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Vasco empata com Internacional em São Januário pelo Brasileirão

Em São Januário, Vasco domina o jogo, mas fica no empate com o Internacional
Gigante da Colina comandou as ações da partida, mas não conseguiu marcar na maioria das chances claras de gol

Pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro em São Januário, o Vasco empatou com o Internacional em 1 a 1. Com o resultado, o Gigante da Colina chega ao terceiro ponto na tabela, ocupando a 13º posição. O gol vascaíno foi marcado pelo volante Lucas, que entrou no segundo tempo. O próximo confronto da equipe será contra o Atlético-MG, dia 31, às 16h, no Estádio Independência, em Minas Gerais.

O JOGO

As equipes entraram em campo com duas propostas de jogo diferentes. O Vasco, time da casa, apostou na posse de bola e teve grandes chances de marcar. Já o Internacional focou nas jogadas de contra-ataque em São Januário.

Com mais domínio, o Gigante da Colina foi mais ousado. As tentativas foram aparecendo e foi por pouco que o Cruzmaltino não abriu o placar. Aos 8 minutos, Marcinho recebeu grande bola de Dagoberto. O meia chutou forte por cima do gol de Muriel. Na sequência, Gilberto começou a incomodar o Internacional. Em grande lance pela esquerda, o atacante encontrou bem Serginho, que cruzou para Madson chutar com perigo para a defesa do goleiro colorado.

O ritmo ofensivo foi aumentando e incomodando cada vez mais. O time do Sul se viu obrigado a tentar sair mais para o jogo. Só que a grande chance vascaína na partida no primeiro tempo saiu após um ataque do Internacional. Aos 28, Julio dos Santos encontra Madson livre na frente. O lateral fica cara a cara com Muriel, mas chuta mal à direita do goleiro.

A pressão foi aumentando, mas o gol não veio. Em dois lances seguidos, o Vasco incomodou, mas não abriu o placar. Aos 37, foi a vez de Gilberto limpar bem a jogada dentro da área e chutar com perigo para o gol. Na sequência, Julio dos Santos desperdiçou a chance de marcar em um chute dentro da área.

E o Internacional que teve poucas chances no primeiro tempo foi coroado no final. Aos 46, Nilton cruza para dentro da área vascaína, e Nilmar, bem posicionado, só escora para abrir o placar. Vasco 0x1 Internacional.

Vasco mantém domínio do jogo e consegue o empate

O segundo tempo foi todo vascaíno. Como era de se esperar, o Internacional se fechou mais ainda na partida, e o Vasco se viu obrigado a mudar o panorama com gols. Mesmo assim, as chances vascaínas não foram tão claras. O técnico Doriva realizou mudanças importantes na equipe para dar mais velocidade e mobilidade. O resultado foi positivo.

Com a expulsão de Alan Ruschel aos 22 minutos, a pressão vascaína aumentou. Seis minutos depois, Muriel defendeu bem um chute de Christianno, que também incomodou durante o confronto.

Yago conseguiu envolver a defesa do Colorado em lances variados. As jogadas pelas laterais foram o ponte forte dos vascaínos durante toda a partida, principalmente no segundo tempo.

A pressão vascaína continuou até que o gol aconteceu. Aos 35, Madson cobra escanteio para área, e Lucas cabeceia para o gol, e Muriel afasta mal. Na sobra, o volante aparece bem e deixa tudo igual. Vasco 1×1 Internacional.

Com o empate, o Gigante da Colina colocou pressão para cima do adversário, mas não conseguiu reverter em gols, o que decretou o placar igual em São Januário.

