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Vasco teve as 6 maiores audiências do RJ em TV aberta em jogos entre clubes em 2015

 

Tudo sobre audiências – parte 2: Os campeões de audiência 2015

Prosseguimos nossa série “Tudo sobre audiências”, dada a importância deste indicador como elemento a balizar os repasses de televisionamento. Trata-se de uma sequência de textos que, embora não consecutivos, serão sempre linkados aos anteriores, servindo como banco de dados para consultas dos interessados pelo tema. A série está assim dividida:

Parte 1: O catapultar dos números em clássicos

Parte 2: Os campeões de audiência 2015

Parte 3: As audiências da Band

Parte 4: As maiores audiências RJ e SP

Parte 5: Audiências em queda: verdade ou mentira?

Existem inúmeros recortes a serem feitos quando se objetiva explicitar as maiores audiências de uma temporada. Eles podem ter como base tanto a pontuação convencional quanto o share, imprescindível percentual de televisores ligados em um dado canal, que muitas vezes revela o paradoxo da boa audiência num baixo número. Tão importante quanto incompreendido, não focaremos no share desta vez, fazendo dele tão somente critério de desempate no caso de partidas equivalentes em pontos.

RIO DE JANEIRO

Instituímos dois critérios. O primeiro: todas as partidas que ultrapassaram os 25 pontos de audiência na soma Globo + Band. A média foi a seguinte:

FLAMENGO – 16 jogos, 28 pontos e 52% de participação (7 clássicos)

VASCO – 10 jogos, 30,5 pontos e 55% de participação (7 clássicos)

SELEÇÃO BRASILEIRA – 9 jogos (maiores detalhes adiante)

FLUMINENSE – 3 jogos, 26,3 pontos (1 clássico – participação indisponível)

BOTAFOGO – 3 jogos, 28,7 pontos e 55% de participação (3 clássicos)

Apesar de não parecer, o recorte confirma o Flamengo como campeão de audiência no futebol carioca, ao ultrapassar bem mais vezes a barreira dos 25 pontos, mesmo num ano sem qualquer título, poucas decisões e baixo percentual de clássicos contabilizados. Seu número de transmissões de apelo equivale à soma de Vasco, Fluminense e Botafogo.

No entanto, diante dos bons resultados tanto no Estadual quanto na Copa do Brasil (sobre o próprio Fla), é o Vasco quem aparece com maior pontuação absoluta. Só que nada menos que sete de seus dez jogos de maior apelo foram contra rivais cariocas, sendo dois na final do Carioca (contra o Botafogo) e outros cinco diante do próprio Flamengo – pelo Carioca, Brasileiro e Copa do Brasil.

Já a segunda ótica é a das dez maiores audiências no ano – neste caso, explicitadas jogo a jogo. Por aqui, as coisas mudam um pouco de figura. Eis o Top-10 do futebol no Rio de Janeiro em 2015:

A maior audiência do futebol no ano passado se deu na segunda e decisiva partida envolvendo Vasco e Flamengo pela Copa do Brasil. Os números foram tão impressionantes que igualaram o título rubro-negro na Copa do Brasil 2013 – com dois pontos percentuais a menos de share. Mas percebam: neste top-10, quem teve os melhores resultados foram os cruzmaltinos. Nada menos que seis dos dez jogos envolveram a equipe de São Januário, contra cinco do Flamengo, três da Seleção, dois do Botafogo e um do Fluminense.

SÃO PAULO

Segue a quantidade de vezes em que cada um dos grandes paulistas ultrapassou a barreira dos 25 pontos no agregado Globo + Band:

CORINTHIANS – 15 jogos, 28,8 pontos e 49% de participação (9 clássicos)

PALMEIRAS – 10 jogos, 29,5 pontos e 52% de participação (9 clássicos)

SANTOS – 10 jogos, 28,8 pontos e 48% de participação (10 clássicos)

SÃO PAULO – 8 jogos , 29,1 pontos e e 49% de participação (8 clássicos)

SELEÇÃO BRASILEIRA – 8 jogos (maiores detalhes adiante)

Mais do que no Rio, onde a estatística teve maior relação com o tamanho das torcidas, o perfil de São Paulo deixa clara a importância dos bons resultados para um boom de audiências. Único paulista sem conquistas no ano que passou, o São Paulo se viu como time com menos jogos acima dos 25 pontos, mesmo tendo torcida equivalente à soma de Palmeiras e Santos. De todo modo, São Paulo, Palmeiras ou Santos (que decidiram tanto o Paulista quanto a Copa do Brasil) dependem quase que exclusivamente de clássicos para se catapultarem. Aqui, apenas o Corinthians surgiu capaz de entregar maiores pontuações em jogos “regulares”.

Quanto ao Top-10 de audiências no futebol paulista em 2015:

Neste caso, a liderança também é corintiana, detendo seis dos dez jogos. O Palmeiras vem em seguida com cinco, seguido por Santos, São Paulo (três cada) e Seleção (um jogo).

