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Aconteceu em 28 de abril – Em confronto de líderes e invictos, Vasco derrota o Botafogo por 2 a 0 pelo Carioca de 1968

 

Dando continuidade a semana de vitórias do Vasco sobre o Botafogo, o jogo de hoje, realizado há exatos 48 anos,  traz uma vitória do Gigante da Colina por 2 a 0 frente ao rival alvinegro.

O Vasco vinha de 9 vitórias seguidas e defendia sua invencibilidade sobre um Botafogo que até então não havia conhecido a derrota neste campeonato.

O clássico também ficou marcado por ter batido, à época, o recorde nacional de arrecadação, para um público de 154 mil torcedores. O jornal “O Globo” destacou este feito em sua primeira página:

“Mais de NCz$ 384 mil rendeu ontem, no Maracanã, o choque entre Vasco e Botafogo, que lideravam , invictos, o campeonato carioca. Trata-se de novo recorde nacional: o clássico Santos x Corinthians , disputado há oito dias no Morumbi, em São Paulo, não chegou aos NCz$ 279 mil. O Vasco venceu por 2×0, goals de Bougleuax e Nei, um em cada tempo, mantendo assim a invencibilidade; o Botafogo está agora com 4 pontos perdidos”

Jornal “O Globo” – 29/04/1968

Na página principal da edição esportiva, destaque para imagens do “clássico milionário” e a belíssima arrecadação do confronto:

“BATIDOS TODOS OS RECORDES DE RENDA DO BRASIL”

“Felizmente para o futebol carioca, o Maracanã continua do mesmo tamanho, comportando mais gente do que qualquer estádio do mundo. Assim, na tarde de ontem, quando jogaram Botafogo e Vasco, foi quebrado o recorde de renda de certames regionais que estava há oito dias em poder dos paulistas que em Santos x Corinthians, no Morumbi, tinha alcançado NCr$ 278.894,00.  E o geral — renda de logos internacionais—era de Brasil x Polônia, em 66, com NCr$ 334.810,00.  A marca bandeirante foi batida com sobras, pois pelas bilheterias do Maracanã e as da venda antecipada passaram NCr$ 384.695,75,  superior portanto em mais de cem mil cruzeiros novos. E a geral também. O público – longe dos números do Fla-Flu de 63 ou de Brasil x Paraguai de 54 — foi o seguinte: pagaram ingresso — 124 435; não pagaram: crianças — 24.570; diversos (jornalistas, rádio, tevê, deputados estaduais, federais, carteiras da FCF e CBD, autoridades estaduais e federais; enfim todos os que podem) — 5 716.  Total de públito: 154.721. E ainda caberá mais, depois de amanhã por exemplo, quando quase todo mundo terá recebido o ordenado e se a ADEG colocar ingressos para valer à venda. E para os leitores, o flagrante colhido ontem de helicóptero, com o Maracanã cheio de gente, momentos antes do início do encontro”

Após o apito final, a festa vascaína começou dentro do Maracanã e seguiu para as ruas:

“Explosão, explosão, só a da torcida do Vasco, faltando dez minutos, arreliando a vida dos botafoguenses, com o “Tá chegando a hora”, ou, o que foi muito pior, recordando-lhe outras tardes e noites amargas, “Um, dois três,”Botafogo é freguês”.  A alegria dos líderes invictos, ostentando suas onze vitórias em onze compromissos, campanha inédita, espalhou-se pelas ruas. A multidão vascaína, não ligando ao frio, à fome, à dificuldade de condução.”

Algumas imagens da grande partida:

 

O treinado vascaíno Paulinho comentou sobre a invencibilidade da equipe no campeonato, e Brito desabafa após a vitória:

“UM GRANDE VENCEDOR”

“Nessas dez vitórias consecutivas no certame carioca um nome não pode ser esquecido, o de Paulo Baltar, preparador físico dos cruzmaltinos. O Vasco terminou o jogo inteiro, enquanto no outro lado, os botafoguenses sentiam a dureza da partida: – Não posso deixar de elogiar a conduta da equipe. Tenho recebido apoio de Paulinho e do Dr. Marcozzini, o que tem facilitado bastante. Estou feliz com a exibição de hoje, pois tínhamos condição para mais alguns minutos.”