FICHA TÉCNICA – VASCO DA GAMA 1X1 INTERNACIONAL
Local: São Januário, Rio de Janeiro
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva – PA
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse – SP e Nailton Junior de Sousa Oliveira – CE
Renda: R$165.750,00
Público: Pgante: 4.520 / Presente: 5143
Cartões amarelos: Guiñazu, Serginho, Dagoberto, Yago, Rodrigo e Gilberto (Vasco) / Alan Ruschel, Nilmar e Taiberson (Internacional)
Cartão vermelho: Alan Ruschel (Internacional)
Gols: Nilmar (45’/1ºT – Internacional) / Lucas (35’/2ºT)
VASCO: Martín Silva; Madson, Luan, Rodrigo e Christiano; Guiñazu, Serginho (Lucas) e Julio dos Santos; Dagoberto (Thalles) e Marcinho (Yago); Gilberto. Técnico: Doriva
Internacional: Muriel, Lucas Marques (Eduardo), Paulão, Réver e Geferson (Taiberson); Nicolás Freitas, Nilton e Anderson; Alan Ruschel e Alex; Nilmar (Vitinho). Técnico: Diego Aguirre

Texto: Matheus Alves

Fonte: Site Oficial do Vasco

Teto de Vidro Fino

Um grupo que participou das eleições do Vasco, chegou em terceiro e, por isso, não tem assento no Conselho Deliberativo, criticou a decisão tomada por este Conselho na última terça-feira.

Sem entrar no mérito da crítica, que é descabida porque (como é registrado na própria nota) não se atém ao seio da discussão (“Independentemente do juízo de valor que cada um faça sobre o mérito da questão que deu margem a atual situação…”), ela é estampada por um grupo liderado por ninguém mais, ninguém menos, que Roberto Monteiro.

No Vasco, este senhor foi articulador político da eleição e da reeleição de Dinamite, vice-presidente do Conselho Deliberativo que permitiu diversos prejuízos ao Vasco, como o retorno da dívida com o Romário à estaca zero, pregava o voto político nas reuniões que conduzia e nas últimas eleições bateu chapa com Mandarino e Fernandão, o primeiro um dos principais responsáveis pela catástrofe administrativa que se abateu sobre o clube e o segundo aquele que tentou tomar do Vasco na Justiça cerca de 7 milhões de reais por ser fiscal de um contrato celebrado com a Eletrobras.

Com este currículo, que contém diversas outras excentricidades, o senhor Roberto Monteiro não tem o direito de apontar o dedo para quem quer que seja, muito menos para o Conselho Deliberativo do qual não faz parte.

CASACA!

Confira a entrevista coletiva dada por Eurico Miranda ontem em São Januário

Em entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira (22/05) em São Januário, o presidente Eurico Miranda falou sobre a permanência do técnico Doriva no comando da equipe do Vasco da Gama. Perguntado sobre o convite do Grêmio ao treinador do Vasco, o mandatário elogiou a postura do profissional e repudiou a atitude do presidente do time gaúcho Romildo Bolzan Junior.

“O motivo de eu estar aqui é para falar sobre um fato lamentável, que mostra muito bem como está o futebol brasileiro. Eu estava habituado a lidar no Grêmio com pessoas como Hélio Dourado, Fabio Koff, Paulo Odone, Rafael Bandeira, Flavio Obino, entre outros. Hoje fui surpreendido com a informação de que o atual presidente do Grêmio, numa atitude absolutamente desrespeitosa com a instituição Vasco e comigo, ligou diretamente para o técnico e formalizou uma proposta ao Doriva. Isso no meio de uma competição. Foi uma proposta de contrato de dois anos garantidos para receber 300 mil reais por mês. Reafirmo, que o presidente do Grêmio foi desrespeitoso com a instituição e em particular comigo. Fiquei só no aguardo dos acontecimentos e devo dizer que tive satisfação pessoal, porque vi que ainda existem pessoas no futebol que dão mais valor aos compromissos e a palavra do que o dinheiro”

Confira abaixo os principais temas da entrevista

Contato do Grêmio

“O Doriva me procurou para dizer que tinha recebido uma proposta muito boa, mas que não aceitou, pois está muito feliz aqui. Fiquei satisfeito. Não foi pelo fato dele continuar ou não. Foi pelo fato dele saber e ter sentido primeiro com quem ele está lidando. Meu problema não é o contrato. Meu problema é o compromisso que se assume. E eu assumi o compromisso quando o trouxe, talvez contra a vontade de muitos. Eu acredito no trabalho dele”

