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Há 33 anos, Vasco aplicava a maior goleada da sua história em campeonatos brasileiros: 9 a 0 na Tuna Luso

No dia 19 de fevereiro de 1984 o Vasco da Gama alcançou a sua maior goleada na longa trajetória já percorrida pelo time cruzmaltino nos Campeonatos Brasileiros. O adversário massacrado por 9 a 0 foi a paraense Tuna Luso, campeã estadual do ano anterior e clube que, como o Vasco, fora fundado por portugueses e adotou a faixa diagonal e a Cruz de Malta.
 
A partida valeu pela primeira fase da Taça de Ouro e foi disputada em São Januário. No ano anterior, valendo pela mesma competição, o Corinthians Paulista bateu o piauiense Tiradentes por 10 x 1, goleada que permanece até hoje como a maior de todos os tempos nos Brasileirões.
 
Arthurzinho foi o grande destaque do encontro ao fazer quatro gols, sendo o derradeiro aos 48 minutos da etapa final, levando a torcida vascaína ao delírio. Empolgados no intuito de bater o recorde do clube de São Paulo, torcedores e jogadores empurraram o time até o último instante. O zagueiro uruguaio Daniel González (falecido cerca de um ano depois num acidente de carro) queria um placar maior e foi quem mais incentivou o talentoso e aguerrido baixinho “Rei Arthur” a dar seu sangue até o segundo final.
 
Marcelo, companheiro de ataque de Roberto Dinamite (que desfalcou o time nesse dia), assinalou três tentos. Geovani, o “Pequeno Príncipe”, e Airton completaram a artilharia. 
 
Revista Placar (20/02/1984)

“O baixinho, veloz e irresistível Arthurzinho foi o grande herói dos massacrantes 9 x 0 que o Vasco aplicou no esforçado e leal Tuna Luso, domingo, em São Januário. Foi a maior goleada desta Copa Brasil e a primeira derrota do time paraense, que havia tomado apenas dois gols em seus quatro primeiros jogos. Arthurzinho levou a torcida ao delírio ao marcar quatro gols e criar as jogadas que resultaram nos três gols do centroavante Marcelo, o substituto de Roberto Dinamite, que não jogou porque passou a semana com dores lombares.

“Estava devendo esta exibição à torcida”, comentava, emocionado, Arthur dos Santos Lima, 27 anos, 1,62 m, sem parar de beijar e acariciar seu crucifixo de ouro, gestos com que comemorou principalmente seu primeiro gol no jogo e no torneio, ele que veio do Bangu para o Vasco por 400 milhões de cruzeiros depois de ter sido vice-artilheiro do último Campeonato Carioca, com 18 gols. E tinha boas razões para a emoção: “A vitória afastou definitivamente a suspeita de que eu sentia o peso da camisa. Agora, estou de moral alta”.

Marquinho (E), um dos melhores, festeja mas um gol de Arthurzinho. (Jornal do Brasil – 20/02/1984)

QUATRO GOLS COM AS BENÇÃOS DO PADRE MAX

Sua alegria começou logo aos 5 minutos, quando completou com um chute rasteiro e indefensável o cruzamento do ponta-direita Jussiê: “Ali terminava o meu pesadelo. Só pensei em Deus, pois sou um cara que tem muita fé”. O pesadelo era a falta de gols nos primeiros cinco jogos do Vasco e a falta de uma grande exibição ante a torcida, pois ele só havia jogado bem fora do Rio. Na sexta-feira, 48 horas antes do massacre, Arthurzinho procurou o padre Max, da paróquia de Bangu: “Fui me benzer porque estava me faltando sorte. Sabe que joguei com o tornozelo inchado? Pois é, fui para o sacrifício porque pressentia uma grande exibição”.

A exibição foi facilitada pela volta do incansável ponta-esquerda Marquinho, que renovou seu contrato na semana passada e “garantiu melhor marcação no meio-campo, liberando o Arthurzinho para criar e marcar gols”, como explicava depois do jogo o técnico Edu. Aliás, Marquinho, 1,68 m, e Pires, 1,69 m, formaram, com o Rei Arthur, o irresistível trio de baixinhos que levou o Vasco à goleada, com que o time já havia se desacostumado desde os primeiros meses de 1982, quando vencera seguidamente o Moto Clube (7 x 0), o Internacional-SM (7 x 0) e o Operário (7 x 1) e que é a segunda maior de toda a história da Taça de Ouro, perdendo apenas para os 10 x 1 que o Corinthians aplicou no Tiradentes no ano passado.