“A CAMISA”

“Quando o jogo terminou, Brito correu em direção da torcida do Botafogo e mostrou a camisa do Vasco. Logo depois, trouxe Bianchini e repetiu o mesmo gesto: – O Vasco também tem camisa. Durante a semana andaram contando vantagens e inclusive dando números para a vitória. Ouvíamos e liamos tudo sem dar resposta. Hoje, ela veio e está ai no delírio de nossa torcida e no marcador de 2 x 0. Ganhou quem jogou mais e quem jogou mais foi o Vasco”

De 1953 a 1986 o jornalista e cartunista Otélo manteve nas páginas do “Globo” a coluna “Pênalty”, com divertidos comentários sobre o futebol, principalmente o Campeonato Carioca e a seleção brasileira.  Às segundas-feiras, a coluna publicava duas seções que ficaram célebres — o Diploma do Sofredor e o Placar Moral. Neste dia, Ótelo colocou como placar moral , Vasco 3 a 0. E claro, não faltou o diploma para ser entregue para o torcedor rival:

Melhores momentos do jogo:

Outras vitórias do Vasco em 28 de abril:

Bonsucesso 1 x 2 Vasco (Carioca 1929)

Barreira 0 x 1 Vasco (Carioca 1996)

 

Aconteceu em 27 de abril – Vasco vence Botafogo por 3 a 2 pelo Carioca de 1986 em dia de golaços

 

Nesta semana de final contra o Botafogo, serão lembradas vitórias históricas frente ao alvinegro da zona sul. Começamos com o jogão de 27 de abril de 1986, válido pela 1ª rodada da Taça Rio.

O Vasco havia sido campeão da Taça Guanabara no domingo anterior, com uma vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo. Já o Botafogo, vinha de uma invencibilidade de 8 partidas. Um grande jogo , cheio de emoção e golaços. Assim descreveu a partida o jornal “O Globo” do dia seguinte:

“Foi um belo jogo e uma grande vitória do Vasco. Jogando um futebol digno do titulo de campeão da Taça Guanabara, que conquistou na semana passada, a equipe dirigida por Antônio Lopes derrotou o Botafogo por 3 a 2, quebrando assim uma invencibilidade de oito jogos do seu tradicional adversário (o único que o derrotara no primeiro turno). Romário fez o primeiro gol da partida, Helinho empatou para o Botafogo e novamente Romário desempatou para o Vasco, ainda no primeiro tempo. No segundo, Mauricinho fez o gol mais bonito da partida – driblando vários adversários e o goleiro Luis Carlos — e Antônio Carlos diminuiu a diferença para o Botafogo. Após a partida, nos vestiários, os dois técnicos concordavam em um ponto: fora uma grande partida.”

Jornal “O Globo” – 28/04/1986

Jornal “O Globo” – 28/04/1986

“VASCO VENCE BOTAFOGO COM GRANDE EXIBIÇÃO”

“Campeão da Taça Guanabara, o Vasco iniciou o segundo turno do Campeonato Estadual (Taça Rio), dando mais uma grande alegria à sua torcida: derrotou o Botafogo – único time a vence-lo no primeiro turno – por 3 a 2, ontem, no Maracanã, com uma grande atuação, num jogo muito corrido e de belos gols, dois dos quais de Romário, artilheiro absoluto do campeonato.

Apesar da chuva, que deixou o campo muito escorregadio, Vasco e Botafogo fizeram uma das melhores partidas do campeonato, explorando bem a velocidade de seus ataques. O Vasco mereceu a vitória principalmente pelo que mostrou no primeiro tempo, mas o Botafogo nunca se entregou e tentou até o fim chegar ao empate, o que quase conseguiu, no último minuto.

