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Até…

Eu o conheci pela TV, falando Vasco, Vasco e Vasco em inúmeras discussões ali e acolá.

Eu o conheci pelo rádio, onde ouvia o que desejava ouvir, quase que como lhe dissesse para falar o que dizia, como se adivinhasse o que meu coração vascaíno queria ouvir.

Eu o conheci através dos jornais, com matérias por vezes sensacionalistas, noutros casos ácidas, falando dele como uma figura que cativava, mas também incomodava.

Eu o conheci ao vivo, lá pelos meus 18 anos e não vi barreira grande para falar com ele ou ter dele uma resposta direta e até simpática diante das minhas dúvidas ou preocupações daquele momento.

Quando meu pai me trouxe o adesivo de campanha, em 1985, eu o colei na minha janela e lá está ele até hoje, no mesmo vidro dela, no mesmo lugar, no quarto da hoje casa de minha mãe.

O que se dizia ali era muito sério, de difícil execução, quase impossível ocorrer na prática, mas eu, adolescente e acreditando nos sonhos de qualquer adolescente via como possível, plausível e emblemático: “Eurico 86 – O Vasco Acima de Tudo”.

Eurico perdeu as eleições, de forma estranhíssima na ocasião. O clube todo sabia o que ocorrera, mas ele não foi à Justiça, não foi expor o Vasco.

Deu lá algumas entrevistas e voltou para seus afazeres, certo de que o Vasco praticamente inteiro o queria dentro do clube.

Chamado a atuar como Vice-presidente de futebol, após quase 20 anos vivendo a política interna do clube, ele surgiu como um trator.

O Vasco mudou de patamar e aquilo que nem nos nossos mais belos sonhos juvenis seria plausível foi obtido.

Mas o que chamava a atenção, mais do que vitórias, títulos, alegrias era como havia apenas dois caminhos para os oponentes do Vasco. Admirá-lo ou odiá-lo.

O Vasco não passava desapercebido e quando desrespeitado tinha um leão a defendê-lo, com todas as armas possíveis e impossíveis de serem usadas para tal.

Colecionou inimigos e brigas em prol do clube, prejudicou-se pessoalmente, teve na família seu grande aparato, nos amigos e correligionários apoio, mas viveu entre injustiças contra si e ações odiosas de seus adversários.

Em tempos digitais mentiras e distorções se espalham pela rede, falar mal em maioria de alguém faz um monte de bobagens parecerem verdades e o trabalho feito por Eurico Miranda após seu retorno apoteótico à presidência do clube no final de 2014, até o fim de seu mandato, teve na distorção dos fatos a conclusão de que tudo aquilo feito de nada importava e era simples para qualquer outro executar.

O tempo demonstra o contrário, como a história recente do clube – sem ele gerindo o Vasco – também evidencia a grande distância entre aquele indefectível personagem e o resto.

No seu último ano de vida ativa no clube ainda ajudou no que pôde, aconselhou no que pôde, agiu como pôde. Enfim, fez o que pôde.

Um homem que por décadas não passou anônimo na multidões qualquer lugar pelo qual andasse, que se fez respeitar pelos adversários desta cidade por inequívoca supremacia nos confrontos, por inequívoca capacidade de sobrepujá-los fosse nos bastidores ou no próprio campo de jogo.

Como gran finale teve ao final de seu último jogo como presidente do clube uma vitória, contra tudo e contra todos, que foi a classificação para a Taça Libertadores de 2018.

Como gran finale teve ao final de seu último jogo como torcedor um gol do Vasco, contra o arquirrival, marcado num pênalti, no último minuto.

Quisera eu escolher sua última memória, sua última visão, antes de ele fechar de vez os olhos e entrar para a história. Que fosse ela, então, a bola na rede rubro-negra em mais um gol do Vasco, Vasco que foi no fundo a razão de viver dessa lenda chamada Eurico Miranda, que tanta falta nos faz e fará ao Vasco para todo o sempre.

Saudades, amigo.

Sérgio Frias

Parabéns à torcida vascaína


Foi uma vitória da torcida, que pressionou os jogadores tricolores e seu tic-tac improdutivo no campo de defesa.

Foi uma vitória da torcida, que pressionou fora do estádio para que pudessem retornar ao local que sempre foi de direito do clube, desde 1950 e deixou de sê-lo por uma anuência inaceitável em 2013 e que mantém a discussão acesa até hoje.

Foi uma vitória da torcida, que enfrentou intempéries, enfrentou a desilusão dos portões fechados com o jogo correndo e voltou ao estádio, ou o invadiu, após ter havido a liberação judicial.

O Vasco cumpre ordem judicial, ao Vasco cumpre tal dever e à torcida cruzmaltina cumpre defender o clube, com ações em massa como a que vimos hoje.

Parabéns a todos nós.

Vasco Campeão da Taça Guanabara (invicto) mais uma vez.

Sérgio Frias

https://casaca.com.br/site/wp-admin/edit.php?paged=1

Grande diferença

Na democracia um dos seus preceitos é o respeito a opiniões e não a desqualificação de quem pensa diferente de você, como se o dono da razão fosse você próprio.

O escudo do Flamengo visto ontem não agradou nem um pouco a inúmeros vascaínos, como também pode ter satisfeito a uma outra parte, como para outros não fez diferença alguma.

Como a ação de marketing não funcionou da maneira como se propunha, a forma como o atual presidente do Vasco, Alexandre Campello, se posicionou na própria imprensa seguiu um contexto de diminuição dos que discordam dele, como por exemplo discorda o estatuto do próprio clube, que, em tese, deveria ser respeitado.

Talvez em tenra infância as cores do Vasco pouco importassem para o mandatário, mas para inúmeros VASCAÍNOS DE RAIZ já nos eram imaculadas e assim permanecem.

A homenagem feita pela equipe do Resende é digna de todos os aplausos e poderia ser também a do Vasco, com o mesmo leilão que se pretende fazer em favor das famílias das vítimas, embora quem apareça na própria camisa (no caso das do Vasco) tenha sido o responsável pelas vítimas e não tão vítima como as que partiram.

Às famílias das vítimas, amigos, admiradores, colegas, funcionários próximos, muita força.

Ao Flamengo, que não mais manche o esporte brasileiro, sendo referência de desdém quanto às leis, determinações e normas, que levaram à possibilidade do ocorrido.

Ao presidente do Vasco, mais zelo com o clube.

Sérgio Frias

Tragédia Secular

O ocorrido há cerca de 36 horas é estarrecedor, inimaginável, inclassificável e uma tragédia, fruto de completa e total irresponsabilidade do Clube de Regatas do Flamengo.

O local onde havia dormitório poderia funcionar como estacionamento, tratava-se de um contêiner, com uma só saída e sem outra de emergência, o clube havia sido multado quase 30 vezes, por estar sem o devido alvará, a prefeitura determinou a interdição do CT em 20/10/2017, mas o clube resolveu manter o funcionamento e transformou em alojamento um espaço, sem ter pedido licença para tal e sem anuência do corpo de bombeiros.

Força Flamengo???

Força aos parentes das vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

Por completa irresponsabilidade, desídia, negligência, prepotência, arrogância do rubro-negro, houve uma tragédia inaceitável (e jamais vista), em clubes da quarta divisão do futebol brasileiro ou em outros sem divisão alguma.

Não é a maior tragédia do Flamengo em sua história. É a maior tragédia entre clubes brasileiros, na história do futebol brasileiro, por responsabilidade própria.

Força Flamengo???

Força aos parentes da vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

Não fosse a Folha de São Paulo soltar uma matéria ontem devastadora, quanto a todas as irregularidades cometidas pelo Clube de Regatas do Flamengo, teríamos vivido um dia no qual o responsável pela morte de 10 crianças carbonizadas parecia tão vítima como as crianças que morreram.

Os prejuízos que a instituição “Flamengo” sofreu foram de imagem e financeiros. Isso se compara ao que foi perdido pelas famílias daquelas crianças?

