol de empate que selaria o placar final do primeiro jogo daquele confronto originou-se de um pênalti bem marcado contra o Vitória e na partida de volta a equipe baiana venceu por 1 x 0, classificando-se para a quarta fase da competição.

No que tange aos Estaduais, o Vasco, tal como ontem diante da Cabofriense, quando um pênalti não foi marcado a seu favor no início da partida, se viu prejudicado em número maior de vezes do que foi beneficiado.

Em 2015 nos jogos contra Barra Mansa, Fluminense, Botafogo e Friburguense, válidos pela Taça Guanabara, gols ilegais sofridos, pênaltis não marcados e gol legal invalidado foram todos contrários ao Vasco, tendo ainda ficado a dúvida se na segunda partida semifinal contra o Flamengo a bola cabeceada por Rafael Silva entrou ou não, quando o placar ainda era de 0 x 0.

Em 2016 o Vasco foi ajudado pela arbitragem na vitória sobre o Volta Redonda (2 x 0), através da marcação de um pênalti inexistente a seu favor, quando o jogo ainda estava empatado e na vitória diante do Madureira por 1 x 0, pela não marcação de um pênalti claro a favor do adversário, sendo que na ocasião o Vasco vencia o jogo.

No último Estadual disputado, um prejuízo e um benefício no clássico contra o Flamengo, válido pela primeira fase da Taça Rio (pênalti não marcado sobre Jomar aos 44 do 2º tempo e pênalti inexistente assinalado a favor do Vasco dois minutos depois).

Vê-se com isso que o equilíbrio entre erros e acertos nos jogos promovidos pela FFERJ passam longe do absurdo desequilíbrio visto nas partidas promovidas pela CBF, exceto às da segunda divisão, onde erros e acertos estiveram perto de se equipararem.

Por falar em segundona, aquela competição – rechaçada por todos nós, até pela forma como o Vasco foi atirado nela pelas arbitragens, independentemente de qualquer questionamento sobre ações administrativas no curso do Brasileirão de 2015 – teve o Vasco na liderança por 29 rodadas consecutivas (as primeiras 29), até o início de outubro e em nenhuma das 38 figurou o clube fora da zona de classificação para a primeira divisão do ano seguinte, mas independentemente disso os últimos 55 dias da equipe foram abaixo da crítica, acumulando em tal período 4 vitórias, 2 empates e 5 derrotas, o que levou a uma mexida geral no elenco ao fim do campeonato e a um investimento maior para a temporada seguinte com 16 contratações entre o final de 2016 e julho do ano passado.

Finalmente, em 2017 o Vasco apresentou um elenco mais caro e com atletas trazidos de qualidade inquestionável em várias posições. Breno, Anderson Martins, Ramon, Wagner, Kelvin, Luís Fabiano, entre outros, aumentaram a folha e compromissos do clube com parceiros ao longo do período. Se Gilberto, Paulão, Jean, Bruno Paulista, Wellington, Escudero, Muriqui, Manga Escobar e Andres Rios deram ou não conta do recado, o mercado os tinha como atletas de nível, oriundos de grandes clubes ou com propostas, sondagens de outros grandes clubes. A exceção foi Lucas Rocha, zagueiro já dispensado.

Por não ter vendido Paulinho nas duas janelas possíveis, agora em janeiro com o tempo mais apertado é verdade, e por ter sido vítima de sabotagens nos últimos meses de gestão por opositores ao Vasco, o clube não pôde fazer investimentos maiores em contratações e trouxe jogadores dos quais se espera um pouco mais (Erazo, Fabricio, Desabato, Rildo, Riascos) e outros que são incógnitas, casos de Rafael e Thiago Galhardo, além de Luís Gustavo. Perdeu-se um ótimo zagueiro, um lateral direito contestado e um meia pouco convincente em mais de 30 oportunidades nas quais este último atuou pelo Brasileirão do ano passado. Duas outras contratações ficaram alinhavadas e podem ter prosseguimento com a nova gestão. Caso isso ocorra e os atletas ora machucados possam voltar em plena forma teremos um time competitivo para essa temporada.

O que esperamos em termos de futebol nesse próximo triênio é que haja o mesmo número de conquistas obtidas entre 2015 e 2017 (ou mais), uma arbitragem neutra nos jogos do Vasco válidos por competições organizadas pela CBF, como houve nas partidas válidas pelos Estaduais no mesmo período, a manutenção da supremacia nos confrontos contra o trio da zona sul carioca e também a supremacia em títulos, comparando-se aos outros três.

Aguardar ou exigir que se iguale ou se bata o recorde de partidas oficiais invictas de toda a história do clube, como ocorrido entre novembro de 2015 e junho de 2016 (34 jogos) seria um pouco demais, afinal foi uma marca que superou 100 anos de história do clube, ultrapassando de uma vez só as maiores de Atlético-MG, Flamengo, Internacional-RS e Palmeiras, além de igualar as de Cruzeiro e Corínthians, obtidas, como no caso do Vasco, no atual século.

Presente e Futuro

Encontra-se hoje o Vasco muito melhor estruturado do que em 2014, com mais de 20 milhões a receber em menos de 10 dias (verba suficiente para pagar as folhas até janeiro, inclusive, e devolver o adiantado pelo parceiro, emprestado para acertar parte do referido montante esta semana), mais um montante represado, ainda sem ter o clube em 2017 tido a oportunidade de levantar adiantamentos junto à Rede Globo, que serviriam num primeiro momento para pagar outros valores devidos (fora salário), grande oportunidade de crescimento dos sócios-torcedores e obtenção de mais verbas focadas no patrocínio para outros pontos do manto cruzmaltino (fora ações próprias da gestão que chega) e também sendo todos sabedores ser a venda de um ou dois atletas da base ao longo da temporada fator de tranquilidade à gestão atual no que concerne ao pagamento de compromissos durante o ano.