O Vasco começou melhor, atacando seguidamente pela direita, com Paulo Roberto e Gersinho trabalhando bem as jogadas com Mauricinho, que aos cinco minutos arriscou um chute perigoso a gol. Aos 11, num cruzamento alto de Paulo Roberto, Luis Carlos fez boa defesa a córner, mas aos 15 o Vasco marcou o primeiro gol, em cabeçada de Romário. O Botafogo, forçando o jogo pela esquerda, empatou aos 18 minutos, com Helinho, também com gol de cabeça, mas o Vasco, mais aplicado e veloz nos avanços, seguiu criando boas oportunidades. Numa delas, aos 27 minutos, Paulo Roberto, cobrando falta, acertou o travessão de Luís Carlos. Aos 30, porém, o Vasco fez 2 a 1, no 14° gol de Romário no campeonato. E o jogo praticamente poderia ter sido liquidado no primeiro tempo, se Luis Carlos, com o pé, não fizesse uma defesa sensacional aos 42 minutos, numa penetração de Mauricinho.

Com a vantagem no marcador, o Vasco, no segundo tempo, modificou um pouco seu estilo, passando a explorar mais os contra-ataques. Depois de ter tomado uma bola no travessão, aos 2 minutos, num córner batido fechado por Édson, o Vasco esteve por marcar um minuto após, numa enfiada de Roberto para Gersinho. Mas Luis Carlos saiu do gol com precisão e a bola foi para fora. Aos 10, no entanto, em outro lançamento precioso de Roberto, Mauricinho fez 3 a 1, no mais belo gol da partida.

O Botafogo não se entregou. Ao contrário, passou a forçar mais as jogadas de ataque e a criar boas oportunidades, a primeira delas aos 13 minutos, com Paulo Sérgio tirando de soco um centro do Édson, A bola sobrou para Ademir, na pequena área, mas Donato prensou o chute e a bola foi para fora. Aos 18, Paulo Sérgio fez outra grande defesa numa cabeçada de Paulinho. O Vasco voltou a ameaçar aos 19, num chute de Josenilton para fora, mas o Botafogo continuou forçando. Aos 37, num chute de Marinho, Paulo Sérgio fez uma defesa difícil, e aos 41, em falta cobrada por Édson, o goleiro do Vasco voltou a brilhar, desviando a bola para córner. Aos 43, finalmente, o Botafogo diminuiu para 3 a 2, num chute longo de Antônio Carlos, e quase chegou ao empate aos 45, em cabeçada de Osvaldo rente à trave esquerda. Mas acabou perdendo, além da partida de ontem, uma invencibilidade de oito jogos. “

Jornal “O Globo” – 28/04/1986

Jornal “O Globo” – 28/04/1986

Jornal “O Globo” – 28/04/1986

A ficha técnica do jogo e as notas atribuídas aos jogadores cruzmaltinos:

O Jornal do Brasil do dia seguinte ao clássico, destacava as grandes atuações de Romário, Mauricinho e Paulo Roberto:

“Todos saíram alegres do Maracanã. Os torcedores do Vasco cantaram a vitória (3 a 2) e os gols de Mauricinho e Romário (dois). Os do Botafogo, apesar da derrota, festejaram a luta – desordenada é certo – da equipe que perdeu também a invencibilidade de oito jogos. O Vasco, campeão da Taça Guanabara, dominou a partida, graças principalmente a grande atuação de Paulo Roberto, Mauricinho e Romário”

Jornal do Brasil – 28/04/1986

João Saldanha diz em sua coluna que “o time do Vasco é superior e o jogo nada teve de difícil”:

Jornal do Brasil – 28/04/1986

As notas dos atletas, segundo o Jornal do Brasil:

Jornal do Brasil – 28/04/1986

Os gols da partida:

Após o fim do campeonato carioca de 1986, conquistado pelo freguês da Gávea, estourou o escândalo das “papeletas amarelas”.

O fato, em poucas palavras, ocorreu devido a um conflito político interno no Clube de Regatas do Flamengo que fez ficar evidente na época que o clube destinava parte de suas receitas para a compra de árbitros e adversários. As provas (notas fiscais* de cor amarela – daí o nome do episódio) da picaretagem surgiram nesse ano, mas o esquema em si ninguém sabe quando começou.

O escândalo ocorreu durante a administração do presidente George Helal com valores que pode ter chegado a 4 milhões de cruzados – quantia igual gasta na época pela equipe rubro negro pelo atacante Kita. Apos as denuncias, o conselho deliberativo do clube queria saber onde tinham sido gastos os 300,00 mil cruzados depositados na conta do vice presidente de esportes amadores, Leo Rabelo.

