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Antes da conquista da América, festa em terra e mar

 

No dia 16 de agosto de 1998, o Vasco vencia o Guarani pelo campeonato brasileiro daquele ano, na última partida da equipe titular antes da finalíssima da Taça Libertadores. E no mesmo dia, o remo vascaíno vencia a 4ª regata do estadual, massacrando Flamengo e Botafogo e abrindo uma vantagem de 11 vitórias sobre o freguês rubro-negro, faltando apenas duas regatas.

Recordar é viver !

“Antônio Lopes tem razão. O jogo visto do alto é bem melhor. Tão melhor que a torcida vascaína, sentada nas arquibancadas e cadeiras de São Januário. antecipou o resultado do jogo contra o Guarani e festejou assim que seu time entrou em campo. “Carlos Germano! É Seleção!.. . É Odvan! É Seleção!… Mauro Galvão! É Seleção… Fe-li-pê! É Seleção!…” Os 2 a 1 que garantiram ao Vasco mais três pontos no Campeonato Brasileiro eram mero detalhe. Na cabeça dos quase dez mil vascaínos (6.065 pagantes) que foram ao estádio, ecoava a lembrança da decisão da Taça Libertadores, dia 26, contra o Barcelona de Guaiaquil. O que a torcida realmente queria era uma prévia da festa com a qual sonha desde o início deste ano — ano impossível esquecer do centenário vascaíno.

Quando a bola rolou, a lua-de-mel entre time e torcida se fez evidente. Felipe fazia gato e sapato de seu marcador, o zonzo Marco António. As arquibancadas deliravam de felicidade. Cada bola que roçava as redes e prenunciava o gol vascaíno — em São Januário, atualmente, ninguém duvida de que ele sairá, cedo ou tarde — aumentava a sintonia entre campo e torcida. Quando Mauro Gaivão recebeu uma bola de Odvan e não percebeu a chegada de Marcelinho Paulista, que vinha lhe roubar a bola, quem lhe deu o aviso foram os torcedores — um uníssono “Ó o ladrão!”. Deu certo. Galvão não perdeu a bola.

O Vasco executava sua marcação por pressão, e chegou ao seu gol com uma bola roubada por Donizete de Luís Cláudio. Cruzou, ela bateu em Sorlei e entrou. Quem queria ver gol comemorou: “Sorlei! Sorlei!. ironizou a arquibancada, que também marcava o ataque do Bugre. “Rodox no Barata!”. “Dá uma chinelada nele!” eram ouvidos cada vez que o atacante pegava na bola. Ajuda valiosa.

O Guarani empatou. A torcida sentiu, assim como o time. Cansados, os jogadores receberam o apoio do técnico Lopes na beira do campo no segundo tempo. Aos I11 min, Pcdrinho deu de bico para o gol: 2 a I para o Vasco. comemorado com abraços entre técnico e jogadores. A torcida festejou com a cabeça em Guaiaquil: “Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe Vasco, seremos campeões !”

O Jornal do brasil destacava a importância da dupla Luizão e Donizete para a equipe vascaína:

“Desde que chegaram ao Vasco, no início do ano, Donizete e Luizão marcaram, juntos, 29 gols. O mesmo número que Edmundo fez, sozinho, ano passado, no Campeonato Brasileiro. A diferença é que, ano passado. Edmundo marcava praticamente todos os gols do time. Este ano, todos marcam — gols, adversários e pontos com a torcida. A raça e a vontade de vencer que demonstram nos jogos fizeram com que Luizão e Donizete conquistassem seu lugar no coração dos vascaínos. Com amigdalite, Donizete saiu no meio do segundo tempo, no jogo de ontem, debaixo de uma saraivada de palmas. A mesma torcida que o vaiou várias vezes, ontem, reconheceu seu valor para o time. “Au, au, au, Donizete é bacalhau!”, gritaram para o Pantera, que retribuiu atirando sua camisa para a torcida.

O Pantera é bacalhau, Luizão “é o terror”. O segundo gol vascaíno foi mérito seu: trocando de papel com Pedrinho, foi à linha de fundo e cruzou para o camisa 11. aos 11 min, garantir a vitória vascaína. Humilde, o centroavante que chegou ao Rio em Janeiro e já declarou várias vezes ter se encantado com o Vasco, divide o mérito não só com Pedrinha, mas com o resto do time: “Ali, eu só preparei a bola. No Vasco, todo mundo é atacante.”

E marcador também. Não são raras as vezes em que Luizão e Donizete estão no meio de campo, marcando como se fossem volantes, lutando pela posse de bola e disparando para a área adversária quando estão com ela . Dois exemplos de aplicação, dois jogadores modernos, que jogam para o time antes de mais nada. Donizete, que já se irritou muito com substituições anteriores, ontem saiu de campo serenamente. “Hoje eu não estive muito bem. mas o importante é que o Vasco termine o jogo com os três pontos”. disse o atacante cruzmaltino.”

