Das grandes decisões estaduais, a final entre Vasco e Botafogo teve o maior número de público e também de renda.
A decisão do Carioca bateu outros estaduais de grande visibilidade como o Mineiro, o Gaúcho e o Paulista. Entre essas quatro grandes finais, o confronto carioca só não ficou atrás no preço dos ingressos do Campeonato Mineito. Confira os números dos principais estaduais do país:
Não adiantou os fregueses coloridos da zona sul tentarem diminui-lo. Não adiantou parte da imprensa rancorosa tentar diminui-lo.
O Estadual mais tradicional do Brasil e um dos campeonatos mais antigos do mundo , mais uma vez demostrou que continua sendo um título desejado pelos seus torcedores e invejado por quem está de fora das finais.
O primeiro passo foi dado! São Januário recebeu um bom público neste sábado (07/05) para acompanhar o Gigante do Basquete pela Liga Ouro. Precisando de uma vitória para manter o sonho de terminar a primeira fase na liderança e garantir a vaga direta na final, o Almirante não decepcionou e venceu o Campo Mourão pelo placar de 81 x 66. O poder coletivo foi o diferencial da equipe comandada pelo técnico Christiano Pereira. Na próxima segunda-feira (09), o Cruzmaltino enfrenta o mesmo adversário, às 19h30, mais uma vez no Ginásio Vasco da Gama, para tentar confirmar a primeira colocação no torneio nacional.
Assim como na maioria dos jogos, o Vasco foi subindo de produção no decorrer da partida. O time visitante fez boas jogadas ofensivas no início de abriu vantagem no primeiro quarto. O técnico da equipe adversária, Emerson de Sousa, pôs seus comandados para pressionar a armação de jogadas do time vascaíno. Hélio era muito marcado e Gaúcho tentou auxiliar na criação. A defesa eficiente deixou o clube paranaense na frente ao término do período inicial: 19 a 16.
Dámian foi o cestinha do duelo – Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br
No segundo quarto, o comandante Christiano Pereira colocou o argentino Dámian Palacios em quadra. O camisa 10 foi essencial para que o Almirante encostasse no marcador, acertando três cestas de três pontos e empatando o confronto em 35 a 35. Ainda no segundo quarto, o time de São Januário, empurrado pela torcida, virou o duelo. O primeiro tempo encerrou em: 42 a 37 a favor do Vasco. A partir daí, o Gigante do Basquete não saiu mais da frente do placar. Márcio foi importante com nove rebotes, seguido de Drudi, com oito, além de marcar 14 pontos e manter sua média de arremessos certos por jogo.
O período final foi de manutenção do resultado positivo e show nas arquibancadas. Com mais tranquilidade, o confronto terminou em: Vasco 81 x 66 Campo Mourão. Ao final da partida, os jogadores fizeram festa com torcida e cantaram junto dos vascaínos presentes. No próximo encontro, na segunda-feira, o Cruzmaltino precisa de vitória simples, por um ponto, para garantir a vaga na decisão da Liga Ouro. Os dez pontos foram tirados nesta partida, deixando o Gigante do Basquete próximo da liderança. Palacios terminou como cestinha do jogo (19 pontos).
Jogaram e pontuaram:
Dámian – 19 pontos
Gaúcho – 16 pontos
Márcio – 14 pontos
Collum – 7 pontos
Drudi – 6 pontos
Jeff Agba – 6 pontos
Érick – 6 pontos
Hélio – 5 pontos
Marcellus – 2 pontos
Texto: Thiago Moreira
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Comentário do Casaca:
O Vasco só precisa de uma vitória simples no próximo jogo para garantir sua vaga na final. Falta pouco pro nosso retorno a elite do basquete nacional.
No dia 6 de maio de 1934, o Vasco derrotava o Fluminense por 2 a 1 pela 6ª rodada do Campeonato Carioca da LCF, que veio a ser conquistado pelo cruzmaltino. Os gols foram marcados por D´Alessandro e Gradim.
Era o início do profissionalismo no futebol, e neste ano o Vasco montou um dos mais caros times à época. A formação-base era esta:
Rei (Marques), Domingos e Itália; Gringo (Tinoco, Calocero), Fausto (Jucá) e Mola; Orlando (Baianinho, Novamuel), Almir (Leônidas, Lamana), Gradim, Nena (Russinho) e D’Alessandro.
