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Liga desligada: Cruzeiro anuncia saída da Liga Sul-Minas-Rio

 

O Cruzeiro confirmou, na tarde desta quinta-feira, a sua saída da Primeira Liga. O presidente Gilvan de Pinho Tavares, que também era mandatário da entidade que regia a competição, a princípio marcada para 2016, com clubes de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, foi quem confirmou a ausência do clube de Belo Horizonte na primeira edição.

O dirigente ainda revelou que Flamengo e Fluminense também podem deixar o torneio. De acordo com Gilvan, os gastos previstos para as agremiações e divergências em reuniões são os reais motivos.

“Posso confirmar (a nossa saída). O Cruzeiro não vai mais participar da Liga Sul-Minas. Surgiram questões dentro da Liga, que não concordei. As quais os presidentes do Flamengo e do Fluminense também não confirmaram. Não sei se eles vão sair junto com o Cruzeiro, mas existe a possibilidade de eles saírem junto com o Cruzeiro”, afirmou.

“Você não pode fazer um torneio que não tenha televisão para pagar. As despesas não podem ser pagas pelos clubes, sobretudo em um momento de aperto financeiro. Discordamos de coisas que aconteceram na última reunião da Liga e trouxemos para a diretoria do Cruzeiro. Todos nos apoiaram que não é importante disputar um torneio que não seja rentável”, acrescentou.

O cartola não confirmou, mas o UOL Esporte apurou que divergências com Alexandre Kalil, CEO da Primeira Liga, em reunião realizada nas Laranjeiras, há algumas semanas, foi o que motivou a saída do Cruzeiro. A tentativa do ex-presidente do Atlético-MG em colocar Mário Celso Petraglia como co-presidente incomodou o dirigente cruzeirense.

Gilvan de Pinho Tavares ainda acredita que as mudanças que podem ocorrer na Confederação Brasileira de Futebol no próximo dia 16 de dezembro podem fazer com que haja uma criação de uma Liga Nacional, responsável pela realização do Campeonato Brasileiro.

“O futebol brasileiro caminha para uma Liga Nacional da Série A, da Série B e da Série C e a CBF passe a ser uma entidade que cuide da Seleção Brasileira. Estamos vivendo um momento conturbado. No dia 16, agora, temos uma eleição para a presidência da CBF”, comentou.

“Deve existir uma luz no fim do túnel, que mesmo que ocorra uma eleição, vamos começar lutar para mudar o futebol brasileiro. A gente precisa começar a dirigir o futebol como empresa, não pode ser dirigido de maneira maliciosa. Pessoas de fora não podem assumir coisas como um projeto malicioso”, concluiu.

Fonte: Uol – exceto o título

Vasco negocia rescisão com Aranda para economizar dívida de R$ 700 mil

Clube costura acordo para abrir mão de direitos sobre atleta. Existe débito da contratação do meia feita há dois anos. Paraguaio tem mais 12 meses de contrato.

O presidente Eurico Miranda anunciou uma reformulação total no futebol do Vasco. As primeiras medidas foram a demissão do gerente de futebol Paulo Angioni e o retorno de Isaías Tinoco. A maioria dos atletas não deve ter seus contratos renovados e em alguns casos nem jogadores sob contrato vão permanecer em São Januário. Fora dos planos, o volante Aranda, contratado no fim de 2014 junto com o goleiro Martín Silva, deve fazer parte de um acordo que vai fazer o clube economizar R$ 700 mil. O Vasco ainda tem dívida de luvas da contratação do atleta.

Pela negociação, que está sendo costurada com o agente de Aranda, o empresário Regis Marques, que representa também Martín Silva, Julio dos Santos e Emanuel Biancucchi, o Vasco abriria mão dos direitos federativos para o jogador paraguaio. Consequentemente, deixaria de pagar salários do atleta pelos últimos 12 meses de contrato.

Para a posição de cabeça de área, o Vasco hoje tem Diguinho, Guiñazu, que não tem permanência certa apesar de ter contrato em vigor – ele pouco jogou com Jorginho -, o jovem Andrey e ainda quer manter Serginho. O jogador estava emprestado pelo Atlético-MG, tem salário considerado alto, mas agradou à comissão técnica. A diretoria tenta viabilizar sua contratação em definitivo ou, pelo menos, estender o empréstimo de Serginho. Fora o volante, todos os outros jogadores com contrato se encerrando no fim de 2015 devem deixar o clube.

Permanência incerta de Guiñazu

Eduardo Aranda disputou a última Copa América, no Chile, com o Paraguai. Ele vem sendo constantemente lembrado pelo técnico Ramón Díaz, embora seja reserva na seleção paraguaia. No Olimpia, Aranda é titular absoluto. O jogador de 30 anos deve vir ao Rio nos próximos dias para negociar a rescisão com o Vasco. Ele tem boa proposta em mãos para deixar o Vasco.

Sem chances com o técnico Jorginho, o volante Guiñazu, de 37 anos, aguarda propostas para deixar o clube. Existe a possibilidade do jogador sentar com a diretoria e negociar uma rescisão amigável – com acordo financeiro para o jogador abrir mão dos últimos meses de contrato com o Vasco. O compatriota Emanuel Biancucchi, em fim de contrato com o clube, está de saída. O primo de Messi pouco atuou e vai procurar outro clube.

Com contrato até 2017, Julio dos Santos, que ficou na reserva no fim da temporada, deve ficar em São Januário. O jogador paraguaio de 32 anos foi elogiado pelo técnico Jorginho, apesar de terminar o ano em baixa.

Fonte: Globo Esporte

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Comentário do Casaca!:

O site globoesporte.com comete um equívoco: o atleta Aranda foi contratado no fim de 2013 (e não de 2014, como noticiado), na gestão amarela, com alto salário e contrato de 3 anos.

FJV divulga nota oficial sobre os absurdos prejuízos ao Vasco: “Não acreditamos em erros, mas sim em ROUBO !”

 

Nota Oficial – Rebaixamento do C.R. Vasco da Gama

O G.R.T.O. Força Jovem do C.R. Vasco da Gama vem através de sua diretoria unificada, externar extrema tristeza e indignação com o rebaixamento do C.R. Vasco da Gama para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol.

Campeonato este que a cada ano perde sua credibilidade devido aos acontecimentos absurdos.