  

Fonte: O Globo e Jornal do Brasil

Outras vitórias do Vasco em 16 de agosto:

Vasco 1 x 0 Vitória (Brasileiro 2003)

Vasco 3 x 0 Bonsucesso (Carioca 1964)

Bonsucesso 1 x 6 Vasco (Carioca 1959)

Canto do Rio 0 x 3 Vasco (Carioca 1958)

 

Romário visita o Vasco e reconhece o clube como seu formador

Ídolo vascaíno e um dos maiores jogadores da história do futebol, Romário retornou ao lugar onde iniciou sua vitoriosa trajetória no esporte. Na tarde desta sexta-feira (12/08), o eterno camisa 11 visitou o Complexo Esportivo de São Januário para conhecer as modernas dependências do CAPRRES (Centro Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo).

Na oportunidade, o ex-atacante reencontrou Jorginho e Zinho, com quem se sagrou tetracampeão mundial em 1994, e Valdir Bigode, antigo companheiro de ataque no Gigante da Colina. Após matar a saudade dos amigos, Romário foi abordado por Nenê, grande destaque cruzmaltino na temporada. Os dois posaram para fotos e trocaram elogios durante alguns minutos: “Ele é o cara”, disse o “Baixinho” ao avistar o camisa 10.

– É uma grande honra visitar o clube onde fui projetado, que abriu as portas para mim. Foi aqui que obtive as maiores conquistas durante a minha trajetória como jogador no Brasil. Sempre me senti em casa aqui no Vasco, principalmente com o Eurico como presidente. Tive a oportunidade de rever alguns amigos, como o Jorginho, o Zinho, o Valdir e o Isaías. Além disso, conheci as novas dependências do clube. Sempre ouvi falar bem do CAPRRES e hoje, vendo com os meus próprios olhos e conhecendo o objetivo, afirmo que ele é fantástico – afirmou Romário, com exclusividade ao Site Oficial.

Lançado pelo Vasco aos 19 anos, Romário atingiu o seu ápice na temporada de 1994, quando foi eleito o melhor jogador do mundo pela FIFA e se tornou o primeiro brasileiro a receber o prêmio, após ser decisivo na conquista da Copa do Mundo daquele ano. Pelo Gigante da Colina, o “Baixinho” conquistou títulos importantes, como os Campeonatos Cariocas de 1987 e 1988, a Copa Mercosul de 2000 e o Campeonato Brasileiro, também na temporada de 2000. É ele, inclusive, o segundo maior artilheiro da história cruzmaltina, com 326 gols.

Fonte: Site Oficial do Vasco

Duas formas de abordar dois temas

Com o empate na última rodada do primeiro turno da Série B, o Vasco terminou o referido turno com a terceira maior campanha da história dos pontos corridos no modelo atual (39 pontos e 12 vitórias), sendo superado apenas pela campanha parcial de Vitória-BA (2012) e Palmeiras (2013). Acima das campanhas protagonizados por Atlético-MG, Botafogo e Corínthians, quando disputaram a segunda divisão nos anos de 2006, 2014 e 2008.

Pela primeira vez no atual modelo de pontos corridos um clube liderou o turno de ponta a ponta.

Diferentemente de Atlético-MG, Botafogo, Corínthians e Palmeiras (partícipes do grupo dos 12 grandes clubes do país), o Vasco foi Campeão Estadual no ano em que disputa a segunda divisão. Aliás podemos destacar que o título cruzmaltino foi conquistado de forma invicta, superando neste quesito o Flamengo, que obtivera o empate em títulos estaduais invictos no ano de 2011.

No ano, o Vasco também fez história no quesito invencibilidade.

O Gigante da Colina, além de bater seu próprio recorde em partidas oficiais, que era de 28 jogos, chegando aos 34, ultrapassou vários clubes grandes no mesmo quesito: Atlético-MG (1976), Palmeiras (1973), Internacional-RS (1984) e Flamengo (1978/1979), igualando as marcas obtidas pelo Corínthians (1957) e Cruzeiro (2003).

Além disso, junto à equipe mineira, obteve a maior invencibilidade do século XXI em partidas oficiais.

E mais um detalhe: nenhuma sequência invicta oficial de clube algum, além do Vasco, foi obtida com a disputa de 11 clássicos estaduais e interestaduais, considerando estes os disputados entre os 12 maiores clubes brasileiros.

Há também uma curiosidade: o Vasco não perde jogos contra equipes da Série A desde 08/11/2015, portanto está há mais de oito meses invicto, tendo jogado 15 partidas no período, vencido 9 e empatado 6.

Do chamado G4 do Campeonato Brasileiro da Série A, todos os adversários enfrentados pelo Vasco perderam ou empataram apenas dentro da sequência exposta acima. Flamengo, duas derrotas e um empate, Palmeiras, uma derrota, Corínthians, um empate, Santos, uma derrota.

Falando assim, a queda do Vasco parece não ter explicação, mas há um fator que é indiscutível. O clube foi prejudicado em 20 lances capitais pela arbitragem no Campeonato Brasileiro do ano passado, contra um erro a seu favor, em 38 rodadas. O Vasco deixou de conquistar 14 pontos em função da arbitragem, considerando os tais erros capitais e suas consequências contra o clube e a favor dos adversários dele ao longo da competição.

Se a Série B nada tem a ver com este elenco do Vasco, os recordes obtidos em 2016 apenas ratificam isso.

Esta simples matéria poderia ter sido escrita para louvar o Vasco em 2016, não pelos recordes na Série B, mas pelo conjunto da obra da equipe, classificada e invicta também na Copa do Brasil até aqui.