Técnico: Harry Welfare
O jornal “O Globo” na sua edição matutina de 07 de maio, destacava o grande sucesso de público que estava sendo aquele campeonato:
“Raramente se ha visto um match do campeonato da cidade despertar tamanho interesse publico, como esse de proflssionaes, que hontem se disputou, no stadium da rua Guanabara, entre o Fluminense F. C. e C.R. Vasco da Gama.
Foi um verdadeiro acontecimento sportivo e social. Sportivo pelo ardor com que foi travada a peleja, social pela qualidade e quantidade da assistencia ao grande prélio. Todas as ruas que se escoam na de Guanabara, tiveram aspecto desusado, esse mesmo aspecto dos dias memoráveis de sports, que tem emocionado o Rio de Janeiro. Gente em quasi massa compacta, a locomoverse do Largo do Machado, da Praia de Botafogo, do alto das Águas Férreas. Um successo completo e inilludivel de bilheteria, a provar o evidente triumpho do profissionalismo, apenas com campeonato e meio de existencia !”
O jornal descreve como difícil a vitória fora de casa, e destacava a liderança isolada do Vasco no campeonato daquele ano:
A ficha do jogo:
Baixe aqui o PDF da reportagem completa sobre a partida.
Outras vitórias do Vasco em 6 de maio:
Vasco 4 x 1 Bangu (Carioca 1928)
Vasco 2 x 1 Fluminense ( Torneio Rio-SP 1959)
Vasco 2 x 0 Olaria (Carioca 1979)
Mesquita 0 x 6 Vasco (Carioca 1987)
Ceará 1 x 2 Vasco (Copa do Brasil 1993)
Vasco 3 x 1 Botafogo (Carioca 1994)
Icasa 1 x 4 Vasco (Copa do Brasil 2009)
Rio – Em quase meio século dentro do futebol, Eurico Miranda, colecionou inimizades, atraiu uma legião de seguidores e causou muita polêmica. Perto de conquistar o 51º título da carreira, o presidente vascaíno abre o jogo e revela nesta entrevista exclusiva um pouco da intimidade. Fala sem rodeios da doença, diz que não pensa na morte e que, apesar da idade, está mais jovem do que nunca.
O DIA: Em 50 anos no futebol qual é o seu maior orgulho?
Eurico Miranda: Já ocupei todos os cargos possíveis no Vasco e o principal é o de presidente. Mas a coisa que mais me orgulho é ser representante, em maiúsculo, do Vasco.
O DIA: Do que não se orgulha?
Eurico Miranda: Sou daqueles que não me arrependo de nada que fiz. Nada. Faria tudo de novo. É evidente que tem muita coisa que a gente faz, que depois vê que não era para fazer daquela maneira. Mas não me arrependo, porque no momento que fiz visava um interesse maior.
O DIA: O que senhor gosta de fazer na hora de lazer?
Eurico Miranda: Na TV, gosto de tudo, menos comentários esportivos. Só vejo, se tirar o som, pois a maioria entende pouco. Gosto de filmes de ação. Drama não me interessa mais, mas sei apreciar as coisas boas. Ando sem tempo, mas tinha uma mania, o quebra-cabeça. Estimulava alguns neurônios e me fazia, naquele momento, esquecer todos os problemas.
O DIA: Montava com seus netos?
Eurico Miranda: Eles são os únicos que podem mexer nas minhas peças. Os outros não têm permissão.
Com visual barbudo no ano passado, rebaixamento em 2015 foi a maior baixa dele como presidente
Foto: Paulo Fernandes / Vasco.com.br / Divulgação
O DIA: É como puxar o Casaca?
Eurico Miranda: Casaca é um grito de guerra que ninguém tem. Não é algo vulgar. É um grito de triunfo, orgulho. Não é cantado, é puxado. Mal comparando, é como prestar continência à bandeira nacional. Não admito puxar o Casaca com as pessoas sentadas. Agora, como venho com isso lá de trás, onde estou, para puxar o Casaca tem que ser o presidente. Ou então não puxa.
O DIA: Domingo dá Vasco?
Eurico Miranda: Você não fica 25 jogos sem perder, em que ganhou dos seus três adversários. Isso merece ser exaltado. Trabalhei com grupos excepcionais, de qualidade. Mas este grupo é muito consciente. Posso dizer que dos muitos que trabalhei não tem um que tenha essa integração direta. Seria o coroamento de uma campanha brilhante.