Força Flamengo???

Força aos parentes das vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

A consternação foi geral. De qualquer atleta mirim que pretende ser um profissional, dos profissionais veteranos ou já fora dos campos que um dia foram mirins. Todos tem história para contar, de dificuldades pelas quais passaram ou passam, das condições precárias em dado clube ou oportunidade, mas nenhum tem história similar ao ocorrido, porque nunca aconteceu e ocorreu com um clube que é tido e havido como modelo pelos irresponsáveis da imprensa convencional que investigam o que lhes interessa e incensam também o que lhes interessa.

Ora, ninguém, absolutamente ninguém da imprensa convencional que cobre o Flamengo buscou saber quais as condições daquele espaço? Por que (se sabiam) não se buscou divulgar o fato até que interditassem (caso permanecesse a desídia, irresponsabilidade, negligência, arrogância e prepotência do Flamengo), por meio de uma campanha global em cima da irregularidade?

Ontem mesmo se viu gente falando na mídia convencional da estrutura do Vasco em 2012 (sim, 2012), em Itaguaí para incensar o Flamengo, afirmando que era o clube com menos problemas na época e que depois melhorou mais ainda… Melhorou muito! Está se vendo como melhorou! É a referência do Rio! Aliás o Flamengo hoje é uma referência nacional! É uma referência de desídia, negligência, irresponsabilidade, prepotência e arrogância, que levou ao ocorrido.

Força aos parentes das vítimas, amigos, colegas, admiradores, funcionários próximos.

Sérgio Frias

Diferença incontestável

Em qualquer lugar do mundo em que se analisasse resultado esportivo e gestão, comparativamente, sob a ótica desses últimos dois anos, ter-se-ia a clara conclusão de que o Vasco foi transformado de vinho para água e com muito mais recursos financeiros disponíveis no presente ano, em comparação ao outro.

Vamos a um fato, que chama bastante a atenção. Número de vitórias fora do estado, com mando de campo do adversário.

Não há como fazer uma comparação diferente do que utilizar como parâmetro o modelo de pontos corridos com 20 clubes na disputa, se quisermos ser justos, o que ocorre desde 2006.

A cada ano exposto o Vasco atuou na Série A em 16 jogos fora do Rio de Janeiro (apenas em 2015 foram 17).

Eis os números:

2006: 6 vitórias fora de casa (três contra grandes clubes brasileiros)
2007: 4 vitórias fora de casa (duas contra grandes clubes brasileiros)
2008: 3 vitórias fora de casa (nenhuma contra grande clube brasileiro)
2010: 2 vitórias fora de casa (nenhuma contra grande clube brasileiro)
2011: 7 vitórias fora de casa (duas contra grandes clubes brasileiros)
2012: 6 vitórias fora de casa (uma contra grande clube brasileiro)
2013: 2 vitórias fora de casa (nenhuma contra grande clube brasileiro)
2015: 3 vitórias fora de casa (uma contra grande clube brasileiro)
2017: 6 vitórias fora de casa (duas contra grandes clubes brasileiros)

Está claro que os números de 2017 estão entre os melhores dos nove anos mencionados.

Para resumir nossa participação no Campeonato Brasileiro de 2018, não ganhamos de ninguém fora do Rio.

Ano passado o Vasco somou 56 pontos, em 2018 foram 43. Treze a menos.

Em 2017 o clube foi deixado na Libertadores e neste ano não se classificou nem para a Copa Sul-Americana.

No ano passado o Vasco perdeu o direito de ter torcedores na cidade do Rio de Janeiro em seis dos seus jogos, em 2018 jogou todas com seu mando de campo em casa, com torcida, tendo vendido apenas um mando para Brasília (Vasco x Corinthians no turno).

É inegável que o Vasco seguia para um bom caminho entre o findar de 2017 e o início deste ano.

As receitas em 2018 aumentariam (venda de Paulinho, prevista para julho, participação em competições sul-americanas, ganhos com mecanismo de solidariedade) e com as certidões a serem conseguidas, por quem tinha competência para tal, outros ganhos ocorreriam.

A mudança de poder, de gestão, de atitude, de comportamento, visão e postura levaram à nova vitimização, pouquíssimo avanço e nenhum comprometimento de se sair em defesa da qualidade do elenco que lá estava e o que foi constituído a partir do desmonte daquele encontrado.

O Vasco em 2018, para sua gestão, não tinha objetivo algum. Nenhuma promessa foi feita, não foi dito em rodada alguma do Campeonato Brasileiro, nem nas quatro, cinco primeiras, que o clube objetivava voltar à Libertadores, criando um ciclo virtuoso. Nada, absolutamente nada foi dito.

O clube pagou pela inoperância e omissão de uma gestão totalmente despreparada para simplesmente mantê-lo no patamar esportivo em que se encontrava há um ano.

Lembre-se ainda que nos últimos três meses de Campeonato Brasileiro, ano passado, o clube se viu à volta com problemas de salários e políticos, mas isso não impediu que o objetivo traçado no início da competição fosse cumprido.

A simples admissibilidade disso poderia fazer o Vasco ter um melhor ano novo, no próximo.

Se sobrar humildade para ouvir e coragem para agir externamente em defesa do elenco, de sua capacidade, traçando objetivos grandiosos, sem fazer segredo ao público, pode-se conseguir mais, muito mais.

Há gente disposta a encarar o desafio, pelo que tenho visto, mas é uma atitude grupal e não individual que poderá fazer a diferença. Não adianta um puxar para cima e os outros se esconderem no conforto do descomprometimento. Todos devem se expor e fazer com que se acredite no Vasco para 2019.

A torcida vascaína agradece.

Sérgio Frias

Sem descaso quanto à elucidação

Reginaldo Rabelo escreveu:

“Concordo com vcs. Descaso absoluto a mais de 20 anos. Não me lembro de algum dia, desde pelo menos 1998, em que não vi alguma notícia sobre calote, penhora, inadimplência, etc do Vasco da Gama. Hoje mesmo está lá: o atleta Jean Patrick – que passou pelo clube em 2015(gestão sabe-se bem de quem), acaba de penhorar rendas de jogos por falta de pagamento de R$ 93 mil (noventa e três mil reais) que deixaram de lhe pagar naquele ano(repito 2015).

O caos que foi deixado em janeiro de 2018 não será resolvido em pouco tempo: patrocínio fictício de uma empresa idem; contratos longos com jogadores acabados para o futebol; liberação de Anderson Martins, Madson e Mateus Vital a troco de nada; 4 folhas de pagamento(novembro, dezembro, 13º, tudo de 2017, e férias) sem pagar e sem dinheiro à vista; quotas de TV de 2018 totalmente antecipadas; luvas do novo contrato com a Globo gastas não se sabe como; empréstimos com a FFERJ(por conta do campeonato carioca) e CBF(por conta de recebíveis de futuras Copas do Brasil), etc;”

Vamos falar sobre tudo isso, também.

Como sempre vcs não publicarão meu comentário. Mas é o retrato do Vasco, outrora um grande que rivalizava com o urubu em termos nacionais e que as sucessivas gestões neste século transformaram no maior frequentador da Série B(entre os outrora grandes do futebol brasileiro). E haja balanços fictícios, desde a era Aremithas…

É triste, casaquistas. Mas, é real…”
—–
Os balanços fictícios que você diz existir desde a época Aremithas, você mesmo deveria ir cobrar do Calçada, presidente do clube, mas antes teria de ir lá atrás entender porque no Vasco era ignorado pagamento de impostos nos anos 50, 60, 70… BOA INVESTIGAÇÃO!

Você é antigo aqui e eu, particularmente, há tempos não vinha para a moderação. Uma pena. Poderia elucidá-lo mais vezes.

Vamos falar sobre tudo. Quanto mais se falar de Vasco, mas vai se enxergar a diferença do Vasco com Eurico Miranda, atuando em função executiva, ou sem ele.
——
O Vasco, outrora um grande?