Ora, fica claro que nos foram tirados 14 pontos nesse campeonato, incluindo a ultima rodada. Não acreditamos em erros, mas sim em ROUBO ! e porque ?

– Jamais um clube foi tão prejudicado em uma edição do Campeonato Brasileiro na história.

– Os erros de arbitragem foram denunciados pelo Presidente do Club de Regatas Vasco da Gama ao decorrer do campeonato e nenhuma atitude foi tomada pela CBF, continuando a não fiscalizar o sorteio realizado pela comissão de arbitragens e não punindo os árbitros responsáveis.

– O vice Presidente da CBF e também Presidente da Federação Catarinense, entra ilegalmente em vestiários para “conversar” com árbitros, e desmente sua atitude, mesmo o tal ocorrido sendo relatado em súmula nas partidas entre o Club de Regatas Vasco da Gama e as equipes catarinenses, claramente beneficiadas.

– O vice Presidente da CBF e também Presidente da Federação Catarinense escala parente como delegado das partidas entre o Club de Regatas Vasco da Gama e equipes catarinenses, seu neto indiciado por tráfico de drogas, prejudicando nossa equipe.

– Enquanto a trapaça rolava ao decorrer do Campeonato Brasileiro, o Presidente da CBF se omitia de suas obrigações por se envolver em um escândalo de corrupção de nada menos que 15 milhões de reais desviados para a conta da namorada, além de adquirir um banco americano com dinheiro do Futebol.

Mesmo assim, o G.R.T.O. Força Jovem continuará apoiando incondicionalmente o Club de Regatas Vasco da Gama, independente da divisão futebolística que se encontre a disputar, aguardando ansiosamente pelo devido reconhecimento de seu presidente para com nossa instituição.

“VASCO POR AMOR, FORÇA JOVEM POR IDEAL”

Fonte: Site oficial da Força Jovem Vasco

Goiás se ampara em mudança da lei para evitar queda; Vasco apoia

Departamento jurídico do Esmeraldino se movimenta para fazer valer alteração no Estatuto do Torcedor, em agosto. Cruz-Maltino, também com vencimentos em dia, apoia a causa

 O departamento jurídico do Goiás se movimenta e pretende provocar uma séria alteração no Campeonato Brasileiro. O presidente do clube goiano garante, e tem o apoio do Vasco para tal, que vai buscar com que seja cumprido o Estatuto do Torcedor. Assim, clubes com irregularidades fiscais seriam automaticamente rebaixados. Em agosto, a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte alterou o artigo 10 do Estatuto do Torcedor.

– Estamos seguindo a lei. Se este país é serio, tem que cumprir as leis. O Goiás, para se adaptar a este cenário de rigor fiscal, e esta lei está atuante desde agosto, fez um campeonato à pão e água. Nós limitamos salários de atletas, temos todas as Certidões Negativas de Débito, estamos rigorosamente em dia com salários, premiações e direitos de imagem, e esse sacrifício tem que valer de alguma coisa. Enquanto clubes gastaram de maneira irresponsável, o Goiás se adequou à essa lei e nós vamos atrás dos nossos direitos – afirmou o presidente do Goiás, Sérgio Rassi, à Rádio Tupi.

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, também foi ouvido pela Rádio Tupi. O Cruz-Maltino terminou o Campeonato Brasileiro com todos os vencimentos em dia e buscou, ao longo da temporada, não ter prejuízos fiscais:

– Eu tinha levantado sobre este problema já. A existência dessa lei. E a lei existe para ser cumprida. Dependendo, evidentemente, da maneira como for feita junto à CBF pelo Goiás, estou plenamente de acordo. Não é que eu possa vir ou não a ser beneficiado. É pelo fato de – vou deixar claro: está sendo dada entrada pelo dispositivo legal. E se é lei, é pra ser cumprida.

( Clique no player abaixo e ouça a íntegra da entrevista do presidente Eurico Miranda para a rádio Tupi )

https://casaca.com.br/site/wp-content/uploads/2015/12/entrevista_tupi.m4a?_=1

 

Basicamente, a situação é: o clube que não estiver em dia com salários (carteira e imagem), Certidões Negativas de Débito e FGTS será rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro. O substituto, entretanto, não será um clube da Série A, mas sim da divisão de acesso. Assim, na teoria, não teria motivos para o Goiás, com o apoio do Vasco, buscar este recurso. A questão é que se a maioria não estiver em dia com a lei a confusão será bem grande.

Confira a lei:
“Art. 40. A Lei no 10.671, de 15 de maio de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 10. ……………………………………………………………..
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, considera-se critério técnico a habilitação de entidade de prática desportiva em razão de:
I – colocação obtida em competição anterior; e
II – cumprimento dos seguintes requisitos:
a) regularidade fiscal, atestada por meio de apresentação de Certidão Negativa de Débitos relativos a Créditos Tributários Federais e à Dívida Ativa da União – CND;
b) apresentação de certificado de regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS; e
c) comprovação de pagamento dos vencimentos acertados em contratos de trabalho e dos contratos de imagem dos atletas.
…………………………………………………………………………………
§ 3º Em campeonatos ou torneios regulares com mais de uma divisão, serão observados o princípio do acesso e do descenso e as seguintes determinações, sem prejuízo da perda de pontos, na forma do regulamento:
I – a entidade de prática desportiva que não cumprir todos os requisitos estabelecidos no inciso II do § 1º deste artigo participará da divisão imediatamente inferior à que se encontra classificada;
II – a vaga desocupada pela entidade de prática desportiva rebaixada nos termos do inciso I deste parágrafo será ocupada por entidade de prática desportiva participante da divisão que receberá a entidade rebaixada nos termos do inciso I deste parágrafo, obedecida a ordem de classificação do campeonato do ano anterior e desde que cumpridos os requisitos exigidos no inciso II do § 1º deste artigo.”

Fonte: Lance

Nenê vence o Prêmio Craque da Galera do Brasileiro 2015

 

A escolha do povo é soberana. Assim, o meia Nenê foi o escolhido pelo público o Craque da Galera do Campeonato Brasileiro. O jogador do Vasco, aos 34 anos, chegou ao clube em agosto e rapidamente se tornou o comandante da reação da equipe, que àquela altura já era dada como rebaixada, fato que se consumou apenas na última rodada. Nenê foi um dos poucos poupados pelo torcedor vascaíno e, com 48% dos votos, levou para casa o troféu em votação popular que contou com mais de 300 mil votos apenas na fase final.