O DIA: O que o Vasco significa para o senhor?
Eurico Miranda: Tirando a minha família, realmente o Vasco é tudo. Aliás, ainda tira um um pouco da minha família. O Vasco é tudo.
O DIA: O Eurico que a imprensa não conhece é divertido, carrancudo?
Eurico Miranda: Não sou daqueles do riso fácil, não é o meu estilo. Aliás, isso é uma das coisas que quando você quer fazer política tem que ser assim, e todo mundo sempre diz que sou um mau político. Rio só quando tenho vontade, mas não para ser mais simpático.
O DIA: Muita gente o considera antipático. Como lida com isso?
Eurico Miranda: Os que convivem comigo me acham até simpático demais. A questão não é ser simpático ou não. Tem uma frase de para-choque de caminhão que fala do grande problema do meio do futebol: “Inveja é uma merda”. É próprio da natureza humana, entendo isso. Modéstia à parte, estou no meio do futebol com conhecimento de causa e sei que em matéria de futebol é muito difícil debater comigo.
Eurico ao lado dos jogadores do Vasco em título da Taça Guanabara
Foto: Carlos Gregório Jr/ Vasco.com.br
O DIA: Sua família não tem ciúme do Vasco?
Eurico Miranda: Na vida tudo tem uma questão de compensação. Eu tenho uma bela família. Quatro filhos, nove netos e eles já nasceram sabendo que têm que conviver com a minha vida no Vasco.Quando tenho oportunidade, sempre estou com meus netos.Eles assistem aos jogos, ficam comigo e é uma satisfação. Deixo eles fazerem o que querem. Fico tão pouco tempo com eles, que não tem isso de ‘não pode isso, não pode aquilo’. Não posso me queixar tenho uma família maravilhosa, sou abençoado.
O DIA: Como é a sua rotina?
Eurico Miranda: Não é mais a de dois meses atrás, até porque fiz uma cirurgia. Estou fazendo tratamento preventivo e mudou um pouco nesse sentido. Mas apesar de fazer quimioterapia, não mudou nada a minha atividade aqui. Dependendo do dia, posso passar de 12 a 24 horas no Vasco. Acompanho tudo de perto. Uma coisa é certa, todo dia venho ao Vasco.
O DIA: O senhor faz 72 anos em junho. Como encara o envelhecimento?
Eurico Miranda: Sinceramente, não me sinto envelhecido. Fisicamente já não sou o mesmo, isso é verdade, não sou praticante de exercícios, mas a cabeça, que é a mais importante, não envelheceu. Armazenou muita coisa. De certa forma, os anos foram passando, mas um coisa eu tenho certeza plena. Podem não gostar de mim, mas me respeitam.
O DIA: O senhor tem uma doença grave, que é de domínio público. Como lida com isso. Tem medo de morrer?
Eurico Miranda: Você sabe que não penso nisso, sinceramente. Eu sei que vou morrer, mas tenho enfrentado todas essas minhas coisas com naturalidade. Não modifiquei em nada com essa doença que tive. Na verdade, extirpei dois tumores.Hoje, faço quimioterapia, que é mais preventiva do que curativa. Não é agradável, mas enfrento com naturalidade. Faço pelo menos uma sessão, uma vez por semana. Das 12 sessões, já fiz dez, só faltam duas e está tudo bem. Tenho muita proteção.
O DIA: A doença mudou a sua forma de encarar a morte?
Eurico Miranda: O que eu não gostaria era de morrer antes de ver o Vasco em uma situação mais tranquila, antes de ver os meus filhos criados, de perder a chance de conviver mais com os meus netos. Mas tenho certeza de uma coisa: os meus (familiares) vão demorar a se esquecer de mim.
No dia 05 de maio de 2001 o Vasco conquistava sua 7ª Taça Rio com uma rodada de antecedência, em dia de Romário, que marcou 3 vezes. A vítima da vez foi o América, clube de coração do seu pai, “Seu Edevair”. Assim narrou o jogo o jornal “O Globo” do dia seguinte:
“O rolo compressor de São Januário voltou a mostrar toda a sua força ontem no Maracanã. Com uma bela atuação do trio Juninho Paulista, Romário e Euller, o Vasco esmagou o América por 5 a 0 e, beneficiado pela derrota do Americano para o Botafogo (1 a 0), conquistou com uma rodada de antecedência a Taça Rio. Foi o 16º jogo invicto do Vasco, que nas últimas três partidas marcou 15 gols.
