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O Vasco é dos Vascaínos

Uma vez que o atual presidente do Club de Regatas Vasco da Gama disse em coletiva ter como objetivo revender o futebol do clube, entendendo que o controle do futebol não deve ficar com o Vasco, mas com o investidor, é importante saber se essa é uma opinião isolada dele ou de toda a cúpula gestora do clube, pois os dizeres até aqui de outros não ratificam categoricamente tal posição.

A revenda em si poderia ser uma opção, mas jamais com o Vasco na mão de terceiros, ou seja, perdendo o controle acionário.

Manter a posição do Vasco como majoritária, porém, dá trabalho, traz desgaste, envolve cobrança, suscita críticas sobre resultados, sobre performance.

Dizer ao mercado que o Vasco está à venda, sem a preponderante condição de que caiba ao clube o controle acionário, também não é o simples a se fazer, pois diminui muito o números de interessados. O Athletico-PR pode vislumbrar assim, o Vasco não. O Corinthians, que deve 2,3 bilhões pode vislumbrar assim. O Vasco não…

O pensamento de Jorge Salgado em 2022, conceitualmente, é o mesmo que o do atual presidente do clube. A dívida aumentou? Pois é.

Os irresponsáveis todos que foram a favor nos conselhos e na mídia levaram a isso. Não questionaram, disseram que era o único jeito e a dívida aumentou em mais de 300 milhões de reais, com SAF e reclassificações de contas.

O Vasco não é gerido para buscar soluções de diminuição do problema, mas de passagem do problema para terceiros, sem desgaste e apontando dedos, quando os dedos todos a serem apontados são os da mesma rodinha do MUV, que em 13 dos últimos 16 anos geriu o Vasco, aumentando dívidas, terceirizando tudo que fosse possível terceirizar, choramingando, virando saco de pancadas do maior rival e com os olhinhos brilhando por uma solução mágica ou por uma austeridade burra, sem apresentar os resultados no futebol, que demonstrem ser no confronto direto o clube superior aos demais do Rio em vitórias, taças, títulos. Isso foi possível num triênio, mas houve desgaste, houve cobrança, houve trabalho, houve críticas e os resultados alcançados jamais foram repetidos.

Há insistência em não se enxergar a diferença de um Vasco, que tinha como dívida real a menor dos clubes grandes do Rio até o MUV chegar ao poder em julho de 2008, ou de um Vasco, que se recuperou após seis anos e cinco meses de arraso institucional, novamente mandando no futebol do Rio (vide resultados, taças {de 1º lugar} e títulos oficiais), diminuindo sua dívida global (o que nenhuma gestão do MUV e seus sucessores filosóficos fez), recuperando seu patrimônio, sua base e levando o Vasco à Libertadores.

De 2018 para cá, uma taça (de 1º lugar) em competição oficial conquistada e nenhum título de campeonato ganho.

A dívida, que havia chegado a quase 700 milhões de reais com o MUV (688 milhões) foi reduzida (nas contas dos financistas sucessores) para 645 milhões, na visão do Conselho Deliberativo para 589 milhões.

Jamais se perguntou como foi possível ao Vasco chegar a isso, considerando um clube sem crédito no fim de 2014, sem certidões, com dois anos praticamente de receitas das cotas de TV adiantadas, sem patrocínio firmado para o ano de 2015 (e sem poder obter a última parcela do de 2014), sem direito ao recebimento de valores concernentes a produtos licenciados e mensalidades (adiantados), sem ainda poder fazer um programa de sócio-torcedor independente naquele ano, com quase três meses de salários atrasados, sem um atleta sequer da base, pronto para uma venda de direitos econômicos por valor vultoso, terceiro colocado na Série B, sem ter liderado rodada alguma do campeonato, considerado quarta força do Rio entre os grandes e motivo de piada antes dos confrontos contra o principal rival.

O discurso cego, mistura de ódio a alguém com desdém ao clube, justificado por um profundo sentimento pelo clube, que muitos batiam no peito dizendo amar, mostrou-se falso como nota de treis, quando a primeira oportunidade para o Vasco se entregar foi tida como áurea, em 2022.

O desastre daquilo tudo pouco importou para muitos. A ordem é fazer de novo, no método tentativa e erro (mais cuidado, mais transparência, etc…), trazendo ao clube cada vez mais a sensação de que o gigante que é, o é apenas para poucos, pois a maioria vendilhona entende o Vasco como inviável, incapaz de lutar, de se recuperar, de enxergar seu potencial, por mais que provas do contrário tenham sido dadas ao longo do tempo, como ocorreu em 2019, em relação ao sócio-torcedor, por mais que se saiba do potencial crescente para obtenção de receitas futuras, por mais que o Vasco seja, de fato, um dos cinco gigantes do futebol brasileiro, com torcida nacional (aliás, o único dos cinco que se põe à venda).

O Vasco tem de comandar seu destino e não ter isso em mente significa desacreditar do próprio clube, se conduzido por sua gente, o que já seria, como premissa, ilógico para qualquer um pleitear comandá-lo.

Não imaginem que o discurso de revenda com entrega de controle acionário é aceito pela torcida, porque é aquilo que ela pensa, necessariamente.

A lógica se dá porque desde que o clube retomou o controle acionário ele jamais foi incisivo quanto à manutenção disso, deixando brechas para que se pensasse o contrário.

Ou seja, o Vasco não se posicionou perante o mercado como dono do próprio nariz e aceitou o discurso daqueles que enxergam o Corinthians com 2,3 bilhões de dívida viável e o Vasco com 1,1 bilhão inviável.

O Vasco é dos vascaínos e a agressão a isso por 30, 300, ou 3.000.000.000 de moedas nada mais é do que vender a essência do Vasco – como fez Jorge Salgado e os que lhe apoiaram, direta ou indiretamente – independentemente da forma como se venda tal essência.

Sérgio Frias

Sergio Frias emite nota em resposta ao atual presidente do CRVG

Sobre a citação do atual presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, Pedro Paulo de Oliveira, a mim, Sérgio Frias:

Gestão esportiva eu também fiz. Sou formado em gestão esportiva desde 2001, em universidade. Curso sequencial de aproximadamente 20 meses. O primeiro do país à época. Era eu dos poucos que confrontava a Lei Pelé e os males que ela traria para o futebol brasileiro, primordialmente aos clubes.

Lembro de um professor que resolveu elaborar uma questão tendo como cabeçalho que São Januário estava superlotado no jogo contra o São Caetano em 2000. Rasurei o enunciado, respondi à minha maneira e tirei ótima nota.

Tive aulas com Eduardo Viana que sabia muito, mas na minha frente não falava mal do Vasco. Questionei quem dava uma matéria sobre história do futebol, das instituições esportivas e acabei contratado por ele para trabalhar em pesquisa sobre o tema.

Fui representante de turma e uma voz combativa ao modelo que se pretendia criar no Brasil. Assim agi em seminários, contra aquilo que entendia ser uma forma de europeizar o futebol brasileiro, defendida por treinadores e gerentes de futebol/supervisores à época.

A palestra inicial do curso foi de João Havelange e quem teve oportunidade de ouvi-la entendeu o cenário da época, as oportunidades e riscos para o futuro. Mas isso é passado. Passado longínquo.

O que eu imaginava que viria a ocorrer, aconteceu e hoje o Brasil é um pequeno espectro do mundo futebolístico, recheado de fórmulas, narrativas e soluções de cátedra, que na prática sucumbem ao contratempo do dia a dia, aos obstáculos, ao resultado esportivo, à insatisfação do público, à desproteção cada vez maior dos clubes quanto à legislação vigente e, claro, à fraca moeda brasileira, em relação a euro ou dólar.

Tal fato narrado acima não significa que eu estaria apto a gerir um clube (dono de seu próprio nariz quanto ao seu principal esporte) que eu não vivenciasse dia a dia (ou tivesse me disposto a vivenciar, caso oportunidades não me fossem dadas), ao menos numa gestão, dentro da área administrativa, ou dentro do Conselho Deliberativo do próprio clube.