Não é fácil, não é simples, desde dezembro de 2014 nunca foi. Minha opção em duas votações (novembro e janeiro) foi pela continuidade da reconstrução e tendo na responsabilidade administrativa seu norte, apostando ser essa a visão da eleita, como o discurso de posse do novo presidente assim ratificou. Claro que minha preferência se evidencia. Eurico Miranda é meu candidato à presidência do Vasco, desde antes de eu ter idade para votar (Eurico 86 – O Vasco acima de tudo permanece colado no vidro da janela de meu quarto no apartamento onde residi e hoje mora apenas a minha mãe). Ele, com ou sem o cargo, atuando em função executiva no clube, cumpriu de maneira exemplar seu dever nos triênios dos quais participou dessa forma, tornando-se a figura viva com maiores serviços prestados ao Vasco, entre todos.

Que a nova gestão atue sem medo de prever o melhor, porque o Vasco é movido a desafios, como foi a classificação à Taça Libertadores do ano passado, mas com trabalho no lugar de loucuras, com unicidade no lugar de divisões tolas e inúteis, sem temor de se ter ou não o aval da imprensa e sabedores todos que querer gerir o Vasco é um direito, ninguém é compelido a isso, mas administrá-lo com respeito à sua história, seus homens e comprometimento com seu futuro, uma obrigação.

Sérgio Frias

A prova dos nove

Muito se fala que no futebol erros de arbitragem ora favorecem a um clube, ora a outro, praticamente na mesma proporção. Tal falácia perdura por não haver muitas vezes memória ou cuidado para analisar jogo a jogo, durante um grande período.

Fizemos abaixo um retrospecto dos últimos 50 anos do confronto entre Vasco x Corínthians e o levantamento mostra mais do dobro de erros cometidos pela arbitragem contra um, comparado ao outro.

O Vasco briga historicamente contra uma mentira repetida como verdade, ou seja, a de que os erros contra e a favor do clube, contra seus principais adversários, se compensam. Os fatos mostram algo bastante diferente.

Continuamos na briga pela vaga na Taça Libertadores da América de 2018 e os perdedores da mídia, que querem transformar o Vasco em perdedor, desde os comentários até as invenções pós jogo, só atingem mesmo em seu pessimismo, os pessimistas e os que torcem contra.

Segue a verdade:

Jogos nos últimos 50 anos entre Vasco e Corínthians:

Total: 76 partidas
Vasco – 17 vitórias
Empates: 27
Corínthians – 32 vitórias

Lances capitais em que a arbitragem prejudicou o Vasco – 22
Lances capitais em que a arbitragem prejudicou o Corínthians – 09

Abaixo o detalhamento de todos os prejuízos causados pela arbitragem às duas equipes:

09/04/1967 – Corínthians 2 x 0 Vasco (Roberto Gomes Pedrosa)
– Dino cometeu pênalti sobre o vascaíno Nei Oliveira aos 21 do 1º tempo, não assinalado pela arbitragem, quando a partida ainda estava empatada em 0 x 0.

25/10/1969 – Vasco 1 x 2 Corínthians (Roberto Gomes Pedrosa)
– O segundo gol do Corínthians, marcado por Rivelino, cobrando falta, aos 25 do 2º tempo, foi ilegal, pois adveio de uma infração inexistente marcada a favor da equipe paulista, interpretando o árbitro ter o zagueiro vascaíno Fernando tocado com a mão na bola, após chute de Ivair, o que não ocorreu. Até ali a partida estava empatada em 1 x 1.
– Miranda, zagueiro do Corínthians, quase no fim da partida, tocou a bola com a mão dentro da área para impedir a passagem do vascaíno Valfrido no lance, mas a arbitragem não marcou a penalidade máxima a favor do Vasco.

14/11/1970 – Corínthians 3 x 1 Vasco (Roberto Gomes Pedrosa)
– Pênalti de Altivo no corintiano Paulo Borges aos 8 minutos do 2º tempo, ignorado pela arbitragem. O placar era de 1 x 0 a favor do time da casa naquele momento.

11/09/1971 – Corínthians 1 x 0 Vasco (Campeonato Brasileiro)
– O gol da vitória corintiana adveio de uma falta inexistente, marcada a favor da equipe paulista aos 38 do 2º tempo, tendo o árbitro interpretado que o goleiro vascaíno Andrada tocara com a mão na bola fora da área. Na cobrança, três minutos depois, após veemente reclamação dos jogadores cruzmaltinos em função da marcação equivocada, Rivelino bateu e marcou o gol único do jogo.

14/07/1974 – Vasco 2 x 0 Corínthians (Campeonato Brasileiro)
– Pênalti não marcado de Joel no corintiano Vaguinho, aos 22 do 2º tempo. O placar marcava até ali 1 x 0 em favor do Vasco.

04/03/1976 – Corínthians 0 x 2 Vasco (Amistoso)
– O argentino Vieira carregou a bola com o braço, em lance claro não marcado pela arbitragem aos 4 do 2º tempo, que ainda deu penalidade máxima inexistente a favor do Corínthians, quando o placar era de 1 x 0 a favor do Vasco. Claudio cobrou, mas Mazarópi defendeu.

12/02/1978 – Corínthians 0 x 0 Vasco (Campeonato Brasileiro)

– Gol mal anulado, marcado por Ramon, do Vasco, aos 4 do 1º tempo.
– Gol mal anulado, assinalado pelo vascaíno Guina, aos 42 do 2º tempo.