Quem no Rio conquistou mais títulos que o Vasco no último triênio com Eurico Miranda à frente do clube?

Ora, se for o Vasco, então é ele o melhor do Rio no quesito conquistas, que desde o tempo da sua tataravó é fundamento para definir a questão.

Na disputa nacional de mata-mata entre Vasco x Flamengo no último triênio, com Eurico Miranda à frente do clube, quem venceu o confronto?

Se foi o Vasco você já começa a se complicar. Seu comentário vai murchando, murchando…

Nos confrontos contra o próprio Flamengo em Campeonatos Brasileiros na última administração de Eurico Miranda quem ganhou mais vezes?

Ih!!! Deu Vasco, de novo! Seu comentário se torna cada vez mais frágil.

Ano passado (não em 1928, 54, 75, 84, 96, 2006, 2012) qual a diferença de posto entre Vasco e Flamengo no Campeonato Brasileiro disputado?

Uma posição? Foi isso mesmo? Em função de um pênalti marcado a favor do Flamengo nos acréscimos da partida contra o Vitória?

O que houve, então, nos parece claro. Uma óbvia igualdade na disputa entre os dois clubes em nível nacional.

E em 2015?

Lembra de 2015, você silente quanto aos prejuízos de arbitragem exercidos contra o Vasco e em favor dos clubes de Santa Catarina? Pois é.

Eu me lembro perfeitamente. Ocorre que, se ao invés de o Vasco ter sido garfado em 14 pontos no campeonato nacional disputado, a vítima fosse o Flamengo, este teria caído da mesma maneira, o que aliás também teria ocorrido com Fluminense, Palmeiras e Cruzeiro.

Mas o Vasco se vitimizou como à época sua turma fazia com o MUV no poder, choramingando por tudo, etc…?

Não!!!!! O Vasco ficou sete meses invicto, iniciando tal invencibilidade em novembro de 2015, seguindo-a até junho de 2016.

No referido período disputou 11 clássicos estaduais e interestaduais (7 vitórias e 4 empates) e obteve a maior sequência invicta de toda a sua história em partidas oficiais, superando o recorde da história de vários clubes grandes nacionais. Veja:

Atlético-MG
Flamengo
Internacional-RS
Palmeiras

Primeiro pare de morder os cotovelos. Parou? Vamos seguindo.

No século XXI qual clube, em todo o Brasil, conseguiu um número superior a 34 partidas oficiais invicto?

Nenhum. Vou repetir, soletrando para você, em sua homenagem. N-E-N-H-U-M.

Corinthians e Cruzeiro foram os únicos que igualaram o Vasco.

Mas, vamos em frente.

Você não conhece praticamente nada da história do Vasco para falar as bobagens que disse antes (as quais irei rebater, obviamente, e com prazer), mas aproveite para pôr também em sua cachola que qualquer vascaíno com menos de 70 anos jamais havia visto o Vasco chegar ao mês de junho de um ano sem ter perdido jogo oficial algum.

Agora vamos a um fato inquestionável sobre essa diferença entre Vasco e Flamengo sob o aspecto financeiro, mas não sem esquecer o esportivo e institucional conexos:

– Apesar de possuir uma torcida maior, todo o apoio midiático possível e não previsto dentro do razoável;

– Apesar dos inúmeros títulos “roubados”;

– Apesar da tentativa de se criar um polo no qual eram mocinhos e o Vasco bandido, o que se tentava fazer desde os anos 20;

– Apesar de desde o início do século XXI até ali o rubro-negro ter um número maior de títulos conquistados, a partir de estaduais, dentro do próprio século, em sete anos e meio (seis contra dois);

a) Não recebiam um centavo a mais que o Vasco em nível estadual ou nacional, nos campeonatos que ambos disputavam.

b) Não ganhavam um Campeonato Brasileiro desde 1992, enquanto o Vasco depois disso já havia vencido dois.

c) Perdiam no confronto direto contra o Vasco.

d) Apanharam de mão cheia do Vasco, sem conseguir fazer cinco gols contra nós desde 1943.

e) Brigaram para não cair na última rodada do Campeonato Brasileiro, no atual século, até ali, duas vezes, poderiam ter descido em 2002 pela escalação irregular do atleta Wendel, enquanto o Vasco JAMAIS havia precisado matematicamente de qualquer ponto nas últimas duas rodadas do Campeonato Brasileiro para se manter na primeira divisão.

f) Enquanto flertaram com o rebaixamento, chegando até o início do Campeonato Brasileiro de 2007 a figurar no Z4, o Vasco não figurava no Z4 há 108 rodadas em 30/06/2008, quando houve a troca de gestão.

g) Na era dos pontos corridos, até ali, o número de vezes em que o Vasco havia figurado na zona de rebaixamento (todas elas no 1º turno) fora 14 (e se considerarmos os resultados dos jogos anulados de 2005 e seus posteriores resultados este número diminui para menos de 10).

h) Se o Vasco ficou 14 vezes na zona de rebaixamento naquele período, em quantas oportunidades ficou o Flamengo nela? QUARENTA e SEIS. Não sei se percebe, mas é mais que o triplo.

i) Além de o Vasco ter sido Campeão Brasileiro neste século, disputando a finalíssima no Maracanã e garantindo com isso a edição de 2000, finalizada em janeiro de 2001, façamos a comparação de performances dos dois clubes no Campeonato Brasileiro, entre 2001 e 2007, pois em 2008 apesar de o rubro-negro estar à frente do Vasco na oitava rodada do turno, como ocorrera em 2005 e no caso contrário com o próprio Flamengo em 2007 (ambos com inversão de posição ao final do certame), ainda havia muito campeonato a se jogar.

2001 – Vasco à frente
2002 – Vasco à frente
2003 – Flamengo à frente
2004 – Vasco à frente
2005 – Vasco à frente
2006 – Vasco à frente
2007 – Flamengo à frente

j) Finalmente, como estava o Vasco no confronto direto diante do Flamengo em Campeonatos Brasileiros no século. Quem estaria na frente? Seria mais uma esbofeteada?
2001 – Vasco 5 x 1
2002 – Vasco 2 x 1
2003 – Flamengo 2 x 1
2003 – Flamengo 2 x 1
2004 – Vasco 1 x 0
2004 – Vasco 1 x 0
2005 – Flamengo 1 x 0
2005 – Vasco 2 x 1
2006 – Vasco 1 x 0
2006 – Vasco 3 x 1
2007 – 1 x 1
2007 – Flamengo 2 x 1.

Vamos contar? Pegue seu ábaco.

Vitórias do Vasco: Uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete.

Vitórias do Flamengo: Uma, duas, três, quatro (torce aí por mais Reginaldo!!!!!!). Quatro, quatro, quatro. É, eram quatro mesmo.

Vamos ajudar o Flamengo pondo as duas da final da Copa do Brasil em 2006? Concorda, Reginaldo? Então vamos lá.
Quatro, cinco, seis.

Ih, Reginaldo. Ainda ficaram atrás!!!!!!!

Mas o que teria ocorrido, então, Reginaldo, para que começasse uma diferença tão grande entre julho de 2008 até 2014?

Por que aquele grupo que te entusiasmava, hoje vestido de amarelo com seus filhotes, chamado à época de MUV, não experimentou a mesma supremacia?

1 – Porque após pegar o Vasco em nono lugar no Campeonato Brasileiro, há 108 rodadas fora da zona de rebaixamento, deixou que caísse para a segunda divisão com discurso de palanque e muito esforço, fazendo uma besteira atrás da outra até se consumar a queda, inclusive contratando nove atletas sem condições físicas ou técnicas para atuarem a contento naquela competição. Para se ter uma ideia, Reginaldo, com duas rodadas do MUV no poder o Vasco já era sétimo, mas nove depois já estava na zona do rebaixamento, após sofrer a maior goleada da história do confronto contra o Vitória-BA.