Apesar da supremacia quantitativa de Flamengo e Corinthians e dos ótimos picos atingidos por Vasco, Palmeiras e Santos, é importante que se olhe com especial atenção para outras duas transmissões: as de jogos da Seleção Brasileira e da Champions League.

Em primeiro lugar, é um tanto óbvio que o escrete canarinho se apresenta menos do que a maioria dos times veiculados na TV: no ano passado, foram 14 jogos. E apesar dos recortes desta análise não deixarem claro, a verdade é que a Seleção nunca decepciona em audiências. Abandonemos, portanto, a tabulação acima dos 25 pontos. Em 2015, no cômputo geral de amistosos, Copa América e Eliminatórias, a contestada esquadra de Dunga atingiu 26,3 pontos e 47% de share em média, no Rio. Já em São Paulo, foram 24,7 pontos médios e 43%.

Por fim, a valiosa Liga dos Campeões da Europa. Valiosa porque, ao lado da Seleção (e salvo exceções), são as únicas partidas com veiculação 100% nacional. Elas sequer apareceram no top-10 porque são televisionadas às quartas-feiras no meio da tarde. Trata-se de um horário útil, com número insuficiente de aparelhos ligados para que se atinjam grandes pontuações. Por isto, aqui sim, torna-se importante avaliá-las sob a ótica do share. No Rio, tais embates renderam 20,9 pontos e 45% de participação, em média. Em São Paulo, 19,8 pontos e 42%. O Barcelona, é lógico, foi o mais agraciado, com seis das sete transmissões totais – não sendo computadas partidas transmitidas apenas pela Band.

Um grande abraço e saudações!

Fonte: Blog Teoria dos Jogos

Aconteceu em 10 de abril – Vasco vence Botafogo por 1×0 na fase final do Carioca de 94, com show de William e Carlos Germano

 

No dia 10 de abril de 1994, o Vasco estreava com vitória no quadrangular final do Carioca de 1994, com uma vitória diante do Botafogo, em dia de William e Carlos Germano. Assim descreveu o jornal “O Globo” o que aconteceu naquela tarde no Estádio Mário Filho:

“O baixinho William andou um bom tempo jogado pelos cantos de São Januário. Foram quatro meses de isolamento. Primeiro, uma contusão; depois, pouco caso com ele na renovação do contrato. Posto à venda, foi oferecido por ai até em troca por outros jogadores. Ninguém apareceu. Em meio ao ostracismo ao qual o levaram, ele bem que avisou: “Sou bom de bola e futebol não se esquece”. O sábio Jair Pereira, ao assumir o comando técnico do time, mostrou que sabe das coisas e o recuperou. Pois na vitória de 1 a 0 de ontem do Vasco sobre o Botafogo, William mostrou suas garras.

Ele andou perturbando o goleiro Vágner até onde pôde. Chutou cara a cara, Vágner defendeu; usou seu passes e lançamentos, ninguém aproveitou. Até que veio aquela falta de Wilson Gottardo em Valdir. Yan ainda se preparou para a cobrança. Mas o pequeno armador chegou mais para perto e avisou: “Essa é comigo”. Estava coberto de razão.

Emoção demais. William acabara de fazer 1 a 0 e o tri já era cantado pela arquibancada vascaína. Veio o pênalti. Roberto Cavalo chutou mal, bola nas mãos de Carlos Germano. Nova jogada de perigo do Botafogo, Marcelo chutou e Carlos Germano evitou novamente o gol.

As duas torcidas deliravam. A do Vasco buscou a quem recorrer. E recorreu aos céus. Lembrou-se dos momentos dramáticos do Fluminense e não se incomodou ao imitar a torcida rival: “A bênção, João de Deus…”, cantou, em agradecimento, num gigantesco coro ouvido por todo o Maracanã.

O jogo continuou corrido, com emoções a todo instante, mas o Vasco pareceu mesmo abençoado. Venceu. Agora tem quatro pontos (tinha dois de bonificação, um pela melhor campanha e outro por ser o primeiro em seu grupo na fase de classificação), dois a mais do que o Flamengo e três a mais do que o Fluminense.

Comovente o Botafogo. Entrou de camisa preta, rasgando a sua tradição. Queria surpreender. Nílton Santos, uma de suas glórias do passado, apelou para a superstição: “Ataquem primeiro para o lado a direito da tribuna, se nos couber escolher o campo”. pediu. Limitado, seu time é. Mas é guerreiro, bom de briga. Com dois minutos de jogo deu um aviso ao Vasco. Eduardo, de longe, mandou uma bola rasteira na trave direita de Carlos Germano.

Valdir respondeu, mas encontrou Vágner atento e bem colocado. O Vasco insistiu. Gottardo empurrou Torres dentro da área. O árbitro Léo Feldman não marcou o pênalti. Os primeiros sustos passaram. Os times se encolheram e se estudaram. Queriam chegar logo ao gol.