Pressão

“Eu disse ao Doriva que aqui no Vasco, comigo na presidência, não tem pressão. O único que pode fazer pressão sou eu, como presidente. Aqueles que trabalham comigo sabem perfeitamente que não existe isso. Talvez tenha sido isso que o levou a tomar essa posição. Ele foi muito bem recebido e é bem tratado no Vasco. Ele sabe que muito mais que o dinheiro vale a honra e os compromissos assumidos”

Repúdio ao presidente do Grêmio

“Quero lançar aqui o meu repúdio a atitude tomada pelo presidente do Grêmio, que não está à altura daqueles que o antecederam. Ele poderia tranquilamente usar o telefone e me procurar e não o profissional no meio de uma competição, fazendo essa proposta milionária, mas que não foi levada em consideração pelo treinador. Algumas coisas aconteceram aqui, inclusive na administração passada. É facil fazer proposta milionária, o difícil é cumprir depois. Compromisso é compromisso, honra é honra. Eu sei que isso está acabando. Atitude de homem ou de mulher não se refere ao sexo, se refere ao que um homem e uma mulher representam. Infelizmente isso está acabando. E esse cidadão, que hoje é presidente do Grêmio, não teve atitude de homem”

Mercado e contrato de Doriva

“O contrato que firmei com o Doriva não tem multa. Ele assumiu o compromisso comigo. O problema não está no mercado. Essa história de mercado é daqueles que acham que não tem que honrar compromissos”

Ligação direta

“Em nenhum momento eu fui procurado. Eu acho que o mínimo que eu merecia era um telefonema. A minha resposta seria que o momento não é esse. Poderiam ter procurado antes. Por quê não foram procurar o Doriva lá trás? Procuraram outros e não encontraram, ai chamaram o Felipão que não resolveu os problemas deles”

Caso do Doriva e Botafogo-SP

“As pessoas precisam ter informação e não distorcer os fatos. Quando contratamos o Doriva, ele tinha assinado contrato com o Botafogo-SP, mas nem tinha sido apresentado ao elenco do clube. Não é nada comparado a buscar um treinador no meio de uma competição. Há uma diferença muito grande, mesmo assim ele veio para o Vasco, que pagou a multa contratual, sem que ele tenha trabalhado um dia no clube paulista. Não foi proposta milionária, mas um projeto que ele acreditou. Não gosto de dizer quanto um profissional meu ganha, mas todo mundo sabe por volta de quanto ele recebe, que é muito diferente ao que foi oferecido pelo Grêmio”

Presidente do Grêmio

“Eu não sei o que ele está fazendo lá no Grêmio e a partir de hoje pouco me interessa. Eu digo com a maior tranquilidade porque eu convivi com outros presidentes. Não estou falando de graça, essas pessoas que citei quando foram presidentes do Grêmio são homens que dialoguei e reafirmo: nenhum deles tomaria uma atitude como essa”

Tempo de permanência de Doriva

“Quando eu apresentei o Doriva, eu disse que ele estava sendo contratado para ser o treinador do Vasco no mínimo até o final do ano. Ele não estava sendo contratado para teste ou só para o Campeonato Carioca. Dependendo, principalmente dele, pode ficar aqui mais dois ou 3 anos. O contrato não mudou em nada, muito pelo contrário, continua rigorosamente o mesmo”

Empresários

“Ele pode ter sido oferecido por empresários, isso é outro defeito do futebol brasileiro. Doriva me merece muito crédito e ele me disse que o presidente do Grêmio ligou para ele, oferecido ou não pelos empresários ou por extraterrestres. Só do fato de ter essa ligação, sem ter a delicadeza ou obrigação de me dar um simples telefonema, não muda em nada a posição que tenho a respeito deste caso”

Fonte: Site Oficial do Club de Regatas Vasco da Gama- Exceto o título

Nota de repúdio do Vasco pelo aliciamento do Grêmio a Doriva

Nota Oficial

O Club de Regatas Vasco da Gama repudia a forma desrespeitosa para com a Instituição e seu Presidente da atuação do Presidente do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, Romildo Bolzan Junior, na proposta de rompimento do contrato do treinador Doriva. A relação institucional entre os dois clubes sempre foi pautada pelo respeito e pela palavra honrada. A minha relação em especial com o Grêmio passou por nomes como Hélio Dourado, Fabio Koff, Paulo Odone, Rafael Bandeira, Flávio Obino entre outros. Apesar de muitos alegarem que os tempos são outros, o Club de Regatas Vasco da Gama continuará pautado pelo respeito na relação com os demais clubes.