2 – Porque se postou como pedinte em 2009 e tratou a Série B e sua “inolvidável” conquista pelos olhos descoloridos da época, amarelados de hoje, como um grande feito e aquele como um grande ano do clube (propaganda é tudo). Até a eliminação do Campeonato Estadual com goleada sofrida do Botafogo por 4 x 0 foi motivo de aplauso. Qual seria o resultado disso para o ano seguinte, Reginaldo?

3 – Um abaixo do medíocre 2010, no qual o maior feito do Vasco foi chegar à final da Taça Guanabara, derrotando o Fluminense nos pênaltis, na semifinal. Era sábado de carnaval, mas após a folia o ano se mostrou digno de quarta-feira de cinzas. Na rodada última antes da parada para a Copa do Mundo o Vasco figurou na penúltima colocação e o conto do vigário já havia sido visto como aquilo que era (conto mesmo).

4 – Aí, Reginaldo, começou a gastança desenfreada, sem qualquer critério, com as vindas de atletas que o clube não tinha como pagar ou comprar, mas fazia assim mesmo e aos borbotões, num quadro que evitou a queda em 2010, não inibiu o pior início de Campeonato Carioca da história do Vasco no ano seguinte, levou o clube a um bom período, entre maio/junho de 2011 até junho/julho de 2012, mas que o inviabilizou. Junto é claro a todas as opções de calotes (as quais você não se movia para contestar na época), a partir do final daquele período até a saída do MUV de dentro do Vasco em dezembro de 2014, tendo aumentado a dívida do clube em 334 milhões de reais (e isso considerando o balanço patrimonial do Vasco de 2008 apresentado com as retificações na caneta oriundas da própria sigla).

5 – Finalmente, Reginaldo, lembra daquele item A? Pois é.

O Vasco, sorridente e malandro, na figura de seus dirigentes da época, ficou satisfeitíssimo em 2011 de receber o dobro do que havia recebido no contrato feito pelo bobo do Eurico Miranda em 2008 até 2011. O valor pago, por sinal, não era em homenagem ao Vasco, mas sim em função da ameaça de concorrência da Record na ocasião, que queria para ela os direitos de transmissão.

Mas o que os malandros esqueceram de perguntar era quanto o Flamengo ganharia.

Como na época intitulou-se que o Vasco não tinha que ficar preocupado com o Flamengo e seguir a vida dele (isso era coisa do Eurico e daquela “velharada”, que afirmava isso durante 110 anos sem ninguém saber o motivo) a parte do bolo total que caberia ao Vasco, caso fosse mantido no primeiro grupo entre os recebedores de cotas, foi para os que ficaram acima dele na nova divisão, que pôs, primordialmente, Corinthians e Flamengo com uma distância gigantesca sobre os demais. O Vasco ainda recebeu menos que o São Paulo, pouco menos que o Palmeiras e reduziu enormemente a diferença que possuía em relação ao Santos.

Com isso, nobre Reginaldo, a exposição de imagem do Flamengo em jogos aumentou muito mais, a dinheirama recebida por eles em relação ao Vasco idem e mais ainda se justificaram negócios maiores em favor do Flamengo se comparado ao Vasco, vide ofertas da CEF para a dupla de queridinhos em relação aos demais, algo iniciado três anos depois e só para dar um exemplo.

No último triênio, já com Eurico Miranda de volta ao clube, conseguiu-se modificar o critério um pouco ao menos, mas era fundamental para o Vasco uma campanha no Brasileiro de 2018 similar ao de 2017 para que sua cota tivesse um impacto positivo em relação ao recebimento do valor referente a 2019.

Creio, Reginaldo, que o assunto Flamengo, que já é para sempre freguês do Eurico, enquanto esteve em função executiva no clube, está devidamente esmiuçado.

Vamos em frente, que atrás vem gente, mordendo mais os pobres cotovelos.
——
Sobre Jean Patrick há lá um valor referente a férias e outros pequenos pedidos. Nada de salário dos meses em que atuou, nem décimo terceiro. E se você for buscar algo dos dois primeiros anos de gestão do clube na última administração de Eurico Miranda vai encontrar, quem sabe, uns três, quatro casos, contra quase 200 milhões de dívidas pagas. Uma bela troca, sem dúvida.

O que todo gestor quer é um caos no qual ele entra, recebe 10 milhões de reais em uma semana, parcela de mecanismo de solidariedade, prêmios de competições, as quais já pegou o Vasco classificado e em cerca de 90 dias mais 45 milhões líquidos, com um total arrecadado no ano de 100 milhões, deixados de bandeja por quem saiu.

A gestão anterior poderia ter vendido Paulinho por 12 milhões de euros e pago tudo de dívida, mas resolveu deixar para a outra a possibilidade de vendê-lo por 25, 30 milhões.

Os salários de novembro foram pagos com dinheiro obtido através da participação do gestor que saía, com um parceiro seu durante o triênio e os salários de dezembro e décimo terceiro da época não foram efetuados até hoje.

Que diferença para 2014, hein? Mas aí quem assumiu tinha responsabilidade.

Por outro lado, que vergonha fez o grupo do ódio contra o Vasco no ano passado, não? Qual o prejuízo que causou ao clube com a sabotagem contra São Januário? Quantos milhões? Isso interferiu em contratos outros que estavam sendo negociados? Claro. Só porque refutavam ver o Vasco na Libertadores, levado pelas mãos da administração que odiavam. Vergonha completa.

O fato é que o clube foi recebido com 688 milhões de dívida – e se postas naquela época aquelas que a atual administração considerou no balanço apresentado, usando os mesmos critérios, ultrapassaria mole 730 milhões – e foi deixado, segundo as contas de quem saiu com 582 milhões, segundo quem chegou, com 645 milhões, ou seja, a dívida diminuiu.

Pode ser que aumente com o não cumprimento de acordos antes celebrados e que foram honrados em esmagadora maioria até setembro do ano passado, por mais de 100 demissões, sem que saibamos se foram pagas as verbas rescisórias, mas com a dinheirama que entrou este ano (na mão) talvez tudo tenha se resolvido a contento.

O mais curioso disso tudo é que em junho de 2008 o Vasco foi deixado com salários em dia, situação fiscal regularizada, partícipe do Ato Trabalhista (em condições melhores que as de Fluminense e Botafogo no mesmo Ato), patrimônio conservado, base com grandes revelações, acordos cumpridos e um custo mensal de 3 a 3,5 milhões de reais, mais 10 milhões para serem trabalhados pela venda de Phillippe Coutinho, com recebimento da primeira parcela prevista na ordem de 3 milhões de reais em 30/07 daquele ano, cotas de TV a serem antecipadas através do Clube dos 13, independentemente da vontade global.

O clube foi recebido em dezembro de 2014 com quase o dobro de dívida, sem crédito, sem ninguém para que se fizesse grande dinheiro rápido, em termos de base, com uma despesa mensal entre 10, 12 milhões de reais. Mas com 25 dias o Vasco já tinha as certidões, coisa que com todo o dinheiro recebido em 2018 não conseguiu.

Sobre salários, recebeu da mesma forma que deixou em 2017, mas resolveu tudo em cerca de seis, sete meses. Qual atleta da base mesmo o Vasco teve para fazer dinheiro em 2015? Deixe-me ver.. Seria nenhum?

Sobre cotas de TV. Que saudade de 2008, hein, Reginaldo???? Primeiro grupo entre os recebedores daquele valor, contrato assinado até 2011, e comprometido apenas até o primeiro trimestre de 2009. Muito melhor que a situação na qual o clube foi encontrado em janeiro de 2001, não é? Afinal o Vasco virou o século sem que tivesse qualquer valor a receber em 18 meses!

Sobre gastos “não sabe como”. Não sabe mesmo, Reginaldo? Com a limpeza de todas as barbaridades que seu grupo fez entre julho de 2008 e novembro de 2014, ou você acha que reconstruir se faz com a mesma capacidade que se destrói algo? Lembre outra vez de como pegaram o Vasco em 30/06/2008. Não esqueça.