Mas o UOL preferiu fazer uma matéria comparando as performances do Vasco na Série B de 2009, 2014 e 2016, ignorando o fato de que o clube havia batido recordes não apenas contra suas próprias performances anteriores, mas sim sobre todas as outras no modelo atual, disputado desde 2006, sendo o único clube líder de ponta a ponta no primeiro turno da competição.

A matéria, replicada pelo site Netvasco no dia 02/08, acima citada, não teve de nossa parte muita atenção, mas em vista de outra publicada no dia 06, sobre a participação do Vasco em Jogos Olímpicos, ficou latente caber a nós uma elucidação ao público a respeito do tema levantado.

O Vasco é o clube carioca com o maior número de medalhas olímpicas conquistadas na história. Foram 34, sendo 6 de ouro, 17 de prata e 11 de bronze, considerando conquistas com atletas brasileiros e estrangeiros vinculados ao clube na ocasião de disputa dos Jogos.

Nos mais populares esportes coletivos, futebol, basquete e vôlei o Vasco teve 9 representantes que “medalharam”.

No Atletismo, considerado o esporte mais ligado aos Jogos Olímpicos por sua essência, dois dos principais resultados obtidos pelo Brasil contaram com a participação de cinco atletas cruzmaltinos.

Na natação, entre atletas estrangeiros e brasileiros, o número de medalhas chegou a 10.

No Vôlei de Praia mais quatro atletas conquistaram 6 medalhas ao todo.

E até mesmo na Vela e no Hipismo foram mais quatro medalhas.

Mas a distância do Vasco para os demais co-irmãos do Rio de Janeiro só foi conseguida em função do Projeto Olímpico desenvolvido pelo clube desde 1998 e interrompido bruscamente no início do século, em função de dois fatores públicos e notórios:

1 – O fim do aporte financeiro contratado entre Vasco e Nations Bank – que dava evidentemente lastro ao investimento – ocorrido a partir do segundo semestre de 2000, que ocasionou a denunciação do contrato por parte do clube em janeiro de 2001, considerando o Vasco ser credor do banco, algo ratificado por um executivo do próprio banco meses após, publicamente.

2 – Aquilo que ficou conhecido como “Torniquete Financeiro” ao clube, por parte da Rede Globo, conforme matéria publicada pelo jornal “Meio e Mensagem” em janeiro de 2001, citada em 09/07/2002 pelo presidente vascaíno Eurico Miranda em carta à emissora da qual extraímos um pequeno trecho:

…aproveito a oportunidade para reproduzir entrevista concedida pelo Sr. Marcelo Campos Pinto, executivo da TV Globo, concedida ao Jornal Meio e Mensagem em janeiro de 2001:“Oficialmente, a TV Globo não vai fazer nada. A revanche, no entanto, ocorrerá por meio de um endurecimento no adiantamento de bilheteria, placas de publicidade e televisionamento. Ela trata os clubes do Rio com paternalismo, mas com o Vasco isso acabou. A intenção é punir o clube com um torniquete financeiro. Sem dinheiro, ele não vai poder manter o time e, quando começar a perder, não terá mais o apoio da torcida”.

Após o pequeno parêntese vamos voltar ao tema focado pela matéria do site UOL.

O projeto Olímpico realizado pelo Vasco foi um exemplo de apoio ao esporte como um todo, algo gritado por atletas, técnicos e dirigentes ao fim de cada edição dos Jogos Olímpicos até aquela.

Diante de uma realidade na qual o clube pôde investir e tinha no investimento algo acordado com o próprio banco, que era seu parceiro, o Vasco mostrou ser sim possível montar e realizar um Projeto Olímpico, conquistar dezenas de medalhas, representar com êxito o Brasil e o próprio clube em competições mundiais, pan-americanas e sul-americanas e com isso fazer a marca Vasco ter em notoriedade, mídia espontânea e atrelamento a conquistas em todos os cantos do país e no exterior algo a princípio imensurável, além de obter um número maior de simpatizantes e torcedores, consequência também disso.

Os valores posteriores desembolsados pelo Vasco para pagamentos de atletas olímpicos, considerando esportes nos quais o Brasil foi representado em Sidney, não oneraram o clube numa cifra de grande relevância do montante a ser pago por pendências que envolveram o futebol, funcionários, impostos, esportes não olímpicos e o próprio Basquete Masculino – ausente dos jogos de Sidney – na mesma época.

A história do Projeto Olímpico, detonado por grande parte da imprensa durante os próprios Jogos Olímpicos, por despeito ou inveja de alguns, ficou para a história como um exemplo de que é possível sim realizar o feito pelo Vasco.

As contas que não puderam ser pagas naquele momento foram satisfeitas ao longo dos anos e já em 2008 – na gestão daquele que de fato em 2000 presidia o clube e de direito assim permaneceria em 2001 – acordos eram cumpridos e valores a ser desembolsados estavam previstos para pagamento no Ato Trabalhista assinado pelo Vasco e os outros grandes clubes da cidade, desde 2004. Ato nº 673/2004.