Nenê desembarcou em São Januário vindo de uma rápida passagem pelo futebol inglês, onde jogou no West Ham. Antes disso, defendeu os espanhóis Mallorca, Alavés e Celta de Vigo na sequência após deixar o Brasil em 2004, quando defendia o Santos. Depois de jogar no francês Monaco e no Espanyol, chegou ao Paris Saint-Germain em 2010, onde foi eleito o melhor jogador da temporada 2010/11 e o artilheiro da competição em 2011/12. Na carreira, Nenê ainda jogou pelo Al-Gharafa, do Catar, além de Paulista e Palmeiras.

Nenê tem ainda mais um ano de contrato com o Vasco da Gama, mas já recebeu sondagens de outros clubes do país e do exterior. Nesta segunda-feira, o presidente cruzmaltino Eurico Miranda garantiu que, no que depender do clube, o camisa 10 seguirá em São Januário, mas admitiu liberá-lo em caso de boa proposta de fora do país.

Fonte: Sportv.com

Perdendo 14 pontos por prejuízos de arbitragem o que ocorreria com o Vasco em outros anos? [Atualizada]

 

O Campeonato Brasileiro de futebol passou a rebaixar clubes, de forma efetiva no ano de 1988.

Até 1993 a competição foi disputado no modelo de dois pontos para vitória, um ponto para empate e zero para derrota e naquele ano de 1993 não houve rebaixamento.

A partir de 1994 a pontuação passou a ser a atual.

Em 1994 e 1995 não houve rebaixamento na disputa direta de todos contra todos.

A partir de 1996 isso começou.

No modelo de apenas um turno, todos contra todos, foram disputados sete campeonatos, mas em 2000 não houve rebaixamento.

Entre 1996 e 2002 (excetuando 2000) os campeonatos de apenas um turno rebaixariam o Vasco (por prejuízo de 14 pontos) em 4 oportunidades: 1996, 1998, 2001. 2002. Mas vamos considerar que neste turno único tivesse ocorrido o prejuízo de arbitragem ocorrido apenas no 2º turno de 2015, ou seja, 11 pontos, exatamente igual, com 5 vitórias e um empate a menos. Mesmo assim o Vasco cairia nos quatro anos citados: 1996, 1998, 2001 e 2002. Descontando-se ainda da soma dos pontos perdidos, que de fato foram oriundos de erros dos árbitros e auxiliares naqueles anos (1 em 1996, 4 em 1998, 10 em 2001 e 8 em 2002) teríamos o clube rebaixado uma vez, em 1996.

Entre 2003 e 2015 o Vasco seria rebaixado no Campeonato Brasileiro, considerando os pontos que somou ao longo da competição e a perda de 14 por prejuízos da arbitragem nos seguintes anos:

2003, 2004, 2005, 2007, 2008, 2010, 2013, 2015.

Ou seja, em 17 oportunidades o Vasco seria rebaixado 9 vezes. Isto não ocorreria em 1997, 1998, 1999, 2001, 2002, 2006, 2011 e 2012.

Neste século a balança pendeu para o Vasco desta forma, ano após ano:

2001: – 10 pontos

2002: – 5 pontos

2003: – 6 pontos

2004: – 6 pontos

2005: – 5 pontos

2006: – 7 pontos

2007: – 1 ponto

2008: – 3 pontos

2010: + 5 pontos

2011: – 8 pontos

2012: – 4 pontos

2013: Zero ponto

2015: – 14 pontos

E ainda há gente que ache normal o que ocorreu contra o Vasco neste Campeonato Brasileiro.

Casaca!

 

 

E na última rodada as últimas coincidências

 

O Vasco precisava vencer no domingo o Coritiba no estádio Couto Pereira e torcer para que Avaí e Figueirense não ganhassem seus jogos contra Corinthians, em São Paulo, e Fluminense, em Florianópolis.

Se o jogo Corinthians x Avaí correu dentro da normalidade, com o empate final em 1 x 1, tivemos mais algumas incríveis coincidências nos outros dois jogos.

Em Santa Catarina, Casalbé, aquele, agrediu o atleta Léo Pelé na primeira etapa (agressão criminosa que resultou na saída do adversário de campo) aos 43 minutos da primeira etapa, mas só levou cartão amarelo e no segundo tempo o gol do Figueirense aos 4 minutos adveio de uma falta cometida por Marcão sobre o zagueiro tricolor Artur. Pronto! Placar fabricado, Figueirense 1 x 0 Fluminense.

Enquanto isso, no estádio Couto Pereira, com gramado impraticável a maioria do jogo, aos 4 minutos da segunda etapa, Nenê leva uma pernada de um zagueiro adversário, dentro da área e o árbitro nada marca, numa atitude que beira a cara de pau (lance do pênalti sob a ótica de uma TV estrangeira. O narrador classifica o lance como “penalaço” e “penal grande como uma casa”: clique aqui e assista).

Aos 45 minutos do 2º tempo, Rafael Silva é empurrado por trás, dentro da área, mas a penalidade máxima não é assinalada e o árbitro fecha sua brilhante participação um minuto depois expulsando Jorge Henrique pelo atacante do Vasco não ter se comportado do jeitinho que o apitador gosta.

Mas, calma, ainda deve haver algum vascaíno também muito cara de pau que entenda ter sido o problema do Vasco neste campeonato para ter terminado em 18º lugar não os 14 pontos perdidos por conta da arbitragem, os 7 a mais dados para a Chapecoense, os 4 a mais dados para Figueirense e Avaí, mas sim o Celso Roth, 13 pontos no turno, olho gordo do Eurico, a cor do uniforme ou a trava das chuteiras dos atletas do Vasco.

Ah! E aguardem a mídia convencional! Ela certamente vai passar a verdade dos fatos com toda a sua imparcialidade corriqueira.

Casaca!