Aí veio sua turma, aquela que você bateu palmas. Deu apoio. E qual foi o resultado? Cem por cento comprometido das cotas de 2015 (não falei 92% e sim 100%). Que vergonha, Reginaldo. Mais uma daquela trupe.

Em 2014 o Vasco foi duas vezes à FFERJ para obter verba visando pagamento de salários dos atletas e evitar, com isso, que no meio da Série B os atrasos ultrapassassem três meses e pudesse haver uma debandada. Quem conseguiu isso para o clube não foi seu presidente à época, mas sim seu opositor. Que diferença de postura, não?

Você acha mesmo que o Vasco não devia nada à CBF em 2015? HAHAHAHAHA.

Sobre atletas (como gosto das oportunidades que você nos dá), o que tivemos:

Contratações (todas a pedido de Zé Ricardo ou com o aval dele):
Rafael Galhardo
Erazo
Luiz Gustavo
Fabricio
Desabato
Thiago Galhardo
Rildo
Riascos

O Vasco renovou com Martin Silva, Breno, Ramon, Wellington e Kelvin.

Em relação à base, entre dezembro e janeiro, renovou com Bruno Cosendey, Caio Monteiro, Evander, Paulinho e Paulo Victor.

Permaneceram ainda:
Jordi
Gabriel Félix
Yago Pikachu
Ricardo Graça
Henrique
Alan Cardoso
Andrey
Wagner
Escudero
Nenê
Guilherme Costa
Andrés Rios

Você, tão preocupado com “caos”, deveria ter aplaudido o acordo feito pelo Vasco com Anderson Martins, afinal o clube não teve de pagar o devido e conseguiu ainda o distrato de um contrato no qual por mais um ano e oito meses teria de desembolsar 520 mil mensais para um atleta que hoje não é nem titular absoluto no São Paulo.

Sobre Mateus Vital, como você já deve ter lido, foi vendido 85% por um valor que o mercado entendia valer o atleta por 100% dos direitos econômicos na época. Hoje vale 200 mil euros a mais, após ter passado uma temporada na qual conseguiu média próxima da do Escudero na temporada de 2017, em termos de passes e gols. Vital fez dois este ano, contra um do argentino no ano passado. Vital deu duas assistências e sofreu uma penalidade máxima, contra três assistências dadas pelo argentino em 2017. Comparado a Thiago Galhardo este ano, então, chega ser covardia.

Sobre Madson, engraçado é. O atleta não valia um níquel para a grande maioria da torcida. O Vasco vendeu por 500.000 euros 60% dos direitos econômicos do jogador, ou seja, ainda tem 40% e ele foi banco do Grêmio o ano todo, preterido por um atleta com 40 anos de idade.

——
Agora a cereja do bolo:

“Descaso absoluto a mais de 20 anos. Não me lembro de algum dia, desde pelo menos 1998, em que não vi alguma notícia sobre calote, penhora, inadimplência, etc do Vasco da Gama.”

Em primeiro lugar, tais notícias remontam a história do Vasco desde os anos 60 e as situações das mais esdrúxulas já vivera o clube, antes da chegada de Eurico Miranda em 1986.

Impostos, salários, rescisões trabalhistas, atleta comprado e não pago, falta de luz, problemas com a CEDAE, INPS, IPCA, penhora de São Januário, de telefone, de caldeira, exaustor, troféu.

E isso com resultados esportivos pífios, pois para se ter uma ideia, desde 1960 até 1985 o Vasco conseguiu uma média de um título a cada cinco anos (considerando ainda que ganhou um deles empatado com três outros clubes).

Vamos contar, Reginaldo? A chamada matemática elementar?

Nesses últimos 20 anos aí que você citou, quantos títulos ganhou o Vasco, desde Campeonato Estadual? 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Seria quase o dobro? Sim. Pois é.

O Vasco nos últimos 15 anos ganhou praticamente aquilo que conquistou naqueles 25, antes da chegada de quem? Pois é.

O descaso absoluto nada mais é do que uma continuidade daquilo que você aplaudiu em julho de 2008 e que queria ver com outra cor em dezembro de 2014. Teimoso que é quis pagar para ver novamente em 2018 e aí está. Pegue esta culpa que também é sua e carregue-a consigo. É o jeito.

Sempre um prazer elucidá-lo.

Sérgio Frias

*Comentário feito pelo postante na matéria “Descaso absoluto”

Cola vagabunda

A eterna tentativa de colar algo que não adere se manifesta pelos mais diversos grupos políticos, ou pseudo apolíticos, os quais surgem querendo distorcer o óbvio e se espalham na rede como pus de uma ferida impossível de cicatrizar porque atrelada a um ódio doentio. O resultado disso é um hematoma irrecuperável. Mais que um câncer é uma dor curtida, porque odiar faz bem a quem tem pouco para oferecer.

A gestão anterior do clube, que assumiu o Vasco com 688 milhões de dívida e o deixou – segundo um balanço apresentado pela atual direção – com 645 milhões, que diverge dos números apresentados pela outra (582 milhões), obviamente DIMINUIU A DÍVIDA DO CLUBE nesse período e deixou ativos que não recebeu da outra, o maior deles Paulinho, que teve seu contrato renovado na primeira semana de janeiro deste ano, estipulada sua multa rescisória em 30 milhões de euros.

Se o Vasco deixou comprometidas cotas de TV na ordem de 92% em relação a 2018, pegou com mais do que isso comprometido em 2015.

A situação era pior e não havia como se fazer dinheiro a curto prazo, pois o que foi deixado de base não oportunizava a grandes receitas.

Muito diferente dessa situação estava o clube em junho de 2008, quando a chapa amarela da época, apelidada de MUV, assumiu o clube.

Na ocasião, o Vasco tinha comprometidos seis meses do fim daquele ano, mais metade do trimestre primeiro de 2009 e só, fora uma discussão junto à Globo que nunca foi a lugar nenhum, sobre uma suposta dívida do clube com ela.

A situação, por sinal, era muito melhor do que a encontrada em 2001, quando o Vasco não tinha nada a receber por cerca de 18 meses, o que oportunizou à Rede Globo promover o torniquete financeiro contra o clube por igual período, até o início do segundo semestre de 2002.

Ressalte-se também, em relação às cotas de TV, que o Vasco fazia parte, por quase 25 anos, do primeiro grupo, entre os recebedores de tal quantia.

Caiu o clube para a quinta posição em 2011, quando a chapa amarela da época buscava sua reeleição.

Entendemos que alguém com pretensão de escrever sobre administrações do Vasco e seu histórico saiba ser inadequado ignorar como foi assumido o clube em 2001, isto é, com salários atrasados em até mais de três meses (basta ver os pedidos dos atletas na Justiça no decorrer daquele ano, referentes aos valores cobrados).

Bem como entende-se ser do conhecimento geral que direitos de imagem em atraso cobrados por craques como Edmundo e Romário retroagiam a 1999 e 2000, enquanto passes de jogadores trazidos em 2000, em alguns casos, não haviam sido pagos, impostos não eram recolhidos – um problema que existia desde o final dos anos 60 – e a filosofia adotada por todos os clubes grandes brasileiros era a mesma: fazer dinheiro, primordialmente, com a venda de atletas, acima mesmo do que negociavam receber via TV, até quase a virada do século.

Elucidado tal ponto, o Vasco foi deixado em 30/06/2008 com salários em dia, situação fiscal regular, inúmeros acordos judiciais e extrajudiciais honrados, ato trabalhista cumprido, também, desde 2004, e outro assinado em situação melhor que a dos demais grandes clubes devedores deste estado no final de 2007, além de um contrato com a TV, válido até 2011, do qual o clube poderia usufruir de todo ele, a partir do segundo trimestre do ano de 2009.