Novo Ato (nº 837/2007) foi assinado por Vasco, Fluminense e Botafogo no final de 2007, com o cruzmaltino obtendo condições melhores de pagamento que os demais, exatamente pelo fato de dever menos que ambos e como se sabe nenhum deles fez Projeto Olímpico algum.

Em 2016 o Vasco leva apenas três atletas para os Jogos Olímpicos, mas dando novamente um exemplo para a sociedade, digno de aplausos e reverências, será representado também nas Paraolimpíadas com 12 atletas ao todo, sendo a base da equipe de futebol com 7 jogadores do plantel.

Mas infelizmente o site UOL publicou matéria resumindo o Projeto Olímpico a um ato que tivesse trazido “grandes prejuízos ao Clube”, como se o quantitativo de medalhas ganhas, a história protagonizada pelo Vasco, a forma como a marca foi exposta, o número de torcedores e títulos conquistados e o montante daquilo que o clube teve de pagar em função da inadimplência de seu parceiro e financiador do projeto, fosse, no fiel da balança, grave, prejudicial ou oneroso a ponto de não se ter noção do quanto o clube ganhou com isso, sob o aspecto institucional, histórico e visual. Nada apaga aquilo que o Vasco idealizou, construiu e realizou ao longo daquele período.

Como parágrafo final da matéria tivemos uma conclusão digna de ser escrita por algum simpatizante do MUV, ao longo dos últimos 16 anos. Segundo dito pelo UOL não teria acontecido o retorno financeiro ao Vasco (como se a direção cruzmaltina esperasse significativo retorno financeiro direto), e o clube, a partir daí, teria mergulhado “num mar de dívidas”, querendo, de fato, fazer crer ao torcedor do Vasco que os valores concernentes a ações trabalhistas de uma parcela dos atletas olímpicos, eventualmente credores do clube, teriam tal amplitude.

Uma inverdade repetida mil vezes pode se tornar verdade, mas basta um mínimo de raciocínio lógico para desfazê-la, apenas detalhando um pouco mais o tema.

Em 2000 o Vasco levou a Sidney, entre atletas brasileiros e estrangeiros, 85 pessoas, participantes de exatos 20 esportes, o clube conquistou 26 medalhas, se fosse um país teria terminado entre os 15 primeiros. No mesmo ano obteve entre medalhas e troféus nos mais variados esportes “amadores” mais de 1000 (mil) conquistas, publicadas inclusive no jornal “O Globo”, no início de 2001, em duas páginas inteiras do diário (para alguns “mais um prejuízo” por certo).

A história narrada e vivida pelo Vasco naquele período merece ser contada e reverberada muito para além de problemas posteriores (sanados pelo clube). O que não poderá ser impedido pelos insatisfeitos é a rememoração da belíssima página escrita pelo Vasco durante aqueles anos, com direito a uma performance em 2000 distante, muito distante de ser igualada ou mesmo aproximada por qualquer outro. E sabemos o quanto isso incomoda a muitos.

Casaca!

Sérgio Sasaki faz bonito nas eliminatórias da Ginástica Artística

A nova contratação do Vasco, Sérgio Sasaki, faz bonito nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

O atleta disputará a final por equipes, mas também se classificou no individual geral e vai novamente disputar a decisão dos ginastas mais completos. Com 88,989 pontos, ele ficou na oitava posição na fase eliminatória.

Por muito pouco também não avançou no salto. Foi o nono colocado e se colocou como primeiro reserva, entrando para a disputa em caso de lesão ou desistência de algum finalista.

Parabéns ao nosso atleta – contratado junto a outro excelente ginasta, Petrix Barbosa – pela performance de sábado.

Que esteja mais inspirado ainda nas finais.

Casaca!

Lado triste

Salários constantemente atrasados, patrimônio dilapidado, dívidas acumuladas. Esse pode ser um panorama resumido do Vasco no final da administração MUV/Dinamite, cujo mandato foi estendido em ação conjunta com o atual grupo de oposição, possibilitando a que fossem firmadas várias confissões de dívida.

Desde dezembro de 2014, com muito sacrifício, o Vasco procura recuperar a sua capacidade esportiva, patrimonial e financeira. Muitos dos que colaboraram com o desastre anterior se escondem hoje com críticas pontuais.

Os conselheiros do Vasco aprovaram com ressalvas um balanço de 2014 que poderia até ser rejeitado. E só o fizeram porque era condição para receber os recursos incentivados que outros já haviam obtido. E o resultado foi só no projeto inicial recursos de 2,9 milhões de reais.

Com tudo isso, é óbvio que os números de 2015 seriam impactados pelos números de 2014. Todos sabiam. Não se inicia um balanço do zero. Se todos os conselheiros tinham conhecimento disso, por que o grupo Cruzada Vascaína publica antes da reunião comparações estapafúrdias e comentários desairosos sobre o clube? Porque só pensa na política menor, sem se importar com a imagem do Vasco, atingida por tal irresponsabilidade.

Por outro lado, se algum conselheiro não concorda conceitualmente com o balanço apresentado pelo clube, o que deve fazer? Comparecer à reunião do Conselho Deliberativo, expor sua opinião, receber explicações e críticas e se submeter ao voto dos Conselheiros.

