O “Extra” sutilmente usou sua mídia para fazer uma matéria que tenta calar a reclamação dos vascaínos quanto aos sistemáticos prejuízos sofridos pela arbitragem desde os jogos do início do segundo turno deste Campeonato Brasileiro.
Falou a matéria que o Vasco teve quatro pênaltis a favor nos últimos sete jogos, esquecendo-se primeiramente que nos últimos 10 teve quatro contra (e os mesmos quatro a favor), sendo que dos contra dois deles, sem dúvida alguma, não ocorreram.
Rememorando:
22/08/2015 – Goiás 3 x 0 Vasco – Pênalti inexistente, supostamente cometido por Rodrigo sobre Bruno Henrique aos 13 minutos do primeiro tempo. No lance o zagueiro Rodrigo levou cartão amarelo, embora não tivesse cometido a penalidade. No segundo tempo, após a marcação de outro pênalti contra o Vasco, Rodrigo recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso da partida.
04/10/2015 – Avaí 1 x 1 Vasco – Pênalti inexistente, supostamente cometido por Madson pelo fato de a bola cruzada em cobrança de falta executada por Renan Oliveira ter batido na mão do lateral vascaíno fora da área. Dada a insegurança do árbitro no lance, que chegou a aventar a hipótese de ir ao quarto árbitro a fim de consultá-lo sobre a marcação, as reclamações dos atletas vascaínos que estavam no banco de reservas foi intensa, mas o árbitro só se aproximou do local para expulsar Jorge Henrique, tirando-o da partida próxima do Vasco contra outra equipe catarinense, no caso a Chapecoense.
A matéria ignora também o fato de que não foram marcados três pênaltis indiscutíveis a favor do Vasco nos seguintes jogos, no mesmo período:
13/09/2015 – Vasco 2 x 0 Atlético-PR – Pênalti de Kadu (ATL-PR) sobre Rodrigo aos 15 minutos do primeiro tempo.
16/09 /2015 – Cruzeiro 2 x 2 Vasco – Pênalti cometido por Williams (CRU) aos 10 minutos do segundo tempo, pondo o braço na bola após cruzamento da direita.
04/10/2015 – Avaí 1 x 1 Vasco – Pênalti cometido por Nino Paraíba (AVA) sobre Jorge Henrique aos 46 minutos do 1º tempo.
No mesmo período (últimos 10 jogos), o Vasco, em se tratando de Campeonato Brasileiro, teve um benefício de arbitragem, no caso a não marcação de um pênalti contra si, cometido por Luan sobre Dudu (FIG) aos 26 minutos do 1º tempo da partida Vasco 0 x 1 Figueirense, válida pela segunda rodada do returno.
Reparem que não nos ativemos em tecer maiores análises sobre lances duvidosos, como o pênalti reclamado por Nenê, contra o Goiás, reclamado por Luan, contra o Flamengo, nem mencionamos aqui os não assinalados a favor do Vasco na Copa do Brasil, diante do Flamengo (primeiro jogo das oitavas-de-final) e do São Paulo (primeiro jogo das quartas), nem mesmo entramos no mérito aqui sobre expulsões injustas de atletas do Vasco, não expulsões devidas de jogadores adversários do Vasco, gols mal anulados, marcados pelo Vasco e mal validados a favor de adversários do Vasco.
A verdade, e esta não foi dita pelo jornal “Extra”, é que o Vasco deveria ter somado 18 pontos nos últimos seis jogos (e não 14 pontos), caso as arbitragens fossem justas e aplicassem as regras do jogo. O Vasco foi prejudicado não só nos dois empates contra Cruzeiro e Avaí, mas também em algumas das quatro vitórias.
Caso o “Extra” quisesse fazer uma matéria justa e adequada aos fatos não omitiria o aqui narrado, nem colaria à reação do Vasco no Campeonato Brasileiro quatro pênaltis em sete jogos.
Tudo isso cheira mal, muito mal.
Casaca!