Um intervalo nas emoções. Os jogadores respiraram, retomaram o fôlego e pronto: dai até o fim não deu para descansar. Ao provocar sua expulsão, Ricardo Rocha deixou o Vasco em situação dramática. Tanto que os vascaínos só respiraram no apito final. Mas continuam invencíveis: “Tricampeão!”, cantavam eles. ”

Numa equipe que contava com Dener, Valdir, Ricardo Rocha entre outros, destaque especial para William e Carlos Germano, que obtiveram as melhores notas da equipe cruzmaltina:

Outras vitórias do Vasco em 10 de abril:

Botafogo 3 x 6 Vasco (Amistoso 1927)

Vasco 2 x 0 Nacional-COL (Libertadores 1975)

Vasco 2 x 1 Botafogo (Brasileiro 1985)

Vasco 4 x 3 Atlético-PR (Copa do Brasil 1997)

Vasco 1 x 0 São Paulo (Copa do Brasil 2002)

 

 

 

 

Sem perder há cinco meses, Vasco tem maior série invicta do Brasil

 

O Vasco tenta tratar como irrelevante, mas as estatísticas não mentem: o clube detém a maior invencibilidade entre os 60 que disputam as Séries A, B e C do Brasileirão na atualidade. Se a marca não foi suficiente para manter a liderança da Taça Guanabara, perdida no saldo de gols para o Fluminense, no último fim de semana, ao menos aponta para reconstrução de um clube prestes a encarar a Segunda Divisão pela terceira vez em sua história. E a marca de 18 jogos sem derrotas começou ainda em 2015, justamente na luta para evitar o rebaixamento.

O último revés do time de Jorginho aconteceu no dia 1º de novembro, por 1 a 0, diante do Fluminense, no Engenhão, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Desde então, são 12 vitórias e seis empates (sendo três triunfos e duas igualdades ainda na disputa nacional). Quem mais se aproxima dos vascaínos é a dupla Chapecoense e Paysandu, imbatível há 16 partidas. Os catarinenses acumulam 12 vitórias e quatro empates, enquanto o time do Pará, que também disputa a Série B, tem mais tropeços no cartel: nove vitórias e sete empates.

Tendo como base um mínimo de dez jogos sem perder, três clubes da Série A ostentam séries invictas, dois da Série B e nenhum da Série C. Em São Januário, a manutenção da invencibilidade pode resultar ainda em uma marca histórica. Com cinco títulos estaduais sem derrota (1924/45/47/49/92), o Vasco está empatado com o Flamengo neste quesito e se tornará soberano caso não perca as próximas cinco partidas e se torne bicampeão.

Vasco comemoram gol na vitória sobre o Bangu, pela primeira rodada da Taça GB (Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br)

Apesar dos números favoráveis, Jorginho faz questão de tirar o peso das estatísticas para que não se torne uma pressão a mais sobre seus jogadores. Tratando a derrota como natural no futebol, o treinador fala que o mais importante é terminar a Taça Guanabara na liderança:

– Não me fascina. O que me fascina é estar em primeiro, ganhar a vantagem para a semifinal e jogar o segundo jogo (da final) em casa. A qualquer momento pode acontecer de perder a invencibilidade. A equipe vem jogando bem, se organizando.

Nunca falamos de manter a invencibilidade. Claro que é uma motivação a mais, mas título é título. Não importa se é invicto ou não. O que fica é o bicampeonato. Invencibilidade é só estatística

Martín Silva, goleiro do Vasco

Martín Silva segue o discurso de seu comandante. Apesar de não ter nenhum título invicto na carreira, o goleiro ressalta que a única preocupação do elenco é ganhar o Estadual, seja como for.

– O objetivo é o bicampeonato. Nunca falamos de manter a invencibilidade. Claro que é uma motivação a mais, mas título é título. Não importa se é invicto ou não. O que fica na história é o bicampeonato. Invencibilidade é só estatística.

Com nove vitórias e quatro empates em 2016, o Vasco é o vice-líder da Taça Guanabara, com 11 pontos, atrás do Fluminense somente no saldo de gols: 6 a 4. No próximo sábado, o compromisso é com o Madureira, às 18h30 (de Brasília), em São Januário, pela sexta rodada.

Fonte: Globo Esporte

Aconteceu em 9 de abril – Dupla “Dinamite e Granada” detona o Fluminense no Brasileiro de 1981

 

No dia 9 de abril de 1981, o Vasco vencia o Fluminense na 1ª partida das oitavas de final do campeonato brasileiro daquele ano, conquistando uma belíssima vantagem pro jogo seguinte.

O Gigante da colina não sabia o que era eliminar o tricolor em jogos mata-mata havia décadas, mas a dupla “Dinamite e Granada” tratou de quebrar esse incômodo jejum:

“O Vasco ficou ontem a noite numa posição invejável no Campeonato brasileiro, ao derrotar o Fluminense, por 2 a 0, no Maracanã. Assim, pode até perder por dois gols de diferença, no próximo domingo, que estará classificado à fase seguinte da competição.

Até que o Fluminense começou bem a partida, explorando as jogadas de pontas e chegando com perigo ao gol de Mazaropi. Mas, aos oito minutos, um de seus pontas — Zezé atingiu Wilsinho por trás e foi expulso de campo.