DANIEL NÃO PAROU DE GRITAR. E PEDIA DEZ

O Vasco jogou bem desde o início e terminou o primeiro tempo vencendo por 4 x 0, com gols de Arthurzinho aos 5 e aos 40, Geovani aos 22, cobrando pênalti, e Aírton aos 29. Mas foi irresistível no segundo tempo, depois que Arthurzinho pôs definitivamente banca de Rei ao marcar seu terceiro gol logo aos 4. Com a disposição de quem não acredita em bola perdida, aproveitou-se de uma indecisão do zagueiro-central Bira, roubou-lhe a bola e achou o resto muito fácil: “Só precisei dar três passos e colocar a bola no cantinho”. A partir desse gol, a torcida entrou em delírio total, exigindo a ampliação da goleada. O Vasco embalou e colocou o time da Tuna Luso na roda, sempre em jogadas de velocidade que partiam dos pés de Arthurzinho, Marquinho e Pires. Assim, saíram os três gols de Marcelo, aos 8, aos 9 e aos 29.

Arturzinho passa por Bira, e na saída de Ocimar, toca a bola por cima, no quinto gol. (Jornal do Brasil – 20/02/1984)
Mas nem o time nem a torcida estavam satisfeitos. O capitão Daniel González continuava gritando. “Eu queria chegar a 10 x 0 e superar os 10 x 1 do Corinthians no ano passado”, justificava o alegre uruguaio depois, com a felicidade de quem participou das duas goleadas. Arthurzinho estava de acordo: “Entendi o que o Daniel queria e por isso, mesmo sentindo o tornozelo, continuei lutando e fechei a goleada”. Foi o gol mais bonito: ele entrou na área com a bola dominada, rolou-a por entre as pernas de Bira e colocou-a suavemente fora do alcance do desolado goleiro Ocimar.

O jogo terminou em seguida e dezenas de torcedores invadiram o campo, carregaram Arthurzinho nos ombros até o alambrado de São Januário, enquanto a torcida gritava em coro: “Ei, ei, ei, Arthurzinho é o nosso Rei”. O novo herói vascaíno estava feliz: “O que importa é que fiz as pazes com a artilharia e ganhei a credibilidade da torcida. A vitória nos deu moral para nos desforrarmos do São Paulo”. (O jogo está marcado para este sábado, no Morumbi.)

Eufórica, a torcida não estava sequer ligando para as palavras do presidente Antônio Soares Calçada, que passou o fim de semana repetindo que admite vender para a Itália o passe do maior ídolo de São Januário, o centroavante Roberto Dinamite, por 1 milhão de dólares. Afinal, esta torcida já está acostumada com a alma de comerciante do seu principal cartola, mas há muito tempo não vivia um domingo tão feliz. Principalmente em São Januário.” (Revista Placar – 20/02/1984)

Jornal do Brasil (20/02/1984)
Jornal do Brasil (20/02/1984)
Jornal do Brasil (20/02/1984)
O Globo (20/02/1984)
O Globo (20/02/1984)

As atuações segundo o jornal “O Globo”:

ACÁCIO — Praticamente não foi exigido. Na única intervenção mais difícil, machucou-se quando saiu da área e se chocou com o ponta Luis Carlos. (Sem Nota). Foi substituído por Roberto Costa, que não teve trabalho. (Sem Nota).

EDEVALDO — Mostrou um vigor físico impressionante no apoio às jogadas de ataque. No entanto, complicou nas saídas de bola, Nota 7.

DANIEL GONZALEZ — Excepcional no combate, apoiou o ataque com categoria, indo à área do Tuna Luso várias vezes. Nota 9.

NENÊ — Mesmo com toda facilidade, confundiu-se em alguns momentos. De qualquer maneira mostrou espirito de luta. Nota 7.

AIRTON — Fez uma grande partida. Seu gol foi inesquecível e apoiou o time de forma incansável. Nota 10.