Sobre deixar dívida ou não, espero que com o futebol (não apenas o futebol, claro) a cargo de Pedrinho, ele não deixe dívidas, afinal elas advém dos gastos com o futebol, mesmo porque o restante é pago exatamente com os ganhos do futebol e o que deixa de ser pago é utilizado no próprio futebol. Basta ver o orçamento do futebol e dos demais esportes e gastos proporcionais ao longo da vida do Vasco, incluindo a época do Projeto Olímpico.

Não ter o futebol e trabalhar com orçamento curto, sem correr riscos, até porque os riscos que se corre e interessam ao torcedor dizem respeito primordialmente ao futebol, é algo até certo ponto tranquilo. Estamos falando de um Vasco que não existe (sem a responsabilidade de gerir o futebol), desde 1914/1915, mas que hoje nem precisa investir forte no Remo, pois diferentemente da época citada, o referido esporte hoje não arrebata corações e multidões como no bi e no tri do clube em seus primeiros 16 anos de vida.

Por outro lado, fico feliz em saber que Pedrinho pretende gerir o futebol na qualidade de presidente do Vasco, sendo o próprio futebol parte orgânica do todo que é a administração do próprio clube. Também desejo que isso ocorra, pois quero que o Vasco seja dono de seu próprio nariz, quanto a seu esporte principal.

Diferentemente dele e de muitos eu quis isso quando a onda de ilusionismo aos vascaínos dizia que o caminho correto era o contrário. Mas arrependimento e conserto fazem parte do todo que tangencia o aprendizado.

Sobre gerir, um dos preceitos básicos é trazer, como líder, segurança aos liderados, o que foi a antítese daquilo que Pedrinho fez na última coletiva marcada por ele próprio. Esperamos todos que não cometa mais o mesmo erro, pois ele não está representando ali a ele próprio, mas sim o Vasco, que tem de poder falar, questionar, sugerir e criticar (até veementemente, com responsabilidade) quem quer que seja na condição que ostenta de acionista minoritário, embora hoje não possa gerir o futebol.

Sobre entender que liderar, presidir é escolher pessoas que considera aptas e aguardar relatos delas, isso não é gerir e sim delegar.

Gerir não é só delegar, mas ter ciência do todo no qual está envolvido, ao menos conceitualmente, e programar com sua equipe rumos, objetivos, missões, metas, a partir de sua expertise e plano de gestão, bem como saber que surgindo obstáculos eles terão de ser enfrentados pelo gestor, que em pouco conhecendo as particularidades de cada função delegada, tende a não saber resolver problemas que lhe baterão na conta se parte do organismo criado falhar.

Sobre os que deixaram dívidas, desde 1951, todos eles aprenderam, com paciência, no Vasco e souberam manter o clube, até 2008, como o de menor dívida real do Rio.

Como sabemos, o Vasco não vive num aquário sozinho. Ele possui adversários e competidores e a comparação devida deve ser com eles, no caso os grandes clubes do futebol brasileiro, primordialmente com os daqui, que dividem mercado com o Vasco.

Somente uma gestão diminuiu a dívida do Vasco, desde 2008. Foi a de Eurico Miranda, entre 2015 e 2017, após tê-la recebido (a real) quase triplicada no espaço de seis anos e cinco meses (entre 2001 e 2008 a dívida real cresceu de aproximadamente 150 milhões {sem contar reservas para contingências} para cerca de 230 milhões {idem}, mesmo após um torniquete financeiro sofrido pelo clube por 18 meses).

As outras gestões só aumentaram a dívida e a última vendeu o clube para tentar diminuí-la, apresentando ao público uma “dívida oculta” de 200 milhões de reais, cerca de oito meses após a venda de 70% do futebol.

Vale dizer que foi com alegria que aquilo posto à mesa por nós como obrigação do Vasco, levado à via administrativa por um associado vinculado também a nós, e, com a ajuda de nosso assessor de imprensa, posto na mídia convencional, cobrando uma atitude da direção do clube à época, que até ali deixava em aberto exercer ou não o direito do bônus de subscrição, que o tenha feito, enfim, na ocasião. Atitude correta, embora, claro, fosse mera obrigação.

Importante, também, ressaltar que minha defesa em relação a quem geriu o Vasco e teve sempre meu apoio para ser o gestor do clube, se dá com embasamento nos números alcançados em comparação a seus adversários externos do Rio (todos fregueses do Vasco com ele) e internos (todos, até aqui, muito inferiores a ele em resultados).

Ele não teve curso, mas palestrou em vários, e do discurso à prática deu aula aos adversários, sem jamais calar a boca, enfrentasse quem fosse aquele que ousasse se contrapor ao tamanho, importância e grandiosidade do Vasco. Serve de exemplo.

Por fim, entendo (não acho, e sim entendo) que Pedrinho como presidente do clube não deve pensar no que pensam dele, como o imaginam, qual expectativa possuem a seu respeito, mas sim apenas trabalhar para reverter uma situação que seu grupo de fé ou de apoio recente (2022), impingiu ao clube, via Conselho Deliberativo, agindo de forma irresponsável com o Vasco, diferentemente do que fariam (creio) se um contrato não lido mexesse com suas particularidades.

Se Pedrinho quer o Vasco dono de seu próprio nariz em relação ao futebol, não há oposição a isso internamente no clube e sendo a gestão atual a herdeira natural disso, que ela faça o Vasco novamente campeão e devidamente respeitado pelos clubes adversários neste triênio.

De minha parte, torço para a reversão e que tenha Pedrinho, com o Vasco obtendo-a, muito sucesso, não como um eventual membro do corpo do futebol, em qualquer função, mas sem o controle do próprio futebol, e sim com o Vasco dono do próprio nariz no futebol, com Pedrinho escolhendo os melhores e ajudando a fazer deles vencedores, como Eurico Miranda cansou de fazer, independentemente das circunstâncias e daquilo que eventualmente achavam dele.

Sérgio Frias

“A mão do Eurico” – Um pouco do que não foi citado

Faltou Citar

Sobre um pouco daquilo que não foi citado no documentário de Eurico Miranda e é importante ser registrado mais à frente, numa outra oportunidade, baseado na biografia dele e nos fatos inequívocos expostos pela própria mídia e pela história não só do Vasco, como de seus principais adversários do Rio.

Não citaram que o jornalista de “O Globo”, responsável pela matéria “A mão do Eurico”, José Jorge, pediu desculpas ao próprio pela reprodução da mesma, ao identificar que não fora Eurico ou sua mão, protagonista do apagão.

Não citaram a passagem de Eurico Miranda como representante do basquete carioca em 1972, quando questionou os organizadores do torneio disputado em Recife por tentarem dar privilégios aos paulistas em detrimento dos demais estados participantes da competição, obtendo êxito naquilo que queria (a igualdade de tratamento entre todos) e o título de campeão, tido como quase impossível por muitos, conquistado pelos cariocas.

Não citaram que através de ação diligente iniciada por Eurico Miranda, em 1981, lutando pelos direitos do Vasco, os clubes passaram a receber do governo percentuais sobre a Loteria Esportiva, anos depois.

Não citaram as duas invasões de campo de torcedores do Flamengo, ocorridas no segundo jogo da decisão do Campeonato Carioca de 1981 frente ao Vasco, aos 37 minutos do segundo tempo, quando o placar que dava o título ao Flamengo se mantinha (0 x 0). Não foi, portanto, uma novidade ou fato insólito a invasão do ladrilheiro rubro-negro no terceiro jogo decisivo, logo após o Vasco diminuir o placar para 2 x 1.

Não citaram que nos 25 anos anteriores à chegada de Eurico Miranda como Vice-Presidente de Futebol do clube, o Vasco era o quarto clube dos grandes em títulos no Rio de Janeiro e que quando Eurico assumiu o cargo, em janeiro de 1986, o Bangu (que o Vasco não vencia desde 1982) se mostrava mais forte que o próprio Vasco, considerando o ano anterior (1985).

Não citaram que na primeira decisão do Vasco com Eurico Miranda à frente do clube (Taça Guanabara de 1986), houve vitória do Vasco sobre o Flamengo por 2 x 0, gols de Romário, com 121 mil pagantes no Maracanã, após ele desafiar a torcida do Flamengo e dizer que a do Vasco seria maior no estádio, promovendo o jogo e vendo, de fato, os vascaínos dividirem o Maracanã com seu principal rival, quanto à presença de público.