Quem prejudica é responsável, quem se omite é responsável, quem esconde os prejuízos também é responsável

 

Em primeiro lugar, queremos parabenizar o elenco do Vasco por tudo o que realizou neste Campeonato Brasileiro. Somar 55 pontos na tabela, número não permitido pelas arbitragens, após 16 pontos apenas no turno, número também impedido de ser somado por mais erros de mesma ordem, não é para qualquer clube. Ou melhor, é para clube nenhum em processo de reação, que não seja o Vasco.

No modelo de Campeonato Brasileiro com 20 clubes, que já dura 10 anos, nenhum outro, com menos de 20 pontos no turno, emplacou a soma de 39 no returno, 28 apenas dados ao Vasco pelo desrespeito de árbitros e auxiliares à regra do jogo. A história do Vasco, atual Campeão Carioca, rei do Rio em clássicos, com salários em dia (raridade entre os grandes clubes do Brasil) e protagonista da maior contratação do futebol carioca em 2015, Nenê, foi de dificuldades desde o início da temporada, ou se preferirem, desde 02 de dezembro do ano passado.

Orçamento para o futebol profissional quatro vezes menor do que clubes como Internacional-RS e Cruzeiro, confissões de dívidas deixadas, penhoras, tentativas de minar o clube (vide solicitação de retirada do Vasco do Ato trabalhista) por advogados da chapa amarela, cerca de 100 milhões de reais a serem pagos em curto prazo (felizmente equacionados em boa parte). Com extrema dificuldade o Vasco contratou 12 atletas para a disputa do Campeonato Brasileiro. Deles, na histórica reação do clube iniciada no início do returno, foram em várias partidas ou são titulares até hoje oito deles (Julio Cesar, Diguinho, Bruno Gallo, Andrezinho, Nenê, Jorge Henrique, Riascos, Leandrão). Jorginho, trazido para o returno, junto a seu companheiro Zinho, seriam responsáveis pela soma de 23 pontos a mais dos conquistados no turno em oito jogos de Doriva (6 pontos) e 11 de Celso Roth (10 pontos).

Tudo foi feito, com extrema dificuldade, sem agredir o orçamento do futebol, sem impedir que o clube andasse, sem descumprir acordos, com inúmeros problemas do dia a dia, sem verba fácil disponível, mas muitas contas a pagar.  Mesmo assim o Vasco passou por cima de tudo.  Em meio ao mal momento no futebol eliminou o Flamengo na Copa do Brasil, superou por quatro vezes até prejuízos de arbitragem contra si (diante do próprio Flamengo na competição), diante de Avaí (turno), Atlético-PR e Sport (returno) para obter vaga no primeiro caso e vitórias no Campeonato Brasileiro no segundo.

Mas o prejuízo de 14 pontos na competição freou por diversas vezes a arrancada do Vasco. O favorecimento aos mais diversos adversários da parte de baixo da tabela trouxe, por exemplo, uma discrepância jamais vista na história do Campeonato Brasileiro por pontos corridos. O maior favorecido, Chapecoense, com 7 pontos a mais na tabela, fruto de equívocos constantes da arbitragem na balança de erros contra e a favor, não está entre os que praticaram o melhor futebol no campeonato e destoa do Vasco numa diferença de simplesmente 21 pontos. Enquanto a equipe de Santa Catarina deveria ter somado ao final do certame 40 pontos, o Vasco deveria ter 55, mas a equipe catarinense termina a competição à frente do Vasco, por conta exclusivamente da arbitragem.

Além disso as outras três equipes do estado foram favorecidas na balança de erros e acertos. Mais 4 pontos foram dados ao Avaí, 4 ao Figueirense, e até mesmo o lanterna Joinville recebeu um pontinho a mais, por obra de apitos e bandeiradas. Saímos de Santa Catarina e comparamos a performance da arbitragem nas campanhas de Goiás e Coritiba. Os goianos foram beneficiados em três pontos e o Coritiba, após a partida de hoje, tem zerada a balança entre pontos ganhos e perdidos.

Diante deste quadro como pode se conceber tirarem do Vasco, através de árbitros e auxiliares, 14 pontos? Como é possível assimilar errarem em lances capitais contra o Vasco 20 vezes e a favor do Vasco apenas uma (segundo o Globoesporte.com seriam duas) sem qualquer ponto ganho pelo clube em virtude disso? O que se fez contra o clube e sua torcida no ano de 2015 bateu todos os recordes e isso não aconteceu por omissão do Vasco. Seu presidente não só questionou a arbitragem, como falou em nomes, a verdade desmentiu retruques dados a ele, foi à julgamento no STJD e lá a conclusão chegada foi a de que, de fato, haveria de se ter uma investigação quanto aos critérios de sorteio das arbitragens, caso a CBF não o fizesse.

Mesmo diante da caótica atuação do bandeirinha Márcio Eustáquio Santiago na partida Vasco x Chapecoense, disputada a 15 de outubro no Maracanã, quando este deixou de marcar um pênalti escandaloso cometido por Tiago Luís (Mão na bola com braço no alto), lá estava ele um mês depois bandeirando Ponte Preta x Figueirense e marcando por conta própria (o árbitro não havia assinalado nada) pênalti para o Figueirense contra a Ponte Preta em bola que tocara na cabeça do atleta pontepretano Ferron, beneficiando, por coincidência, mais uma equipe de Santa Catarina, fora de casa, e proporcionando a que o Figueirense hoje precisasse apenas de uma vitória para se manter na Série A.

Ressalte-se ainda que a equipe do Vasco foi a mais caçada em campo dentre os 20 participantes do campeonato. No Brasileirão 2015 o clube sofreu, até o final da penúltima rodada, 612 faltas. Apesar disso e de não ser das equipes mais violentas da competição, é o recordista também em números de cartões amarelos contra si (121) e vermelhos (13).

Na partida de hoje, diante do Coritiba, novos prejuízos capitais, com mais dois pênaltis não marcados, um deles indiscutível. Sim, a chave de ouro da covardia precisava entrar em campo e não seria na última rodada que deixaria de ser usada. De pronto, entendemos que tudo deve ser investigado neste Campeonato Brasileiro, no qual apenas um clube teve tantos prejuízos de arbitragem,  mais de 2/3 deles em plena reação no returno, algo também inédito na história dos Campeonatos Brasileiros, entre os grandes que reagiram.