Duas versões surgiram na época: a do vice presidente Leo Rabelo que garantiu que o dinheiro fora usado para pagamentos a atletas amadores e profissional, mas não apresentou recibo provando o que dissera em sua defesa. Helal, que numa reunião com dirigentes do Flamengo reafirmou que o dinheiro fora entregue ao diretor de árbitros da Federação, Paulo Antunes, resolveu dar um ponto final ao caso: “Os 300,00 mil cruzados foram distribuídos como doping positivo para incentivar os clubes pequenos contra nossos rivais”. Foi uma saída esperto do dirigente. Como subornador de árbitros, Helal seria incurso no artigo 288 no Código Brasileiro Disciplinar de Futebol e estaria eliminado do esporte. Como aplicador de “doping positivo”, passaria para o 289 e sua pena seria de 90 a 360 dias. Mais um fato imoral e ilegal da vergonhosa história rubro-negra.

“O Presidente do Flamengo, George Helal, acabou admitindo ontem – ainda que indiretamente – que os Cz$ 300 mil desviados das contas do clube foram usados para subornar árbitros durante o último campeonato estadual”

Jornal O Globo – 03/10/1986

Revista Placar – 13/10/1986

Outras vitórias do Vasco em 27 de abril:

Vasco 2 x 1 Palmeiras-RJ (Amistoso 1919)

Vasco 2 x 0 Bonsucesso (Carioca 1930)

América-RN 2 x 3 Vasco (Brasileiro 1974)

Vasco 3 x 0 São Cristovão (Carioca 1977)

Vasco 4 x 0 Deportivo Galícia-VEN (Taça Libertadores 1980)

Vasco 1 x 0 Olimpia-PAR (Taça Libertadores 1990)

Vasco 4 x 1 Nacional-AM (Copa do Brasil 1995)

Vasco 1 x 0 São Caetano (Brasileiro 2003)

Após polêmica do Flamengo com torcedores mirins, Vasco ressalta lema do ‘coração infantil’

Pequenos vascaínos posam no clube Foto: Urbano erbiste / Agência O Globo

Na esteira da polêmica que envolveu os torcedores mirins do Flamengo, o Vasco reafirmou um lema há muito estampado em um dos muros de São Januário. Criada na gestão do ex-presidente Cyro Aranha, a frase “Enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal” voltou à tona no clube.

Na arquibancada de uma das quadras da sede social do clube, pais acompanhavam um treino de seus projetos de craques e, um dia depois da vaga vascaína na decisão, a indiferença rubro-negra era tema de conversas. Diferenças à parte, a falta de cuidado com corações infantis do adversário não foi bem vista.

— Meu filho perguntou o que tinha acontecido. Ele parou e ficou pensando em frente à televisão. Não dá para avaliar o que se passou na cabeça dele, mas sei que ele ficou sentido — disse Audileia Lopes, mãe de Guilherme, de 5 anos, do futsal vascaíno.

Frase pintada em São Januário Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo

Nas redes sociais, o clube não perdeu a oportunidade de alfinetar. Postou foto dos jogadores com pequenos vascaínos e, na legenda, deixou a provocação: “Jamais deixaremos para trás o nosso principal patrimônio. Estaremos sempre ao lado de nossos torcedores”.

Na década de 40, preocupado em cultivar um ambiente mais familiar no Vasco, Aranha criou o departamento infanto-juvenil de futebol. A frase imortalizada pela história nasceu a partir de um concurso feito para escolher uma frase que sintetizasse o compromisso do clube com os vascaínos de amanhã.

— Meu pai sempre se preocupou com que as gerações futuras dessem sequência ao que é o Vasco — lembrou Oswaldo Aranha, filho do antigo dirigente, em entrevista ao “Jogo Extra”, em 2015.

Que o legado de Aranha seja imortal no Vasco e em todos os clubes.