PIRES — Atravessa uma forma excepcional. Defende e ataca com facilidade, organizando o time. Nota 10.

GEOVANI — Um talento privilegiado, com jogadas de alta categoria. Prendeu a bola duas vezes, durante toda a partida, mas esforçou-se para compensar Isto. Nota 10.

ARTURZINHO — Quatro gols e uma exibição de gala. Nota 10.

JUSSIÊ — É um ponta veloz, que procura sempre a linha de fundo, embora muitas vezes não dê seqüência as jogadas. Nota 7.

MARCELO — Atacante habilidoso, sabe tocar bem a bola. Foi, acima de tudo, oportunista nos três gols que marcou. Nota 9.

MARQUINHO — Deu uma outra feição ao time do Vasco. Incansável no apoio, um dos destaques na ajuda à defesa. Nota 10. Foi substituído no final por Cláudio José, que manteve o ritmo do time. Nota 7.

Os gols da partida:

Ficha do Jogo:
VASCO DA GAMA 9 X 0 TUNA LUSO-PA 
Data: Domingo, 19 de fevereiro de 1984 
Estádio: São Januário, Rio de Janeiro (RJ) 
Árbitro: Roque José Gallas (RS) 
Público: 12.855 pagantes 
Renda: CR$ 21.007.000,00 
Cartão Vermelho: Ronaldo aos 18′ no 2º tempo. 
Gols: Arthurzinho aos 5′, Geovani aos 22′, Aírton aos 29′ e Arthurzinho aos 40′ no 1º tempo; Arthurzinho aos 4′, Marcelo aos 8′, 9′ e 29′ e Arthurzinho aos 48′ no 2º tempo.
 
VASCO DA GAMA: Acácio (Roberto Costa); Edevaldo, Daniel González, Nenê e Aírton; Pires, Geovani e Arthurzinho; Jussiê, Marcelo e Marquinho (Claúdio José). Técnico: Edu Coimbra.
 
TUNA LUSO-PA: Ocimar; Quaresma, Bira, Paulo Guilherme (Ronaldo), Mario; Samuel, Ondino, Jorginho; Tiago, Miltão e Luis Carlos. Técnico: Ari Grecco.
 
Fonte: Almanaque do Vasco da Gama, Youtube, O Globo e Jornal dos Sports.

Patético Folheto de Defesa

A fim de oferecer defesa ao vice-presidente de Twitter do Flamengo, Antônio Tabet, o jornal Extra, do inigualável Gilmar Ferreira, produziu uma peça que só não beira o ridículo porque o atravessa. 

Foi montada pelo folheto uma cronologia dos fatos do último domingo entre os episódios de violência no Engenhão e as manifestações via Twitter dos clubes. A intenção foi tentar amenizar a apologia à violência feita pelo Flamengo através do seu vice-presidente de Twitter. 

Chama à atenção, em primeiro lugar, o Extra do Gilmar querendo mostrar que o post do vice de Twitter do Flamengo foi publicado 5 minutos antes da confirmação da morte do torcedor botafoguense, como se a tarde não tivesse sido de guerra, com o conhecimento de vários feridos, alguns em estado grave.

Posteriormente, o Extra do Gilmar diz que “O Vasco entrou na briga”. A frase do perfil vascaíno foi: “Estamos com o Botafogo na luta pela paz nos estádios”. 

Decorre daí alguns outros posts de desespero do vice de Twitter do Flamengo, a esta altura já mandando o conhecido senso de humor às favas e falando sozinho.

O Extra do Gilmar, que, parêntese, chegou ao Vasco na sexta-feira antes do oficial de justiça que compareceu ao clube a fim de obter a lista de sócios por ação judicial da oposição ao Vasco (seria Gilmar parceiro dessa gente?), poderia nos explicar o que significa entrar na briga pedindo paz nos estádios. Só mesmo o baixíssimo padrão do jornal é capaz de produzir batatadas como esta.

A respeito de ser bombeiro do vice de Twitter do Flamengo, não há muita novidade. Mais do mesmo de um diário que tenta fugir da asa negra instalada em seu departamento de esportes apelando, ao apoiar até violência em defesa do Flamengo. Foi com esta fórmula que o Gilmar levou a Rádio Globo a recordes negativos de audiência nos esportes. Pelo visto, lá vai o Extra pelo mesmo caminho.  