Eurico Miranda
Presidente do Club de Regatas Vasco da Gama

Incisividade

Nada mais sólido para o futuro de uma instituição que atitudes fortes e coerentes de quem a gere.

Não foi a primeira nem a centésima vez que vi Eurico Miranda enfrentar o problema e se impor diante dele.

Muitos falam do estilo. Grosseiro? Por que não dizer reto, sem curvas?

O que cabia dizer diante da forma como soou a fala do atleta Dagoberto no último domingo? Dá para ser afável e declarar que respeitamos todas as opiniões, pois somos democratas e estamos buscando no dia a dia uma forma para que mais do que nunca consigamos desenvolver o respeito, que voltou, com responsabilidade, que é de cada um, pois no Vasco todos têm espaço para se manifestar e dizer aquilo que pensam, pois pensar é um dom, um direito, e a palavra do presidente é de apoio às manifestações antes de tudo e que acreditamos no time, mas principalmente nas pessoas, que são seres humanos e merecem todo o nosso respeito, ainda mais agora que este voltou?

É confortável comandar? Depende do comprometimento de quem manda, da disposição, da coragem.

Muito mais fácil seria não se envolver com o problema, passar ao largo e ver que bicho vai dar lá na frente. Mas e as consequências?

Eurico Miranda sabe perfeitamente que não será a imprensa voluntariamente quem irá incensar o Campeão Carioca de 2015, apesar de ter vencido quatro clássicos oficias em sete no ano (perdido apenas um), mesmo estando há dez jogos invicto, classificado para a terceira fase da Copa do Brasil, sem levar gols no Brasileiro até aqui, tendo sofrido apenas três gols em partidas nas quais a zaga titular atuou junta, com seu técnico hiper valorizado, em vantagem por manter o elenco vitorioso em dia quanto aos salários, possuindo um estádio próprio para mandar seus jogos, sem ter perdido qualquer atleta campeão, já tendo trazido quatro novos reforços e podendo em breve contar com outros que hão de vir, caso se adequem à realidade financeira do clube.

No último fim de semana evidenciou-se que o mico dos cariocas no Campeonato Brasileiro, ao final da segunda rodada, era vermelho e preto. Perdeu o vice eterno para o misto do São Paulo na estreia e empatou com o Campeão Brasileiro de 1987, sem fair-play e ainda contando com um atleta de linha no gol adversário para… empatar! Soa ridículo. E é.

O Vasco fez um ótimo primeiro tempo em Santa Catarina e perdeu várias chances de gol, o arqueiro do Figueirense foi considerado o melhor da posição na rodada e o segundo tempo cruzmaltino deixou a desejar, principalmente em função da má performance dos atletas que substituíram os titulares. O time da casa, ainda invicto em seus domínios durante o ano, foi para cima e faltou ao Vasco o contra-ataque, faltou velocidade, faltou impetuosidade. E o placar terminou em branco.

“Ah! Mas temos problemas!”. Óbvio que temos. Poucos clubes no Brasil vivem uma realidade diferente e alguns deles compensam isso atrasando salários, descumprindo acordos e jogando os problemas para debaixo do tapete. Diferentemente do Vasco.

Não tenham dúvidas ser de conhecimento da imprensa em geral que o Vasco com duas peças no time titular e mais outras duas de reposição em posições carentes pode perfeitamente brigar de igual para igual com todos, mas torce para que a massa desande logo com uma derrota (quem sabe hoje ainda) para queimar o elenco com a ajuda dos anti-Vasco, fantasiados com nossa camisa apenas para falar mal de tudo e torcer contra o clube, justificada tal atitude por ódio, despeito ou inveja de seu totem, Eurico Miranda.