E, finalmente, sobre dois mantras a serem utilizados por quem quer que seja a fim de negar o óbvio, ou seja, a total influência da arbitragem na campanha do Vasco, seguem dois dados, o primeiro referente a reações de clubes grandes nos últimos sete anos de Brasileiro, mais o Coritiba no ano passado, e a comprovação de que campanhas pífias no turno não significam queda, mesmo porque o campeonato tem dois turnos. O segundo, concernente às tais 11 rodadas nas quais o Vasco teve a presença do técnico Celso Roth comandando a equipe, comparando com períodos ruins de outras quatro agremiações, que chegaram a última rodada, todas elas, sem nenhuma chance de cair.

Em 2008 o Fluminense terminou o turno com 16 pontos.  No returno fez 29.  Em 2009 o Fluminense terminou o turno com 15 pontos.  No returno fez 31. Em 2010 o Atlético-MG terminou o turno com 17 pontos. No returno fez 28. Em 2011 o Atlético-MG terminou o turno com 15 pontos. No returno fez 30. Em 2013 o São Paulo terminou o turno com 18 pontos. No returno fez 32. Em 2014 o Coritiba terminou o turno com 17 pontos. No returno fez 30. Todos escaparam.

Lembrando que com arbitragens limpas teria feito o Vasco a seguinte pontuação: Turno – 16 pontos Returno –  39 pontos. A passagem de Celso Roth pelo Vasco se deu entre a 9ª e a 19ª rodada: O Vasco somou 10 pontos em 11 jogos.

Vamos a cinco exemplos que demonstram claramente isso não ser parâmetro para rebaixamento:

Atlético-PR: Da 23ª rodada à 33 rodada: 7 pontos

Chapecoense: Primeiras 11 rodadas do returno: 7 pontos.

Fluminense: Primeiras 11 rodadas do returno: 7 pontos.

Sport: Da 15ª rodada à 25ª rodada: 9 pontos.

Flamengo: Primeiras 11 rodadas do turno: 10 pontos.

Cruzeiro: Da 12ª rodada à 22ª rodada: 12 pontos.

Nenhum deles corria risco de rebaixamento na última rodada. Tire-se, entretanto, 14 pontos de cada um deles. O que teríamos hoje, após o fim do campeonato? Atlético-PR, Chapecoense, Cruzeiro, Flamengo e Fluminense rebaixados. Apenas o Sport se salvaria pela vitória na última rodada.

Vocês da Comissão de Arbitragem, vocês que se aquietam na mídia sem informar ao público a grande covardia feita contra o Vasco, vocês árbitros e bandeiras que erraram de forma consecutiva, por incríveis coincidências, contra apenas um clube, vocês que tentaram justificar as arbitragens com mazelas do Vasco, vocês que torceram contra o Vasco todo o campeonato, vocês que com o poder de reverberarem se aquietaram e se aquietam diante da barbaridade feita por sorteios, apitos e bandeiradas contra o Vasco, são responsáveis e muito por essa inacreditável situação de um clube ser prejudicado em 14 pontos, com o país todo assistindo e sem manifestações veementes, pois aqui no Casaca! demos o exemplo, visto desde a primeira rodada do returno (embora sendo pontuados também os erros de arbitragem do turno), falado, embasado, repisado e mantido, diante dos fatos inquestionáveis ocorridos.

Que o Vasco corra atrás de seus direitos (todos), pois lhe foram tomados pontos indevidamente, E MUITOS, diferentemente do acontecido com a maioria dos outros clubes e exatamente o contrário do ocorrido com alguns, dentre todos os que abrangem ao final da competição as outras 19 colocações deste campeonato.

Casaca!

Ouça o PodCast do CASACA! de 03.12.2015

Ouça o PodCast do CASACA! que foi gravado em 03/12/15 com participações de Sérgio Frias e Leonardo Miranda.

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Vinte e sete exemplos da história de um clube que honra a sua camisa

Ao longo de sua trajetória no futebol, que completa em 2015 100 anos, por muitas vezes o Vasco jogou por outras equipes. Vitórias e empates, com o clube já fora de uma competição, beneficiaram diversos rivais do Rio de Janeiro e equipes de outros estados. Mesmo com chances mínimas num campeonato, como aconteceu em 1975, três dias depois de ter perdido de quatro, o Vasco fez valer a sua camisa e a seu hábito: vencer.

Os lucros e prejuízos da ação cruzmaltina – de enfrentamento dos seus adversários em circunstâncias nas quais pouco lhe importavam os resultados – só vem a demonstrar uma preocupação histórica em fazer-se respeitar, antes de qualquer coisa.

No Campeonato Brasileiro de 2015, o Vasco impôs respeito aos seus adversários, mesmo com os problemas vividos na primeira metade do campeonato. A torcida vascaína e a instituição foram desrespeitadas por arbitragens abaixo da crítica, que nos tiraram 12 pontos na tabela de classificação.

Vitórias contra Internacional-RS no turno, Cruzeiro, Avaí, Chapecoense e São Paulo no returno, mais empates diante de Sport (turno) e Atlético-MG (returno) não estão contabilizados a favor do clube única e exclusivamente pelo fato de as arbitragens terem tirado isso do Vasco com vários erros capitais. Lembrando que até aqui o contrário não ocorreu em 37 rodadas, por mais que setores da mídia procurem desesperadamente achar algum ponto ganho pelo Vasco por conta de apitos ou bandeiradas.

Temos, enfim, história para contar pela conduta do Vasco nestes 100 anos de futebol.

Abaixo os exemplos:

1939: Vasco 2 x 2 Botafogo – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Flamengo

Flamengo e Botafogo disputavam palmo a palmo o campeonato. Faltando dois jogos para o rubro-negro e três para a equipe alvinegra o Fla somava 33 pontos e o Botafogo 30. Por pontos perdidos, portanto a diferença era de apenas um ponto. Fora do campeonato o Vasco tirou um ponto do Botafogo, aumentando a diferença em dois (perdidos) para os últimos dois jogos das equipes que lutavam pelo título. O Flamengo foi o campeão naquele ano.