Fonte: Extra

Maior goleada do Clássico dos Milhões, Vasco 7 x 0 Flamengo, completa 85 anos

 

Nesta 3ª-feira (26/04) a maior goleada da história do clássico Vasco x Flamengo completa 85 anos. Na ocasião, o time cruzmaltino venceu o arquirrival por 7 a 0 em jogo realizado no Estádio de São Januário, válido pelo 1º turno do Campeonato Carioca de 1931. Os gols foram marcados por Russinho (4), Mário Mattos (2) e Sant’Anna.

Jornal O Globo (27/04/1931)

Jornal do Brasil (27/04/1931)

As derrotas do Flamengo para o Vasco estavam se tornando constantes, a ponto da imprensa carioca tradicionalmente rubro-negra tentar ignorar aquele massacre nos jornais do dia seguinte. No período de 1928 a 31, o time cruzmaltino venceu todos os 8 jogos oficiais contra os flamenguistas.

Este foi um dos primeiros grandes times da história do Vasco. Quatro atletas (Brilhante, Itália, Fausto e Russinho) foram convocados para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1930 no Uruguai, além de Tinoco para a edição de 1934 na Itália. O meio-campo Fausto chegou a receber o apelido de “La Maravilla Negra” pela imprensa uruguaia por causa das suas grandes atuações em campo.

O ponta-esquerda Sant’Anna foi o primeiro jogador a fazer um gol olímpico no país. Isto aconteceu em 1928, na inauguração dos refletores de São Januário, quando o Vasco venceu o Wanderers do Uruguai por 1×0.

Se na esquerda tinha Sant´Anna, pela direita vinha Paschoal, apelidado de “Trem de Luxo” pela sua extrema velocidade. Ele atravessou todo o período que o Vasco venceu o racismo no futebol carioca, conquistando os primeiros títulos do clube, desde a Série B da 1ª divisão do Carioca em 1922. Foi titular absoluto do Vasco e das seleções carioca e brasileira, apesar de não ter participado daquela goleada de 7×0 sobre o Flamengo.

Paschoal pertencia, com orgulho, a uma geração que amava o clube. Pelo resto de sua vida, trabalhou com o mesmo amor pelas sagradas cores do Vasco, razão maior da sua vida. Com mais de 80 anos, continuava integrado ao Vasco, ensinando garotos que sonhavam um dia representar a cruz-de-malta tal como ele.

Não se pode esquecer também de Sebastião Paiva Gomes, o Mola, Campeão Carioca em 1929 e 1934. Ele era o cão de guarda do time e os atacantes da época tinham pavor de enfrentá-lo. Em 1934, Mola foi convocado para a Seleção que disputaria a Copa do Mundo, mas, ao contrário dos seus companheiros vascaínos Tinoco e Leônidas da Silva, preferiu continuar como profissional no Vasco, uma vez que a CBD só levaria “amadores” para a Itália.

Outro ídolo da lendária equipe foi Russinho, autor de quatro gols na goleada histórica sobre o Flamengo. Ele também se sagrou artilheiro dos Cariocas de 1929 e 1931. Em 1930 Russinho atingiu grande popularidade e foi eleito o melhor jogador do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, num concurso promovido por uma marca de cigarros.

Para comandar este leque de craques, o Vasco tinha Harry Welfare como técnico. Vindo do Liverpool, o gringo do país que inventou o futebol chegou ao Brasil em 1912 contratado pelo Colégio Anglo-Brasileiro para ensinar a língua inglesa. Como jogava muito bem futebol, ingressou no Fluminense e fez história nos campos cariocas. Foi o técnico vascaíno de 1927 a 37, voltando ao cargo na temporada de 1940.

Recitando a escalação do Vasco

A base dessa vitoriosa equipe vascaína de 1931 ainda era a mesma campeã carioca em 1929. O timaço se consagrou ao bater o América por 5×0 na final, após dois empates na série melhor-de-três. No ano seguinte (1930) a grande vítima foi o Fluminense, que também sofreu a maior goleada da história do clássico: 6×0 em São Januário.

Porém, o que realmente mais impressionava no Vasco de 1929 era a criatividade dos torcedores em recitar a escalação de seus ídolos. Frases como estas eram postas com orgulho nos botequins do Rio de Janeiro:

JAGUARÉ foi na ITÁLIA comprar BRILHANTE. Assistiu com TINOCO a ópera FAUSTO, sentado numa cadeira de MOLA. Na volta, PASCHOAL encontrou OITENTA E QUATRO RUSSINHOS junto com MÁRIO MATOS na Igreja de SANTANA”.