Bastou isso ao Vasco para tomar conta do jogo e chegar com merecimento à vantagem de 1 a 0 no primeiro, num belo gol de César, aos 35 minutos: lançado por Roberto, o atacante driblou Zezinho e, na saída do goleiro Paulo Vítor, tocou sem defesa.

Mas, mesmo com dez, o Fluminense causou pânico na defesa do Vasco, minutos antes, quando Robertinho, de virada, aproveitou um cruzamento de Edevaldo para mandar a bola no travessão, com o goleiro Mazaropi completamente batido. Mas o Vasco teve um gol anulado, aos 20 minutos, porque Roberto empurrou o goleiro Paulo Vítor antes da conclusão de Guina.

No segundo tempo, o Vasco imprimiu um ritmo veloz e chegou seguidamente com perigo à área adversária, e sempre pelas pontas. Numa dessas jogadas, Roberto recebeu, dominou e concluiu rápido, na trave.

Aos 14 minutos, César e Wilsinho trocaram passes. A bola, já dentro da área, ficou para Wilsinho, derrubado por Tadeu. Pênalti indiscutível, que Roberto cobrou com categoria. Vasco 2 a 0, resultado que persistiu até o final.

Resultado justo, por sinal. Mas o Vasco, na ânsia de mantê-lo, permitiu que o Fluminense avançasse e, a partir dos 30 minutos, o goleiro Mazaropi passou por maus momentos.  Até Edinho esteve na área para as conclusões, quase conseguindo descontar numa cabeçada nos minutos finais.

O técnico do Vasco Zagalo comenta sobre a vantagem conquistada e os dirigentes tricolores tentam justificar a derrota colocando (sem razão) a culpa na arbitragem:

As altas notas atribuídas aos atletas vascaínos comprovam a grande atuação do time naquele dia:

Outras jogos do Vasco em 09 de abril:

Vasco 3 x 1 Ponte Preta (Brasileiro 1978)

Vasco 2 x 1 Cabofriense (Carioca 2011)

 

Há 65 anos, contra o Peñarol, Vasco vingou brasileiros no 1º confronto após o Maracanazo

Mário Filho celebrou a primeira vitória do Vasco em artigo com imagem de lance do Maracanazo

– Danilo perdeu para Julio Pérez, que entregou imediatamente na direção de Míguez. Míguez devolveu a Julio Pérez, que está lutando contra Jair, ainda dentro do campo uruguaio. Deu para Ghiggia. Devolveu a Julio Pérez, que dá em profundidade ao ponteiro direito. Corre Ghiggia! Aproxima-se do gol do Brasil e atira! Gol! Gol! Do Uruguai! Ghiggia! Segundo gol do Uruguai.

Quase 66 anos já se passaram, mas o tento que silenciou 200 mil pessoas ainda causa arrepios. O fantasma de 50 assombra gerações, mesmo aquelas que só o conhecem dos livros ou, as mais novas, de vídeos resgatados pela internet. É difícil imaginar o sentimento causado pelo gol que decretou a mais inesperada das derrotas menos de nove meses depois do Maracanazo. Especialmente entre os brasileiros mais próximos da história, aqueles que estavam em campo.

O desejo, porém, era de vingança. Coube ao Vasco, de Barbosa – sim, ele –, Augusto, Danilo, Friaça e Ademir, realizá-la. Em Montevidéu. Foi no dia 8 de abril de 1951, exatos 65 anos atrás, que os comandados do técnico Otto Glória recuperariam o prestígio do futebol brasileiro diante de seu algoz. O amistoso entre Peñarol e Vasco, no estádio Centenário, era o primeiro encontro entre brasileiros e uruguaios desde a final da Copa do Mundo de 1950, justamente entre as equipes que eram bases de suas seleções.

No gramado, 11 dos jogadores que duelaram no Maracanã. Barbosa de um lado, Ghiggia de outro. Friaça, que fez o primeiro gol em 16 de julho de 1950, assim como Schiaffino, que empatou aquela final, também se enfrentaram. O temido Obdúlio Varela, o homem que ergueu a taça que deveria ter ficado no Rio de Janeiro, esteve em campo.

– Quando o Brasil jogou contra o Uruguai na Copa de 1970 (semifinal, 3 a 1 para o Brasil), falaram em vingança de 50. Mas não vi assim. Honestamente: eu lavei minha alma um ano depois da nossa derrota na final da Copa, quando viajei para o Uruguai, pelo Vasco da Gama, para enfrentar o Peñarol – contou o goleiro Barbosa ao jornalista Geneton Moraes Neto em entrevista para o livro “Dossiê 50”.

– Eu disse ao Gigghia que eu também já calei o Uruguai, no estádio Centenário, em Montevidéu. Venci os uruguaios (do Peñarol) por 3 a 0 – completou o arqueiro brasileiro, que pelos anos que lhe restaram – ele morreu em 2000 – carregou a culpa do revés no primeiro Mundial disputado no Brasil.