27/01/1985 – Corínthians 2 x 2 Vasco (Campeonato Brasileiro)
– Gol ilegal marcado pelo Corínthians, através de Serginho Chulapa, com o auxílio da mão, aos 32 do 2º tempo. A partida estava empatada em 1 x 1.

09/03/1985 – Vasco 1 x 0 Corínthians (Campeonato Brasileiro)
– Por volta dos 20 minutos da primeira etapa, o meia Gilberto cometeu pênalti sobre o corintiano Zenon, não marcado pela arbitragem. O placar era de 0 x 0 na ocasião.

16/11/1986 – Corínthians 0 x 0 Vasco (Campeonato Brasileiro)

– Gol mal anulado do Vasco, marcado por Geovani aos 37 do 2º tempo.

03/12/1989 – Corínthians 0 x 1 Vasco
– Aos 4 do 2º tempo, Bebeto foi calçado por Wilson Mano dentro da área, mas o pênalti não foi marcado. O Vasco já vencia por 1 x 0.

11/07/1993 – Corínthians 4 x 3 Vasco (Torneio Rio-São Paulo)
– Gol ilegal do Corínthians, de abertura da contagem, marcado aos 5 do 1º tempo por Válber, após toque de mão do meia Ezequiel na jogada. Em função da validação do tento corintiano, Alê foi expulso, atuando o Vasco com 10 contra 11 por cerca de 85 minutos.

29/01/1998 – Corínthians 0 x 1 Vasco (Torneio Rio-São Paulo)
– O corintiano Edilson sofreu pênalti na segunda etapa da partida, cometido por Odvan, que o derrubou, mas ignorado pela arbitragem. O placar era de 0 x 0.

12/02/1998 – Vasco 0 x 1 Corínthians (Torneio Rio-São Paulo)
– Luisão, centroavante do Vasco, sofreu pênalti de Alexandre Lopes aos 23 do 2º tempo, quando o placar era de 0 x 0.

25/07/1998 – Vasco 0 x 1 Corínthians (Campeonato Brasileiro)

– Juninho foi derrubado na área pelo corintiano Silvinho aos 41 do 1º tempo, quando o jogo estava empatado em 0 x 0.

14/01/2000 – Vasco (3) 0 x 0 (4) Corínthians (Mundial Interclubes)
– Aos 34 do 2º tempo, Felipe lançou Edmundo, que saiu com a bola cerca de cinco metros à frente da defesa corintiana, que tentara voltar para deixar o atleta em impedimento. Legal no lance, Edmundo partia para ficar cara a cara com Dida, mas o auxiliar de arbitragem marcou impedimento (inexistente), confirmado pelo árbitro.

31/01/2001 – Vasco 1 x 0 Corínthians (Torneio Rio-São Paulo)
– Aos 2 do 2º tempo, houve gol mal anulado do Vasco, marcado por Alex Oliveira, tendo sido assinalado impedimento de Viola, que não participava do lance. O placar já era de 1 x 0 a favor da equipe carioca.

14/04/2002 – Corínthians 1 x 0 Vasco (Torneio Rio-São Paulo)
– Aos 40 do 2º tempo, Anderson impediu, tocando com o cotovelo na bola, penetração de Romário dentro da área, mas a arbitragem não marcou a penalidade máxima a favor do Vasco. O placar era de 0 x 0 na ocasião.

17/11/2002 – Corínthians 1 x 1 Vasco (Campeonato Brasileiro)

– Ramon, do Vasco, teve um gol mal anulado, marcado aos 25 do 1º tempo.
– O gol corintiano, assinalado por Guilherme aos 20 do 2º tempo, foi feito em posição irregular. A partida estava empatada em 0 x 0 até ali.


20/08/2003 – Corínthians 0 x 0 Vasco (Campeonato Brasileiro)

– Pênalti de Fabinho no vascaíno Russo não marcado pela arbitragem aos 8 do 1º tempo.

06/09/2006 – Vasco 0 x 1 Corínthians (Copa Sul-Americana – Jogo de Ida)
– Aos 27 do 2º tempo, o corintiano Renato cabeceou, a bola bateu no travessão e entrou cinco centímetros, mas o árbitro não deu o gol, que seria o segundo para a equipe visitante.

27/05/2009 – Vasco 1 x 1 Corínthians (Copa do Brasil – Jogo de Ida)

– Aos 30 do 2º tempo houve pênalti de Elton em Chicão (gravata dada pelo atacante vascaíno no zagueiro corintiano, impedindo-o de chegar na bola), após cobrança de escanteio favorável à equipe visitante, ignorado pela arbitragem. O placar do jogo naquele momento era de 1 x 1.

03/06/2009 – Corínthians 0 x 0 Vasco (Copa do Brasil – Jogo de Volta)
– Aos 16 do 2º tempo, Elton, centroavante vascaíno, teve a camisa puxada pelo zagueiro Chicão dentro da área, em pênalti não marcado pelo árbitro.

13/10/2010 – Vasco 2 x 0 Corínthians (Campeonato Brasileiro)
– No primeiro gol do Vasco, marcado por Zé Roberto aos 10 do 1º tempo, houve impedimento do atacante cruzmaltino, que fez o complemento para as redes.

02/10/2011 – Vasco 2 x 2 Corínthians (Campeonato Brasileiro)

– Fágner, lateral vascaíno, já dentro da área, embora de costas, bloqueou com o braço (esticado) bola cabeceada pelo atacante Jorge Henrique, em pênalti não marcado pela arbitragem. O placar naquele momento era de 1 x 1.