Ou:

JAGUARÉ fez uma BRILHANTE defesa na ITÁLIA. TINOCO foi visitar FAUSTO numa cadeira de MOLA, PASCHOAL comeu OITENTA E QUATRO empadas com RUSSINHO e MARIO MATTOS no campo de SANTANA”.

Quem comprova isso é o sócio Fabrício Figueira, de 26 anos, sobrinho-neto do zagueiro Itália, que faleceu em 1963. Freqüentemente o jovem vascaíno ouve histórias dos mais antigos parentes do craque:

“Minha mãe sempre conta que o Itália dava doces, balas e uns trocados para os sobrinhos que decorassem a escalação do time. Era uma forma de aumentar mais ainda a identidade deles com o Vasco”, comenta Fabrício, que ainda guarda fotos do antigo xerife do Vasco.

Ficha Técnica – Vasco 7×0 Flamengo

Campeonato Carioca de 1931 (1º Turno)
Local: São Januário
Juiz: Leandro Carnaval
Expulsões: Fausto e Penha aos 37 minutos do 1º tempo
Obs: Naquela época os jogadores expulsos eram substituídos.

Vasco: Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto (Nesi) e Mola; Baiano, Oitenta e Quatro, Russinho, Mário Mattos e Sant´Anna

Flamengo: Floriano, Léo e Hélcio; Flávio, Penha (Fonseca) e Darci; Adelino, Viventino, Elói (Nélson), Álvaro e Cássio

Gols:
No 1º tempo: Russinho aos 5 e 30, Mário Mattos aos 27 e 34 minutos;
No 2º tempo: Santana aos 4 e Russinho aos 14 e 20 minutos.

Fonte: Site Oficial do Vasco, Site Mauro Prais, NETVASCO, Revista Placar, Livro “Flamengo x Vasco – O Clássico dos Milhões”, Blog Memória Vascaína, Jornal O Globo, Jornal do Brasil

Aconteceu em 25 de abril – Vasco estréia no Rio-SP de 1957 com vitória de virada por 3 a 2 sobre o Botafogo

 

No dia 25 de abril de 1957, o Vasco estreava com vitória sobre o Botafogo pelo Torneio Rio-SP daquele ano:

Jornal dos Sports – 26/04/1957

O Globo – 26/04/1957

O Globo – 26/04/1957

O Vasco não consegui conquistar o Rio-SP daquele ano, mas foi uma temporada de muitas glórias para o cruzmaltino.

No mês de janeiro já havia sido campeão em dois torneios internacionais: o Torneio Quadrangular de Lima, com vitórias sobre Deportivo Municipal (4×3), Sporting Cristal (1×0) e Universitário (3×1) e o Torneio Internacional Triangular do Chile, com vitórias sobre o Nacional-URU (2×1) e Colo-Colo (3×2).

Em junho, o Vasco partiu para terras europeias, conquistando o Troféu Teresa Herrera (4 a 2 sobre o Athletic Bilbao) e o Torneio Internacional de Paris de 1957 (4 a 3 sobre o Real Madrid) , sendo este considerado por muitos historiadores como o primeiro torneio intercontinental, tendo em vista que serviu de inspiração para a criação da Copa Intercontinental de 1960.

Outras vitórias do Vasco em 25 de abril:

Vasco 4 x 0 Elvira-SP (Amistoso 1929)

Vasco 1 x 0 Bangu (Carioca 1973)

Vasco 1 x 0 Volta Redonda (Carioca 1979)

Vasco 1 x 0 Uberlândia (Brasileiro 1984)

Vasco 1 x 0 América (Carioca 1996)

Bangu 0 x 1 Vasco (Carioca 1999)

 

 

 

Eurico faz convite a pequenos rubro-negros de Manaus: ‘Venham conhecer São Januário e ver como tratamos as crianças’

 

Em entrevista ao programa Show do Apolinho na tarde desta segunda-feira (25), o Presidente do Vasco, Eurico Miranda, repercutiu sobre a partida de ontem, entre Flamengo e Vasco, pela semifinal do Campeonato Carioca, em Manaus. Após a vitória por 2×0, o Cruz-maltino garantiu a vaga para a decisão do Cariocão e eliminou o arquirrival rubro-negro.