Quanto ao divertido vice de Twitter do Flamengo, tem uma coisa que é tão engraçada quanto a piada de humoristas reconhecidos como ele. É quando perdem as estribeiras. Muito bom!

CASACA!

 

 

Vasco perde a invencibilidade na Taça Guanabara sub-20

Bruno Cosendey em ação contra o Volta Redonda- Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br
 
Na preliminar do duelo entre as equipes profissionais, Vasco da Gama e Volta Redonda se enfrentaram no Estádio Raulino de Oliveira pelo Campeonato Carioca sub-20. Mesmo atuando dentro de seus domínios, o Voltaço se fechou e adotou a estratégia de apostar nos contra-ataques. A tática deu certo e o time da casa venceu o confronto por 3 a 0, acabando assim com a invencibilidade cruzmaltina dentro da Taça Guanabara.

Com o resultado, o Gigante da Colina encerrou a quarta rodada do primeiro turno na terceira colocação e viu a diferença para o líder do Grupo B subir para sete pontos. No próximo fim de semana, os comandados do treinador Marcus Alexandre voltam a campo para encarar a Portuguesa da Ilha do Governador. A partida será disputada no Estádio de São Januário, novamente algumas horas antes do time principal entrar em campo.

Escalação do Vasco: João Pedro, Gabriel Buriche (Dudu), Gabriel Norões, Arthur e Luan; Rafael França (Linnick), Luiz Henrique, Bruno Cosendey e Moresche; Paulo Vitor e Vagner (Breno). Treinador: Marcus Alexandre.

 
Texto: Carlos Gregório Júnior
 
Fonte: Site CRVG

Pesos e Medidas Diferentes

 

Reincidentemente, há episódios de violência envolvendo as torcidas organizadas. Normalmente, há torcida organizada do Flamengo envolvida. Às vezes, não é necessária nem a presença de torcedores adversários: eles brigam entre si, como aconteceu no jogo do turno do estadual de basquete entre Vasco x Flamengo. Punição? Nenhuma.

Estranho que em um panorama destes, a Força Jovem do Vasco siga sofrendo punições sucessivas por ação do Ministério Público. Já as torcidas adversárias, especialmente as do Flamengo, são intocáveis. 

Seria algum tipo de perseguição? Há pesos e medidas diferentes? Com a palavra, o Ministério Público do Rio de Janeiro.

CASACA!

Ha 57 anos, Vasco atropelava o Atlético Nacional-COL: 7 a 0 na casa do adversário

 

No dia 11 de fevereiro de 1960, o Vasco disputava contra o Atlético Nacional o primeiro de uma série de amistosos em território colombiano. E já na primeira partida, apresentou todo seu arsenal de gols, massacrando a equipe local por 7 a 0. Marcaram Roberto Peniche (3), Roberto Pinto (2), Teotônio e Waldemar.

Os jornalistas da Colômbia ficaram maravilhados com o futebol apresentando pela equipe cruzmaltina:

“Em virtude de termos saído de Medelin às pressas, não podemos mandar os jornais nem mesmo transcrever os hinos que estão tecendo por aqui ao Vasco da Gama. Voltamos hoje ao assunto, iniciando esta reportagem retrospectiva com uma manchete em oito colunas de “El Colombiano”, que diz o seguinte: “Vasco da Gama: La perfection en futebol bailó ‘La Carioca’ y doblegó al Nacional per siete a cero”.

E, depois, em subtítulo: “Los Criollos (apelido da equipe do Atlético Nacional) foram humildes novamente frente à potencialidade dos visitantes”.

Diz o articulista do El Colombiano que “o Vasco da Gama só precisou de um primeiro tempo para assegurar uma vitória contundente sobre o Atlético Nacional , ao qual derrotou finalmente pelo marcador de sete a zero, o que por si só indica a potencialidade do quadro, o vigor de todas as suas linhas, com onze homens que sabem seu oficio: marcar gols e dar espetáculo.”

Quadro Perfeito

“Não se imaginava – diz o critico – ao começar o cotejo aquilo que iria ocorrer na cancha, onde se tinha urna remota esperança de que os ‘crioulos’ pelo menos oferecessem alguma resistência. Porém, aos três minutos já dois violentos tiros da linha atacante se haviam chocado contra os paus, culminando assim entradas espetaculares sobre o arco defendido por Lopera”.