Sabor do Maracanazo

Poucos uruguaios testemunharam a façanha de sua seleção no Maracanã – apenas aqueles que estavam no estádio, já que as transmissões televisivas era praticamente um sonho à época. O amistoso entre Vasco e Peñarol levava a Montevidéu uma amostra do que havia acontecido meses antes – com a promessa de um jogo de volta para a semana seguinte, novamente no estádio municipal do Rio.

Barbosa, Augusto, Danilo, Friaça e Ademir, titulares do Brasil na Copa do Mundo, titulares também do Vasco. No elenco cruz-maltino ainda estavam Alfredo, Eli e Maneca, reservas na equipe de Flávio Costa, vice-campeão do Mundo. Entre os celestes, Máspoli, Matías González, Obdúlio Varela, Ghiggia, Míguez e Schiaffino. Atração suficiente para encher o Centenário com 70 mil pessoas.

O Vasco chegou à capital uruguaia três dias antes do confronto. Os jogadores buscavam “a reabilitação do football brasileiro”, segundo o Jornal dos Sports, dirigido pelo jornalista Mário Filho, que anos depois emprestaria seu nome ao Maracanã.

– Vamos dispostos a uma grande vitória na certeza de que teremos pela frente uma das maiores expressões do football sul-americano – afirmou, diplomaticamente, o atacante Ademir.

– Acabou a era dos Ghiggias e dos outros. Estamos bem preparados e podemos ganhar do Peñarol em Montevidéu – disse o desafiador Barbosa.

O jogo

A véspera da partida ficou marcada por um episódio inusitado. Escolhido para apitar o amistoso, o árbitro Esteban Marino “adoeceu gravemente” e precisou ser substituído. Com a aprovação vascaína, Cataldi – de primeiro nome ignorado pelos jornais da época – seria o juiz.

Otto Glória escalou seu time com Barbosa; Augusto e Clarel; Danilo, Eli e Alfredo; Tesourinha, Ademir, Friança, Maneca e Djair. O Peñarol teve Máspoli; Matías Gonzalez e Romero; Juan Carlos Gonzalez, Obdúlio Varela e Ortuno; Ghiggia, Hobberg, Míguez, Schiaffino e Vidal.

Foi um passeio. Friaça abriu o placar no primeiro tempo. Ademir, mesmo com 39 graus de febre, fez o segundo antes de sair para a entrada de Ipojucan, que fechou o placar. Maneca infernizou Varela, Ghiggia desapareceu em campo.

“A vitória que o Vasco precisava, e o Brasil também”, estampou o Jornal dos Sports, em letras garrafais, em artigo de Mário Filho.

– Eu sou capaz de apostar que os jogadores do Vasco pensaram mais no Brasil do que no Vasco. Em Montevidéu, o Vasco era Brasil – escreveu o jornalista.

Barbosa virou “colosso”; Alfredo “marcou Ghiggia como Bigode deveria tê-lo feito no Maracanã”, lembrando o lateral-esquerdo, outro que não teria dado conta do ponta que anotou o gol do bicampeonato mundial do Uruguai.

Técnico do Brasil na Copa, e comandante vascaíno até meses antes, Flávio Costa enviou um telegrama aos brasileiros para parabenizá-los da vitória. “Um feito glorioso”, disse. Até cartolas rivais se manifestaram. “Consagrou o football brasileiro”, afirmou Carlos Martins da Rocha, do Flamengo. Tanto foi o orgulho de Fábio Carneiro de Mendonça, do Fluminense, que a vitória “deixou a impressão de traduzir feito da própria bandeira tricolor”.

Consagração no Rio

A volta vascaína foi de festa. Houve recepção no aeroporto do Galeão. Barbosa desabafou:

– Nunca em minha vida pisei em campo com tanta disposição. Somente agora quero recordar das maldosas insinuações de após a Copa do Mundo. Fui humilhado.

Havia, ainda, a partida de volta. O jogo estava marcado para o domingo seguinte, dia 15 de abril, no Maracanã. Os uruguaios chegaram ao Rio no meio da semana. Matías Gonzalez, campeão mundial, provocou na chegada:

– No Maracanã vamos desforrar-nos da surra de domingo. Este estádio foi feito para nós.

O confronto, porém, precisou ser adiado ao próximo domingo. Um temporal impediu que ele fosse realizado e a revanche ainda demoraria uma semana. Na quarta-feira seguinte, o Peñarol foi a São Paulo, onde empatou em a 0 a 0 com o Palmeiras.

Em 22 de abril, brasileiros e uruguaios mais uma vez se enfrentaram no Maracanã. Mas Friaça e Ademir enterraram as chances de o Peñarol repetir a frustração de 1950. Outra vitória cruz-maltina, 2 a 0 – bicho de oito mil cruzeiros para cada atleta.

– Quando acabou tudo (a final de 1950), eu pedia muito a Deus que eu jogasse outra vez contra o Uruguai. Terminei jogando, e ganhando pelo Vasco: 3 a 1 (3 a 0, na verdade) em Montevidéu, 2 a 0 aqui. Eu queria ir à forra – declarou Friaça, também no livro “Dossiê 50”.