1941: Vasco 1 x 1 Flamengo – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Fluminense

A três rodadas do fim, Flamengo e Fluminense brigavam ponto a ponto pelo título. Ambos somavam 40 pontos e se enfrentariam na última rodada da competição. O Vasco estava fora. Na antepenúltima rodada, porém, o Flamengo enfrentaria o Vasco. O placar de 1 x 1 ao final do jogo foi importantíssimo para o tricolor, que jogou a última rodada no campo da Gávea precisando apenas do empate. Naquele que ficou conhecido como o “Fla x Flu da Lagoa”, o escore de 2 x 2 deu ao Fluminense o título de bicampeão carioca.

1946 – Fluminense 2 x 3 Vasco – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiados: Flamengo, Botafogo e América

A duas rodadas do fim, Fluminense, Flamengo e América dividiam a liderança do Campeonato Carioca com 24 pontos.

No sábado o Flamengo vencera o Bonsucesso por 10 x 0, em Teixeira de Castro, enquanto o América derrotara em seu campo o Madureira por 7 x 1. No domingo, então, no estádio das Laranjeiras, o Fluminense precisaria vencer para seguir empatado com os demais. O Vasco, entretanto, derrotou o tricolor por 3 x 2, pondo no páreo o Botafogo, agora junto com o Fluminense, ambos dois pontos atrás de Flamengo e América.

Na última rodada o Flu derrotou o Flamengo, o Botafogo venceu o América e com as quatro equipes empatadas partiu-se para um Supercampeonato, tendo sido o Fluminense campeão ao final da disputa.

1953 : Vasco 2 x 1 Botafogo – Torneio Octogonal Internacional Rivadávia Corrêa Meyer (torneio que sucedeu a Copa Rio, disputada em 1951 e 1952)

Beneficiado: Fluminense

Vitória que pôs o Fluminense nas semifinais e eliminou o Botafogo (o alvinegro precisava apenas do empate para seguir na competição).

1954: Vasco 1 x 0 Fluminense – Torneio Rio-SP (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Corínthians

Vitória na última rodada do Torneio Rio-SP que deu o título ao Corínthians e o tirou do Fluminense.

1955: Vasco 0 x 0 Portuguesa-SP – Torneio Rio-SP (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Palmeiras

Uma vitória da Lusa no Maracanã proporcionaria a ela o título do Torneio Rio-SP, independentemente dos últimos dois resultados do Palmeiras, que passaria a ter dois jogos a menos que a Portuguesa, após a partida. Com o empate o Palmeiras teve chance de chegar a uma disputa extra com a Portuguesa, o que, de fato, ocorreu. No fim a Lusa se sagrou campeã.

1962: Vasco 1 x 1 Flamengo – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Botafogo

Na penúltima rodada da competição, com o Vasco fora do campeonato, a diferença do Flamengo, líder, para o Botafogo, vice-líder, era de dois pontos a favor do Fla. Com o empate e a vitória do Botafogo contra o Fluminense na mesma rodada a vantagem rubro-negra caiu para um ponto. Na última rodada o Botafogo venceu o Flamengo por 3 x 0 e se sagrou bicampeão carioca.

1964: Vasco 1 x 1 Fluminense – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiados: Flamengo e Bangu

A duas rodadas do fim o Flamengo liderava a competição com 32 pontos, seguido pelo Bangu com 31 e o Fluminense com 30, mas um jogo a menos. Por pontos perdidos, portanto, Fla e Flu estavam na liderança e o Bangu um ponto atrás.

Enquanto Bangu e Flamengo venceram seus jogos na penúltima rodada, o Vasco empatou com o Fluminense deixando o rubro-negro a uma vitória do título na última rodada.

O jogo atrasado do tricolor foi jogado e vencido, o da última rodada também, o Bangu, por sua vez conquistou mais uma vitória na rodada derradeira e ambos foram beneficiados pela vitória do Botafogo sobre o Flamengo na mesma rodada, que proporcionou a Fluminense e Bangu disputarem uma melhor de três para decidir o título, ganho pelo Fluminense.

1969 – Vasco 1 x 1 Flamengo – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Fluminense

A três rodadas do fim o Fluminense tinha 24 pontos na tabela e o Flamengo 23. Na rodada seguinte as duas equipes se enfrentariam. Mesmo fora do campeonato, o Vasco empatou em 1 x 1 com o Flamengo, ajudando a que o tricolor abrisse dois pontos de vantagem a duas rodadas do fim. Na semana seguinte o Fluminense derrotou o Flamengo por 3 x 2, sagrando-se campeão carioca.

1975 – Vasco 2 x 0 Nacional-COL – Taça Libertadores (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Cruzeiro

O Cruzeiro terminaria sua participação na primeira fase da Taça Libertadores, mas se via na mão do Vasco, clube que vencera no Mineirão logo na primeira rodada do certame com um pênalti no último minuto e um sentimento de revanche pela perda do Campeonato Brasileiro do ano anterior.

Para o Vasco a partida da última rodada não servia para nada.

No mesmo estádio onde 18 dias antes havia sido matematicamente eliminado contra o próprio Cruzeiro o sentimento até mesmo de seus torcedores beirava o desdém em São Januário.

A equipe mineira precisava vencer em casa o Deportivo Cali, outro colombiano do grupo, e torcer para o Vasco ao menos empatar com o Nacional para disputar uma partida extra diante do próprio Nacional.

Mas o Vasco fez o serviço completo para o Cruzeiro. Vitória mineira em Belo Horizonte por 2 x 1 e cruzmaltina em São Januário pelo placar de 2 x 0. Com isso a vaga (a única do grupo) foi para a equipe cruzeirense.

1975: Vasco 2 x 0 Botafogo – Campeonato Carioca – Triangular Final:

Beneficiado: Fluminense

Após ser derrotado pelo Fluminense por 4 x 1 na primeira rodada do triangular final, o Vasco encerraria sua participação precisando de um placar elástico sobre o Botafogo (no mínimo três gols de diferença) para ao menos ter condições matemáticas de obter um tríplice empate, considerando que o Botafogo, na rodada seguinte, fosse vencer o Fluminense por três gols de diferença.

Mesmo diante de um quadro extremamente desfavorável, o Vasco derrotou o Botafogo por 2 x 0, praticamente dando o título ao tricolor, que entrou para a partida com o Botafogo podendo perder pela diferença de três gols e ainda assim erguer a taça, como de fato ocorreu apesar da vitória alvinegra por 1 x 0 na ocasião.