Na época, caso quisesse adiantar cotas não precisaria o Vasco de inúmeros avais, porque o Clube dos 13 recebia diretamente o dinheiro da Globo e repassava aos filiados com apenas uma garantia bancária, que era dada, no caso do Vasco, com operações realizadas pelo Bic Banco, tal qual foi feito mais de uma vez, já pelo MUV amarelo, no segundo semestre de 2008, período no qual também teve a receber a gestão sucessora 3 milhões de reais pela primeira das três parcelas referentes à venda de Phillippe Coutinho, fora rendas sem penhora, premiações correspondentes à Copa Sul-Americana, mecanismo de solidariedade, entre outros valores.

O patrimônio do clube estava muito bem conservado, acarretando elogios da oposição que se instalava no poder.

Se entre 2001 e 2002 o Vasco adquiriu mais imóveis (procedimento iniciado em 1998) para incorporar a seu patrimônio praticamente uma rua inteira, ao longo dos anos construiu o Colégio Vasco da Gama, fez inúmeras obras de conservação do complexo de São Januário, mantendo limpo e conservado seu patrimônio naquele período.

Podemos extrair como exemplo sobre não só o patrimônio físico, mas a estrutura do Vasco, fala do Vice-Presidente de Futebol do clube, Manoel Fontes, que assumiu o cargo à época, logo no início do mandato da gestão MUV amarela, e que afirmou com apenas 15 dias daquela trupe no poder:

“Isso é meu. Tenho que ser sincero e honesto. A nível de estrutura, infra estrutura do Vasco da Gama, das instalações, a gente que realmente reconhecer que foi feito um trabalho magnífico. O Vasco da Gama hoje tem instalações que são respeitáveis e comparadas aos vários clubes, talvez até internacionais”.

O patrimônio deixado pela gestão que esteve seis anos e cinco meses pelo Vasco (reeleita com quase 95% dos votos após o primeiro mandato) continha 30 toneladas de lixo a céu aberto, São Januário capacitado a receber cerca de 15.000 pessoas (quando assumira o Vasco o limite de público pagante, fora gratuidades, era de 24.500 lugares), sem clássicos disputados no estádio, com inúmeros problemas em itens comezinhos, fora um parque aquático sob tapumes, ginásio em desuso e colégio Vasco da Gama praticamente largado, entre inúmeros outros abandonos vistos no espaço de suas sedes.

Após nova troca de gestão e a volta daquela que gerira o clube de 22/01/2001 a 30/06/2008, tudo o acima narrado evoluiu, a olhos vistos.

Faz-se uma visita guiada no clube desde agosto do ano de 2017, podendo o Vasco, com orgulho, mostrar a sócios e visitantes seu patrimônio, totalmente recuperado.

Sobre a área fiscal, a esmagadora parte da dívida deixada para a gestão MUV amarela era cerca de 95% dela oriunda do século anterior e equacionada pela gestão que antecedeu aquela responsável por diminuir e rebaixar o clube institucionalmente.

Tanto isto é fato que foi o Vasco o único dos grandes cariocas a obter certidões positivas com efeito de negativas em 2005, bem como o primeiro regularizado para adentrar na Timemania, quase no final de 2007.

A situação encontrada em dezembro de 2014, com relação a certidões (o clube passou a grande parte da gestão MUV amarela sem tê-las) foi resolvida em menos de 25 dias e o Vasco as manteve até quase o final daquela gestão, portanto, não por seis meses, um ano apenas, tanto que de forma inédita obteve verbas da Confederação Brasileira de Clubes e pôde assinar com tranquilidade três contratos de patrocínio com a Caixa Econômica Federal, que, por sinal, não queria ver o clube nem pintado de ouro em dezembro de 2014, porque no decorrer do contrato anterior o Vasco descumpriu praticamente tudo, quanto às obrigações contratuais de sua parte.

Sem certidões há alguns meses e com a entrada de algo em torno de 120 milhões de reais no decorrer de 2018 o Vasco não voltou a obtê-las até aqui, embora na carta amarela, assinada pelo atual presidente do clube, a 30/04, fosse dito que entre as despesas prementes a serem pagas, estava um valor na ordem de 27 milhões para regularização das certidões, como objetivo final.

Sobre a dívida, dissemos lá em cima ter sido diminuída, conforme foi evidenciado nas apresentações das contas deste ano. Ocorre que a história não começa aí. Não, não, não.

Em 2001 a situação financeira do Vasco era caótica porque seu grande parceiro deu simplesmente um calote na ordem de 12 milhões de dólares, enquanto a Vasco da Gama Licenciamentos entendia ser o clube devedor de algo em torno de 75 milhões de reais, considerando valores concernentes a contratos de cotas de TV e prêmios obtidos pelo clube por competições conquistadas (exemplo, Mercosul), entre outros.

Uma interpretação peculiar do contrato assinado na época, no qual estava previsto o recebimento de 50% do valor referente a acordos em prol do Vasco, conseguidos pela empresa e não pelo próprio clube, evidentemente.

A situação já era complicadíssima a partir de julho de 2000, quando o Vasco sofreu o calote mencionado acima e se tornara insustentável no final de 2000, com inúmeras obrigações não cumpridas, referentes ao projeto olímpico, futebol, basquete, futsal, obrigações outras e contratos assinados até 2001, 2002, ficando ainda pior com a perda de ativos do Vasco, considerados a partir do início de 2001, quando começou a viger a Lei Pelé, combatida abertamente pelo então deputado federal Eurico Miranda, enquanto os doutos jornalistas, escribas e sabichões do mundo futebolístico afirmavam ser aquela a lei de alforria dos atletas e o início da profissionalização do futebol brasileiro.

Na verdade, ali seria o início da queda institucional de todos os grandes clubes, vide a diferença de qualquer um deles em relação aos principais europeus e até medíocres europeus, como se percebe na dura realidade de hoje, apesar de duas ou três exceções vistas em todo o século até aqui.

A direção que saía em junho de 2008 apresentou um balanço no qual deixava o Vasco com 190 milhões de dívida, valor bastante inferior à maioria dos grandes clubes brasileiros e menor, sem dúvida, em relação aos grandes clubes cariocas, como aliás fazia sentido, uma vez que no Rio quem melhor e mais cumpria obrigações financeiras e fiscais era o Vasco (vide acordo trabalhista último, feito à época, certidões obtidas, a primeira delas em 2005, sem penhoras de rendas nos vários jogos anteriores à troca de gestão e um custo mensal variável entre 3 e 3,5 milhões de reais).

O MUV amarelo assumiu e afirmou ser a dívida no valor de 354 milhões. Acompanhando todos até aí? ÓTIMO!

O MUV amarelo saiu, deixando uma dívida de 688 milhões. Todos contando? Aumento de 334 milhões, quase o dobro.

Dos 688 milhões de dívida recebidos, temos hoje números divergentes, entre 582 milhões de dívida e 645 milhões.

Fica a pergunta a ser respondida por qualquer aluno de ensino primário. Sem a participação do MUV quanto deveria o Vasco hoje?

E sem que o clube tivesse dívidas em janeiro de 2001, quanto deveria o Vasco – novamente sem o MUV – em dezembro de 2017?

Mas há ainda um detalhe importante: como o Vasco foi recebido em dezembro de 2014?

Não havia qualquer expectativa pela entrada de recursos, as cotas de TV estavam 100% comprometidas, o Vasco não podia implementar um programa de sócio torcedor até novembro do ano seguinte, em função da multa contratual, não havia crédito, o clube devia a postos de gasolina, desentupidoras e outras prestadoras de serviços baratos, tinha contra si mais de 200 títulos protestados, comparado a nenhum deixado em 2008. Uma situação absolutamente deplorável.

Ficamos imaginando como seria a continuação amarela diante daquele quadro de coisas.

Vamos, então ao futebol, finalmente! O assunto principal hoje em dia para usos e costumes das mentiras espalhadas na rede.