Mais contido, Mário Filho definiu o feito vascaíno, ainda antes da segunda vitória:

– Enfim, embora reconheçamos que a vitória do Vasco não pôde apagar a derrota sofrida pelo football brasileiro em 16 de julho (de 1950), mesmo porque nada a apagará jamais, o triunfo vascaíno teve grande expressão, em tudo e por tudo, aparecendo ante nossos olhos, como se fora um lenço a enxugar um pouco de nossas lágrimas que ficaram com a Copa do Mundo.

Fonte: GloboEsporte.com

Sócio Torcedor Gigante disponibiliza pagamento trimestral

Atendendo a solicitações da torcida vascaína por possibilidades de pagamento mais acessíveis, o programa Sócio Torcedor Gigante desenvolveu planos trimestrais para suas categorias. Desta forma, as opções serão as seguintes:
A partir desta sexta-feira (08/04), todos os torcedores interessados em participar da nossa nova legião de Gigantes poderão aderir a um dos planos do programa já com esta novidade na forma de pagamento. Em caso de dúvidas, basta entrar em contato com o Gigante, visitando a Central de Atendimento em São Januário ou clicando aqui.
Fonte: Site do CR Vasco da Gama

Aconteceu em 08 de abril – Com “Clã da Guia” em campo, Vasco vence Bangu por 2×0 pelo campeonato carioca de 1934

No dia 08 de abril de 1934, o Vasco vencia o Bangu em São Januário, em partida válida pela 2ª rodada do campeonato carioca (LCF). Seria a segunda das oito vitórias da campanha do título cruzmaltino deste ano:

“Em São Januário mediram forças hontem os quadros do CR Vasco da Gama e os do Bangú AC em disputa do campeonato carioca de profissionaes. A assistencia que compareceu ao local da peleja foi pequena. A opinião geral era de que o Vasco venceria a peleja com muita felicidade. Entretanto, foi o que não se verificou: a victoria conquistada pelos cruzmaltinos foi bem difficil.” diziam as primeiras linhas da matéria. O Vasco atuou com: Rey, Domingos e Italia; Tinoco, Fausto e Gringo; Bahianinho, Leonidas, Gradim, Russo e Orlando. Os gols foram marcados por estes dois últimos.

O fato curioso desta partida foram os 3 irmãos do “Clã da Guia” jogando juntos, sendo 2 pela equipe banguense (Medio da Guia e Ladislao da Guia) e 1 pela equipe cruzmaltina (Domingos da Guia):

“Domingos, Medio e Ladislau, os três irmãos que surgiram no Bangú e que há dois annos se separaram, indo Domingos para o Vasco, depois para Montevideo e agora novamente para o Vasco.

Nunca tinham actuado uns contra os outros. A peleja Vasco e Bangú fez com que se encontrassem em campos opostos. É a família que mais cracks tem dado ao football carioca. E todos actuaram em scratch. O primeiro a destacar-se na família foi Luiz Antônio. Ladislau appareceu depois. Medio e Domingos são da mesma época, sendo que Medio antes de Domingosactuou em primeiros quadros”

A edição vespertina do jornal, descrevia como ficava a situação do campeonato após o fim da rodada, com o Vasco liderando:

 

Outras vitórias do Vasco no dia 8 de abril:

Vasco 2 x 0 Botafogo (Carioca 1979 Especial)

Portuguesa-RJ 0 x 3 Vasco (Carioca 1987)

Bangu 0 x 3 Vasco (Carioca 1989)

Vasco 5 x 1 Iraty (Copa do Brasil 2006)

Vasco 4 x 1 Volta Redonda (Carioca 2015)

‘Resposta Histórica’ completa 92 anos nesta 5ª-feira

 

Há precisamente 92 anos, no dia 7 de abril de 1924, o Club de Regatas Vasco da Gama produziu um dos documentos mais importantes da história do esporte mundial, que ficou conhecido como “A RESPOSTA HISTÓRICA”.

O documento, redigido em poucos parágrafos, comunicava ao sr. Arnaldo Guinle, presidente da AMEA (Associação Metropolitana de Esportes Atléticos), liga recém-fundada pelos cinco clubes mais influentes do Rio de Janeiro na época (América, Bangu, Botafogo, Flamengo e Fluminense), que o Vasco, campeão carioca de 1923, preferia não fazer parte da nova entidade a ter que se submeter à exigência de eliminar de seus quadros 12 atletas, a maioria deles negros, mulatos, nordestinos ou pobres, considerados pela AMEA jogadores “de profissão duvidosa”.

Desta forma, o Vasco manteve-se na LMDT (Liga Metropolitana de Desportos Terrestres), liga pela qual disputara e vencera o Campeonato Carioca do ano anterior (enfrentando os cinco “grandes”), e disputou em 1924 um campeonato esvaziado, contra equipes de menor expressão, sagrando-se campeão com 16 vitórias em 16 jogos.

Em 1925, o Vasco foi admitido na AMEA de forma incondicional e voltou a enfrentar, com seus atletas negros, mulatos, nordestinos e pobres, os times “grandes”.