Perfeição em Football

Depois de dar a seqüência dos gols, o articulista empolga-se e exalta a exibição dos brasileiros, dizendo assim: “Não havia necessidade de mais para justificar a presença do Vasco da Gama na cancha. Porém, pondo de lado os gols, temos de dizer que o quadro brasileiro é a perfeição do futebol. Ofereceu classe aos montões e um espetáculo que muito poucas vezes temos tido no Estádio Atanásio Girardot. Vale dizer, talvez sem nos equivocarmos, que este é o melhor conjunto que vimos nos últimos anos.”

“La Carioca en acion”
 
“Para o segundo tempo, já sem afanar-se, Vasco da Gama entrou a jogar como equipe. Foi quando entrou em ação ‘La Carioca’ por todos os cantos da cancha do Atanásio Girardot, para rematar seu bom desempenho com o último gol por intermédio de Peniche.

Podemos assegurar que o Vasco da Gama não perderá uma só partida na Colômbia, não obstante ter jogado praticamente sozinho. Porém, vendo-o em ação, entregando de primeira, tomando todas as bolas pelo alto e por baixo; ostentando um estado físico invejável e com um movimento como se os homens fossem de borracha, num espetáculo que merece ser presenciado em qualquer cancha do mundo. Sinceramente, todo o elogio para dizer o que é o Vasco da Gama resulta muito curto.

‘Maracanazzo del Vasco’

Referindo-se à mesma exibição e não encontrando uma expressão suficientemente forte para comunicar a sua admiração, “El Correo” deu a seguinte manchete, também em oito co-lunas: “Maracanazo” del Vasco: 7×0!”. Resta saber se o neologismo vai fazer carreira em Medelin.

Triunfo Límpido

Depois de fazer o retrospecto da contagem, o cronista entra no mérito da atuação vascaína dizendo: “O triunfo conquistado sobre o Atlético Nacional, pelo Vasco da Gama foi límpido e os torcedores tiveram ocasião de admirar a grande qualidade de seu jogo e o virtuosismo de todos os seus elementos especialmente do mundialmente famoso “marcador de punta” (!) Bellini que controlou eficientemente os dianteiros contrários. Pode-se notar que o citado elemento foi incomparável na extrema defesa, pois não deixou um só claro em sua zona, pela qual se poderiam “colar los contrários”.

“Não somente pelo resultado mas também, pela apresentação cumprida por seus integrantes, pode-se considerar o Vasco da Gama como um dos maiores conjuntos do Brasil, embora isso não queira dizer que seja imbatível.” (Jornal dos Sports – 18/02/1960)

 

O Globo (12/02/1960)
O Globo (15/02/1960)

PS: O jornal “O Globo” fez confusão com o nome da equipe colombiana, chamando o Atlético Nacional de “Independiente Nacional”. Na verdade são duas equipes diferentes: o Club Atlético Nacional de Meddellin e o Deportivo Independiente Medellín, adversário seguinte com o qual o Vasco empatou em 1 a 1, três dias após a goleada histórica relembrada nesta matéria.

Fonte: História Cruzmaltina

9 de fevereiro: Na mesma data, duas vitórias contra dois Estudiantes

Em um avanço do Estudiantes, Panello intervém, auxiliado por Zarzur que afasta o perigo. (A Noite – 10/02/1936)

O dia 9 de fevereiro registra duas vitórias do Vasco em amistosos contra dois Estudiantes de países diferentes: o de La Plata e o de Mérida.

O primeiro, em 1936, foi contra a equipe argentina, com vitória por 2 a 0 para os camisas negras, com dois gols de Orlando:

Jornal do Brasil (11/02/1936)

“Durante todo o primeiro half-time houve equilíbrio de forças, embora se registrasem mais ataques do Estudiantes.

Nessa fase do jogo, o Vasco marcou um ponto, feito por Orlando, tendo marcado dois outros acertadamente anulados pelo árbitro, pois os jogadores vascaínos que os conquistaram estavam, de fato, em off-side.

A equipe argentina muito se esforçou mas nada conseguiu de prático.