Na reunião do Conselho Deliberativo, entretanto, nada que se pudesse discutir foi passado pelo grupo oposicionista e seus dois representantes, fosse com membros do Conselho Fiscal, com o Vice-Presidente de Finanças, com outros conselheiros, ou com o próprio presidente do clube.

Pelo contrário, o que se viu foram justificativas inconvincentes sobre a exposição indevida. Nos chamou a atenção ainda no discurso do conselheiro João Marcos Amorim, ligado ao grupo Cruzada Vascaína, este ter dito que não expusera a situação do clube para a imprensa enquanto membro do Conselho Fiscal na gestão anterior, embora ela, segundo dito por ele, o procurasse com insistência a fim de que exibisse algo sobre o tema.

Ora, se naquela balbúrdia, entre calotes e administradores ausentes o Vasco foi preservado, por que motivo diante de um quadro de evidente recuperação institucional do clube ele é exposto de maneira negativa?

Sobre a fala do outro representante da oposição, Julio Brant, que declarou estar liderando o voto contrário dos oposicionistas em seu discurso, nada específico a respeito do balanço apresentado foi dito. Disse ele que o presidente do clube estava de parabéns por ter montado um excelente time de futebol, de basquete, que reconhecia isso, mas discordava conceitualmente do balanço e que se tratava ele, o referido conselheiro, de um grande vascaíno, de raiz, assim como tão vascaínos quanto os que ali estavam eram (e são, obviamente) os membros de seu grupo.

A resposta ouvida por ele do presidente do clube, elucidando a respeito de um dos membros de tal grupo – que teve o desplante de peticionar, objetivando a exclusão do Vasco do Ato Trabalhista no qual o clube está inserido para garantir o pagamento de seus débitos sem execuções, quando em defesa de vários clientes captados por ele, recentemente – além de uma indagação sobre a posição conceitual do conselheiro sobre balanços apresentados em empresa na qual afirmou, quando em campanha, possuir importante cargo, tiveram o silêncio como resposta.

No Conselho Deliberativo do Vasco fala-se de frente, com direito a réplicas, discussões e entendimentos. Na internet fala-se o que quer na hora que bem se entende, mas fica para a maioria esmagadora dos presentes naquele conselho, que entre a fala virtual e o debate presencial vai uma distância muito grande e para alguns talvez difícil de se alcançar.

Casaca!

Esclarecimento do Vasco nas palavras do presidente Eurico Miranda

O Club de Regatas Vasco da Gama vem a público manifestar o repúdio à matéria publicada, na data de ontem (21/07/2016), pela ESPN Brasil, na qual o referido veículo de comunicação vinculou ao goleiro Martin Silva a cobrança judicial proposta pela empresa AT 2000 Sociedad Anónima, passando adiante a tecer os seguintes esclarecimentos como meio de restabelecimento da verdade:

De início, revela esclarecer que o atleta Martin Silva não detém nenhuma relação com a referida empresa, assim como o Clube também não possui nenhuma pendência junto ao mesmo, inclusive no que tange a direitos de imagem, pertencentes a empresa estranha à AT 2000 Sociedad Anónima.

A suposta dívida cobrada judicialmente pela AT 2000, Sociedade Anônima sediada no Paraguai, presidida pelo ex-presidente do Olímpia, Sr. Marcelo Recanate, e, portanto, estranha ao atleta Martin Silva, teria sido constituída quando da contratação do atleta e seria relativa a supostos direitos de imagem que teriam sido cedidos à referida empresa, cuja cessão se desconhece e se apresenta um tanto quanto curiosa e que será objeto de contestação na época oportuna, diante da suspeita que paira sobre a mesma.

Caso a ESPN Brasil desejasse, poderia obter estas informações junto ao clube ou ao próprio atleta. Açodadamente, preferiu a informação pela metade. E informação pela metade, não é informação, é versão. Versão não apurada quase sempre determina equívoco. E equívocos podem ter ou não segundas intenções.

O Vasco segue rígido processo de recuperação de suas finanças. O panorama é delicado, mas estamos enfrentando-o com competência. Desejos obscuros no sentido de plantar fatos que inventem crises não nos desviarão do foco mantido até aqui e que perdurará pelos anos desta administração.

Ao nosso atleta manifestamos nosso apoio e reiteramos a plena confiança no compromisso com esta instituição.

Club de Regatas Vasco da Gama

Eurico Miranda

Presidente

Fonte: Site Oficial do Club de Regatas Vasco da Gama

Seguimos invictos

Ao longo dos últimos oito meses e 13 dias os clubes da Série A permanecem sem conseguir qualquer vitória sobre o Vasco.

Em meio às tungas contra o Vasco no Brasileirão do ano passado começou a invencibilidade vascaína na partida diante do Palmeiras, fora de casa a 08/11/2015. O alviverde paulista seria o Campeão da Copa do Brasil e é hoje o atual líder da competição, mas não foi páreo para o Gigante da Colina na ocasião, perdendo por 2 x 0, com direito a um golaço de Nenê, o segundo da equipe, após passe de Rafael Silva, autor do primeiro tento cruzmaltino na partida.

Na sequência o Vasco enfrentaria o virtual Campeão Brasileiro de 2015, Corínthians, ficaria com um a menos no início da segunda etapa, abriria o marcador com Julio Cesar, após receber passe de Nenê, e por pouco não saiu com a vitória apesar da desvantagem numérica em campo. Final: 1 x 1.