1978: Vasco 2 x 2 Botafogo – Campeonato Carioca – 1º Turno (Vasco fora da disputa)

Beneficiados: Flamengo e Fluminense

Empate que tirou qualquer chance de o Botafogo vencer o 1º turno do Estadual e pôs o Flamengo com a mão na taça, podendo, a partir daí, perder por até 4 gols de diferença do Fluminense no dia seguinte (um domingo) e ainda ser campeão. Embora beneficiado por tabela, o tricolor se viu diante de uma dificílima situação, mas com chances matemáticas.

O Flu venceu por 2 x 0 na ocasião e a vitória tricolor, caso o Botafogo vencesse o Vasco no dia anterior (o Vasco já estava fora), daria o turno ao alvinegro.

1979: Vasco 1 x 0 Fluminense – 1º Turno do Campeonato Carioca Especial (Vasco fora da disputa)

Beneficiados: Flamengo e Botafogo

Flamengo, Fluminense e Botafogo estavam empatados em número de pontos na competição. O Vasco estava fora.

No primeiro quesito de desempate, saldo de gols, Flamengo e Fluminense tinham 18 e o Botafogo 17. No segundo critério de desempate (número de gols pró) o Fluminense tinha 25, o Flamengo 22 e o Botafogo 19. Ou seja, uma vitória simples do Fluminense no sábado obrigaria o Flamengo a uma vitória por no mínimo dois gols de diferença sobre o Botafogo, ou do Botafogo por no mínimo três gols de diferença sobre o Flamengo (abrindo nós mão de considerar uma vitória do Flamengo sobre o Botafogo por 5 x 4 ou do Botafogo sobre o Flamengo de 8 x 7).

No sábado o Vasco enfrentou o Fluminense, o venceu e o eliminou. No domingo, Flamengo e Botafogo disputaram o título, cabendo o empate ao rubro-negro para vencê-lo. O rubro-negro venceu por 3 x 0 e levantou a taça.

1979: Vasco 3 x 2 Fluminense – Campeonato Carioca – 3º Turno (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Flamengo

Um empate entre Vasco e Fluminense no sábado daria chance a que o Botafogo no domingo disputasse diretamente o título contra o Flamengo na última rodada da competição, isto porque se Vasco ou Fluminense vencesse haveria, no caso de vitória do Botafogo sobre o Flamengo, um empate tríplice e o regulamento previa que numa situação dessas o Flamengo seria o campeão por ter vencido os dois turnos anteriores. A vitória do Vasco (de virada) deu matematicamente o título ao Flamengo.

1980 – Vasco 5 x 1 Gama-DF – Campeonato Brasileiro

Beneficiado: América-RJ

Já classificado por antecipação para a segunda fase da competição o Vasco enfrentaria o Gama-DF na última rodada numa partida até certo ponto desinteressante. Ocorre que o América fazia péssima campanha até ali e atuaria em Curitiba contra o Coritiba, líder do grupo. A equipe americana estava empatada na tabela com o time do Distrito Federal (6 pontos cada), mas tinha uma vitória a mais. O triunfo vascaíno contra seu adversário direto garantiria a vaga, independentemente de seu resultado no Paraná. O América perdeu para o Coritiba por 1 x 0, mas foi salvo pelo Vasco, que aplicou uma goleada de 5 x 1 no Gama, classificando os rubros para a 2ª fase do Campeonato Brasileiro daquele ano.

1982 – Vasco 3 x 1 Santos – Torneio dos Campeões – 2º turno – Fase de grupos (Vasco fora da disputa)

Beneficiados: Guarani e São Paulo

O segundo turno do grupo onde se encontrava o Vasco, contava ainda com a presença de São Paulo, Santos, Guarani e Botafogo. O São Paulo liderava com 5 pontos ganhos, mas não atuaria mais, enquanto Guarani e Santos (ambos com quatro pontos) jogariam contra Botafogo e Vasco no Rio de Janeiro. No sábado o Vasco, mesmo eliminado da competição, desclassificou o Santos, derrotando-o pelo placar de 3 x 1. No fim das contas a vaga ficaria com o Guarani, que empataria com o Botafogo no domingo e derrotaria o São Paulo numa partida extra por 1 x 0, em São Paulo. A equipe bugrina chegaria à decisão do torneio, sendo derrotada pelo América-RJ na final.

1984 – Vasco 1 x 0 Uberlândia – Campeonato Brasileiro

Beneficiado: Coritiba

A situação da equipe do triângulo mineiro era relativamente cômoda. Só perderia a vaga para os play-offs do Brasileirão 1984 caso fosse derrotada pelo Vasco em São Januário e o Coritiba sobrepujasse o Fortaleza no Paraná, ou então se empatasse com a equipe cruzmaltina e o Coritiba obtivesse a vitória com um saldo de dois gols de diferença sobre o tricolor cearense. Até os 38 minutos do 2º tempo o time mineiro garantiu o empate, mas Roberto Dinamite, de cabeça, acabou com o sonho da equipe de Vivinho e cia. O Coritiba venceu o Fortaleza por 2 x 1 e se classificou em segundo no grupo (a primeira colocação já estava garantida antecipadamente pelo Vasco).

1984: Vasco 0 x 0 Fluminense –Carioca– Taça GB (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Flamengo

A três rodadas do fim, Fluminense e Flamengo estavam empatados com 15 pontos ganhos, mas o Fluminense tinha um jogo a menos, contra o Vasco. O empate em 0 x 0 fez a distância diminuir para um ponto apenas e na rodada seguinte um novo empate tricolor contra o Volta Redonda fez o Fla x Flu decisivo do turno ser disputado com as equipes em igualdade de condições. O Flamengo venceu por 1 x 0 e foi o campeão da Taça GB daquele ano.

1989: Vasco 2 x 1 Flamengo – Campeonato Carioca – Taça Rio (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Botafogo

Com a vitória o Vasco (que já estava fora do campeonato) deu de bandeja o título para o Botafogo de campeão da Taça Rio (após 13 anos sem que o clube tivesse conquistado um único turno). O alvinegro precisava que o Vasco ao menos empatasse o jogo para não ter de decidir a Taça Rio num jogo extra diante do Flamengo (que já havia sido o campeão da Taça GB). Na disputa final pelo título de campeão o Botafogo levou a melhor sobre o Flamengo, saindo da fila que já durava 20 anos.