A fala do presidente vascaíno foi não só precisa como no momento certo e no tom adequado, mas se vão interpretá-la maldosamente, como já fizeram antes, faz parte de um circo armado pela mídia de picadeiro.

O leitor faria ou falaria diferente no lugar de Eurico? Talvez. Mas qual impacto causaria?

Certa vez no programa Casaca! no Rádio, ainda em 2008, quando o Vasco corria o risco de cair e Eurico soubera que Roberto Dinamite punha a permanência do clube e o futuro dele nas mãos do destino, disse, ao comentar a pérola: “Quem faz meu destino sou eu”.

Os que entenderem a frase e o alcance dela quando o assunto é Vasco, poderão perceber até onde Eurico vai, em nome do clube. Agora, convenhamos, pouco importa se o discurso é bonito. Precisa mesmo é ser eficaz. E foi. A permanência de Doriva no clube, após aliciamento do Grêmio, apenas comprovou isso.

Sérgio Frias

Pior emenda

Em matéria veiculada pelo site Globoesporte.com (Blog Dinheiro em Jogo) há uma tentativa de justificar a dinheirama derramada a favor de Flamengo e Corínthians, em detrimento dos demais clubes do Brasil, desde 2011.

Como é dito no próprio texto, o atual presidente do Flamengo, Eduardo de Mello e suas defesas do protecionismo indecente e descarado a Flamengo e Corínthians por parte da Rede Globo, deram o mote para a matéria que ao invés de favorecer os queridinhos da mídia, pelo contrário os expuseram.

O presidente rubro-negro já havia dado bandeira ao declarar ser favorável à disputa pelo Flamengo da quarta divisão do Campeonato Paulista (pela lei do esporte), junto ao Barcelona (Capela), Internacional (de Bebedouro), Palmeirinha (de Porto Ferreira), Atlético (de Assis), Grêmio (de Presidente Prudente) e à Portuguesa paulista (a outra, de Santos), porém não imaginava que encontraria numa tentativa de defesa a seu clube por terceiros, mais clarividência do escárnio que é a situação dos queridinhos da mídia carioca e paulista.

O amparo referente à indecente divisão de cotas no futebol brasileiro percorreu o caminho da comparação.

Sabe-se que o modelo inglês é o mais justo dentre todos, e nele contam-se três fatores para o pagamento aos clubes: igualitário (50% do valor total); resultado esportivo (25% do valor total) e número de partidas transmitidas (25% do valor total). Diante disso tem-se uma diferença de um ponto percentual entre os clubes que ganham mais (Manchester United e City) e o quarto colocado, Chelsea.

Ocorre que as maiores torcidas da Inglaterra, pela ordem, são: Manchester United , Liverpool e Arsenal. Como os resultados esportivos contam mais e a presença na TV também depende deles, a distância entre o primeiro e segundo colocados em tamanho de torcida chega a 2% quanto ao valor a ser recebido. Enquanto o Manchester United recebe mais (junto ao xará City e o Chelsea), o Liverpool é o quinto no critério e o Arsenal o quarto. O Chelsea é a quarta torcida da Inglaterra e o Manchester City a oitava.

A defesa do processo de “espanholização” do futebol brasileiro não poderia ter como parâmetro a Inglaterra e o ocorrido na Espanha ruboriza, então que tal dar uma ajudinha ao Flamengo, maior beneficiado com o reajuste global há quatro anos, mas muito mais próximo ao rebaixamento neste período que do título brasileiro (SALVE LUSA!)?

A ideia, então, foi utilizar exemplos de divisões nas cotas de TV do futebol italiano e francês (agora vai!).Como nos referidos futebóis o caminho de “espanholização” tem lá seus percalços, vamos aos fatos:

Na Itália, embora a Internazionale, segundo clube mais popular do país, tenha quase o dobro de torcida que o quarto colocado, Napoli (17,4 a 9,2%), o adversário sulino recebe cinco pontos percentuais a mais nas cotas (16 a 11).