Quando a bola rolou, os jogadores do Americano, que jogariam a partida de fundo com o Botafogo, se posicionaram atrás do banco do América para secar o Vasco. Mas pouco adiantou. Logo aos cinco minutos, Romário recebeu dentro da área e cruzou para Jorginho Paulista, livre na área, marcar de cabeça.
Romário marca outro e se iguala a Edilson
O gol relâmpago não desanimou o América. O time foi para cima do Vasco e chegou a marcar, mas o lance foi bem anulado pelo bandeira Hilton Moutinho, que apontou impedimento de Wagner. O jogo foi definido aos 35 minutos, quando Romário recebeu livre de Euller e fez o segundo.
Com 2 a 0 no placar, o time de Joel Santana voltou tranquilo para a segunda etapa. Foi tocando a bola sem pressa até que, aos 16 minutos, Romário, em grande jogada individual, marcou o terceiro gol. Luís Antônio Zaluar, treinador do Americano, que assistia à partida no campo, entregou os pontos.
— Agora só nos resta terminar o campeonato da melhor maneira possível — afirmou, conformado.
O Vasco continuou mandando no jogo e criando uma chance atrás da outra, diante de um América totalmente entregue.
Romário, então, se aproveitou para fazer o que mais gosta: gol. Aos 34, ele marcou o quarto, se igualando a Edilson na liderança da artilharia, com 13 gols.
Foi o 201º gol de Romário como profissional do Vasco e o 788º de sua carreira. Aos 37, Euller fez 5 a 0. E Romário só não saiu do Maracaná como artilheiro isolado porque o árbitro anulou erradamente o sexto gol do Vasco, alegando impedimento.
— Edilson é meu parceiro e vamos disputar a artilharia nas finais— afirmou Romário, deixando de lado qualquer polêmica com o atacante rubro-negro.
Vasco:Helton, Maricá, Géder, Odvan (Henrique) e Jorginho Paulista; Fabiano Eller, Paulo Miranda, Juninho Paulista (Dedé) e Pedrinho (Viola); Euller e Romário.
América:Marcelo Leite, Rafael (Paulinho), Júnior, Luciano e Bossato; Leonardo, Adriano, Fabinho e Wallace; Celso e Wagner.
Vasco 5 x 0 SC Brasil (Carioca 1929)
Vasco 3 x 0 Bangu (Carioca 1940)
Vasco 4 x 3 Portuguesa (Brasileiro 1984)
Vasco 1 x 0 Flamengo (Torneio Rio-SP 1965)
Vasco 2 x 1 Goiás (Copa do Brasil 1999)
América 1 x 2 Vasco (Carioca 2002)
Vasco 3 x 1 Vitória (Copa do Brasil 2010)
Todos sabem quem é o terror do urubu. Inclusive as torcidas de outros clubes. A estratégia deu certo. O Fortaleza agora tem todas as chances de eliminar o rubro-negro da Copa do Brasil.
O segredo é simples. Basta encara-los como são: inferiores.
No dia 04 de maio de 1980, Dinamite se reencontrava com o Maracanã em dia de gala da equipe cruzmaltina, que enfiou uma sonora goleada sobre o Corinthians pelo Brasileiro de 1980.
Assim descreveu o retorno do artilheiro o colunista Cláudio Mello e Souza no jornal “O Globo” do dia seguinte:
“O jogo entre Vasco e Corinthians começou logo ao anunciar-se a noite e terminou por noite fechada e úmida, quase fria. E bastou que, co.mo por milagre, brilhasse naquele céu sombrio a estrela de um atacante para que toda a torcida do Vasco gerasse e transmitisse um calor de carnaval. E de carnaval animado.
Creio que ao marcar todos os cinco gols de seu time, Roberto estabeleceu um recorde ou, caso exista recorde maior, dele se aproximou muito. De qualquer forma, marcou numa só partida mais gols do que em toda a sua temporada espanhola.
Roberto encontrou facilidades? Encontrou, sim.