1992: Vasco 3 x 0 São Paulo – Campeonato Brasileiro

Beneficiados: Flamengo e Santos

O São Paulo precisava de uma vitória simples sobre o Vasco para se classificar à decisão do Campeonato Brasileiro, independentemente de outros resultados. Flamengo e Santos, que se enfrentariam no Maracanã, dependiam de uma vitória simples no confronto, mas o rubro-negro precisava que o São Paulo ao menos empatasse com o Vasco e o Santos que o Vasco vencesse a partida. Mesmo com o placar em certo momento das duas partidas assinalando Vasco 2 x 0 São Paulo e Flamengo 2 x 0 Santos, não houve qualquer mudança no planejamento cruzmaltino (que precisava vencer e de um empate entre Flamengo e Santos na outra partida para se classificar). Mais um gol foi marcado em São Januário, fechando o placar em 3 x 0. No Maracanã o Fla venceu o Santos por 3 x 1 no fim das contas e se classificou à final do Campeonato Brasileiro, competição na qual foi campeão, derrotando o Botafogo na decisão.

1996: Vasco 4 x 2 Criciúma – Campeonato Brasileiro (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Fluminense

A três rodadas do fim o Fluminense brigava contra Bahia e Cricíuma para não terminar entre os dois últimos na competição. A situação na tabela era a exposta abaixo:

Bahia: 19 pontos

Criciúma: 19 pontos

Fluminense: 18 pontos

O Vasco venceu o Criciúma, o Flamengo jogou tudo no Fla x Flu para derrotar o tricolor e o Bahia perdeu para o Paraná.

Dali por diante, Criciúma e Bahia passearam contra o Flamengo, o Vasco vendeu caro a derrota para a equipe da Boa Terra por 3 x 2, com nove em campo e um pênalti duvidoso marcado contra si a três minutos do fim, e o Atlético-PR, já classificado, perdeu em casa diante do Criciúma na última rodada, para delírio da galera atleticana, que via a derrota como vingança pelo tratamento recebido pelos atletas do clube em partida realizada duas semanas antes nas Laranjeiras, mais especificamente o dado a seu goleiro, Ricardo Pinto, ex-arqueiro tricolor.

O Fluminense venceu Juventude e Vitória, mas não contou com a colaboração de seu ente querido, Flamengo, para permanecer na Série A, apesar da ajuda do Vasco na antepenúltima rodada.

1997 – Vasco 3 x 1 Bahia – Campeonato Brasileiro

Beneficiados: Bragantino, Criciúma, Fluminense e Guarani

A situação do Fluminense na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro era desesperadora. Poderia cair naquela rodada caso não derrotasse o Juventude fora de casa. Podendo chegar aos 27 pontos apenas, o time estava na antepenúltima colocação com 21. À sua frente se encontravam Cruzeiro com 27, Bahia com 25, Bragantino com 23, Criciúma com 23. Atrás o Guarani, com 19 mas um jogo a menos. Eram três vagas para seis equipes.

O Flu não fez sua parte (apenas empatou com o Juventude), mas o Vasco fez a dele, derrotando o Bahia por 3 x 1.

Na ocasião o Vasco já estava classificado matematicamente para os play-offs e em primeiro lugar na classificação geral. O jogo, portanto, não servia de nada para a equipe cruzmaltina.

Com o empate do Cruzeiro, a vitória do Bragantino e o empate do Fluminense, este não teve mais como alcançar Cruzeiro e Bragantino (número de pontos) e Bahia (número de vitórias), caindo matematicamente na penúltima rodada da competição.

2004 – Vasco 1 x 0 Atlético-PR – Campeonato Brasileiro 

Beneficiado: Santos

A vitória vascaína tirou do Atlético-PR a liderança do Campeonato Brasileiro e a entregou ao Santos na penúltima rodada da competição. O Santos foi o campeão naquele ano.

2005 – Atlético-MG 0 x 0 Vasco – Campeonato Brasileiro 

Beneficiados: Coritiba, Ponte Preta e São Caetano.

O Atlético-MG teria que vencer as suas últimas duas partidas para não cair e torcer para que a Ponte Preta perdesse ambas, ou contar com outros resultados negativos de Coritiba e São Caetano, que se enfrentariam na mesma rodada. Em São Paulo o Corínthians derrotou a equipe campineira, São Caetano e Coritiba empataram (melhor resultado naquelas circunstâncias), mas no Mineirão o Vasco empatou com o Atlético-MG, rebaixando matematicamente o Galo.

2007: Corínthians 0 x 1 Vasco – Campeonato Brasileiro

Beneficiado: Goiás

A vitória do Vasco obrigou a que o Corínthians vencesse na última rodada o Grêmio no Olímpico, combinado com outro resultado para não cair, o que não foi possível para a equipe paulista.

2012: Boavista 0 x 1 Vasco – Campeonato Carioca

Beneficiado: Fluminense

Na rodada derradeira da 1ª fase da Taça Guanabara o Boavista disputava a última vaga do grupo diretamente com o Fluminense. A equipe de Saquarema só dependia dela. Bastava vencer o Vasco (que já tinha garantida a sua vaga e o primeiro lugar do grupo) para chegar às semifinais. Enquanto o Fluminense vencia o Bangu por 3 x 0 em São Januário, o Vasco derrotava o Boavista por 1 x 0 no Engenhão, dando de bandeja a vaga para o Flu, que seria depois campeão da Taça GB derrotando o próprio Vasco na decisão (3 x 1) e posteriormente vencendo o Botafogo (campeão da Taça Rio) na final do campeonato, disputado em dois jogos (4 x 1 e 1 x 0).

2012: Vasco 1 x 1 Atlético-MG – Campeonato Brasileiro

Beneficiado: Fluminense

O título do Fluminense era questão de tempo, mas poderia sair a quatro rodadas do fim, caso ele vencesse o Palmeiras (resultado que rebaixaria a equipe paulista) e o Vasco não perdesse para o Atlético-MG em casa. Mesmo vindo de seis derrotas consecutivas o Vasco empatou com os atleticanos (apesar de garfado pela arbitragem), antecipando a festa do Flu.

Casaca!