Já na França a coisa piora um pouquinho mais para a torcida Fla/Fiel (Dinamite neles!). O Olympique de Marseille é a maior torcida do país com 16 pontos percentuais, seguido do Lyon, com 15, mas quem recebe mais da TV é o PSG (terceiro no critério “popularidade” com 5), que abocanha 14% do total contra 13 e 9% dos outros dois, pela ordem.

O ponto abrangido no texto, que arrefeceria o absurdo favorecimento a Flamengo e Corínthians, é a discrepância entre os maiores recebedores das cotas e o grupo a seguir, pois a diferença percentual de Flamengo e Corínthians chegaria a “apenas” três pontos percentuais de outros clubes logo atrás de ambos, enquanto na Itália e França a distância seja maior.

Há dois fatores que precisam ser salientados, mas parecem obscurecidos. A nova divisão de cotas por vontade global tem apenas quatro anos de existência e da forma como os contratos foram assinados só tende a aumentar a diferença entre os clubes a partir do ano que vem, até 2018.

Por outro lado, o Flamengo, por exemplo, não possui mérito esportivo algum para se manter no lugar onde está. Não ficou entre os dois melhores do Brasil desde a mudança de critérios em 2011 até hoje, enquanto o Corínthians apenas em 2011 fez jus ao recebimento de valores maiores (para o ano subsequente), levando-se em consideração a meritocracia.

Conclui-se de tudo isso que quanto mais se tenta defender algo injusto e aviltante como plausível, mais se aproxima uma reação dos aviltados, afinal a miopia tem limite e no Vasco ela é passado.

Casaca!

Pesquisa:

http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/dinheiro-em-jogo/1.html – Percentual das cotas de TV 2013/2014 ou 2014 (Brasil)
http://sinopsedofutebol.blogspot.com.br – tamanho das torcidas – dados de 2013

No fio do bigode

Desrespeitosa. Foi assim que o presidente Eurico Miranda tratou a iniciativa do presidente do Grêmio Romildo Bolzan em fazer uma proposta ao técnico Doriva para treinar o time gaúcho, que está sem comandante desde a saída de Felipão, na última terça-feira. O mandatário cruz-maltino revelou ainda o valor proposto ao treinador: R$ 300 mil por mês por um contrato de dois anos, números não aceitos por Doriva, que afirmou estar feliz no Vasco e quer seguir no Rio de Janeiro.

– O motivo de eu estar aqui é sobre um fato lamentável, que mostra muito bem como é que está o futebol brasileiro. Eu estava habituado a lidar com pessoas, especificamente no Grêmio, desde o tempo do Hélio Dourado, Fábio Koff, Paulo Odone e outros. Fui surpreendido hoje tomando conhecimento de que o presidente do Grêmio, de uma forma absolutamente desrespeitosa à instituição, e principalmente a mim, como presidente do Vasco, com ligações fortes que sempre tive com o Grêmio. Esse senhor ligou diretamente para o técnico do Vasco, no meio de uma competição, para formalizar uma proposta para contrato de dois anos ganhando R$ 300 mil por mês. Quando eu disse de “forma desrespeitosa” e reafirmo, não invalida o fato de isso passar a ser comum no futebol brasileiro. Mas aqui a maioria das pessoas não cumprem seus compromissos e suas palavras – disse.

De acordo com Eurico, Doriva o procurou no começo da tarde desta sexta-feira para informá-lo da proposta recebia. “Muito boa”, em suas palavras. Porém, recusou-a por estar feliz no Rio de Janeiro.

– Não fiquei preocupado com as consequências quando tomei conhecimento do fato. Só fiquei no aguardo dos acontecimentos. Devo dizer que tive uma satisfação pessoal por ainda ter pessoas no meio que dão mais valor aos compromissos à palavra do que ao dinheiro. Fui procurado pelo Doriva às 13h, não para fazer nenhuma ponderação comigo. Foi só para dizer que tinha recebido a proposta, muito boa, mas que ele não estava aceitando e que está muito feliz aqui. Não fiquei satisfeito pelo fato de ele continuar, mas, sim, dele saber e ter sentido primeiro com quem ele está lidando. Meu problema com treinador não é o contrato, mas o compromisso que se assume – completou.