O primeiro half-time terminou assim com a vantagem de 1 x 0 para o C. R. Vasco da Gama. Recomeçada a peleja após o descanso regulamentar, o jogo prosseguiu com a mesma característica, até que Orlando apanha uma escapada e vai sózinho para o goal argentino, o keeper abandona o posto, mas Orlando desvia a pelota que vai ás redes, não obstante os esforços empregados pelo back contrário que correu afim de evitar o ponto.

Poucos minutos faltavam para  o fim da partida e o escore não mais foi alterado, vencendo o Vasco da Gama pela contagem de 2×0.” (Jornal do Brasil – 11/02/1936)

O Globo (10/02/1936)
Nena ao lado de Orlando (Jornal dos Sports 10/02/1936)
Estudiantes-ARG entrando no gramado de São Januário (O Globo – 10/02/1936)
O goleiro argentino defende um ataque vascaíno, observado pelos seus zagueiros. (O Globo – 10/02/1936)

As equipes que atuaram neste jogo:

Vasco da Gama: Panello, Osvaldo e Itália; Oscarino, Zarzur e Gringo; Orlando, Kuko, Luiz de Carvalho, Nena e Luna.

Estudiantes: Fazzioli, Rodriguez e Baradiram; Bloto, Roberto e Raul (Luscitti);Lauri, Sandi, Zozaya, Sabio (Telechéa) e Dela Villa.

A outra vitória num 9 de fevereiro contra um Estudiantes, foi em 1983, dessa vez contra o da Venezuela, na estréia do Torneio Feira do Sol, comemorativo do bicentenário de Simon Bolívar :

“Jogando fácil, sem precisar forçar o ritmo, o Vasco estreou ontem no Torneio Feira do Sol, derrotando por 3 x 0, o Estudiantes de Mérida. Roberto, com dois gols, foi o artilheiro do jogo e mostrou um bom futebol. Scarpezzio, contra, completou o marcador. No outro jogo, em San Cristobal, o Peñarol derrotou por 1 x 0 o Milionários de Bogotá. O Vasco volta a jogar amanhã, contra o Boca Juniors, na cidade de Barquisimeto.

O jogo foi sempre muito fácil. A equipe do Estudiantes é limitada, e aparecia apenas nas jogadas violentas. O jogo viril ficou tão evidente que até os próprios organizadores do torneio pediram calma aos jogadores venezuelanos. O Vasco inaugurou o marcador aos 14 minutos do primeiro tempo, numa falta muito bem batida por Roberto.

Como o técnico Antônio Lopes havia adiantado, e Vasco jogou com dois pontas bem abertos — Jussié e Almir — e Elói acabou mesmo tendo que se contentar com a reserva. Poucas, no entanto, foram as jogadas pelas extremas. Jussiê foi pouco acionado e Almir continua a prati-car um futebol muito limitado.

O tempo final começou com um Vasco bem mais veloz e Elói no lugar de Ernâni. O Estudiantes passou a jogar apenas futebol, sem a violência de antes, e as jogadas da equipe brasileira passaram a aparecer com mais constância. O segundo gol, curiosamente, foi feito pelo atacante do Estudiantes, mas contra seu próprio gol. Almir cobrou córner e Scarpezzio cabeceou fortemente,sem defesa para o goleiro Rodrigues, aos 22 minutos.

Com o domínio total da partida o Vasco ainda fez mais um gol, o terceiro, e novamente através de Roberto. O atacante recebeu excelente lançamento de Dudu, invadiu a área pela esquerda e chutou forte, aos 32 minutos, num bonito gol. Logo após o gol, Roberto deixou o campo aplaudido substituído por Paulo César. O Vasco jogou com Acácio; Galvão, Fumaça, Celso e Pedrinho; Oliveira, Dudu e Ernâni (Elói); Jussiê, Roberto (Paulo César) e Almir.” (Última Hora – 10/02/1983)

Última Hora (10/02/1983)
O Globo (10/02/1983)

O jornal “O Fluminense” narrava a boa atuação do Vasco e a insatisfação dos seus atletas pela mudança de data da grande final. Motivo: a partida cairia numa terça de Carnaval, e grande parte dos jogadores iriam desfilar pela Beija-Flor de Nilópolis.