Na rodada seguinte, diante do Joinville, um golaço de Nenê e outro, de oportunismo, assinalado por Riascos, levaram o Vasco a uma vitória de 2 x 1, embora o adversário tenha descontado e pressionado pelo empate já no fim da partida.

Contra o Santos, temporal, campo alagado, atletas entrando em campo passando em meio à torcida e a seu calor, jogo iniciado mais de uma hora após o horário previsto e vitória por 1 x 0 em São Januário, gol de Nenê em cobrança de pênalti, sofrido por ele próprio na tentativa do goleiro adversário em atingi-lo dentro da área.

Na última rodada, a derradeira tunga contra o Vasco em Curitiba, diante da equipe coxa branca. O pênalti escandaloso não marcado sobre Nenê aos 4 minutos da segunda etapa, no mesmo minuto em que o Figueirense assinalava um gol irregular – que seria o da vitória e da classificação – jogando em casa contra o papai do Flamengo é o resumo do ocorrido na competição em desfavor do Vasco e a favor de clubes catarinenses.

Com o Vasco arremessado à segunda divisão, tendo lhe sido tomados 14 pontos no certame por intermédio das arbitragens diante de Internacional-RS (casa), Sport (fora), Atlético-MG (casa), Cruzeiro (fora), Avaí (fora), Chapecoense (casa), São Paulo (fora) e Coritiba (fora), sem contar outras tungas, que não impediram vitórias nem impediriam derrotas, por certo os rivais cariocas tinham em mente um caminho tranquilo para bater no adversário, que os pusera no devido lugar no ano de 2015.

Muito provavelmente o Vasco não teria como segurar Luan, Andrezinho, Nenê, diante das propostas que surgiam. Mesmo sob contrato especulava-se sobre a saída de vários atletas. O time seria todo desmontado…

Não foi só ledo engano dos oponentes como desconhecimento total de que o clube mudara completamente, a partir de sua direção e a forma de direcioná-lo.

E assim o Vasco renovou ou prorrogou os contratos de Martin Silva, Madson, Luan, Julio Cesar, Diguinho, Andrezinho, Evander e Nenê. Trouxe apenas Yago Pikachu (contrato de três anos) e Marcelo Mattos, enquanto Jorginho confiava na recuperação de Riascos e Thales. Rodrigo, capitão da equipe, renovara durante o Brasileiro de 2015 por três anos e Éder Luís aceitara uma redução de seu salário com aumento do tempo de vínculo com o clube por dois anos, método utilizado pela direção cruzmaltina com vários atletas desde o início de 2015, diante do valor exorbitante de salários pagos pelo Vasco a uma diversidade de jogadores com contratos longos e incertezas sobre seus aproveitamentos ou não, casos de Nei, Sandro Silva, Montoya, entre outros.

Já no primeiro clássico, o Vasco atuaria sem Luan, que seria substituído por Jomar, mas caberia a Rafael Vaz, outro reserva, após entrar no lugar do próprio Jomar, aos 34 minutos da etapa final, assinalar o gol da vitória em chute de esquerda, após falta cobrada por Nenê e toque de cabeça efetuado por Rodrigo para o lado direito da área. A partida já estava no período dos acréscimos e pela primeira vez na história do clássico Vasco x Flamengo, o gol da vitória vascaína surgiu após o tempo regulamentar. Um triunfo emblemático, pois além do ineditismo descrito também celebrava a volta de clássicos realizados no estádio de São Januário, após 11 anos.

O segundo adversário seria o Botafogo, ainda na primeira fase do Estadual. Com Riascos marcando, após assistência de Éder Luís e Nenê carimbando a trave aos 39 minutos do segundo tempo, esperava-se mais uma vitória vascaína, mas um gol surpreendente do adversário aos 41 frustrou a torcida, embora se mantivesse o Gigante da Colina invicto na competição.

Já na Taça Guanabara, novo confronto diante do Botafogo e com um toque genial protagonizado por Nenê seguido de uma perfeita conclusão com a perna esquerda do centroavante Thales, o Vasco, ainda no primeiro tempo, abriu vantagem no placar, mantido até o fim do clássico: 1 x 0.

Na rodada seguinte, em Brasília, o adversário seria o time da Gávea, a esta altura já incomodado com a sequência invicta de sete jogos sem vencer seu algoz.

Foi uma partida recheada de erros de arbitragem contra o Vasco, tais como a não marcação de um pênalti sobre Thales, além da complacência do árbitro com Guerrero e Márcio Araújo, deixando de expulsar ambos.

Além disso, testemunhamos uma péssima cobertura do jornal televisivo, “Globo Esporte”, que conseguiu absolver Guerrero, tentou vilanizar Rodrigo, e ainda achou um pênalti a favor do Flamengo em lance de bola parada no qual 10 atletas de ambas as equipes cometiam infrações simultâneas.

Mesmo com o apito contra si e tendo saído atrás no marcador aos 33 minutos da segunda etapa, o Vasco conseguiu o empate com Riascos, após córner cobrado por Nenê, e manteve o placar até o fim. Encerrado o espetáculo a gozação ao adversário foi torturante: “hoje sim, hoje sim, hoje não…”. Seguia a equipe comandada por Jorginho e Zinho invicta no Campeonato Carioca.