Fonte: GloboEsporte.com
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Comentário do Casaca!

Diante dos fatos só temos a parabenizar o treinador Doriva pela atitude. Seu futuro no Vasco, alicerçado pelo trabalho realizado até aqui, pode torná-lo um treinador inesquecível para o torcedor cruzmaltino, pois se já fez história com a conquista do título carioca deste ano, demonstra querer sedimentá-la no clube, com atitudes dignas como a que tomou neste episódio.

Equipe Casaca!

Eurico ironizou Fluminense e Urubu em reunião na FFERJ

O clima na sessão sobre questionamentos ao balanço da Ferj foi relativamente tranquilo. Ironias, como a presença do presidente do Piscinão de Ramos, clube amador da capital, ao lado de Rubens Lopes na mesa da Assembleia Geral Extraordinária, deram o tom da reunião e do documento divulgado pela entidade com respostas ao Flamengo. Mas o ponto alto foi a chegada de Eurico Miranda, do Vasco, uma hora e meia depois do horário marcado para a sessão. Pegou o microfone, e disparou contra a possibilidade de criação de liga, estudada por Flamengo e Fluminense.

De acordo com relato de presentes, o mandatário cruz-maltino afirmou que quem tivesse coragem poderia se desfiliar da Ferj, mas teria de jogar “em Marte”. Também lembrou a consulta que teria sido feita pela dupla à FPF, dizendo que os dois clubes teriam de disputar a “quarta divisão” do Campeonato Paulista se desejassem de fato mudar de federação. Representante do Flamengo, o diretor financeiro Paulo Dutra deixou a Ferj sem dar entrevistas. Mas, na sessão, também teve a palavra e pediu transparência da entidade.

Nelson Mufarrej, do Botafogo, saiu dizendo que, pelo clube, estava tudo bem e os questionamentos foram respondidos. Mas ele evitou as perguntas sobre as ironias na sessão dizendo que “é problema deles (Flamengo e Ferj)”.

– Foi tranquila, muito tranquila, muito boa, o presidente respondeu as perguntas, distribuindo para todos os membros por escrito, e comentou cada um dos itens. Acho que ficou bem claro para o Flamengo, acho eu, só estava com um representante aqui, o presidente não compareceu. Acho que está tudo bem – disse o dirigente alvinegro.

Questionado sobre a não divulgação dos beneficiados com empréstimos e adiantamentos, justificou que se trata de um dado privado e diz que é somente uma questão de verificar os balanços dos clubes.

– O problema todo é o seguinte, o clube tem o seu empréstimo e não autoriza ser divulgado. No balanço tem de constar. Você vai ver dentro do seu balanço. Aquilo ali é do clube, que é obrigado a divulgar nos seus balanços. É só olhar os balanços.

A respeito do discurso do presidente do Vasco, o cartola alvinegro brincou:

– O Eurico sempre vem com essas boas falas…

Fonte: Blog Bastidores FC – GloboEsporte.com
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Comentário do Casaca!

Os bons tempos de resposta à altura das fanfarronices rubro-negras voltou. Ponto.

Casaca!

O Vasco é um dos últimos lugares do mundo onde há regulamento

Parte de meus colegas da mídia cai numa armadilha ao seguir a boiada e descer a lenha em Eurico Miranda, presidente do Vasco – uma atitude que fazem com enorme prazer, o que muitas vezes dificulta sua reflexão. O linchamento da vez é porque Eurico disse em entrevista coletiva que o Vasco entra no Brasileiro para ganhar e que os funcionários do Vasco devem seguir a orientação da instituição, ou se não quiserem, não trabalharão mais no clube. Isso em função de uma declaração claramente irônica e provocativa do reincidente (não no Vasco) Dagoberto, que disse que o empate contra o Figueirense não era ruim “porque o Vasco não está na briga pelo título”.