O Mandatário fez questão de relembrar e debochar do acontecimento que antecedeu a partida. A entrada dos jogadores rubro-negros em campo, fincando uma bandeira no gramado e ignorando as crianças que aguardavam para entrar em campo junto aos jogadores.

“Bandeira a gente só planta quando é pra marcar território. (…) Aproveitando, vou fazer um convite para as crianças rubro-negras lá de Manaus: Venham conhecer São Januário e ver como tratamos as crianças e os torcedores mirins. O que aconteceu ontem foi chocante. Tanto Flamengo quanto Vasco, não poderiam permitir que algo como aquilo pudesse acontecer. O responsável deve ser responsabilizado”.

Falando sobre a final, ele afirma que a boa relação com o Botafogo poderá garantir que uma grande festa seja realizada beneficiando tanto os clubes quantos os torcedores que assistirão aos jogos.

“Não precisamos discutir essa história de mando de campo. Em termos de renda: Será dividida entre os clubes, independente dos resultados que acontecerem. Acredito que tudo tem que ser feito para o público poder comparecer e que seja uma grande festa. A ideia é que possamos colocar um preço acessível para que o torcedor possa comparecer”.

Classificado para a final, Vasco e Botafogo podem ser os representantes cariocas na Liga Sul-Minas-Rio de 2017. Muito criticada por Eurico no começo da temporada, ele comentou sobre a ideia:

“Não tenho nada contra a Liga, desde que não atrapalhe ou interfira no Futebol do Rio de Janeiro. Eu só iria para uma Liga se a coisa fosse feita de maneira organizada e sem prejudicar o Futebol do Estado”.

Confira outras respostas de Eurico Miranda:

Sobre a grande presença de público na partida, mesmo jogando em uma capital distante, como Manaus, no Amazonas:

“Uma coisa que eu venho afirmando e cada vez mais eu falo: Os clubes do Rio de Janeiro e, notadamente, Flamengo e Vasco são clubes nacionais. As torcidas estão localizadas no país inteiro. Manaus fica à quatro horas de distância de avião, uma longa distância. A maioria das pessoas conhecem mais do futebol e dos clubes do Rio de Janeiro conhecem muito mais do que repórteres daqui”.

Sobre o futebol do Rio de Janeiro:

“A final entre Vasco e Botafogo, no ano passado, foi o jogo que garantiu a segunda maior audiência da história da Rede Globo. Isso mostra quanto o futebol do Rio de Janeiro é forte. E é tão forte que ele é pisoteado, massacrado e humilhado, mesmo dando grandes indícios de força. Temos que continuar brigando e fortalecendo o futebol do Rio de Janeiro”.

Eurico revela que pretende facilitar a vida do torcedor para ir aos estádios:

“A minha ideia é criar um espaço para o povão, para aqueles que tem dificuldades de comprar ingresso. Comprovadamente, o torcedor se cadastraria e teria uma carteirinha que garantiria a compra do ingresso com valor abaixo da meia entrada. Tentarei conseguir implantar isso no Vasco ou, de maneira geral, em todos os clubes, através da Federação. Não será para todos, não temos condições, mas uma parte da nossa carga de ingressos”.

Fonte: Super Rádio Tupi

Após negar, FFERJ confirma que Vasco e Botafogo garantiram vaga na Primeira Liga

 

FERJ ‏@FFERJ
É falsa a informação de que Vasco e Botafogo garantiram vaga na Liga, como mostra um documento forjado que circula na rede social

FERJ ‏@FFERJ Errata: o documento publicado é verídico. Os dois primeiros colocados do Estadual têm direito a vagas em competições interestaduais..

FERJ ‏@FFERJ
Errata: A assembleia que aprovou as vagas na competição interestadual para os dois melhores aconteceu antes do Estadual

Fonte: Twitter da FFERJ

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Comentário do Casaca:

A turma amarela do ódio virtual e que torce contra, junto com seus parceiros rubro-negros e tricolores já estavam preparando os fogos, para juntos festejarem. Deram com os burros nágua.