27/10/2012 – Corínthians 1 x 0 Vasco (Campeonato Brasileiro)

– Aos 36 do 1º tempo, com o placar ainda em branco, Romarinho, do Corínthians, foi derrubado por Renato Silva dentro da área, mas a arbitragem ignorou o pênalti. O placar até ali era de 0 x 0.

07/06/2017 – Vasco 2 x 5 Corínthians (Campeonato Brasileiro)
– Aos 12 do 1º tempo, Manga Escobar invadiu a área pela esquerda e foi desequilibrado por trás pelo corintiano Paulo Roberto, em pênalti não marcado pela arbitragem. O Corínthians naquele momento vencia por 1 x 0.

17/09/2017 – Corínthians 1 x 0 Vasco
– Jô marcou gol irregular a favor do Corínthians, utilizando o braço propositalmente para marcar, aos 28 do 2º tempo, após cruzamento de Marquinhos Gabriel, mas o lance foi tido como válido pela arbitragem.

Fontes de Pesquisa:

Pesquisa em Jornais: “O Globo”, “Jornal dos Sports”, “Jornal do Brasil”
Pesquisa com imagens: Youtube, Arquivos Pessoais em vídeo de membros da equipe Casaca!

Casaca!

Zé Ricardo é o vigésimo sexto treinador da história a dirigir Vasco e Flamengo no time principal

Não é incomum na história de Vasco e Flamengo, treinadores dirigirem o elenco principal de um dos clubes e posteriormente o maior rival. Ao longo de décadas isso foi lugar comum, desde o início dos anos 20 do século passado. Zé Ricardo é o vigésimo sexto da lista. Tricolor de infância já foi profissional do Vasco no Futsal de base nos anos noventa e trabalhou no Flamengo por mais de 10 anos. Boa sorte a ele nessa nova empreitada.
Abaixo a lista de treinadores que dirigiram os dois arquirrivais ao longo da história,

Técnicos que já dirigiram Vasco e Flamengo:

Ramon Platero
Flamengo – 1921
Vasco – 1922/23; 1938

Flávio Costa
Flamengo – 1934/37; 1938/45; 1946; 1951/52; 1962/65
Vasco – 1947/50; 1953/56

Gentil Cardoso
Vasco – 1938/39; 1952; 1967
Flamengo – 1949/50

Ernesto Santos
Vasco – 1946
Flamengo – 1947

Yustrich
Vasco – 1959/1960
Flamengo – 1970/71

Tim
Flamengo – 1969
Vasco – 1970

Evaristo de Macedo
Vasco – 1969; 2002
Flamengo – 1993, 1998/99; 2002/03

Zagallo
Flamengo – 1972/73; 1984/85, 2000/01
Vasco – 1980/81; 1990/91

Carlos Froner
Flamengo – 1975/76
Vasco – 1979

Antônio Lopes
Vasco – 1981/83; 1985/86; 1991; 1996/2000; 2002/2003; 2008
Flamengo – 1987

Julio César Leal
Vasco – 1983
Flamengo – 2005

Claudio Garcia
Flamengo – 1983/84
Vasco – 1986

Sebastião Lazaroni
Flamengo – 1985/87
Vasco – 1987/88; 1994

Joel Santana
Vasco – 1986/87; 1992/93; 2000/2001; 2004/2005; 2014
Flamengo – 1996; 1998; 2005; 2007/2008; 2012

Valdir Espinoza
Flamengo – 1989/90; 2006
Vasco – 2007

Jair Pereira
Flamengo – 1990; 1993
Vasco – 1994; 1995

Abel Braga
Vasco – 1995; 2000
Flamengo – 2004

Paulo Autuori
Flamengo – 1997/98
Vasco – 2013

Oswaldo de Oliveira
Vasco – 2000
Flamengo – 2003; 2015

Paulo César Gusmão
Vasco – 2001; 2010/11
Flamengo – 2004

Ricardo Gomes
Flamengo – 2004
Vasco – 2011

Celso Roth
Flamengo – 2005
Vasco – 2007; 2010; 2015

Dorival Júnior
Vasco – 2009; 2013
Flamengo – 2012/13

Jorginho
Flamengo – 2013
Vasco – 2015/16

Cristóvão Borges
Flamengo – 2015
Vasco – 2017

Zé Ricardo
Flamengo – 2016/17
Vasco – 2017

Casaca!

O pagador (de promessas alheias)

Em tempo de contratações no clube e inúmeras especulações descabidas, o Vasco permanece em busca de atletas que possam reforçar o time para 2017.

Ao mesmo tempo, a direção dá uma enxugada no elenco, deixando claro não contar com jogadores que ficaram aquém do esperado no ano passado, ao longo de grande parte da temporada.

Dentre as especulações há alguns devaneios impossíveis de concretização, os quais a oposição do Vasco em mídias sociais e nos espaços próprios incitam serem os reforços que “valeriam à pena”.

Mas por qual razão fazem isso? São idiotas, vivem no mundo da lua? Longe disso! Eles querem que Eurico Miranda faça exatamente da maneira como fizeram. Contrate, não pague e a conta bata nele próprio, mais à frente.

Quando estiveram no Vasco, na linha de frente ou auxiliar, esses grupos – que hoje se multiplicam em nomes, slogans e tabelas de Excell para no fim todos se juntarem contra Eurico Miranda – fizeram exatamente isso. Gastaram sem lastro, foram fazendo experiências caras até 2011, quando montaram um time competitivo, tendo-o perdido durante a temporada de 2012. Para quem ficou a conta? Para a tia?