No último jogo da Taça Guanabara o adversário seria o tricolor das Laranjeiras. Só a vitória daria o título da taça ao Vasco.

Era a nona decisão do time de São Januário contra o Flu na era Eurico (o Vasco vencera até ali todas), mas a primeira na qual a vantagem de poder até empatar pertencia ao adversário.

No campo, após um primeiro tempo equilibrado, o Vasco teve em Éder Luís, substituto de Julio dos Santos, uma figura de destaque no período final. Foi dele a assistência para o gol do carrasco Riascos e o ponteiro carimbou ainda a trave em belo chute de fora da área. O time cruzmaltino teve ainda Jorge Henrique improvisado de zagueiro, Martin Silva heroico no finzinho e o senso coletivo imperando até o apito final. Com isso veio o erguimento da Taça Guanabara para o clube, 13 anos depois da última conquista em 2003.

Nas semifinais do Campeonato Carioca o adversário era pela terceira vez no ano o Flamengo. A vantagem do empate era desta vez cruzmaltina e a partida fora marcada para Manaus, mesmo local de Vasco x Fluminense na semana anterior.

Logo na entrada em campo o papelão rubro-negro se fez presente, com direito a abandono das crianças flamengas em nome da “ideia de jerico” capitaneada por Wallace, capitão rubro-negro, mas oriunda da direção flamenga: fincar a bandeira no gramado demarcando território. Diria o presidente Eurico Miranda após o jogo: “quem demarca território e não cumpre é cachorro”.

No campo sobrou inteligência ao Vasco, faltou capacidade do outro lado. Brilhou novamente Riascos nos dois gols vascaínos, participando do complemento das jogadas Andrezinho, no primeiro tento cruzmaltino, e o “becão” Wallace, que viraria “boi de piranha” da história muito mal contada daquela bandeira, símbolo da arrogância e desespero de um clube eternamente incomodado com o Vasco.

Chegávamos à final e o adversário, tal qual no ano anterior, era o segundo melhor do Rio, Botafogo.

Na primeira partida a vitória vascaína com um gol de oportunismo marcado por Jorge Henrique, após cruzamento de Nenê. O Vasco ficava a um empate do bicampeonato e também a um empate do hexacampeonato carioca invicto (1924/45/47/49/92/2016).

No domingo, 08 de maio, seis meses após o início de sua invencibilidade contra o Palmeiras, pelo Brasileiro, o alvinegro saiu na frente, mas Rafael Vaz, após falta cobrada por Nenê, marcou o gol do título cruzmaltino, recuperando-se da falha cometida no tento alvinegro. Elas por elas, 1 x 1 foi o placar final. Vasco campeão e invencibilidade mantida.

Como é público e notório, arremessado à segunda divisão que foi por conta das arbitragens, o Vasco ficou um tempinho sem enfrentar times de Série A, mas na semana passada atuou diante do Santinha em São Januário.

A equipe pernambucana chegou com seis reservas e terminou o jogo com três deles em campo, foi sensivelmente ajudada pela arbitragem, que além de não dar um pênalti claríssimo para o Vasco, ainda a favoreceu em vários outros lances nos quais errou, sem cometer qualquer deslize que desfavorecesse o time visitante no decorrer da partida. O placar final de 1 x 1 frustrou os vascaínos e trouxe esperança à turma do contra de uma eliminação precoce do clube na Copa do Brasil, tal qual aconteceu com o freguês da Gávea e pode ainda ocorrer com seu papai diante do bravo Ypiranga gaúcho.

Na última quarta-feira, finalmente, chegamos ao décimo quinto jogo invicto contra equipes da Série A, entre 2015 e 2016. Sem Nenê, seu principal atleta, sem Luan, único jogador de clubes do Rio de Janeiro convocado para a Seleção Olímpica nacional e ainda sem uma definição da posição de titular, ocupada anteriormente por Julio dos Santos e hoje sem um “dono” certo, o Vasco voltou a enfrentar o Santinha, desta vez em Recife.

O clube local fez promoção de ingressos para atrair torcedores, desta vez o número de reservas caiu para cinco e chegou a apenas três logo após o intervalo, o treinador declarou ser importante a manutenção na Copa do Brasil, pelas imperiosas viagens longas a serem feitas, caso o time tricolor caísse na competição nacional e fosse imediatamente posto na Copa Sul-Americana (passando do rival Sport na primeira fase), mas não deu mesmo para segurar o Vasco de Andrezinho, Pikachu e Jorge Henrique.

Após um primeiro tempo muito estudado por parte das duas equipes, o Bicampeão Carioca matou o adversário na segunda etapa. Abriu 2 x 0, “deixou” o Santa descontar, matou o jogo já nos acréscimos e tomou um golzinho no fim da peleja, absolutamente irrelevante para o destino da partida.

Com isso estamos classificados para as oitavas-de-final da Copa do Brasil. Os times que disputaram a Taça Libertadores da América, mais Inter (quinto colocado no Brasileiro do ano passado) e Cruzeiro também garantiram a vaga, enquanto Botafogo, Fluminense e Santos empataram todos no primeiro confronto, contra clubes de Série C e D, além do Bragantino, na zona de rebaixamento da B.