Não citaram o caso das papeletas amarelas em 1986, suposto esquema de corrupção em favor de árbitros que apitaram jogos do Flamengo, trazido a público de dentro do próprio Flamengo, pouco após o rubro-negro ter sido Campeão Carioca daquele ano.

Não citaram que Eurico Miranda, trabalhando nos bastidores e encarando adversários de ocasião, impediu o Vasco de cair de divisão no Campeonato Brasileiro, em 1986, quando tentou-se, fora de campo, fazer com que o Joinville ficasse com a vaga do Vasco, comportando-se parte da imprensa carioca à época mais favorável à tese do Joinville (que buscava a vaga fora das quatro linhas) que a do Vasco, norteada no resultado de campo das duas equipes.

Não citaram que Eurico Miranda foi o responsável pelo cruzamento dos módulos verde e amarelo no Campeonato Brasileiro de 1987, que possibilitou ao Sport ser o Campeão Brasileiro daquele ano e, com isso, que a Copa União não fosse considerada pela CBF como uma competição pirata.

Não citaram que o Vasco, quando ganhou o Bicampeonato Carioca, o fez após 38 anos da conquista anterior e que nas duas decisões (1987 e 1988) ex-rubro-negros trazidos por ele, Eurico, fizeram os gols dos respectivos títulos para o Vasco (Tita e Cocada).

Não citaram que Eurico Miranda, enquanto diretor de futebol da CBF, criou a Copa do Brasil.

Não citaram que Eurico Miranda, enquanto diretor de futebol da CBF, foi diligente no episódio da partida contra o Chile, válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1990, sabendo que havia possibilidade de o Brasil perder os pontos da partida pelo fato de um sinalizador de fumaça ter sido atirado em campo, na direção do goleiro Rojas (embora sem atingi-lo), tomando medidas para que os chilenos não saíssem do vestiário após abandonarem o campo e garantindo na mesma noite à imprensa que o Brasil estaria na Copa do Mundo, pois o Chile sofreria um W.O., o que, de fato, ocorreu.

Não citaram o tricampeonato do Troféu Ramon de Carranza, disputado na Espanha (1987/1988/1989), fato que nenhum clube no mundo, não espanhol, jamais conseguiu.

Não citaram que Eurico Miranda saiu da CBF porque Ricardo Teixeira lhe deu a opção de decidir entre a entidade e o Vasco e ele Eurico, de pronto, disse que sua opção seria o Vasco. “Não precisa perguntar duas vezes. Minha opção é o Vasco”.

Não citaram que Eurico Miranda refutou as ponderações de Antônio Soares Calçada para demitir o treinador Nelsinho no meio do Campeonato Brasileiro de 1989.

Não citaram a briga nos bastidores contra o Palmeiras no Campeonato Brasileiro de 1989 para que o Vasco chegasse à decisão do campeonato.

Não citaram que na queda de braço entre Vasco e CBF sobre a liberação dos atletas para a seleção antes da Copa do Mundo de 1990, prevaleceu a vontade do Vasco e não da entidade, considerando a entrevista dada por Ricardo Teixeira, mostrada no documentário.

Não citaram que na discussão de 1990 sobre o Campeonato Carioca, o Fluminense ficou do lado do Vasco (até ser eliminado em campo pelo próprio Vasco), que a arbitragem ficou no gramado esperando o Botafogo voltar à cancha (porque era a ordem da FERJ) na partida em que houve a dupla interpretação dos clubes de que eram campeões, que na decisão nos tribunais esportivos suprimiu-se instância para definir o Botafogo como campeão e que dar o título ao Botafogo foi um trabalho primordialmente midiático até o julgamento.

Não citaram que Eurico Miranda refutou a hipótese de o Vasco entregar o jogo com o São Paulo em 1992, diante da iminência de a vaga ficar com o Flamengo para ir à decisão do Campeonato Brasileiro, embora os jornais do dia do jogo sugerissem que era plausível Eurico fazê-lo.

Não citaram que os grandes clubes cariocas foram obrigados a disputar todos os clássicos no Campeonato Carioca de 1992 em São Januário e que o Vasco neste ano foi Campeão Carioca Invicto, o que não ocorria há 43 anos.

Não citaram que Eurico Miranda defendeu o ex-atleta rubro-negro Junior, que dera uma cabeçada no árbitro Jorge Travassos no último jogo do Campeonato Carioca (Vasco x Flamengo) em 1992, para que ele não sofresse uma grande punição e pudesse, com isso, encerrar sua carreira, sem qualquer entrave, no ano seguinte, como de fato ocorreu no primeiro semestre de 1993.

Não citaram que Eurico repudiava a venda de Edmundo ao Palmeiras em 1993 e que o presidente do clube à época, Antônio Soares Calçada, ameaçou renunciar caso ela não fosse concretizada.

Não citaram que na conquista do Bicampeonato pelo Vasco em 1993 foi a primeira vez na história em que o clube derrotou o Fluminense numa decisão de Campeonato Carioca e que em todas as decisões de taça ou campeonato disputadas contra o adversário no período de Eurico como Vice de Futebol e presidente do clube, o Vasco venceu todas. Foram nove ao todo. E que antes disso (antes da chegada de Eurico à vice-presidência de futebol) o Vasco havia perdido, diante do mesmo adversário, sete decisões consecutivas.

Não citaram a tentativa infrutífera dos rivais cariocas de boicotar o campeonato no ano do tri (1994) e a que ponto chegou a rivalidade do Flamengo com o Vasco, no jogo seguinte ao falecimento de Dener, partida na qual, inclusive, o Vasco foi prejudicado pela arbitragem e sofreu sua única derrota na competição.

Não citaram as preocupações de Eurico Miranda com a família de Dener, logo após o falecimento do atleta, quando se preocupou com a quitação de apartamento para a mãe do ex-atleta, entre outras assistências à família e que após o imbróglio jurídico foi na gestão do próprio Eurico, como presidente do Vasco, que os valores acertados em juízo foram finalmente satisfeitos, após calote das últimas seis parcelas de pagamento por parte da gestão antecessora a dele.

Não citaram que Eurico conseguiu fazer reconhecer oficialmente, com status de Libertadores, o título Sul-Americano de 1948, isso em 1996, garantindo a participação do Vasco na Supercopa Libertadores de 1997 (e outras que porventura fossem disputadas), competição da qual só participavam equipes que tivessem conquistado a Taça Libertadores.

Não citaram o caso da “Liga Barbante” que os demais clubes do Rio quiseram implementar em 1997, sem sucesso.

Não citaram que o mesmo Edmundo, liberado para disputar a decisão do Campeonato Brasileiro de 1997 contra o Palmeiras, após ter sido julgado, obteve efeito suspensivo para atuar na final do Campeonato Brasileiro de 1994 pelo próprio Palmeiras, diante do Corinthians, mesmo julgado e posto na condição de impedido de jogar, diferentemente do ocorrido em 1997.

Não citaram como Eurico Miranda conseguiu que o Vasco atuasse até a decisão da Taça Libertadores de 1998 em seu estádio.

Não citaram o título carioca conquistado pelo Vasco no ano do centenário, nem o papelão dos rivais no campeonato, inclusive com vergonhosos WOs, frutos da fuga de Flamengo e Botafogo quando da ocasião em que deveriam enfrentar o Vasco.

Não citaram que no jogo do título carioca do ano do centenário (1998), em Bangu, a partida só não acabou sem acréscimos da arbitragem porque Eurico Miranda foi a campo e pressionou o árbitro para isso, após as luzes terem sido apagadas, o que aparentemente faria com que o árbitro encerrasse a partida sem descontos.

Não citaram que o Projeto Olímpico veio a partir de um consenso entre as partes envolvidas de que fortaleceria a marca, facilitando a que a VGL obtivesse novos patrocínios e receitas para o clube, o que por sinal era sua função à época.