“Esta final gerou muita insatisfação entre os vascaínos. Isso porque o empresário Fernando Torcal deu para o Vasco assinar um contrato segundo o qual a final seria dia 13, e ontem foi sabido que esta foi marcada para o dia 15, terça de Carnaval. Amadeu Pinto da Rocha reuniu-se no Hotel Terrasa com os jogadores para lhes explicar que o clube fora ludibriado e estes aceitaram jogar em nome do profissionalismo, embora muitos já estejam com suas fantasias prontas para desfilar na Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, o que se tornará impossível se vencer amanhã” (O Fluminense – 10/02/1983)

O Fluminense (10/02/1983)
Jornal do Brasil (10/02/1983)

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Curiosidades sobre a nota do grupo político que ficou em terceiro nas últimas eleições

 

Destacamos 3 citações da nota publicada pelo grupo que ficou em terceiro nas últimas eleições, a fim de elucidar questões:

1.“Belaciano representa, na ação, os interesses de Fernando Roscio de Ávila, conhecido como Fernandão, ex-atleta de vôlei, sócio do Vasco e que nas últimas eleições apoiou a chapa Identidade Vasco.”

Belaciano, o advogado de Julio Brant e de seu grupo, advoga também para o senhor Fernandão, bastião do MUV, conforme afirma a nota. O grupo terceiro colocado nas últimas eleições, contudo, tenta se afastar de Fernandão, afirmando que este apenas o apoiou.

Falso.

Fernandão pleiteia uma fortuna junto ao Vasco tomando por base ter sido intermediário entre a Eletrobras e a administração Dinamite para a celebração de um contrato de patrocínio. Ou seja, requer a legalidade da função que efetivamente exerceu: lobista. Foi apoiador daquela administração da primeira à penúltima hora. Sim, penúltima. Porque, assim como outros, quando viu a água invadir o barco, pulou.

Exatamente assim como fez Roberto Monteiro, candidato terceiro colocado nas últimas eleições. Atuou ombreado a Fernandão. Foi braço político importante no primeiro mandato de Dinamite e, no segundo, tornou-se vice-presidente do Conselho Deliberativo. É inegável seu vínculo com Dinamite. É inegável seu vínculo com Fernandão. E por vínculo inegável, provavelmente o terceiro lugar nas últimas eleições, mesmo concorrendo com o fantoche amarelo, se explique.

2. “(…) o Identidade Vasco surgiu em 2011 como oposição a Eurico e ao então presidente Roberto Dinamite e sempre fomos e continuamos sendo, de forma unitária, absolutamente coerentes em relação a isso”.

Estranho que o grupo terceiro colocado nas últimas eleições tenha surgido “em oposição a Eurico” quando Eurico não possuía cargo executivo no clube. Oposição a quem lá não estava?

Estranho que o grupo terceiro colocado nas últimas eleições tenha surgido em 2011 em oposição a Dinamite, sabendo-se que sua liderança apoiava Dinamite, inclusive integrando e vencendo a eleição daquele ano para a mesa diretora do Conselho Deliberativo como chapa de situação.

Portanto, nada pode ser mais incoerente.

3. “Só assim será possível derrotarmos não só a gestão incompetente e ultrapassada da família Miranda, mas também os aventureiros de toda a espécie que enxergam no Vasco apenas boas oportunidades de negócios”.

Roberto Monteiro, candidato terceiro colocado nas últimas eleições, seu grupo, terceiro colocado nas últimas eleições, Fernandão, o lobista do MUV amigado com o grupo terceiro colocado e representado por Belaciano, o advogado de Brant, candidato amarelo, fantoche escolhido por Olavo Monteiro de Carvalho, são farinha do mesmo saco. Apoiaram até a penúltima hora a gestão catastrófica de Dinamite, que subtraiu o Vasco em todas as frentes possíveis e imagináveis.

Portanto, nenhum deles tem condição moral para falar a respeito de quem quer que seja. Se merecem porque não só abusam da mentira, como abusam das tentativas de sabotar o clube. Monteiro, que é Dinamite; Fernandão, que é MUV; e Julio Brant, que é preposto de Olavo, NUNCA MAIS!

CASACA!