E qual era o discursinho lamurioso deles, uma vez no poder. “Temos jogadores de 2000 para pagar”. “O problema nosso é o pagamento aos atletas olímpicos”. Distorciam a situação com gosto, entendendo ser o torcedor do Vasco dado a pastar na grama verdinha que essa turma encomendava para os cruzmaltinos, sem pagar é claro o fornecedor. Isso também ficou por conta do Eurico saldar.

Como é sabido por muitos que acompanham um pouco mais atentamente o clube, as execuções trabalhistas (oriundas da década de 90 até os primeiros anos do século XXI) estavam sendo impedidas pelo fato de o Vasco ter acertado um acordo em 2004 com a Justiça do Trabalho para fazer um pagamento mensal e um mínimo anual, a fim de satisfazer credores.

O clube, em dezembro de 2007, assinou outro acordo, mais benéfico que o anterior e também mais brando no pagamento, se comparado ao exigido nos casos de Fluminense e Botafogo (Ato 837/07).

A gestão subsequente assumiu o clube em julho de 2008 e no dia 14 de agosto ratificou a participação do Vasco no Ato, nas mesmas condições as quais o clube estava submetido, desde dezembro de 2007. Ela, portanto, não faria novidade alguma. Apenas continuaria a executar pagamentos mensais da mesma forma como o clube procedia há cerca de quatro anos. Assumiu o Vasco sabedora disso e prometendo no discurso uma fila de investidores para o clube.

http://www.casaca.com.br/home/2010/08/03/os-irresponsaveis-pelas-penhoras/

Fora isso o Vasco, até junho de 2008, mantinha acordos com pessoas físicas e jurídicas, com parcelas pagas mensalmente, antes da troca de gestão (Antônio Lopes, Hélio Rubens, Edmundo, Romário, Donizete, Simi {Futsal}, Giovane Gávio {Vôlei}, Torben Grael {Iatismo}, Marcelo Ferreira {Iatismo}, Vasco-Barra…), além de outras dívidas constarem em balanço e os credores saberem da disposição do clube em pagá-los.

Mas o que os novos gestores fizeram?

Além de abolir o pagamento de vários compromissos antes firmados, descumpriram o acordo no TRT e foram excluídos do Ato Trabalhista em julho de 2010. E assim permaneceu a situação por meses a fio. Com isso as consequências da irresponsabilidade foram vistas. Vários credores tentando sair da fila e alguns conseguiram executar o clube em função disso.

A gestão MUV/Dinamite/Amarela continuava contratando, como se não houvesse amanhã. Sim, não pagava a parcela do Ato, mas trazia no mesmo mês Jadson Vieira, Douglas, Fellipe Bastos, Felipe, Éder Luís, Zé Roberto, além de renovar com Carlos Alberto por mais três anos.

Pagaram Romário? Não. Pagaram Edmundo? Não. Pagaram os atletas do basquete? Não. Pagaram impostos? Não. Honraram os acordos que já haviam sido estabelecidos antes? Não. Honraram o acordo, que punha o Vasco no Ato Trabalhista, sem poder ser penhorado em função disso? Não. Pagaram a água? Não. Pagaram a maioria dos fornecedores? Não. Pagaram acordos que eles próprios fizeram? Não. Deram calote.

Mas, por outro lado, pagaram fundos de investidores? Sim. Deixaram dezenas de confissões de dívida para a gestão seguinte? Sim.

Por que não deixaram acordos regiamente pagos até a gestão de Eurico Miranda assumir? Porque acordavam com o credor, pagavam uma ou duas parcelas e depois largavam. Este credor ficava satisfeito, porque o valor devido pelo clube aumentava, com multas contratuais, juros, etc…, a gestão “profissional” daquele chamado “novo Vasco” da mesma forma, porque além de deixar de pagar mais uma coisa já havia jogado para o público que firmara acordo com ex-atleta A ou B, e era por isso que não conseguia pagar seus compromissos, como água, salários, corte da grama, aluguel de campos, fornecedores, gasolina do posto, conserto de ônibus e kombis, por isso não podia ter Remo forte, não podia ter Basquete adulto, não podia ter ar condicionados em todas as salas do Colégio Vasco da Gama, por isso fornecia arroz com salsicha para atletas da base em refeições, por isso não conseguia pagar taxas comezinhas, por isso teve que abandonar o patrimônio.

Há um caso, então, que só rindo para não chorar. Além de não terem continuado, logo no primeiro mês de gestão, o pagamento mensal feito a Romário, que já chegava a 48 parcelas (quatro anos), uma vez acionados na Justiça pelo ex-atleta (Romário cobrava todo o valor devido pela quebra contratual a partir de julho de 2008 e não foi até o fim em sua exigência, por interferência direta do atual presidente do Vasco, Eurico Miranda, à época oposição no clube), ainda deram um percentual pela economia, após o acordo feito, àqueles que aconselharam a manutenção do descumprimento do devido ao credor, ao longo dos anos, porque o valor não seria devido, segundo eles próprios, advogados, assim entendiam.

E quanto às pendências na área cível? O Vasco tinha algumas poucas em fase de execução, como por exemplo no caso da Cambuci, briga que durava mais de 10 anos, iniciada após o clube rescindir unilateralmente o contrato com a Penalty, por questionamentos quanto à qualidade dos produtos. Mas este problema, por exemplo, foi resolvido pela gestão MUV/Dinamite/Amarela com novo acordo junto à empresa para que voltasse a fornecer material ao clube. Logo no anúncio, outro capaz de fazer os incautos imaginarem estar o clube vivendo um conto de fadas com Bob Dinamite e os revolucionários do MUV, foi dito que o contrato traria ao Vasco 64 milhões de reais em quatro anos. Isso mesmo. Sessenta e quatro milhões.