Nos dias de hoje, uma reprodução da “Resposta Histórica” pode ser vista na Sala de Troféus do Vasco.

A “Resposta Histórica” publicada pela imprensa da época

A “Resposta Histórica” ganhou repercussão na imprensa carioca, sendo publicada em vários jornais. A versão reproduzida abaixo consta da página 8 da edição de 16/04/1924 do jornal “O Paiz”, um dos mais importantes Brasil à época, cujas edições podem ser consultadas no site da Biblioteca Nacional (clique aqui para acessar).

A “Resposta Histórica” publicada pelo jornal O Paiz em 16/04/1924
 

A “Resposta Histórica” na Sala de Troféus do Vasco

Uma versão da “Resposta Histórica” encontra-se reproduzida num quadro localizado na Sala de Troféus da sede de São Januário. Antes da transcrição do documento, há uma introdução, lembrando que, sem o Vasco, o futebol brasileiro não teria conhecido Pelé; depois do texto, há uma explicação de que a motivação velada por trás da exigência da eliminação de 12 jogadores era que eles “eram de cor”, ou seja, negros ou mulatos. O conteúdo do ofício teve sua ortografia atualizada e apresenta algumas diferenças em relação à versão publicada pelos jornais da época.

Transcrição:

“Sem o Vasco, o futebol brasileiro não teria
conhecido o Pelé”
A Resposta Histórica

Como homenagem àqueles que deram esta lição de grandeza do Vasco da Gama, para que os mais novos sintam o que representou o aparecimento do Vasco da Gama no esporte brasileiro, reproduzimos na integra o seguinte documento histórico:

“Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924.
Ofício nr. 261
Exmo. Sr. Dr. Arnaldo Guinle
M.D. Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos

As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V.Exa tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.
Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma por que será exercido o direito de discussão e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.
Quanto à condição de eliminarmos doze (12) dos nossos jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos consócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.
Estamos certos que V.Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se à AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923.
São esses doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de sua carreira e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles, com tanta galhardia, cobriram de glórias.
Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V.Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.
Queira V.Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever, de V.Exa. At. Vnr. Obrigado

(a) Dr. José Augusto Prestes – Presidente
Obs. – Os grandes clubes do Rio de Janeiro exigiram que o
Vasco da Gama eliminasse 12 jogadores – Motivo velado – “Eram de côr”.
A carta acima foi a resposta do Vasco.

Uma outra versão da “Resposta Histórica”

No dia 07/04/2013, o site oficial do Vasco publicou um verdadeiro “presente” para os pesquisadores: uma foto de um documento antigo, desgastado pelo tempo, com a mesma identificação (ofício nº 261) e data (7 de abril de 1924) daquele que ficou posteriormente conhecido como a “Resposta Histórica”. Entretanto, pequenas diferenças no texto em relação à versão publicada na imprensa e alguns erros de datilografia e de ortografia fazem supor que se trata de uma versão inicial do documento, possivelmente um esboço (afinal, o ofício original foi, naturalmente, enviado à AMEA).

Transcrição (caracteres ilegíveis substituídos por ***):

                            Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924.
                                          Officio No 261
                      Exmo. Snr. Dr. Arnaldo Guinle,
                      M. D. Presidente da Associação Metropolitana de 
                                     Esportes Athleticos.
                           As resoluções divulgadas hoje pela Imprensa, 
       tomadas  em reunião de hontem pelos altos poderes da Associação 
       a que V. Exa. tão dignamente preside, collocam o Club de Regatas
       Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absoluta-
       mente não pode ser justificada, nem pelas defficiencias do nosso
       campo, nem pela simplicidade da nossa séde, nem pela condição
        modesta  de grande numero dos nossos associados.
                          Os previlegios concedidos aos cinco clubs fun-
        dadores da A.M.E.A., e a forma porque será exercido o direito de
        discussao e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos
        a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.
                         Quando á condição de eliminarmos doze dos nossos
         jogadores das nossas equipes, resolveu por unanimidade a Directo-
         ria do C. R. Vasco da Gama não a dever acceitar, por não se con-
         formar com o processo porque foi feita a investigação das posi-
         ções sociaes desses nossos consocios, investigação levada a um
         tribunal onde não tiveram nem repesentação nem defesa.
                         Estamos certos que V. Exa. será o primeiro a re-
         conhecer que seria um acto pouco digno da nossa parte, sacrificar 
         ao desejo de fazer parte da A.M.E.A., alguns dos que luctaram pa-
         ra que tivessemos entre outras victorias, a do Campeonato de 
         Foot-Ball da cidade do Rio de Janeiro de 1923. 
                        São esses doze jogadores, jovens, quasi toso bra-
         sileiros, no começo de sua carreira, e o acto publuco que os pode
         macular, nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem
         a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que elles com tanta ga-
         lhardia cobriram de glorias.
                       Nestes termos, sentimos ter que communicar a V. (***)
         que desistimos de fazer parte da A.M.E.A.
                      Queira V. Exa. acceitar os protestos da maior (***)
          deração e estima de q(****)m a honra de subscrever
                                         (***)   De V. Exa.
                                                         (***)