Algumas perguntinhas básicas, quanto aos últimos dois anos, anteriores à troca de gestão no clube, em 2008:

1 – Há quantas rodadas o Vasco não frequentava a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, desde o início dos pontos corridos, em 30/06/2008?
a) uma
b) 10
c) 20
d) 108
——
2 – Qual era o clube carioca que menos frequentara a zona de rebaixamento, desde o início da era dos pontos corridos, até 30/06/2008?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——-
3 – O Vasco foi deixado em nono lugar no Campeonato Brasileiro, com o mesmo número de pontos do oitavo colocado, com o sétimo melhor ataque da competição e a décima primeira defesa menos vazada.
Baseado no fato histórico, responda: Quantas rodadas precisou o Vasco para chegar à zona de rebaixamento, após a direção MUV amarela assumir o clube?
a) Uma
b) Duas
c) Dez
d) Onze
—–
4 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve na zona de classificação para a Taça Libertadores, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 28 vezes
——–
5 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os seis primeiros, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 39 vezes
——-
6 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores a 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os oito primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 53 vezes
——
7 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os 10 primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 62 vezes
——
8 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre os 12 primeiros, pelos critérios da época, em 76 rodadas?
a) nenhuma vez
b) duas vezes
c) 10 vezes
d) 71 vezes
———
9 – Nos últimos dois Campeonatos Brasileiros, anteriores ao de 2008, quantas vezes o Vasco esteve entre o 13º e o 16º lugar, em 76 rodadas?
a) 70 vezes
b) 60 vezes
c) 50 vezes
d) 5 vezes
——
10 – No Campeonato Brasileiro de 2008, em suas primeiras oito rodadas, o Vasco ficou na posição de classificado para a Libertadores em alguma delas?
a) Impossível com aquele time do Eurico
b) Não sei, pois não ia aos jogos, apenas fazia política
c) Não
d) Sim
——-
11 – No Campeonato Brasileiro de 2008, em suas primeiras oito rodadas, o Vasco ficou entre os 10 primeiros colocados em:
1) Nenhuma rodada
2) Uma rodada
3) Duas rodadas
4) Seis rodadas
———————-
Agora vamos ao triênio 2015, 2016, 2017:

12 – Em que lugar o futebol do Vasco foi encontrado em dezembro de 2014?
a) Na Libertadores
b) Campeão invicto da Série B
c) Campeão da Série B
d) Terceiro lugar na Série B, sem ter liderado a competição em rodada alguma.
——
13 – Em que lugar o futebol do Vasco foi deixado em dezembro de 2017?
a) Campeão da Série B
b) Vice Campeão da Série B
c) Terceiro colocado na Série B
d) Na Libertadores
——
14 – Qual clube carioca mais conquistou campeonatos neste período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——-
15 – Qual clube carioca mais conquistou taças oficiais nesse período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——-
16 – Qual clube carioca não perdeu nenhuma decisão nesse período?
a) Botafogo
b) Flamengo
c) Fluminense
d) Vasco
——–
17 – O Vasco tem em seu currículo um recorde de invencibilidade em jogos oficiais. São 34 partidas. Tal período invicto foi obtido entre os anos de:
a) 1949/1950
b) 1999/2000
c) 2011/2012
d) 2015/2016
——-
18 – Em qual ano de sua história o Vasco foi prejudicado com maior número de pontos, oriundos de erros da arbitragem num Campeonato Brasileiro (critério Placar Real)?
a) 2001
b) 2006
c) 2011
d) 2015

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
——
19 – Quantos pontos o Vasco conquistou nos Campeonatos Brasileiros de 2015 e 2017 por conta de erros de arbitragem (Critério Placar Real)?
a) 14
b) 20
c) 25
d) Zero

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
——–
20 – Quantos pontos o Vasco perdeu nos Campeonatos Brasileiros de 2015 e 2017 por conta de arbitragem (critério Placar Real)?
a) nenhum em 2015 e nenhum em 2017 – a arbitragem foi justa
b) Um em 2015 e Dois em 2017
c) Dois em 2015 e um em 2017
d) Quatorze em 2015 e Sete em 2017

*O critério do placar real qualifica como gol um pênalti marcado a favor ou contra o clube numa partida.
——
Finalmente, sobre o elenco deixado para a disputa da temporada de 2018 (em seu início) pela gestão anterior, tivemos o seguinte quadro:

Goleiro:

O Vasco renovou com Martin Silva por dois anos.

– O Vasco manteve Jordi no elenco.

– O Vasco manteve Gabriel Félix no elenco.

– O Vasco manteve a revelação do Sub 20, João Pedro, no elenco.
—–
Lateral direito:

– Com o fim do empréstimo de Gilberto, o Vasco não se interessou por renovar o vínculo.

– O clube vendeu 60% dos direitos econômicos de Madson por 2 milhões de reais (ou 511.509 euros), o que representa, caso fosse negociado 100% dos direitos econômicos do atleta, 852.515 euros. Atualmente, segundo o site Transfermkt, o atleta está cotado em 1,25 milhões de euros e numa futura transferência o Vasco teria a receber mais 500.000 euros, que daria um total de 1.011.509 euros, por um atleta que veio de graça para o clube, sem ser formado nele.

– O clube trouxe, de graça, Rafael Galhardo, considerado dois anos antes de sua vinda como o melhor lateral direito do Campeonato Brasileiro de 2015, bola de prata da Revista Placar e indicado pelo treinador Zé Ricardo.

– O Vasco manteve Yago Pikachu, que vez por outra atuava de lateral direito, mas também jogava em funções mais adiantadas, como ocorreu várias vezes na temporada de 2017 e algumas outras em 2016.
——-
Zagueiros:

– O clube renovou o vínculo com Breno, destaque da equipe no Campeonato Brasileiro.

– O clube fez um acerto com Anderson Martins, contratado em agosto, e que recebia o maior salário do elenco, 530 mil reais, para que este fosse liberado e viesse a jogar no São Paulo, sem que o Vasco tivesse que pagar qualquer valor em atraso ao atleta.

– Encerrado o empréstimo de Paulão o clube decidiu não renovar o vínculo pelo alto salário recebido pelo atleta, emprestado em 2017 ao Vasco, oriundo do Internacional-RS.

– Com o fim do contrato de Rafael Marques, o Vasco decidiu não renovar com o atleta.

– O clube não se interessou em manter Lucas Rocha, trazido no meio da temporada de 2017 para a zaga.

– Indicado pelo treinador Zé Ricardo o Vasco contratou Erazo.

– Indicado pelo treinador Zé Ricardo o Vasco contratou Luiz Gustavo.

– Em 2018 pretendia-se dar chance real a Ricardo Graça, para que atuasse no time de cima, após meses apenas treinando.
———–
Lateral esquerdo:

– Por sua ótima produtividade em 2017, até se machucar, o Vasco renovou o vínculo com Ramon, que tinha volta prevista para maio.

– Para substituir eventualmente Ramon o clube contratou Fabrício, com aval do treinador Zé Ricardo.

– O clube manteve Henrique como opção na lateral esquerda, que já havia atuado por diversas vezes em 2017.

– Com contrato renovado em junho de 2017, Alan Cardoso era outra opção do elenco.
——–
Volantes:

O clube não se interessou em manter Jean no plantel, após o fim do empréstimo com o atleta.

Foi trazido junto ao Velez Sarsfield-ARG, Desabato para ocupar o lugar deixado por Jean.

Diante do bom Campeonato Brasileiro feito pelo Vasco em 2017, o contrato de Wellington foi renovado.

Andrey foi mantido no elenco, com contrato renovado em maio de 2017 até 2021.

Bruno Cosendey foi mantido no elenco com contrato renovado em dezembro de 2017 até 2020.

Bruno Paulista permanecia no elenco com contrato até junho de 2018.
——-
Meias:

O Vasco tinha Nenê até dezembro de 2018.

O Vasco tinha Wagner até dezembro de 2018.

O Vasco tinha Escudero até dezembro de 2018.