Observem também que o discurso dos novos gestores enquanto oposição era muito focado no fato de o clube não ter um patrocínio e por consequência não ter como fazer isso ou aquilo. Pois bem, o Vasco saiu de um patrocínio máster de 3,6 milhões, celebrado pela gestão de Eurico Miranda em fevereiro de 2008, para outro conseguido com ajuda do governador à época Sérgio Cabral Filho, de 14 milhões de reais, em 2009. Mas diferentemente do que fazia até junho de 2008, não conseguiu manter salários em dia, foi em 2009 despejado do Vasco-Barra, atrasou salários, deixou de cumprir acordos, parou de pagar impostos e os acordos anteriormente feitos com a Receita Federal (regiamente pagos pela gestão anterior àquela até junho de 2008, após inclusão do Vasco na Timemania em novembro de 2007).

Mas o negócio era o futebol. Vamos montar times e que se dane o avião porque quando outro assumir o clube ele é quem será o piloto e não eu.

E o Vasco teve um belo time após um gastadouro desenfreado entre 2009 e 2011, usando os créditos de que dispunha, patrocínios, direitos televisivos, vendas de atletas da base, realizando uma série de negócios, satisfazendo através deles fundos criados e devidamente pagos em 2012, após o clube ter no espaço de 12 meses recebido 60 milhões de reais extras da Rede Globo (junho de 2011 e junho de 2012), mais cerca de 12 milhões de reais com negociação de atletas, mas mesmo assim permanecido com salários atrasados, sem água poucos meses depois, sem time no fim da temporada e com várias ações trabalhistas ajuizadas contra ele.

No final de 2014, enquanto a nova gestão pagava 14 milhões para obter as certidões que a gestão caloteira não tinha mais condições de arrumar, o Cruzeiro negociava para pagar por Arrascaeta, craque uruguaio, 12 milhões de reais por seus direitos econômicos.

Entre o final de 2014 e meados de 2015 o Vasco sanou todas as dívidas deixadas pela gestão anterior com relação ao não pagamento de atletas (salários e direitos de imagem) e funcionários. Algo em torno de 12 milhões. Poderia o Vasco ter investido para trazer, por exemplo, Lucas Pratto no início do ano seguinte por 10,9 milhões de reais, com tranquilidade.

No período de 2015 e 2016, enquanto o Vasco pagava por ordem da FIFA cerca de 21 milhões de reais por atletas, os quais a gestão anterior comprou, mas não honrou, o Palmeiras contratou Dudu, do Dínamo de Kiev-RUS, pagando pelos direitos econômicos 18,7 milhões de reais.

Em agosto de 2008 a nova gestão antecipou pela primeira vez cotas de TV em sua gestão, pois o pagamento quase integral das despesas do clube no mês de julho havia sido garantido com a primeira parcela da venda de Phillippe Coutinho para a Internazionale-ITA, absorvida toda pela ainda incipiente turma da Oportunidade de Ouro. O Vasco tinha o direito de antecipar cotas concernentes ao segundo trimestre de 2009 para frente, num contrato que terminaria em 2011 apenas. Na época o clube recebia cerca de 30 milhões ano da TV.

Quando Eurico Miranda chegou ao Vasco, em dezembro de 2014, o clube não tinha o direito de receber nada referente aos anos de 2015 e 2016 da TV, pois tudo já havia sido antecipado ou estava comprometido por dívidas deixadas pela gestão anterior. O valor das cotas de TV dos dois anos girava em torno de 130 milhões. Caso a situação fosse rigorosamente igual a deixada pelo próprio Eurico em 2008, o Vasco teria tido disponíveis ao longo de 2015 e 2016, cerca de 80 milhões de reais. Se todo esse valor fosse absorvido pelo futebol, a folha salarial do clube poderia aumentar em cerca de 3 milhões de reais entre salários e encargos. Quantos atletas de maior quilate poderíamos ter no elenco desde o ano passado?

Do plantel cruzmaltino, Campeão da Copa do Brasil e Vice-Campeão Brasileiro em 2011, por conta do apito inimigo, havia simplesmente nove atletas os quais o Vasco ainda deve e ficou para Eurico pagar a conta. Fernando Prass, Fágner, Dedé, Rômulo, Fellipe Bastos, Felipe, Juninho (muitos salários mínimos), Diego Souza e Éder Luís. Fora isso, comissões a serem pagas a empresários, procuradores, intermediadores de vários atletas também não foram feitas, o que levou o Vasco hoje a ter de ainda se virar para honrar tais compromissos. Só o procurador de Juninho, José Fuentes, cobra mais de 600 mil reais na Justiça por comissionamento referente a contratos celebrados pelo atleta com o Vasco, entre os anos de 2011 e 2013.

É recorrente o torcedor lembrar daquele time e dizer que o Eurico não montou outro igual, desde 2003 (o de 2002 com Helton, Leonardo Moura, Géder, João Carlos, Alex Oliveira; Donizete, Jamir, Léo Lima, Felipe; Euller, Romário era um time melhor que o de 2011 indiscutivelmente em cinco posições e com Felipe nove anos mais novo, embora nada tenha ganho naquela temporada, até o fim do primeiro semestre, quando se desfez).