Mas com que ímpeto, com que determinação e com que força delas se aproveitou para marcar aquele tipo de gol que o público começa a ver nascer, quando o atacante parte com a bola dominada para cima dos zagueiros: passa a antever no momento em que este mesmo atacante se infiltra, em velocidade por entre os mesmos atônitos zagueiros; gol que festeja, enfim, com o coração aos saltos e os olhos cheios de lágrimas, quando a bola, chutada com violência impressionante, faz balançar e estremecer as redes adversárias. ”
A torcida rubro-negra, que estava presente no Maracanã para assistir ao seu time jogar na preliminar, lá ficou para secar o Vasco. Nada adiantou:
As notas e atuações da equipe vascaína:
Os gols do jogo:
Mas a história do retorno de Dinamite não foi tão simples. Roberto havia retornado de uma fracassada experiência no Barcelona e por muito pouco não foi parar no rival rubro-negro. A história começa no fim de 79.
Antes do início da temporada de 1980, o ídolo vascaíno foi vendido para o Barcelona da Espanha, apesar da discordância de Eurico Miranda, então assessor especial da presidência.
O dirigente fez de tudo para que Roberto não fosse e tinha especial cuidado em transmitir para os espanhóis cada exigência de Jurema, mulher do artilheiro, torcendo por uma contestação para melar negócio. Tudo, no entanto, foi aceito e Roberto partiu para a Europa. A passagem do artilheiro por lá, entretanto, foi prejudicada pela saída do treinador que o havia indicado, o húngaro Ladislao Kubala, e a pouca disposição de seu substituto Heleno Herrera, em aproveitá-lo no elenco. Sabedor das dificuldades pelas quais goleador passara no Velho Mundo, o Flamengo partiu para a sua contratação. Roberto firmou um pré-contrato com o rubro-negro.
A notícia surgiu como uma bomba na imprensa carioca. Dirigentes do Vasco haviam dito ao clube espanhol que, entre ter Roberto de volta e receber as parcelas restantes do valor acertado na venda, preferiam a segunda hipótese. Eurico Miranda não se conformou. Articulou-se internamente para convencer a parcela da diretoria que não via com bons olhos o retorno do atleta. Autorizado pelo presidente do clube, Alberto Pires Ribeiro, Eurico voou Espanha com duas missões: desfazer o negócio do artilheiro com o Flamengo e trazer de volta para casa o ídolo da massa vascaína.
Chegando à Europa, enfrentou o empresário responsável pela intermediação do negócio com o Fla. Ignorando qualquer acerto do jogador, afirmou que, para voltar ao Brasil, o destino de Roberto só poderia ser o Vasco. No papo com o ídolo, as coisas se acertaram mais facilmente. O dirigente levou à Espanha uma camisa do Vasco, entregou-a ao artilheiro e tratou da parte financeira com Jurema. Organizou em seguida toda a logística necessária com vistas ao retorno Dinamite. O Vasco conseguiu, a tempo, a inscrição de Roberto no Campeonato Brasileiro ( na Taça Libertadores não foi possível ).
Veja o vídeo abaixo, onde Dinamite agradece por Eurico tê-lo trazido de volta para o Vasco:
No dia 03 de maio de 2015 o Vasco tornava a erguer o troféu de campeão estadual, fato que não ocorria desde 2003. Com duas vitórias sobre o Botafogo, antigo algoz em finais, o cruzmaltino soltava o grito de alegria engasgado e tomava as ruas do Rio de Janeiro.
“Quem ousará dizer que não foi marcante, inesquecível mesmo para a massacrante maioria dos 66 mil presentes no Maracanã? Porque jogos de futebol, por vezes, podem prescindir de virtudes técnicas para que cumpram um papel. E quantas reflexões, quantas lições nos deixou a tarde de ontem, no Maracanã. A começar pela conquista do Vasco, que foi além de vencer o Botafogo por 2 a 1, foi além de simplesmente ganhar uma taça. Na sua tarde de reencontro como título estadual após 12 anos, a torcida deu a todos a exata dimensão do tamanho do clube, da força de sua gente.”