O Vasco renovou com Evander, em janeiro de 2018, até 2021.

O Vasco contratou Thiago Galhardo, por indicação do treinador Zé Ricardo.

Guilherme Costa foi mantido no elenco para 2018.

O Vasco negociou 85% dos direitos econômicos de Mateus Vital por 1,5 milhões de euros, exatamente o valor de mercado do atleta à época, mas considerando que fosse vendido 100% dos direitos econômicos por aquele valor.

http://www.netvasco.com.br/n/204738/valor-de-mercado-de-mateus-vital-e-de-r-586-milhoes-de-acordo-com-site-especializado
——–
Atacantes:

O Vasco contratou Riascos, com boa passagem pelo clube e a pedido de considerável parte da torcida.

O Vasco contratou Rildo, que seria o homem de velocidade do time nos arranques ofensivos.

Andrés Riós, com contrato até junho de 2018, permanecia no elenco, após ter marcado três gols em 15 jogos no Campeonato Brasileiro.

Thales foi emprestado para o futebol japonês.

O Vasco renovou o contrato de Paulo Vitor, em janeiro de 2018, até 2023.

O Vasco renovou com Caio Monteiro, em dezembro de 2017, até 2021.

O clube não se interessou em continuar com Manga Escobar.

O Vasco não fechou as portas para Luís Fabiano, que, por sua vez, não sabia mais se continuaria jogando ou não.

O Vasco renovou, em janeiro de 2018, o contrato de Paulinho, elevando ao sêxtuplo, aproximadamente, sua multa rescisória.
——–

O texto anacrônico e longo é proposital.

Anacrônico para mostrar que por qualquer lugar que queiram andar não há argumentos para justificar culpas que não sejam ou estejam indiretamente relacionadas ao MUV amarelo ou descolorido, ao longo deste século, ou ainda por razão de fatores externos, prejudiciais ao Vasco, surgidos ou desenvolvidos com apoio ou silêncio da sigla versão século XXI e seus filhotes.

Longo, porque necessários serem embasados os fatos e não simplesmente despejá-los fora de contexto.

Apesar de tudo isso que vimos neste ano de 2018 só se o Vasco fizer muita bobagem nos últimos quatro jogos deixará de se classificar para a Copa Sul-Americana de 2019.

Sérgio Frias

Transferência

O presidente do Vasco, Alexandre Campello, parece viver num mundo paralelo.

Devido à sua clara irresponsabilidade, desrespeito ao previsto no estatuto do clube e uma aparente soberba, o médico gestor forçou uma reunião no Conselho Deliberativo a 17/08 na qual, sem dar satisfação praticamente nenhuma ao Conselho Fiscal, pretendeu aprovar um empréstimo para o clube, buscando o convencimento através de narrativas e slides inconfiáveis exatamente pelo exposto acima.

Por outro lado, se o presidente do clube resolveu implodir sua relação com o grupo responsável por fazê-lo encabeçar a chapa concorrente às eleições do clube, isso não é problema do Vasco, mas pessoal dele.

A responsabilidade para com os poderes, mais particularmente em relação ao Conselho Fiscal, não pode ser maculada por questões políticas durante um período de três anos e era esse o caminho que estava sendo percorrido pela administração do clube até aquele freio visto em agosto último.

É curioso o fato de o médico gestor buscar no termo “transparência” algo que lhe cole à sua própria gestão, quando o termo “transferência” cabe perfeitamente naquilo que o faz descolar-se de todos os problemas surgidos por responsabilidade dele próprio.

Poderia o atual presidente ontem ter feito o uso da palavra para ratificar o compromisso firmado junto ao Conselho Fiscal, no que tange a documentos solicitados e ainda não enviados, bem como expressar sua satisfação diante de uma votação na qual grupos dos mais diversos caminharam juntos (embora saibamos não haver condescendência prévia quanto a lacunas futuras, caso forem propositalmente não preenchidas pela direção do clube), ou simplesmente ter agradecido pela presença de todos, afinal tratava-se de um pleito atrelado a quórum qualificado, que foi obtido até com certa tranquilidade (178 presentes).

Após a reunião, porém, Alexandre Campello, essa “raposa política”, preferiu ir à imprensa jogar nos outros uma culpa que é inteiramente sua pelo fato de ter sido suspensa a reunião anterior por falta de envio dos documentos pertinentes ao Conselho Fiscal, algo expresso no estatuto do clube, portanto obrigação e não favor.

Por fim, devemos lamentar o episódio ocorrido ontem de agressão a dois conselheiros do clube, opositores nossos no campo das ideias, mas vascaínos como os outros que lá estavam, dispendendo, todos, tempo de suas vidas particulares para discutir o clube e seus rumos.

Sérgio Frias

Correção à diminuição midiática da marca Vasco

O site UOL publicou matéria na qual faz juízo de valor sobre o fechamento de contrato feito pela administração de Eurico Miranda, junto à empresa LASA, ocorrido em janeiro.

Na visão dos responsáveis pela matéria era de se prever a inadimplência do parceiro, devido a problemas financeiros vividos por ele.

As negociações foram feitas, como dito em variadas mídias do Casaca!, por cerca de dois meses, com encontros e inúmeros contatos entre o marketing do clube e a empresa, com participação efetiva do Casaca!.

O descumprimento do valor a ser pago deve ser questionado a quem inadimpliu. Razões, motivos, circunstâncias, etc…

O fato é que o contrato, além de extremamente favorável ao Vasco financeiramente, foi assinado com proteção ao clube no caso de descumprimento da outra parte, portanto feito de maneira responsável.

Salta aos olhos, porém, algumas omissões e erros matemáticos banais quanto à valoração da marca Vasco.

Em 2017 o Vasco, no primeiro quadrimestre, recebeu 2,5 milhões de reais, referentes ao contrato assinado em abril do ano anterior, com validade de um ano, junto à Caixa Econômica Federal.

Após o término do compromisso, o clube fechou outro contrato com o mesmo parceiro, válido por oito meses, recebendo (fora possível bônus), 11 milhões de reais.

Daí temos uma soma simples matemática que perfaz o valor de 13,5 milhões de reais firmados para recebimento em 2017 e não 12,5 milhões, como dito na matéria.

O mais grave, entretanto, é a omissão de que o Vasco assinou no ano de 2017, proporcionalmente, o maior contrato de patrocínio do século XXI, pois se acertou o recebimento de 11 milhões em 8 meses, receberia por um ano, caso fosse este o tempo firmado de compromisso, 16,5 milhões. Há neste caso um fenômeno curioso oriundo da mídia em geral: tal proporcionalidade não foi exposta em momento algum por quase ninguém. Aí não se trata de uma questão concernente à juízo de valor, mas sim de mera informação adequada à realidade factual.

Parece-nos estranho que não se informe na mídia, claramente interessada em valorizar o clube nas suas publicações, imaginamos, quanto passou a valer a marca Vasco, considerando apenas o tema abordado, numa realidade de mercado, em 2017.

Nada mais natural, portanto, que se firmasse um patrocínio superior em 2018, uma vez que o clube tem e permanecerá tendo maior exposição pela participação na mais concorrida competição da América do Sul e é o único deste estado a pretender conquistar o Tricampeonato Sul-Americano (1948/1998/2018), estando neste quesito, entre os demais clubes brasileiros participantes da competição, atrás apenas de Grêmio e Santos.

A real situação é a seguinte: o clube tem a receber, diante do descumprimento contratual por parte da empresa, valor superior a 2 milhões de reais, previsto em contrato. Além disso, o parâmetro para fechamento de um novo compromisso, considerando-o anual, é de 16,5 milhões, levando-se em conta apenas o contrato firmado em 2017. Deve-se também ponderar outros dois fatores para embasar maior valoração: a participação do clube na Taça Libertadores de 2018 e o contrato fechado em janeiro, consoante ao crescimento do retorno de mídia previsto para o Vasco neste ano.

Sérgio Frias