De fato, enquanto ele, Eurico, equacionava o clube, por opção, entre 2004 e junho de 2008, mantendo o Vasco na disputa por títulos estaduais, nacionais e até mesmo com uma boa participação numa competição internacional – 2004 (Campeão da Taça Rio e finalista do Estadual), 2006 (finalista da Copa do Brasil e melhor do Rio de Janeiro no Campeonato Brasileiro), 2007 (19 rodadas na zona da Libertadores e sexto colocado na Copa Sul-Americana), 2008 (Semifinalista da Copa do Brasil, com derrota nos pênaltis para aquele queria o campeão daquela edição) – mas com sérias limitações orçamentárias, a gestão seguinte o fizera cair em 2008 – após pegá-lo em nono, com salários em dia, 108 rodadas sem frequentar a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro e já tendo figurado na zona da Libertadores numa delas naquele mesmo ano – e danara a gastar desmedidamente entre 2009 e 2011 para conseguir enfim montar um time competitivo e comprometer o Vasco financeiramente menos de um ano depois disso, já completamente destroçado institucionalmente.

Eurico Miranda não assumiu o Vasco em dezembro de 2014 com queixas, mas sim com muito trabalho. Prometeu reestruturar o clube e está fazendo isso; disse que o Vasco nunca cairia de divisão com ele à frente, mas também afirmaria por certo que jamais o clube seria garfado numa competição em 14 pontos (trata-se, de um recorde, de fato); proporcionou mais dois títulos estaduais para a torcida vascaína (agora são 16 no currículo entre os oficiais, desde Estaduais), que no século, até 2014, havia visto o Vasco ganhar apenas um; obteve um feito que ficará registrado na história do clube em sua gestão (maior sequência de jogos oficiais invictos de todos os tempos); fez ressurgir das cinzas o Basquete adulto; manteve em todos os meses de sua gestão, mesmo numa situação catastrófica encontrada, salários em dia; reforçará o Vasco para a temporada de 2017, investindo mais no futebol, mas também ciente do compromisso institucional firmado por ele, como diretriz de governança.

Aos do contra, especulem, esperneiem, distorçam, mintam.

Aos desinformados, informem-se melhor.

Aos vascaínos de raiz, sabedores da situação encontrada ao final de 2014, tenham certeza que no Vasco trabalha-se todos os dias para reverter o quadro – algo já feito em parte – com o objetivo de ver o clube mais forte, mais independente, mais sólido financeiramente, mais vitorioso e mais vezes campeão.

Casaca!

Pré-Conceito

Inicialmente solicito ao novo treinador do Vasco, Cristóvão Borges, que ignore os urubus de plantão.

A repulsa a seu nome como novo técnico cruzmaltino por parte de muitos torcedores é ato dos mais ilógicos, não tem respaldo em resultados obtidos por ele no próprio clube, enquanto manifestações de alguns “ditos” entendidos na mídia a seu respeito beiram a intolerância.

Cristóvão é técnico de futebol profissional há apenas cinco anos, dirigiu tão somente equipes de primeira divisão (Vasco, Bahia, Fluminense, Flamengo, Atlético-PR, Corínthians) e suas passagens por elas, principalmente no decorrer de Campeonatos Brasileiros, não deixam dúvida de que incompetente não é.

No Vasco só não conquistou o Campeonato Brasileiro de 2011 em função da arbitragem, porque se no turno a equipe comandada por Ricardo Gomes teve um equilíbrio entre ganhos e perdas de pontos oriundas dela, no returno foi indecente o feito contra o time de São Januário. Um benefício, curiosamente diante do Corínthians, e vários prejuízos, contra Figueirense, Internacional-RS, São Paulo, Santos, Palmeiras e Flamengo, fora outros em jogos nos quais o Vasco venceu.

Era na ocasião um treinador inexperiente e diante disso alguns erros claros cometeu, mas também teve méritos em partidas nas quais o Vasco engoliu seus adversários. Justiça seja feita também ao presidente Eurico Miranda, que na época defendeu por diversas vezes o treinador no programa Casaca! no Rádio, citando inclusive como mérito de Cristóvão a vitória sobre o Fluminense na penúltima rodada do Brasileiro, pela participação de Alecsandro no gol assinalado por Bernardo, como fruto de orientação técnica/treinamento para tal jogada ter saído.

Era evidente que a concentração e união da equipe cruzmaltina, sentindo-se motivada a dar o título a Ricardo Gomes após seu grave problema de saúde, ajudou muito a que o trabalho fosse feito por todos sem grandes problemas, mas no ano seguinte, diante de um quadro extremamente difícil, o treinador conseguiu durante cerca de oito meses manter o Vasco num patamar digno de sua grandeza.

Na Taça Guanabara daquele ano, o Gigante da Colina venceu todas as partidas, até perder na decisão para o Fluminense, que viria a ser o Campeão Carioca e Brasileiro da temporada. No returno (Taça Rio) nova derrota na final, desta vez para o Botafogo, atuando fora de casa e com participação da gandula alvinegra no primeiro gol da partida. Duas das três vitórias vascaínas contra o Flamengo em 22 jogos do período do MUV no clube foram obtidas naquele ano, ambas em jogos de mata-mata.

Em 2012 O atleta Bernardo foi comprado e logo após entrou na Justiça do Trabalho contra o clube, os atletas se rebelaram e aboliram a ideia de se concentrar na véspera da estreia na Taça Libertadores da América, em nenhum momento naquela temporada os salários foram pagos em dia (motivo pelo qual não houve concentração do plantel na ocasião citada acima), e chegou a faltar água em São Januário no mês de setembro daquele ano, oito dias após o treinador ter pedido demissão.

Depois de o Vasco chegar à semifinal da Copa Sul-Americana em 2011, o clube parou no Corínthians, nas quartas-de-final da Taça Libertadores do ano seguinte em confronto dos mais equilibrados. O adversário, por sinal, conquistaria não só aquela competição, como o Mundial Interclubes no fim da temporada.