As notas da equipe campeã:
Os gols do jogo:
Outras vitórias do Vasco em 03 de maio:
São Cristóvão 1 x 6 Vasco (Carioca 1925)
O governo federal perdoou pelo menos R$ 579 milhões em dívidas fiscais para os grandes clubes brasileiros no programa Profut. Esse valor foi obtido em levantamento do blog nos balanços de 14 dos maiores times nacionais. Mas o número é superior a isso já que algumas agremiações não declararam qual foi o desconto obtido ao aderir ao projeto.
Diante dos valores, a renúncia fiscal do governo federal será maior do que o estimado por especialistas. No blog, tributaristas calculavam um desconto total de R$ 800 milhões, e de cerca de R$ 300 milhões para os maiores clubes. Diziam que os débitos cairiam 20% e, em geral, os percentuais foram maiores.
Apesar do perdão de multas e encargos, os débitos fiscais das agremiações caíram bem menos do que o valor do perdão. As dívidas desses 14 times somam R$ 2,109 bilhões, cerca de R$ 50 milhões a menos do que no ano passado. Isso se deve aos juros aplicados aos débitos, mas há indicativo de que vários times deixaram de pagar impostos já à espera do Profut.
Foram analisados os balanços de Botafogo, Vasco, Flamengo, Fluminense, São Paulo, Santos, Palmeiras, Corinthians, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Internacional, Coritiba e Bahia – o único que não aderiu ao programa foi o time alviverde paulista. Outros times do mesmo tamanho não foram incluídos porque têm dívidas fiscais menores, ou não entraram no Profut.
Pelas condições do programa, houve redução de 70% das multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais. Mais do que isso, as parcelas a serem pagas pelos clubes caíram consideravelmente. Nenhum dos times terá de bancar sequer R$ 1 milhão por mês, apesar das altas dívidas. Em troca, terão de seguir normas de austeridade que, até agora, poucos cumprem.
O maior desconto foi dado para o Botafogo em um total de R$ 146 milhões. Foi seguido pelo Vasco com R$ 113,5 milhões, e pelo Flamengo com R$ 91 milhões. Todos esses valores proporcionaram superávits aos clubes. O Atlético-MG teve um perdão de R$ 26 milhões, mas já tinha obtido um desconto anterior de R$ 76 milhões em outro programa. São desses quatro as maiores dívidas fiscais.
Outras agremiações tiveram aumentos de débitos com o governo apesar da adesão ao Profut. Foi o caso do Corinthians cuja dívida saltou para R$ 182 milhões, um crescimento de quase R$ 39 milhões. O clube não informou o desconto obtido junto ao governo.
E dois times que costumavam pagar seus impostos também tiveram saltos no valor devido. O São Paulo, cuja diretoria admitiu ter deixado de pagar tributos em 2015, teve aumento para R$ 82,4 milhões, R$ 21 milhões a mais do que em 2014. O mesmo ocorreu com o Cruzeiro cujo rombo fiscal chegou a R$ 166,5 milhões, R$ 40 milhões a mais do que no ano anterior. Nenhum deles declarou qual o pedrão obtido do governo.
A partir de agora, se algum clube deixar de pagar impostos ou a parcela do Profut, está sujeito a ser excluído do programa e a punições da CBF quando o licenciamento para times entrar em vigor. Poderia até ser rebaixado ou impedido de jogar o campeonato. Isso, claro, se a confederação levar a sério mesmo a norma que está em estudo na entidade.
Veja a lista dos descontos e a dívida tributária (não é o débito total):
Botafogo – R$ 146 milhões – desconto / R$ 266 milhões – dívida fiscal
Vasco – R$ 113,5 milhões – desconto / R$ 191 milhões – dívida fiscal
Flamengo – R$ 91 milhões – desconto / R$ 265 milhões – dívida fiscal
Fluminense – R$ 59 milhões – desconto/ R$ 163 milhões – dívida fiscal
Internacional – R$ 47 milhões – desconto / R$ 85 milhões – dívida fiscal
Grêmio – R$ 40,5 milhões – desconto / R$ 82 milhões – dívida fiscal
Bahia – R$ 34 milhões – desconto / R$ 87 milhões – dívida fiscal
Atlético-MG * – R$ 27 milhões – desconto / R$ 258 milhões – dívida fiscal
Coritiba – R$ 21 milhões – desconto / R$ 88 milhões – dívida fiscal
Corinthians – Não informou desconto / R$ 182 milhões – dívida fiscal
Cruzeiro – Não informou desconto / R$ 166 milhões – dívida fiscal
Santos – Não informou desconto / R$ 128 milhões – dívida fiscal
São Paulo – Não informou desconto / R$ 82 milhões – dívida fiscal
Palmeiras – Não aderiu ao Profut / R$ 68 milhões – dívida fiscal
* O Atlético-MG tinha obtido um desconto anterior de R$ 76 milhões por adesão a programa fiscal anterior.