Não citaram a conquista do Torneio Rio- São Paulo de 1999, mas apenas uma fala de Eurico numa rádio (para afrontar setores da imprensa paulista) a respeito da competição.

Não citaram que no balanço patrimonial do clube em 1999 todo o valor investido em esportes olimpicos e correlatos somava apenas 22% do montante, enquanto o referente ao futebol chegava a 67%.

Não citaram que o mesmo critério utilizado para o Vasco disputar o Campeonato Mundial de 2000 valeu para o Palmeiras ser escolhido como representante brasileiro para disputar o de 2001 na Espanha, que chegou a ser anunciado pela FIFA em fevereiro daquele ano para ser realizado em agosto, mas que depois não foi para frente.

Não citaram que o parceiro contratual do clube desde 1998 deixou de pagar o Vasco em julho de 2000.

Não citaram o porquê de Eurico Miranda ter sido contra a Lei Pelé e as consequências de tal lei para o futebol brasileiro, primordialmente para os clubes, desembocando nas SAFs, criadas via legislação, em 2021.

Não citaram o real motivo de a Globo ter se indisposto com o Vasco, quando o clube não aceitou atuar em jogos encavalados, referentes a Campeonato Brasileiro e Copa Mercosul, no fim de 2000, causando prejuízos e embaraços à emissora, após o Vasco instar o Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol para que fosse à Justiça, a fim de impedir que o clube se visse obrigado a atuar em até cinco partidas no incrível espaço de 14/12 a 23/12.

Não citaram que a Globo tratou como antecipação de receitas um valor que na verdade foi emprestado com aval do parceiro do Vasco, que garantia poder ocorrer tal empréstimo pois o quitaria, algo não concretizado.

Não citaram que o Vasco denunciou o contrato em 14/02/2001 e no imbróglio com o parceiro ganhou em primeira instância o direito de receber U$12 milhões e que no acordo feito em 2002, embora a VGL cobrasse quase 80 milhões de reais do clube, aceitou-se fazer acordo, ficando elas por elas.

Não citaram que o Vasco não tinha como buscar patrocínio entre 2001 e 2002 porque a marca estava presa, tanto que nova fornecedora de material esportivo foi fechada logo após o fim do torniquete financeiro, em agosto de 2002. E que em 2004 o clube obteve patrocínio durante a temporada (utilizado, na prática, para ajudá-lo a obter certidões positivas com efeito de negativas no ano seguinte) e pontual (no último jogo do Campeonato Brasileiro), que em 2007 o clube teve patrocínio durante o período da luta de Romário por marcar seu milésimo gol (BMG) e que em 2008 o clube obteve novo patrocínio (MRV), válido até fevereiro de 2009 e, finalmente, que a grande preocupação do Vasco na primeira década do século foi a de se manter na elite dentre os clubes recebedores das cotas de TV, maior receita dos clubes na ocasião (com raríssimas exceçoes), o que conseguiu, de fato, durante todo aquele período em que Eurico Miranda esteve à frente do clube.

Não citaram que entre 1998 e 2002 o Vasco adquiriu uma rua inteira, comprando 56 imóveis, incorporando tudo ao seu patrimônio, no complexo de São Januário.

Não citaram que a Globo foi convencida a conversar com o Vasco em 2002, porque o clube não deu unanimidade quanto à redução que pretendia a emissora fazer no contrato seguinte de cotas de TV (os outros clubes todos, devedores dela, pressionados, aquiesciam) e que ela pagou cotas ao Vasco no mesmo ano, embora a narrativa fosse a de que o clube já havia antecipado tudo até 2003.

Não citaram que a força de Eurico Miranda o fazia comandar as negociações das cotas de TV e que a Globo teve nele, na esmagadora maioria das vezes, um aliado, tendo sido ele, na prática, o maior parceiro dela nesse quesito.

Não citaram a conquista do Campeonato Carioca de 2003, ano em que o Vasco obteve também a Taça Guanabara e a Taça Rio.

Não citaram que a participação do Vasco na Copa Sul-Americana de 2003 se deu porque o clube fez valer seu direito, citando o título Sul-Americano de 1948 para que fosse incluído no critério de pontos do ranking e, por conseguinte, inserido o clube na competição, como de fato ocorreu, junto a outros, em mudança do número de participantes feita pela entidade logo depois.

Não citaram, embora falassem en passant do assunto, que foi Eurico Miranda quem criou o Colégio Vasco da Gama, dentro do complexo de São Januário, em 2004, com funcionários do setor trabalhando às expensas do clube.

Não citaram as mais variadas comprovações em fatos, matérias, publicações, de que a situação financeira do Vasco era muito melhor que a dos três outros grandes do Rio. Exemplo: Lamentomania Carioca em 2005 (Jornal “O Globo”).

Não citaram que em maio de 2005, através da revista Consultor Jurídico, comprovou-se que o Vasco era entre os clubes do Rio o que menos tinha ações trabalhistas contra si. Eram 286, contra 534 do Flamengo, 662 do Fluminense e 723 do Botafogo.

Não citaram que em 2002 (CSA na Copa do Brasil), 2005 (Brasiliense no Campeonato Brasileiro) e 2007 (Grêmio no Campeonato Brasileiro) os desejos do Vasco foram satisfeitos nos bastidores e mesmo dentro de campo, com participação de Eurico Miranda ou do corpo jurídico do Vasco nos episódios.

Não citaram que quando foram consolidadas as dívidas fiscais via Timemania, incluindo as equacionadas, o tamanho da dívida fiscal do Vasco era metade daquela consolidada pelo Flamengo e menor do que as consolidadas por Fluminense e Botafogo.

Não citaram que quando o clube assinou seu segundo Ato Trabalhista, em dezembro de 2007 (o primeiro, cumprido, fora iniciado em 2004), os percentuais da receita a serem separados para satisfazer os débitos eram menores mensalmente e anualmente que os estipulados para Fluminense e Botafogo, os outros dois grandes signatários do mesmo Ato, durante todo o período previsto do acordo.

Não citaram a incrível coincidência de o Vasco ter sido prejudicado pela arbitragem no balanço dos pontos em quase todos os Campeonatos Brasileiros do século XXI antes da saída de Eurico Miranda do clube em 30/06/2008 (2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 e ao longo das oito primeiras rodadas da competição em 2008), bem como em momentos decisivos da Copa do Brasil de 2003 e 2008, na decisão do Campeonato Carioca de 2001, de 2003 (quando foi campeão) e de 2004 e em disputas diretas eliminatórias no próprio Campeonato Carioca, em 2005 e 2008.

Não citaram que quando Eurico saiu do Vasco, em 30/06/2008, o clube era o terceiro colocado no ranking da CBF (melhor do Rio).

Não citaram que quando Eurico saiu, em 30/06/2008, o Vasco, no século XXI, não perdia no confronto direto para nenhum grande do Rio.

Não citaram que quando Eurico saiu do Vasco o clube estava há 108 rodadas fora da zona de rebaixamento, jamais havia estado na referida zona no segundo turno da competição, desde 2003, e jamais precisara, matematicamente, dos pontos das duas últimas rodadas de quaisquer dos certames para se manter na primeira divisão. Isto num século em que cinco grandes haviam caído de divisão até ali (Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Grêmio e Palmeiras). E que do Rio de Janeiro era o que menos vezes havia frequentado a zona de rebaixamento, longe, muito longe, de Flamengo e Botafogo nesse quesito. O documentário sugere, inclusive, que a gestão de Roberto Dinamite começou muito bem, como se ela tivesse sido iniciada em 2009 e não em 01 de julho de 2008, quando pegou o Vasco, recém semifinalista da Copa do Brasil (foi eliminado pelo Sport, campeão daquela edição, nos pênaltis), em nono lugar no Campeonato Brasileiro (com salários em dia) e o levou à 18ª colocação, após o fim da competição, após trocar de técnico duas vezes, negociar dois titulares, além do terceiro principal artilheiro da equipe e trazer nove outros atletas para o clube.

Não citaram que poucos dias após a posse de Roberto Dinamite, próceres daquela gestão foram chamados ao escritório de Eurico Miranda para que ele lhes explicasse como deveriam fazer para buscar antecipação de receitas das cotas de TV, via Bic Banco e com aval do Clube dos Treze, o que a direção do clube, de fato, fez mais de uma vez ao longo do segundo semestre de 2008.