Há 67 anos, Vasco vencia o Botafogo de virada em São Januário pelo Rio-SP

 

No dia 05 de fevereiro de 1950, o Vasco derrotava o Botafogo de virada em São Januário, em partida válida pelo Torneio Rio-SP daquele ano, com gols de Ipojucan, Chico e Maneca.

“Impondo-se ontem ao Botafogo por 3×2, enquanto a Portuguesa perdera para o Corinthians, na véspera, o Vasco garantiu o segundo lugar no torneio Rio-São Paulo, e as suas aspirações ainda ao titulo máximo do certame. A vitória cruzmaltina teve características dramáticas, pois o team campeão da cidade ficou reduzido a dez homens quando perdia por 2×1, com a expulsão de Ademir, e perdeu a seguir um penalti, batido por Tesourinha, quando o placar era de 2×2. Mas aos 28 minutos da segunda fase, Maneca, numa arrancada sensacional, após passar por quatro adversários, marcou o tento da vitória.”(Jornal dos Sports – 06/02/1950)

“Um match empolgante realizaram Vasco e Botafogo, pelo Rio-São Paulo. Houve bom football em São Januário„ em que pese o desfalque sofrido pela equipe campeã nos últimos minutos da primeira fase. Mesmo com dez jogadores. os cruzmaltinos lutaram com entusiasmo no segundo período, conseguindo, inclusive, dominar na maior parte do tempo. A dança do placar, os gols sensacionais, as decisões do juiz que provocaram discussão, enfim não houve minuto na peleja que deixasse de interessar a assistência.

A performance de Tesourinha, por exemplo, constituiu um espetáculo à parte, embora tivesse mandado fora um pênalti. Também a entrada de Chico, revolucionando a defesa do Botafogo, foi outra expressiva contribuição para tornar a disputa emocionante. Num encontro que teve as mais variadas fases, é natural que as paixões tenham transbordado, chegando por vezes ao excesso, sempre visando a figura do juiz, que existe para ser o alvo de todas as mágoas.

No primeiro tempo os quadros trabalhavam dentro de excelente padrão técnico, com vantagem territorial para os cruzmaltinos. Na fase final, os vascaínos conseguiram manter a supremacia nas jogadas, agindo com entusiasmo incomum, indo ate a vitória graças ao espírito de luta demonstrado. O Botafogo, surpreendido pelo desejo de vitória dos adversários deixou escapar a vitória, que com a expulsão de Ademir parecia quase certa.

Dos dois a um da primeira fase os alvinegros cederam terreno, talvez ainda felizes por ter a contagem parado em 3 a 2 a favor do Vasco. E os, torcedores vascaínos, que tantos aborrecimentos tiveram durante os primeiros quarenta e cinco minutos, puderam vibrar desde o tento de empate, logo no inicio do período decisivo. Vibração que atingiu ao auge com o sensacional gol da vitória, feito por Maneca, depois de driblar quatro adversários.”

O Globo (06/02/1950)

O Globo (06/02/1950)

Ficha do jogo:

Torneio Rio-SP 1950
05/02/1950 – Vasco 3×2 Botafogo
Estádio de São Januário
Juiz: Gama Malcher
Público: 9.204
Renda: Cr$ 117.769,00

Vasco da Gama: Barbosa, Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Alfredo; Tesourinha, Maneca (Álvaro), Ademir, Ipojucan (Lima) e Mario (Chico).

Botafogo: Oswaldo, Marinho e Santos; Rubinho, Ávila (Souza) e Juvenal; Paraguaio (Hamilton e depois Baiano), geninho, Zezinho, Otávio (Ávila) e Jayme.

Gols: Ipojucan (Vasco) , Hamilton e Zezinho (Botafogo), Chico e Maneca (Vasco)

Fonte: História Cruzmaltina

Dois gols similares, duas formas distintas de abordá-los

 

 

O GloboEsporte.com perguntou ontem em sua página no Facebook após o gol olímpico de Nenê: “Já viu gol olímpico feio?”

Veja abaixo:

 

Resposta: sim, já vimos, embora nem o GE e nem a emissora a ele agregada tenham comentado sobre a feiúra do tento. Veja que gol feio abaixo:

Nós já sabemos a resposta, mas seria interessante as Organizações explicarem o porquê da distinção.

CASACA!