Créditos

Texto: NETVASCO
Fotos: Alexandre Mesquita, Paulo Fernandes, Site oficial do Vasco, Reprodução O Paiz
Transcrições: Alexandre Mesquita, NETVASCO

Aconteceu em 07 de abril – Vasco goleia Bangu por 9×1 com 5 gols de Russinho, na estréia do Carioca de 1929

 

No dia 7 de abril de 1929, o Vasco estreava no campeonato carioca de 1929 (AMEA) com uma goleada impiedosa sobre o Bangu – a maior imposta sobre o clube da zona oeste. Foi apenas a 1ª das 15 vitórias conquistadas por aquela equipe, que perdeu apenas 1 dos 23 jogos que disputou. O Vasco acabou se sagrando campeão naquele ano em uma melhor de três contra o America Foot-Ball Club, após dois empates (0 X 0 e 1 X 1) e uma espetacular vitória de 5 a 0 no terceiro e último jogo realizado no dia 24/11/1929.

A capa do jornal “O Globo” do dia seguinte, destacava as estreias vencedoras daquele certame:

“As primeiras victorias do campeonato couberam ao América, Andarahy, Vasco da Gama e Botafogo”

 

Os gols deste jogo foram marcados por Russinho(5), Santana, Fausto, Mário Matos e Espanhol.

Assim descreveu a estréia cruzmaltina o jornal “O Globo” do dia seguinte:

“O Vasco vencendo o Bangu, obteve a maior contagem do dia

Vencendo a poeira asphixiante das ruas que circundam o magestoso estadium  de São Januário, uma assistencia bem maior na parte das geraes e no privativo social, que mesmo nas archibancadas, assistiu ao jogo official de campeonato entre as representações do Vasco da Gama local e do Bangu, o sempre temido conjunto suburbano.”

A curiosidade fica pelo pontapé inicial da segunda etapa, que deveria ser realizado pelos banguenses, mas acabou sendo feito novamente pelo Vasco. Neste momento o Vasco já vencia a peleja por 5 x 0.

O jornal cita o fato com bom humor:

“O periodo final que devia ser iniciado pelos alvi-rubros, foi, porém, pelos vascaínos. É que aquelles, talvez por cansaço de tantas saídas, concederam novo kick-off a Moacyr…”

Outras vitórias do Vasco em  07 de abril:

Vasco 2 x 1 São Paulo (Torneio Rio-SP 1965)

Madureira 2 x 3 Vasco (Carioca 1996)

Friburguense 0 x 3 Vasco (Carioca 1998)

Vasco 5 x 1 Bangu (Torneio Rio-SP 2002)

Vasco 2 x 1 Friburguense (Carioca 2013)

Vasco faz projeto para jovens talentos com aulas de inglês e media training

Douglas Luiz é um dos atendidos do PROMOVE- Fotos: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br

Criado ainda durante a primeira gestão de Eurico Miranda, o PROMOVE foi reativado com o retorno do dirigente e já aplicas seus métodos com jovens promessas do Vasco. O projeto consiste num acompanhamento diário e individualizado que fornecesse assistências nas mais diversas áreas, que vão da fisiologia até mesmo a aulas de inglês e espanhol.

No passado, o PROMOVE abrigou Philippe Coutinho e Alex Teixeira, que hoje atuam no Liverpool (ING) e no Jiangsu Suning (CHI). Atualmente, os que passam pelo processo são os atacantes Hugo Borges e Paulo Vitor, e os meias Douglas Luiz e Robinho, ambos da equipe sub-20.

Com o objetivo de corrigir as deficiências e desequilíbrios em diversos segmentos, além de familiarizar os atletas com o ambiente profissional, o projeto oferece serviços como assessoria de imprensa, análise de desempenho, acompanhamento escolar (horário diferenciado), aulas de inglês e espanhol, psicologia, osteopatia, ortomolecular, fisioterapia, fisiologia, nutricional e trabalhos técnicos e táticos.

Ano passado, usufruíram do PROMOVE os meias Mateus Pet, Matheus Índio e Evander, o atacante Caio Monteiro, todos estes promovidos ao profissional pelo técnico Jorginho.

“O investimento na base é constante dentro do Vasco. Queremos que os atletas se desenvolvam em excelentes níveis para que, caso ocorra suas promoções ao profissional, eles possam conquistar espaço e construir uma carreira dentro do clube. Nossa meta é formar campeões, sendo que o ‘formar’ vem na frente de tudo. Retomamos o PROMOVE no ano passado após um longo tempo de inatividade e os atletas atendidos já estão no time de cima. Isso é muito gratificante. Em 2016, mesmo com o pouco tempo de trabalho, já é possível notar uma evolução nos meninos. Todos estão conseguindo ter um bom rendimento no primeiro ano de sub-20”, avaliou o coordenador da base, Álvaro Miranda.

Fonte: noticiasfutebol.com.br