Não citaram que o gasto mensal do Vasco, entre despesas fixas e variáveis, à época da saída de Eurico Miranda (junho de 2008), era em torno de 3,5 milhões de reais (no mês de julho de 2008 a gestão sucessora recebeu 3 milhões de reais pela primeira parcela da venda de Phillippe Coutinho) e que quando Eurico Miranda voltou a gerir o clube, cerca de seis anos e cinco meses depois, o gasto mensal do clube, entre despesas fixas e variáveis, com o Vasco vindo da segunda divisão, passava de 10 milhões.

Não citaram, ainda, que quando o Vasco estava na lanterna da competição, em 2008, a dez rodadas do fim da competição, Eurico Miranda anunciou no programa Casaca! no Rádio, veiculado na Rádio Bandeirantes do Rio de Janeiro, que se dispunha a assumir o futebol, com amplos poderes, e evitar o rebaixamento, o que foi rejeitado pela gestão naquele momento, por medo de isso vir a se consumar e trazer ao dirigente os holofotes que tanto incomodavam a muitos.

Não citaram que nas cotas de TV em âmbito nacional, até Eurico sair, o Vasco não ganhava um centavo a menos que nenhum outro clube e que um contrato com validade até 2011 foi deixado assinado nesses termos.

Não citaram que como oposição, em 2011, Eurico Miranda buscou alertar e tentou mesmo se mexer para que a direção do Vasco não fosse partícipe da ideia de implodir o Clube dos Treze, em benefício daquilo que queria o Flamengo, no final o grande beneficiado mesmo, junto ao Corinthians, após a negociação ter sido feita de maneira individual por cada clube com a Globo e não coletiva, como era até ali.

Não citaram que como oposição Eurico Miranda se mexeu e conseguiu da FERJ em 2013 que o Vasco mantivesse o direito de permanecer com sua torcida do lado direito do Maracanã em qualquer ocasião e que isso só não foi possível porque Roberto Dinamite, a posteriori, resolveu assinar um termo no qual dava ao Fluminense tal direito, a troco de nada, como se fosse algo desimportante.

Não citaram que como oposição Eurico Miranda ajudou o Vasco, via FERJ, a pagar salários em plena Série B no ano de 2014.

Não citaram que na conquista do Campeonato Carioca de 2015 o Vasco quebrou um tabu de jamais ter vencido o Botafogo em decisões e que há 50 anos não derrotava o adversário numa decisão direta de competição.

Não citaram os inúmeros prejuízos de arbitragem sofridos pelo clube no Campeonato Brasileiro de 2015 (14 pontos ao todo, o que é um recorde na história da competição para qualquer clube na era dos pontos corridos).

Não citaram com um mínimo de profundidade o título invicto de 2016, ocasião na qual o Vasco disputou mais clássicos em comparação a qualquer outra conquista invicta da história do clube.

Não citaram a maior sequência invicta da história do clube, em jogos oficiais, obtida entre novembro de 2015 e junho de 2016, superando as marcas neste quesito de Atlético-MG, Flamengo, Internacional-RS e Palmeiras, e que o último jogo dela se deu no aniversário do próprio Eurico, em 07/06/2016, quando em Joinville a torcida vascaína cantou um “Parabéns a você” em homeagem a ele, após o fim da partida.

Não citaram a reconstrução do patrimônio do clube em sua última gestão, após a passagem do Tsunami do MUV no clube, bem como o fato de que pela última vez o Vasco, exatamente naquele período, obteve certidões positivas com efeito de negativas, em relação às dívidas fiscais, o que se manteve por quase três anos.

Não citaram que apesar de ter recebido a dívida do clube mais do que dobrada do acumulado dela em 110 anos de Vasco, Eurico a reduziu em seu triênio último à frente do Vasco, admitido isso pela gestão que o sucedeu, responsável pelo balanço patrimonial de 2017 apresentado.

Não citaram que enquanto Eurico Miranda deixou como crédito para o clube em 2008 o valor da venda de Phillippe Coutinho, além de uma joia da base com 100 milhões de reais de multa rescisória (Alex Teixeira) e em 2018 deixou tudo pronto para uma possível negociação do atacante Paulinho (hoje destaque do Atlético-MG) à Europa, com valores na ordem de 57 milhões de reais a serem usufruídos pela gestão sucessora, que fez a negociação, ele, Eurico, quando recebeu o clube para geri-lo novamente, em dezembro de 2014, não tinha um atleta sequer da base com potencial para uma grande venda.

Não citaram que Eurico Miranda deixou o Vasco na Taça Libertadores de 2018, mesmo com o clube impedido de atuar com torcida em São Januário por seis jogos no Campeonato Brasileiro. Nele, por sinal, o Vasco teve seis gols irregulares marcados contra si (validados), apenas um pênalti a favor e oito contra, sendo que não foram marcados a seu favor sete outras penalidades máximas, existentes.

Não citaram que no referido triênio o Vasco ganhou mais campeonatos oficiais (dois) do que todos os grandes cariocas (juntos).

Não citaram que no referido triênio o Vasco conquistou mais taças oficiais (quatro), do que todos os outros do Rio (juntos).

Não citaram que no referido triênio o Vasco disputou quatro decisões de taça e venceu todas.

Não citaram que no referido triênio, pela primeira vez na história, o Vasco eliminou o Flamengo, em confronto direto, de três competições consecutivas, sendo campeão em duas delas.

Não citaram que com Eurico Miranda na presidência do clube no século XXI, jamais qualquer outro clube carioca foi Campeão Brasileiro ou Sul-Americano, fato ocorrido nas gestões do Vasco em que estiveram à frente do clube seus adversários políticos deste século.

Não citaram que de cadeira de rodas e tudo, Eurico ainda ia buscar verba junto a entidades para ajudar o Vasco, ao longo de 2018.

Não citaram as ajudas que Eurico deu a muitos clubes, incluindo os principais rivais, mas citaram um pedido dele a Eduardo Viana, presidente da FERJ, de que as cotas do Campeonato Carioca de 2001 (em reunião realizada a 13/02 daquele ano) fossem divididas proporcionalmente com o Vasco incluído, porque a Globo se recusava a pagar o que o Vasco entendia ser seu por direito (o tempo comprovou que, de fato, era), tratando-se a questão por jornais da época como uma “vaquinha”, ou algo do gênero, sem ter sido citado no documentário as razões pelas quais Flamengo e Botafogo justificavam não aceitar aquilo (grave crise financeira, dito pelo Flamengo e estado de humilhação pública, dito pelo Botafogo, por não cumprimento de obrigações básicas por parte do próprio alvinegro). Vale lembrar que 11 meses depois, o Fla-Barra virou Vasco-Barra, após calote rubro-negro dado ao dono do local e consequente despejo em julho de 2000. Em janeiro de 2002 o espaço passou a ser alugado e utilizado pelo Vasco. Anos mais tarde, na gestão de Roberto Dinamite no Vasco, o clube foi despejado do local por não pagamento do acordado e cumprido até o fim da gestão de Eurico Miranda, em junho de 2008.

Não citaram que Eurico Miranda é o dirigente com maior número de títulos oficiais conquistados em toda a história do clube. Em 25 anos e meio como vice-presidente de futebol ou presidente do clube foram 18 campeonatos oficiais: uma Copa Libertadores, uma Copa Mercosul, três Campeonatos Brasileiros, dois Interestaduais (João Havelange de 1993 e Rio-São Paulo de 1999), nove Campeonatos Cariocas (1987, 1988, 1992, 1993, 1994, 1998, 2003, 2015, 2016) e duas Copas Rio (1992/1993). Além disso, 20 conquistas de taças (turnos): Taça Guanabara (1986, 1987, 1990, 1992, 1994, 1998, 2000, 2003, 2016), Taça Rio (1988, 1992, 1993, 1998, 1999, 2001, 2003, 2004, 2017), Terceiro Turno (1988 e 1997). Fora isso, o Vasco ainda obteve, com ele à frente do futebol, 11 títulos internacionais, dois interestaduais e um estadual, totalizando 52 títulos. Não bastasse tudo que foi exposto, ainda fez reconhecer, como já dito antes, o título Sul-Americano Invicto de 1948, 48 anos depois, colocando o emblemático Expresso da Vitória como primeiro Campeão Sul-Americano oficial do continente.