O Vasco só não disputa se não quiser.  A dupla fla-flu continuará chupando dedo , e seus parceiros amarelos mordendo o cotovelo.

Os cães ladram e a locomotiva passa por cima !

Casaca !

 

22, 23 e 24 de abril: três dias de folia sobre o freguês da Gávea

 

A vitória de ontem sobre o Flamengo pela semi-final do Carioca de 2016 não foi a primeira em um dia 24 de abril. Aliás, foi uma das 3 vitórias em 3 dias consecutivos em diferentes anos.

Nos dias 22, 23 e 24 do mês de abril, respectivamente nos anos de 2012, 2000 e 1977, o Vasco promoveu a folia vascaína sobre o eterno freguês rubro-negro.

Em 22 de abril de 2012, o Vasco vencia o Flamengo de virada pela semi-final da Taça-Rio e colocava o rival de férias. Respondendo a provocações de Vágner Love, Felipe, que teve grande atuação, disse : “Quem ganha a vida com a boca é cantor. Essa foi a segunda resposta. A primeira foi dentro de campo”

 

No dia 23 de abril de 2000, a surra que entrou pra história como “Chocolate da Páscoa”, com direito a distribuição de ovos de chocolate para a torcida vascaína, que viu  Romário comandar a goleada com 3 gols que deu ao Vasco o título da Taça Guanabara. A torcida cruzmaltina se esbaldava cantando “Urubu otário, vem pro Maraca só pra ver gol do Romário”. Sobre a decisão, o baixinho que havia sido dispensado pelo rival, falou após o jogo:

“Foi maravilhosa. Não me lembro de ter marcado 3 gols numa decisão. E não representou resposta ao Flamengo. Minha felicidade é por que o Vasco demonstrou sua força.”

 

E em 24 de abril de 1977, mais uma goleada, também pelo campeonato Carioca. Neste dia o Vasco quebrava a invencibilidade de 5 jogos da equipe rubro-negra com 2 gols de Roberto e 1 de Zanata. O Vasco  podia ter feito um placar mais elástico, devido a grande superioridade em campo. O jornal “O Globo” do dia seguinte resumiu assim a partida:

“Com 1 a 0 no primeiro tempo, o Vasco já era absoluto. No segundo, favorecido por uma falha de marcação da defesa rubro-negra, que tentou usar a tática do impedimento, o Vasco fez o segundo gol e partiu para o terceiro – e porderia ter ampliado ainda mais, se se esforçasse. Foi uma vitória tranquila de um time que lutou para ganhar, e o fez de forma organizada e humilde: o Vasco.”

Outras vitórias vascaínas nas 3 datas:

DIA 22:

Vasco 3 x 1 Botafogo (Carioca 1923)

Vasco 4 x 0 Andarahy (Carioca 1928)

Vasco 1 x 0 Bonsucesso (Carioca 1932)

Vasco 2 x 1 Botafogo (Carioca/Torneio Erasmo Martins Pedro 1973)

Fortaleza 1 x 5 Vasco (Brasileiro 1984)

Vasco 3 x 1 Olaria (Carioca 1993)

Americano 0 x 1 Vasco (Carioca 1998)

DIA 23:

Vasco 2 x 0 Santos (Torneio Rio-SP 1955)

Náutico 0 x 1 Vasco (Brasileiro 1980)

Vasco 2 x 0 Santos (Brasileiro 1983)

Vasco 1 x 0 Botafogo (Carioca 1995)

Vasco 2 x 1 Madureira (Carioca 1997)

Ponte Preta 1 x 2 Vasco (Brasileiro 2006)

Vasco 1 x 0 Olaria (Carioca 2011)

DIA 24:

Vasco 3 x 1 São Cristovão (Carioca 1932)

Itaperuna 0 x 1 Vasco (Carioca 1988)

Vasco 2 x 0 Cerro Porteño-PAR (Libertadores 1990)

Vasco 6 x 1 Entrerriense (Carioca 2002)

Fonte: O Globo, Youtube