O começo da equipe vascaína no Campeonato Brasileiro de 2012 foi exemplar e as negociações sequenciais de Allan, após a terceira rodada, Rômulo, após a sétima, Fágner e Diego Souza, após a décima primeira, mais a insatisfação geral do grupo, que parou de acreditar nas lorotas ditas pela direção do clube a Juninho e reverberadas por este na imprensa e para companheiros sobre acertos salariais, principalmente após a saída de quatro dos principais atletas do elenco, levaram o time a uma queda nítida de produção.

Cristóvão assumiu a direção técnica do elenco em quarto lugar na tabela de classificação, um ponto à frente do quinto, após a virada do turno em 2011, e deixou o Vasco também em quarto, dois pontos à frente do quinto, após quatro rodadas disputadas no returno de 2012, tendo sido líder o próprio Vasco em 8 rodadas no somatório das duas edições. Na sequência do Campeonato Brasileiro de 2012, Marcelo Oliveira, técnico Bicampeão Brasileiro pelo Cruzeiro em 2013/14, suportou apenas 11 jogos no comando, enquanto o interino Gaúcho dirigiu o clube por mais quatro partidas no fim do certame, terminando o Vasco na quinta colocação, a 8 pontos do quarto colocado, São Paulo.

Tudo o aqui narrado deveria ser suficiente para uma saudação otimista em seu retorno à casa de origem como treinador, afinal não é fácil dirigir um clube no campo, com tantos problemas fora dele e acúmulos de insatisfação coletiva no plantel.

Cristóvão treinou o Bahia no ano seguinte, terminando o Campeonato Brasileiro na décima segunda colocação. O tricolor baiano não mantinha um mesmo técnico durante toda a competição desde 2001 e o novo treinador teve de lidar com uma briga política interna pelo poder das mais renhidas, com direito a uma intervenção na presidência do clube baiano. Com ele, pela primeira vez a equipe de Salvador ficou uma rodada no G4 na era dos pontos corridos e apesar de inúmeros problemas vividos conseguiu o comandante impedir o rebaixamento do clube à segunda divisão, obtendo 43,7% dos pontos possíveis na competição. A garantia da permanência na Série A se deu matematicamente na penúltima rodada, após vitória sobre o Cruzeiro, já campeão, num Mineirão quase lotado (pouco menos de 50 mil pagantes), no jogo da entrega da taça, por 2 x 1.

Em 2014 assumiu o Fluminense semanas antes do início do Campeonato Brasileiro e terminou o principal certame nacional com o time em sexto lugar e a renovação do contrato garantida para o ano seguinte, durando seu vínculo com o tricolor até março, quando foi demitido após campanha irregular no Estadual.

Em 2015 pegou o Flamengo na quarta rodada da competição, após a equipe ter somado até ali apenas um ponto em três partidas. Sua performance não agradou, com 8 vitórias, 1 empate e 9 derrotas entre Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil (competição na qual obteve uma vitória e uma derrota). Seu substituto, entretanto, o elogiadíssimo Oswaldo de Oliveira, teve rendimento parecido. Somou 8 vitórias, 3 empates e 9 derrotas (na Copa do Brasil apenas um empate).

Nas últimas nove rodadas do Brasileirão 2015 dirigiu o Atlético-PR e colheu 3 vitórias, 4 empates e 2 derrotas, derrotando, inclusive, o Flamengo de Oswaldo de Oliveira por 3 x 0, motivando a que a equipe paranaense o mantivesse para o início da temporada de 2016 pela performance alcançada. Mesmo com média de aproveitamento superior a 50% dos pontos conquistados, em 20 jogos disputados, foi demitido do Furacão em março, após quatro partidas sem vitória.

Finalmente em junho deste ano coube a ele a duríssima missão de substituir o técnico da Seleção Brasileira Tite, que já havia fracassado em seu trabalho no Corínthians tanto na Taça Libertadores, como no Campeonato Estadual. Cristóvão assumiu o plantel na décima rodada do certame (em quarto lugar), mas não ficou três meses no comando da equipe paulista (7 vitórias, 4 empates e 6 derrotas, mais um empate em 1 x 1 contra o Fluminense, fora de casa, pelo jogo de ida das oitavas-de-final da Copa do Brasil) e a deixou em quinto na tabela. Hoje o time do Parque São Jorge está em sétimo.

Contabilizando apenas jogos em Campeonatos Brasileiros, dirigindo os seis clubes nos quais esteve, são no total 66 vitórias, 43 empates e 51 derrotas, ou seja, 50,2% dos pontos disputados. Considerando o aproveitamento dos clubes no Campeonato Brasileiro de 2016 na primeira divisão, o sétimo colocado na competição possui 49,5% de aproveitamento, enquanto o quinto e sexto colocados obtiveram até aqui 50,5% dos pontos disputados.

O clima criado contra Cristóvão Borges fora do clube, fomentado por politiqueiros de plantão, é na verdade o único problema do treinador. Nada tem a ver com sua competência ou seus resultados, mas sim com o pessimismo disfarçado de uns e crônico de outros. Muita análise psicanalítica a todos e a certeza de que uma frase ouvida por mim e rapidamente absorvida este ano, tem tudo a ver com o comportamento de diversos em vários momentos: “É muito mais fácil empurrar para baixo do que puxar para cima”. E podem ter certeza, isso não tem nada a ver com rebaixamento ou subida de divisão.

Boa sorte, Cristóvão. Que venha o primeiro título de muitos no Vasco. Que você possa fazer um belo papel no nosso clube e tenha tranquilidade interior para exercê-lo. De nossa parte fica uma mensagem de apoio e confiança no seu trabalho.

Sérgio Frias