Sérgio Frias

Centenário Vivo

Rui Soares Proença de Sousa nasceu em Portugal no dia 07/06/1922 e por lá teve gosto por esportes, como o ciclismo, segundo contava. Era um espectador frequente das grandes provas esportivas disputadas naqueles tempos.

Chegando ao Brasil, com 18 anos, em 14/02/1941 teve quase que imediata ligação com o Club de Regatas Vasco da Gama.

Sob a matrícula 11.292 tornou-se sócio do clube em 05/10/1945, depois viria a ser Sócio Proprietário em 06/09/1948, tornando-se sócio Emérito em 11/01/1973, Benemérito em 01/10/1976 e pouco tempo depois Grande Benemérito do clube.

Assumiu a diretoria do Departamento Infanto-Juvenil do clube em 1964 e foi elevado ao posto de Assessor da Presidência para assuntos Luso-Brasileiros no triênio 1971/1973, obtendo muitos anos mais tarde a função de Assesssor Especial da Presidência em 2001.

Em todo o tempo no qual esteve no clube ou fora dele, dedicou-se de corpo e alma à instituição. Doou-se, doou tudo que pode ao Vasco, fazendo do clube quase um filho, que não cansava de presentear.

De minha parte, tinha naquele luso-brasileiro, de sotaque incorrigível e poucas mas contumazes palavras a imagem daquilo que uma criança queria ver ao observá-lo a cada gol do Vasco marcado tomando atitudes que teoricamente os adultos não poderiam se atrever a nos mostrar. Subia e descia escadas, subia nas cadeiras, até mesmo dançava com guarda-chuvas, quando o jogo trazia necessidade de levarmos o utensílio ao estádio. O gol do Vasco era uma verdadeira festa para ele.

Por empatia meu pai foi se aproximando dele nos jogos do Maracanã, depois nos de São Januário e o via inflamar-se quando o assunto era algo feito em prejuízo do Vasco, fosse, em sua visão, vindo da arbitragem, da imprensa, ou de dentro do próprio clube.

Sr. Rui não admitia que se falasse mal de jogador algum do Vasco. Vaiar, então, nem pensar. Para ele se lá estivesse um cabo de vassoura no gramado, com a camisa do Vasco, ele representava o clube e teria que ser apoiado.

Era também um fã de Roberto Dinamite. Certa vez, num jantar ocorrido na Sede Náutica da Lagoa, um vascaíno lá presente disse que jogador para ele não era Roberto e sim o fora Tostão, lembrando o incauto ter visto a estreia do craque contra o Flamengo no Maracanã, contando detalhes. Sr. Rui não teve freio e disse para que não repetisse mais uma bobagem como aquela. Roberto era isso, mais aquilo, mais aquilo outro e muito mais ainda. Não havia comparação e não havia como se fazer tal comparação.

Tantas vezes na social do Vasco calou inconformados com a atuação deste ou daquele jogador. Para ele quem não estava bem tinha que ser mais apoiado ainda para melhorar (embora discordasse que algum jogador do Vasco estivesse mal, por princípio).

Uma figura única, que ao viajar de férias pelo Brasil levava centenas de brindes para dar a vascaínos nos mais variados cantos do país. Não havia limite para ele no enaltecimento ao Vasco.

Quantos sócios do Vasco fez, quantos vascaínos fez, quantos trabalhos fez, quanto contribuiu para o Vasco? Um exemplo a ser seguido.

Nessa data, várias vezes comemorada pela feliz coincidência de também ser o aniversário de seu amigo Eurico Miranda (que hoje completaria 78 anos), há um emblema: o Vasco, de verdade, está vivo, uma vez que o Sr. Rui Proença vive, com a fundamental ajuda e presença de sua esposa Luiza, que o faz assim permanecer, cuidando com o maior carinho do mundo dessa joia verdadeiramente vascaína.

Parabéns, Sr. Rui Proença, saudações vascaínas hoje, amanhã e sempre. Um grande Casaca! para o senhor.

Sérgio Frias

Da resposta para a história

O Vasco não deixará de acolher, defender e propugnar em defesa de 12 de seus atletas, sócios do clube, independentemente de a elite futebolística querer o contrário.

O Vasco veio do nada, perdeu praticamente tudo com apenas um ano de vida e resistiu, independentemente de que quem deixava o clube na ocasião pouco se importasse com isso.

O Vasco é o clube do povo, independentemente de desejarem eleger outro no lugar ao longo da história.

O Vasco construiu São Januário, independentemente das dificuldades experimentadas, inclusive por decisões do Poder Público à época.

O Vasco impedirá Ari Barroso ou qualquer outro da imprensa que use do poder de um microfone para aviltar o clube de graça, independentemente do corporativismo reinante no setor.

O Vasco será o clube que jogará eternamente nos campos, nas quadras, nas águas para ganhar, independentemente de a eventual vitória servir apenas a terceiros interessados.

O Vasco será o clube mais acessível para que sua torcida adentre nele e se torne sócia dele, independentemente dos preços praticados para isso por outros coirmãos.

O Vasco é o pioneiro do Brasil em conquistas fora do território nacional, independentemente da descrença na conquista por tantos.

O Vasco, como clube de regatas que é, detém o recorde de títulos consecutivos no Remo (16), independentemente de rivais almejarem por mais de 60 anos igualar o feito.

O Vasco foi, de fato, Campeão Mundial de Basquete FIBA em 1999, Independentemente de ousarem tratar o vice-campeonato da competição, contra equipe da NBA, como fracasso.

O Vasco possui as maiores campanhas do amadorismo e profissionalismo do futebol carioca, independentemente das buscas dos adversários, antes e agora, por igualá-lo.

O Vasco detém as maiores goleadas dos clássicos estaduais que disputa há mais de 100 anos, independentemente das cores de seus adversários.

O Vasco é o único Super-Super Campeão do Rio de Janeiro, independentemente de por quatro vezes terem tentado tirar tal título na edição de 1958.

O Vasco tem na música e nos gramados seus reis, independentemente de príncipes torcerem por outros clubes.

O Vasco formou a maior delegação de um clube para Jogos Olímpicos, em 2000, independentemente da oposição contra ele e de inverdades reverberadas sobre o pós-projeto até hoje.

O Vasco, dentre os grandes, foi o primeiro clube a investir no esporte paralímpico, independentemente de qualquer vislumbre de retorno financeiro.

O Vasco, dentre os grandes, foi o primeiro clube a dar espaço ao futebol feminino, independentemente de preconceitos da sociedade à época.

O Vasco é o pioneiro, entre os grandes, na construção de uma escola dentro do clube, cumprindo sua função social, independentemente de palavras vazias ditas por rivais inertes.

O Vasco veio de baixo, caiu e se levantou várias vezes, independentemente de tais quedas terem sido convenientes a quem geria o clube ou a poderes influentes do futebol brasileiro.

O Vasco é o clube da resistência e da virada, independentemente de quem esteja eventualmente à frente dele ser adepto do entreguismo.

O Vasco é o clube do país com maior engajamento de torcida, portanto se um dia urubus do mercado quiserem comprá-lo, ela o fará antes, ficando apenas a carniça para outrem, afinal,

SOMOS INDEPENDENTES.

Sérgio Frias

Três anos depois

Passaram-se três anos de seu falecimento. Já estava ele fora da gestão há cerca de 14 meses.

A última vez em que o Vasco se classificou para a Taça Libertadores da América foi com ele. O MUV, versão amarela, dizia nas redes que isso era mole. Pois é. Passaram-se cinco anos, desde a classificação de 2017 e o Vasco se encontra fazendo segunda época na Série B.

O último título de Campeão Carioca invicto foi com ele, aliás o penúltimo também foi.

O último Bicampeonato Carioca foi com ele, aliás o penúltimo e o antepenúltimo também foram.