A única ausência entre os 12 maiores clubes do país na Copa do Brasil já garantida é daquele que não teve confiança em si para superar a fortaleza adversária e ficou pelo caminho, após perder fora de casa e na casa do Volta Redonda ainda na segunda fase do certame.

Como disse Riascos, em outras palavras, recentemente, felicidade, teu nome é Vasco!

Casaca!

ESPN, suas informações, retificações e a verdade

A ESPN Brasil publicizou agora há pouco em seu sítio eletrônico notícia sobre a ação da empresa AT 2000 Sociedad Anonima contra o Club de Regatas Vasco da Gama.

Em sua primeira versão, a matéria, que traz uma fotografia do Goleiro Martin Silva atrelando-o à notícia, afirmou que o Camisa 1 Cruz-maltino teria acionado o Vasco na Justiça por direitos de imagem na ordem de R$ 1 milhão de reais.

Minutos após um post do atleta nas mídias sociais desmentindo o fato, a ESPN retificou a manchete lançando-a sob o seguinte título: “Por R$ 1 milhão atrasado por ídolo Martin Silva, empresa vai à Justiça contra o Vasco”.

Muito embora tenha havido a retificação da manchete a partir da pronta elucidação do atleta, a ESPN não o fez de maneira eficaz, porquanto o novo título continua passar a falsa percepção ao leitor de que o Martin Silva seria Credor do Vasco, o que definitivamente não é verdade. No corpo da matéria não se vê qualquer preocupação também em deixar isso claro.

O crédito cobrado pela referida empresa, presidida pelo Sr. Marcelo Recanate, também presidente do Olímpia à ocasião, foi supostamente constituído quando da contratação do atleta Martin Silva e seria oriunda de um suposto contrato de licenciamento de uso de imagem, segundo o qual a empresa do então Presidente do Clube Paraguaio seria a detentora de tais direitos e, nesta qualidade, passaria a cedê-los ao Vasco mediante determinada remuneração.

Martin Silva, portanto, não é autor da ação judicial a ele vinculada e tampouco credor do Vasco, sendo certo que todas as obrigações de natureza trabalhista e/ou cíveis legalmente constituídas entre as partes estão rigorosamente em dia, não fazendo sentido o atrelamento do jogador, notadamente quando a ESPN deixa de citar que a AT 2000 também cobra o Vasco por débito de igual natureza oriundo da contratação, na mesma ocasião, do atleta Lorenzo Eduardo Aranda.

Apresenta-se bastante curioso que o cerne da matéria tenha sido a conexão (desconexa) da dívida com o atleta Martin Silva, enquanto nos deparamos com uma dívida em favor de uma empresa ligada ao mandatário maior da agremiação desportiva que, segundo as matérias da época, teria liberado os atletas contratados sem compensação financeira.

Expondo o goleiro e ídolo da torcida vascaína Martin Silva, sem que este fosse procurado para dar qualquer informação a respeito da ação proposta pela AT 2000 Sociedade Anônima contra o Vasco, por algo na visão do clube indevido e que só beneficiaria à própria empresa, a fonte noticiadora não buscou se aprofundar para saber do que se trata essa cobrança, de qual tempo é, quem teria acertado essa situação e com que objetivo.

O Vasco caloteiro, irresponsável e que quando podia não pagava uma dívida qualquer por se referir ao passado não existe mais. E é bom que se diga, também não existia até junho de 2008, desde o início do século, vide inúmeros acordos feitos e cumpridos até ali.

O clube foi assumido em dezembro de 2014 sem certidões positivas com efeito de negativas, com dois meses de salários atrasados, com 100 milhões de dívidas de curto prazo lhe sendo cobradas, sem crédito e sem grandes perspectivas, a não ser a esperança do vascaíno de que com a volta da responsabilidade e de ações nessa linha voltasse efetivamente o clube a ser respeitado institucionalmente, como hoje é.

De lá para cá não são poucos os atletas que – contratados pela gestão anterior e não pagos por ela – foram devidamente ressarcidos pela atual, seja através de acordos (cumpridos até hoje) ou de pagamentos integrais, como foi narrado pelo clube, sem muito interesse de reverberação por parte da ESPN, referente à satisfação, recentemente, do débito com o Benfica, na ordem de 12 milhões de reais, concernente à compra de Éder Luís no ano de 2010.

No caso em voga é óbvio que o Vasco entende não ser devido o valor que cobra a empresa, pois se entendesse o contrário o teria feito, assim como o clube considera não ser devido qualquer valor à “Ingresso Fácil”, razão pela qual vai contestar a ação no devido prazo legal, citada esta última demanda aqui por ter virado notícia ontem na mesma mídia.

Apreendam o ensinamento dado pelo jornalista Eliakim Araújo, falecido recentemente e que deixou para a eternidade um texto seu em defesa do Vasco e contra os que da sua classe menos fazem jornalismo e mais utilizam espaços de mídia para perseguir ou denegrir o clube, desinformar ou mesmo tentar conduzir seus torcedores a conclusões precipitadas acerca dos fatos.

Com uma pequena modificação à frase final daquele magnífico texto, dizemos:

Por favor, senhores, menos inflexão e mais razão.

Casaca!