Eurico, talvez, erre na forma. Seu tom é agressivo, desafiador, e não provoca boa vontade nos interlocutores. Ao dizer que os funcionários do Vasco têm de pensar como o presidente, erra na mão e dá munição a seus críticos. Minha leitura do que ele diz, conhecendo-o há 26 anos, e cobrindo diariamente o Vasco por vários deles, é a mesma que pregam, com palavras mais doces, os manuais dos líderes empresariais.

Imaginemos uma emissora de TV, o meu metier atual. Admitamos que um programa ou um jornal dê uma informação errada, ou cometa um erro crasso de português. Aí, na volta do VT, o locutor ou apresentador diga o seguinte: “Tudo bem, não há problema em termos cometido esse erro porque nossa emissora não está mesmo brigando pela liderança na audiência.” O que seria feito com esse apresentador? Não sei, porque é uma situação hipotética, mas se eu tivesse algum poder de decisão, ele seria demitido.

Não há qualquer problema em que um líder queira que seus comandados trabalhem de acordo com a diretriz da chefia. Vivemos uma democracia e quem não está satisfeito, ou acha que pode se recolocar no mercado, é só pegar o caminho da rua. Dagoberto pode, e ninguém o impede, de pensar o que quiser. Ele não é minimamente obrigado a resolver os problemas graves do time do Vasco. Mas se quisesse efetivamente colaborar com o clube, deveria dizer o seguinte:

“O Vasco empatar com o Figueirense é ruim em qualquer circunstância. O Vasco entra em qualquer competição para ser campeão. Precisamos, na minha opinião, reforçar algumas posições para termos mais chances, mas com o grupo que temos vamos lutar para ir o mais alto possível.” E isso não deveria ser dito pró-forma. Dagoberto deveria acreditar nisso e agir em cima dessa premissa.

Ao dizer que o Vasco não luta pelo título, e admitindo que ele tenha escolhido a pior maneira de tentar melhorar as coisas – e não que esteja a fim de tumultuar o ambiente -, Dagoberto desvalorizou seus colegas, criou um constrangimento no grupo, provocou a fúria de Eurico, e terá prejudicado ainda mais o Vasco se essa fúria o afastar do grupo – que sem dúvida não pode prescindir de um talento em campo como o de Dagoberto.

As críticas e ironias ao que disse Eurico, infelizmente, não se dão apenas porque é fácil bater nele – muitas vezes com justiça, a despeito de sempre ter sido tratado com respeito no Vasco, tenho inúmeras diferenças filosóficas com o presidente do clube. A questão é que não está cabendo mais no mundo de hoje nada que se pareça com cumprir a lei, manter a hierarquia, respeitar as pessoas e as instituições, seguir qualquer regra que tenha sido criada há mais de três dias. Há escolas com orientação “Santa Teresa” que estão abolindo as paredes, as divisões entre salas, dizendo aos jovens alunos que a vida não tem limites, que pode tudo, que vale tudo.

E aí de quem tentar mostrar que o fim dos limites significa, na prática, o fim da picada. O mundo atual é regido, como anteviu George Orwell, por um Big Brother, mas não um BB simbolizado por um grupo de pessoas que comanda ditatorialmente a massa – ou não o BBB do Pedro Bial. O Big Brother de hoje somos todos nós, que nos vigiamos e somos vigiados, ou melhor, patrulhados, durante 24 horas por dia, e que não temos mais a prerrogativa de querer organizar o caos. Nem piada mais podemos fazer, a internet deletou o bom-humor, substituído pelo termo politicamente incorreto.

Certa vez, para tentar atingir o Flamengo insinuando que o rival era uma bagunça, Eurico, quase sempre escolhendo mal as palavras, disse: “No Vasco tem regulamento. Aliás, até suruba tem regulamento, porque aqui não teria?” A frase, hoje, está claramente caduca no que tenge ao termo sexual chulo. A impressão que me dá, que se aguça ao ler o noticiário sobre o ciclista morto a facadas na Lagoa, é que hoje o Vasco é um dos últimos lugares do mundo onde ainda há regulamento.

Fonte: Blog Entre as Canetas