O único Tricampeonato Carioca foi com ele.

Das 13 Taças Guanabaras conquistadas pelo Vasco em sua história, desde 1965, nove foram com ele.

Em 36 Taças Rio (disputa do 1º lugar) ocorridas, o Vasco conquistou dez (é o recordista). Delas, com ele, foram nove.

Dos quatro Campeonatos Brasileiros conquistados pelo Vasco, três foram com ele.

Dos quatro Torneios Interestaduais oficiais conquistados pelo Vasco (1958, 1966, 1993 e 1999), dois foram com ele.

A primeira final de uma Copa do Brasil disputada pelo Vasco foi com ele, a de um Mundial de Clubes oficial (em 2000), também.

A maior virada em decisões da história do futebol mundial, em todos os tempos, foi obtida pelo Vasco, com ele, no ano de 2000. Todos sabem de que jogo estamos falando.

O Campeonato Carioca que o Vasco moralmente tinha que ganhar (o de 1998) foi com ele. E em sua função o gol do título, marcado por Mauro Galvão, pôde existir, pois a pressão em Bangu era para que o jogo terminasse, após o fim do tempo regulamentar, pela falta de luz no estádio.

Se o Vasco hoje é bicampeão Sul-Americano e se tem na conta um dos títulos conquistados de forma invicta, isso ocorre por sua luta e de um dos seus filhos, hoje professor doutor em história, para que tal reconhecimento fosse obtido em 1996.

No comando do clube, ou do futebol do clube, foram 25 anos e meio.

Se o Vasco teve a oportunidade de durante três anos crescer esportivamente sem comprometer ativo nenhum seu em garantia, sem ter que dar um milímetro de seu patrimônio ou ceder qualquer atleta em função de acordo, isto ocorreu porque ele conseguiu o contrato de parceria com o Nations Bank.

Mas entrar dinheiro não significa conquistar títulos. Outras parcerias foram firmadas com Flamengo, Grêmio, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Bahia e Vitória. Campeonato Brasileiro e Libertadores (juntos) só mesmo o Vasco conquistou naquele período.

E sabemos como o Vasco não se deixou ludibriar, buscou seus direitos, evocou outros, abriu espaços, se necessário à fórceps, brigou com os poderes midiáticos vigentes à época, em vários casos, para trazer, com tudo isso somado, Campeonato Brasileiro de 1997, Campeonato Carioca de 1998 (ano do centenário), Taça Libertadores de 1998, Torneio Rio-São Paulo de 1999, Copa Mercosul de 2000 e Campeonato Brasileiro de 2000, conquistado em 2001, após luta individual sua para que não nos tomassem na canetada.

Antes, houve outras tentativas para frear a busca do Vasco por outros campeonatos, entre eles o Brasileiro de 1989, houve a imposição do clube em atuar todos os clássicos em São Januário no Campeonato Carioca Invicto, conquistado em 1992, a guerra nos bastidores contra o Fluminense no Campeonato Carioca de 1993, a inversão de tabela no único tricampeonato conquistado pelo Vasco em sua história, em 1994.

Para que tais conquistas surgissem (52) ele, logo ao assumir a vice-presidência de futebol, além de manter Geovani (fora dos planos de Calçada e da comissão técnica em 1986) e Roberto Dinamite, que pretendia não mais ficar no clube caso não recebesse o que era devido (algo dito no início do mesmo ano), buscou vários atletas que conquistariam títulos pelo Vasco e em 2017 levaram o clube a disputar sua última Taça Libertadores, já com outra gestão, no ano seguinte:

Henrique, Vivinho, Luís Carlos Martins, Dunga, Tita, Célio Silva, Zé do Carmo, Cocada, Marco Aurélio, Luís Carlos Winck, Quiñonez, Andrade, Boiadeiro, Bebeto, Tato, Jorge Luís, Luisinho, Eduardo, Geovani (de volta em 1991, após venda para o futebol europeu em 1989), Torres, Roberto Dinamite (de volta em 1992 para encerrar de forma vitoriosa sua carreira no Vasco), Carlos Alberto Dias, Dener, Ricardo Rocha, Juninho Pernambucano, Leonardo, Ramon Menezes, Edmundo, Válber, Odvan, Mauro Galvão, Evair, Sorato, Donizete, Luizão, Vágner, Zé Maria, Guilherme, Alex Oliveira, Paulo Miranda, Gilberto, Viola, Amaral, Romário, Jorginho, Júnior Baiano, Clébson, Fábio, Euller, Juninho Paulista, Jorginho Paulista, Léo Lima, Souza, Petkovic, Valdir, Russo, Marcelinho Carioca, Marques, Beto, Madson, Gilberto, Júlio César, Riascos, Andrezinho, Jorge Henrique, Nenê, Yago Pikachu, Breno, Wagner, Luís Fabiano, Anderson Martins, entre outros.

A aposta sistemática na base vascaína, com profissionais imbuídos do objetivo de apresentar material humano de qualidade e bem observados por quem do clube observava, e muito bem, futebol, trouxe importante participação de vários nomes: William, Bismarck, França, Sorato, Sidney, Cássio, Luciano, Carlos Germano, Júnior, Tinho, Valdir, Pimentel, Leandro Ávila, Jardel, Márcio, Yan, Gian, Alex, Brener, Pedrinho, Felipe, Luís Cláudio, Henrique, Géder, Hélton, Wescley, Ygor, Morais, Souza, Alex Teixeira, Alan Kardec, Phillippe Coutinho, Allan, Douglas Luiz, Evander, Paulinho, entre outros.

Falamos aqui, hoje, apenas de conquistas do futebol profissional, mesmo sendo sabedores de que inúmeros outros esportes, com muito ou pouco dinheiro, deram ao Vasco títulos, com a participação dele na diretoria administrativa (desde 1992) e como presidente do clube no século XXI. Não citaremos também os títulos da base, as melhorias patrimoniais, compra de patrimônio, manutenção e conservação dele, profissionais que tiveram escola no Vasco (acadêmica, inclusive) para brilhar nacional e internacionalmente e crescerem como cidadãos, respeito ao Vasco (exigido), em qualquer entidade dirigente do desporto nacional, bem como em qualquer roda de negociações que sem o Vasco, representado por ele, levaram a prática das tratativas normalmente ao fracasso (vide liga barbante do trio Fla/Flu e Bota dos anos 90, I Liga, com a dupla Fla/Flu como partícipe, entre outros tiros n`água, como por exemplo aquele que desencadeou no fim do Clube dos Treze, ocorrido quando ele não administrava o Vasco).

Importante deixar registrado para o público que no século XXI, quando a dívida global do Vasco saiu de aproximadamente 150 milhões de reais (janeiro de 2001) para cerca de 800 milhões de reais, mais de 600 milhões do aumento dela pertence às administrações opositoras a dele neste século e que no século XXI ele geriu o clube durante dez anos e meio, enquanto seus adversários geriram o Vasco (até aqui) por dez anos e nove meses.

Cabe-nos, ainda, lembrar algumas estatísticas e dados básicos do Vasco, com ele e sem ele, no século XXI.