Fonte: Blog do Rodrigo Mattos – UOL
Comentário do Casaca:
O Vasco foi o primeiro a requerer a adesão ao PROFUT. A partir de seu requerimento a Receita regulou o protocolo e sua forma, que até então inexistia, gerando, inclusive, o código de recolhimento da parcela também norteado no nosso Clube. Com a regulamentação normativa da legislação no âmbito da Receita Federal, não demorou para que a Receita tivesse que reconhecer o preenchimento dos requisitos para deferimento da adesão, tornando o Vasco o primeiro clube a ter sua adesão reconhecida por força da emissão da Certidão Positiva com efeito negativa.
No dia 2 de maio de 1993, pela Taça Rio, o Vasco conseguia uma vitória de virada sobre o Itaperuna fora de casa, com 3 gols da jovem promessa da base Jardel. Com este resultado o Vasco voltava a liderança do turno, que viria a conquistar, garantindo uma vaga na grande final. Era o caminho do bi-campeonato estadual sendo pavimentando.
“Foi a vitória mais significativa do Vasco este ano. O time virou um jogo difícil, no campo ruim do adversário, manteve-se sem perder ponto na Taça Rio e mostrou duas novidades: a garra que estava devendo desde o início do Campeonato Estadual e Jardel. A garra superou o gramado e Jardel superou tudo e todos, marcando três gols e definindo o placar de 4 a 2 em seu primeiro jogo inteiro como profissional. No início, o Vasco caminhava para repetir as atuações burocráticas das últimas partidas. Sofreu um gol aos 37 minutos, num chute de fora da área de Cadinhos. Respondeu um minuto depois, com Bismarck, de cabeça. Mas, aos 42, o ponta Tilico cruzou da direita, Carlos Germano e Jorge Luís ficaram olhando e Carlinhos fez o segundo. O mundo desabou sobre o time. Tudo se transformou no segundo tempo. O Vasco voltou com uma garra incomum (como seria bom para os vascamos se fosse sempre assim!) e Hernande no lugar de Leandro, gripado. Mais veloz, o time pressionou. Fez o jogo aéreo que Joel Santa-na pedira e que não funcionara no primeiro tempo. Depois de algumas chances perdidas, Pimentel cruzou da direita, Pacato falhou e Jardel começou a mostrar sua inspiração: entrou com bola e tudo, num gol estranho, que nem ele sabe dizer se fez de joelho, coxa ou peito: — Só vi a bola, e ela tinha que entrar de qualquer maneira.
O Vasco continuou mandando. No jogo, com garra, e na área, com Jardel. Aos 36 minutos, depois de um escanteio cobrado por França, a bola subiu. Subiu muito para os outros, mas não para o novo centroavante do Vasco. Ele saiu do chão mais do que todos e virou o jogo. O novato contagiou o time, que aumentou a velocidade e trucidou o adversário. Aos 41 minutos, Hernande cruzou e Jardel coroou a atuação com um toque genial. De cabeça, é claro. A vitória revigorou o Vasco. O time saiu de campo com sorrisos de um orgulho escondido há muito tempo atrás de exibições pouco convincentes. Orgulho capaz de fazer voltar a São Januário a palavra título. Orgulho de vencedor. Orgulho que Joel Santana definiu, emocionado: — Nós finalmente fomos brilhantes…”
A estatura e o faro de gols de Jardel já chamavam a atenção do torcedor vascaíno e da mídia esportiva à época:
As notas da equipe vascaína:
A ficha do jogo:
Os gols do jogo:
Outras vitórias do Vasco em 2 de maio:
Vasco 1 x 0 Internacional de Bebedouro-SP (Amistoso 1929) Vasco 3 x 2 Atlético-PR (Brasileiro 1991)
Peñarol 1 x 3 Vasco (Libertadores 2001)
Vasco 2 x 1 Lanús (Libertadores 2012)