Último clube carioca Campeão Brasileiro, com Eurico Miranda na direção do Vasco (2001 a junho de 2008, dezembro de 2014 a 15/01/2018) – VASCO

Último clube carioca Campeão Sul-Americano, com Eurico Miranda na direção do Vasco (2001 a junho de 2008, dezembro de 2014 a 15/01/2018) – VASCO

Último clube carioca Campeão da Taça Libertadores, com Eurico Miranda na direção do Vasco (2001 a junho de 2008, dezembro de 2014 a 15/01/2018) – VASCO

Único clube carioca finalista de Campeonato Mundial Oficial com Eurico Miranda na direção do Vasco (2001 a junho de 2008, dezembro de 2014 a 15/01/2018) – VASCO

Confrontos do Vasco contra seus três principais rivais históricos no século:
Vasco x Botafogo

Com ele: Vasco 12 x 07 Botafogo
Sem ele: Vasco 12 x 19 Botafogo

——–

Vasco x Flamengo
Com ele: Vasco 19 x 16 Flamengo
Sem ele: Vasco 04 x 19 Flamengo

——

Vasco x Fluminense
Com ele: Vasco 15 x 08 Fluminense
Sem ele: Vasco 14 x 06 Fluminense

——

Número de taças oficiais (1º lugar e 1ª divisão) conquistadas com ele:
2001 – Campeonato Brasileiro (referente à competição do ano anterior)
2001 – Taça Rio (1º lugar)
2003 – Taça Guanabara
2003 – Taça Rio (1º lugar)
2003 – Campeonato Carioca
2004 – Taça Rio (1º lugar)
2015 – Campeonato Carioca
2016 – Taça Guanabara
2016 – Campeonato Carioca (INVICTO)
2017 – Taça Rio (1º lugar)
TOTAL: 10

Número de taças oficiais (1º lugar e 1ª divisão) conquistadas pelo Vasco no século XXI, sem ele:
2011 – Copa do Brasil
2019 – Taça Guanabara
TOTAL: 02

Temos como última comparação, e definitiva para qualquer dúvida deixar de subsistir:

Vinte e cinco anos e meio de Vasco com ele:

Vasco: 16 títulos oficiais desde Campeonatos Cariocas.
(1987, 1988, 1989, 1992, 1993, 1993, 1994, 1997, 1998, 1998, 1999, 2000, 2000, 2003, 2015, 2016)

Vinte cinco anos e meio de Vasco sem ele (primeiro trimestre de 1971 para cá):

Vasco: 04 títulos oficiais, desde Campeonatos Cariocas.
(1974, 1977, 1982, 2011)

Hoje, meu caro Eurico Miranda, querem vender o Vasco na xepa, conforme você anunciou há mais de dez anos que seria o plano deles. Como você disse à época, em reunião aberta e repleta de gente numa dessas casas portuguesas, eles iriam diminuir tanto o Vasco que convenceriam o público de que não haveria outro jeito. Você tinha inteira razão.

Nós estivemos sempre atentos, sabemos que jeito há, sabemos que soluções existem, sempre soubemos que a história mal contada do Vasco favorece a quem quer manchá-la, mas acreditamos, também, que atropelos e sofreguidão por se conseguir o que pretendem pode levá-los, em definitivo, ao fim de sua jornada. Se isso ocorrer, dar-se-á a morte do MUV (que não se confunde com quem fez ou não fez parte do movimento e sim com o espírito do movimento) e um novo tempo no Vasco, no qual a Turma do Ódio, do despeito e da inveja poderá abrir espaço para quem venha tratar nosso clube com a grandeza que ele possui, fazendo-o ser respeitado, temido (se necessário) e vencedor, como é a sua sina.

Sérgio Frias

Obstáculos sem fim para torcedores se tornarem sócios estatutários do clube pelo site Sócio Gigante

Com a permanência do Vasco na Série B, ganhou força o movimento de associação em massa. Desta vez, a campanha é para Sócio Geral com direito a voto e real participação nas decisões políticas do clube.

Entretanto, o site do Vasco (Sócio Gigante) começou a falhar na tela de pagamento dos novos sócios. Há mais de uma semana não funciona o botão final a ser clicado para efetuar o pagamento via cartão de crédito.

Um obstáculo se apresenta antes para quem não tinha um cartão de crédito cadastrado no site. A pessoa insere corretamente os dados do cartão e se depara com uma mensagem de erro.

A secretaria do Vasco tem um WhatsApp. A informação vinda dele, na última sexta-feira, foi a de que o problema nos pagamentos via cartão de crédito seriam resolvidos nesta segunda-feira.

Vários erros:

No dia seguinte à goleada sofrida contra o Botafogo, o torcedor sequer conseguia clicar no plano Geral para preencher o cadastro e se tornar sócio. Isso foi reparado alguns dias depois.

Muitas pessoas também relatam dificuldade pra recuperar a senha. O e-mail automático não chega nem na caixa de Spam.

No mês de Junho, o clube lançou a promoção de descontos na taxa de admissão para quem se tornar Sócio Geral até o fim do ano.

Casaca!

O sequestro e suas consequências

Há um ano o Casaca! disputou um pleito estatutário, direto e com mais 3.600 associados participando dele. Perdeu e reconheceu a derrota. Simples.

No pleito estatutário ocorrido no clube venceu o candidato Luiz Roberto Leven Siano em todas as urnas, com a exceção daquela que, coincidentemente, estava sub-júdice.

Tudo o que se fez, de forma desavergonhada, suja, pela chapa bicolor, cuspindo na cara do quadro social, uma vez descumprindo o que manda o estatuto no pleito, fumando-o e deixando que na Justiça fosse o clube “sequestrado”, induzindo-a a erro, nada mais é do que o resumo daquilo que são, daquilo que foram a vida toda no Vasco, com raríssimas exceções.

Essa turma, que atochou no Vasco mais de 600 milhões de reais da dívida atual, de um clube que em janeiro de 2001 devia aproximadamente 150 milhões de reais, que é freguês do Botafogo, algo só vivido pelo Vasco nos anos 1960, que conseguiu a proeza de nesses dez anos e meio não vencer o Flamengo uma única vez em Campeonatos Brasileiros, que tem amplo, claro e irrestrito apoio dos poderes midiáticos vigentes, desde julho de 2008, para rebaixar o Vasco em todos os sentidos e produzir justificativas ridículas, risíveis e que apenas desonestos, mau caráteres, vagabundos, vigaristas, pilantras e um ou outro ingênuo, que vive no mundo da lua, conseguem engolir.

Com vocês não há fundo do poço previsto, porque o fundo do poço demanda um limite de incompetência, incapacidade, descomprometimento, desídia, que no caso da chapa bicolor permanece sendo uma interrogação. Desde o MUV vocês rebaixaram o Vasco quatro vezes e isso em apenas dez anos e meio de gestão. E quanto aos apoiadores? Esses que reverberam as mentiras que são contadas nas mídias sociais? São tão ou mais desonestos, nas atitudes, que os contadores de mentiras, embora, também, contem as suas. Quanto mais mentem, mais os fatos esfregam-lhes na cara o carimbo, selo, tatuagem do que são e do papel imundo que se disponibilizam a executar.

A forma de arrancar-lhes do poder, visto que possuem ampla proteção da mídia e convenceram o Judiciário carioca de que são santos, se dá com apenas uma medida: associação em massa.

Torçam para que a contrainformação que passam nas mídias sociais de que isso não adianta nada, na Justiça os bicolores vão arrumar um jeito de ganhar, etc… suste tal movimento.

Se o movimento de associação em massa vier a ocorrer vocês sairão, claro, mas quando o Vasco no futuro lembrar de roxo e amarelo se recordará que a cor Tabajara simbolizou a destruição do clube, o que de mais podre ficou do MUV e os fatos, os números, para além das mentiras que contam até hoje vão prevalecer, sem que deixemos de nos recordar quantas mentiras contaram e quantas distorções fizeram, única e exclusivamente pela sede do poder, por projeto de poder, sem que a instituição Club de Regatas Vasco da Gama tivesse ao longo desses dez anos e meio neste século qualquer importância, ou relevância.

Sérgio Frias

Nota de falecimento: João Vicente Porphirio

Lamentamos informar o falecimento de João Vicente Porphirio, filho do Grande Benemérito Antônio Vicente Porpririo, um rapaz jovem, vascaíno e muito atencioso sobre o qual só se ouviram elogios ao longo de sua trajetória no clube e no convívio com os mais próximos.

Nessa hora de dor de sua família e muitos amigos, oramos para que tenham todos força para superar o momento, em especial seus pais.

De nossa parte uma mensagem de paz e conforto aos familiares nesse momento difícil.

Equipe Casaca!

Nota de Falecimento

Lamentamos informar o falecimento de Juca Nunes Neto, vascaíno de quatro costados, casaquista, sócio benfeitor remido do clube e presente em inúmeros movimentos em prol do Vasco, partícipe, também, de nossa chapa no pleito estatutário ocorrido a 07/11/2020.

Aos familiares muita força nesse momento de perda.

Foi-se um grande vascaíno. Descanse em paz.

Equipe Casaca!