Notícias veiculadas na imprensa convencional informam que o Vasco está próximo de anunciar a renovação de seu contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal. É verdade.
Contudo, é preciso esclarecer alguns detalhes.
O contrato atual se encerra em abril de 2017. O Vasco ainda tem valores importantes a receber por este contrato.
A pedido da Caixa, com a intenção de unificar as datas de renovações posteriores, todos os contratos firmados em 2017 entre o banco e seus parceiros irão até o dia 31.12.2017. Ou seja, o próximo contrato com o Vasco terá a duração de 8 meses. Portanto, os valores que serão anunciados em breve são referentes a 8 meses de contrato, não a 12 meses.
Outra novidade é que, além da renovação de contrato com a Caixa, o Vasco anunciará o retorno de um patrocinador à sua camisa nos próximos dias.
Ao declarar, no vídeo abaixo, que gostaria de ter feito sua carreira inteiramente no Palmeiras, o ex-jogador Edmundo traiu os vascaínos que o idolatram. A afirmação repercutiu, ganhou dimensão e comprovou que resta ao comentarista apenas um estranho interesse político pelo clube que o revelou. Estranho, sim , pois se Edmundo é Palmeiras, prefere o Palmeiras e gostaria de ter vivido sua carreira inteira no clube paulista, era lá que deveria estar fazendo política, valendo-se de sua atual posição profissional.
Mas Edmundo quer fazer política no Vasco. Seria um direito que lhe cabe, não fosse exatamente por desviar os atributos de sua atual profissão para costurar seus anseios políticos.
Ao perceber que o vídeo no qual demonstra sua preferência pelo Palmeiras causou danos à sua imagem de pretenso político vascaíno, foi aos curativos. Tomou seu papagaio Julio Brant, pôs no ombro e protagonizou uma cena absolutamente patética antes de atuar como comentarista de um jogo palmeirense. No encontro com a representante da empresa que patrocina o Palmeiras, falou meia dúzia de palavras, ouviu um discurso generalista da senhora e teve ao seu lado um “executivo” de empreiteira, que subscreve ações contra o Vasco como jornalista, em silêncio sepulcral. De fato, um negociador de mão cheia. Vergonha alheia.
Depois, encomendou ao colega de emissora Fábio Azevedo uma matéria tosca na qual se lê que a patrocinadora do Palmeiras poderá vir a patrocinar o Vasco, desde que o papagaio mudo Brant seja o vencedor das eleições vascaínas ao final de 2017.
Azevedo aceitou a encomenda porque era o jornalista certo pra tal. Testemunhou falsamente contra Eurico Miranda em episódio de suposta agressão a um jornalista do jornal O Dia em 2004. Disse, em juízo, ter presenciado algo que não ocorreu. Bem se vê que interesses o movem.
O vídeo do encontro fala por si. Realmente, impressiona o poder de negociação. Os vascaínos podem ficar tranquilos: após este evento, está tudo certo. Tudo combinado. Só falta assinar.
Sim, está-se diante da versão 2017 da fila de patrocinadores do Olavo. Quem não se lembra dela? Brant, que além de papagaio-de-pirata de Edmundo é fantoche de Olavo, imita, assim, seu criador. Exibe seus factóides pendurado no prestígio decadente do ex-jogador que queria um Palmeiras só pra ele.
Esperemos, apenas, que este achado não acabe como a fila do Olavo, que trouxe para o Vasco apenas uma empresa por intermédio do hoje detento Cabral. Foi isenção fiscal pra lá, Rio de Janeiro falido pra cá e pronto: Cabral, parceiro do Olavo, quebrou-lhe o galho por uma temporada ou algo parecido, a fim de que o Conde de Salamanca não deixasse seus súditos de mãos abanando.
Farsas não costumam durar muito. Uma mentira sem vergonha e deslavada como esta, não poderia durar mais do que algumas horas.
A direção do Club de Regatas Vasco da Gama comunica a saída do treinador Cristóvão Borges a partir desta sexta-feira (17/03). O Vasco agradece os serviços prestados pelo profissional, que sempre trabalhou com dedicação.
Brant, o amarelo fantoche de Olavo, que por sua vez é parceiro de Cabral, o encarcerado, tinha um programa imperdível para ontem na TV.
Estourou as pipocas no microondas, pegou seu tablet e sentou no sofá.
Preparou um textinho lugar-comum para bater na entrevista concedida pelo presidente do Vasco antes mesmo dela começar. Quando começou, sequer piscava, enquanto devorava ansiosamente o seu milho estourado, quase não percebendo que lambia os dedinhos para remover o sal.
Depois, quando terminou, ficou encafifado, como muitos outros. Pensou consigo: “como a gente prepara vaias e xingamentos usando a torcida argentina parceira, como fizemos no jogo contra o Vitória em São Januário até na hora da cobrança do pênalti a favor do Vasco, e este sujeito consegue ser o maior assunto comentado em rede social no país menos de uma semana depois, após uma reles entrevista para jornalistas pautados por nós?”
Nervoso e incrédulo, comeu também os milhos não estourados. Escovou os dentes. Mas, sem respostas, só conseguiu dormir depois das 3 da matina.
O Maracanã reabriu as portas hoje após as Olimpíadas. Pelo estado do gramado se percebe o furacão que passou por ali sob a batuta da Odebrecht e seus asseclas.
Os ingressos para a partida que lá ocorreu começaram a ser vendidos há dias. Contudo, não havia sequer o laudo que deve ser emitido pelo Corpo de Bombeiros. Laudo que só foi emitido no dia de ontem, quando estima-se que mais de 40 mil ingressos já haviam sido negociados.
E se o laudo do zeloso Corpo de Bombeiros, que tanto se preocupa com São Januário, previsse uma restrição de público de, digamos, 30 mil pessoas? Como se começa a venda de ingressos para uma praça que não dispõe de documentação necessária?
Com a palavra, o promotor Rodrigo Terra. Ou será que desta vez ele se omitiu?
O The Globe não se emenda. E tenta fazer com que o respeitável público aceite suas verdades.
Publica em sua página de rosto hoje que o Maracanã é casa do Flamengo. Imagina que a escumalha possa se convencer de que o Flamengo tem uma casa paga por todos, especialmente não flamenguistas. Ainda que o Flamengo seja um clube sem estádio.
Falso. O Maracanã é do povo do Rio de Janeiro, em que pese a tentativa de entrega do estádio aos pivôs dos escândalos de corrupção nacional.
O Maracanã é do povo do Rio de Janeiro, que por ele pagou quantias superfaturadas em muito, em que pese o sonho de asseclas do Mr. X, coincidentemente um, especificamente, dirigente do “dono da casa”. Eles, que queriam fazer do estádio aquilo que o The Globe tenta nas suas manchetes circenses.
O Maracanã não é e nunca será do Flamengo. Assim, dele não pode ser residência. Quando muito, o contrato é de aluguel de temporada. Inquilino. Usuário eventual. E que contente-se com isso.
Sintonize no Canal CNT amanhã para ver entrevista de Eurico Miranda, presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, que será veiculada na emissora a partir das 22 horas.
No dia 01 de março de 2003, um sábado de Carnaval, o Vasco conquistava a Taça Guanabara após empatar em 1 a 1 com o rival da Gávea.
A festa do título teve direito até a distribuição, dentro do gramado, de bolinhos de bacalhau por parte da diretoria cruzmaltina, numa resposta ao então presidente rubro-negro Hélio Ferraz, que havia dito que comemoraria o título comendo a iguaria lusitana após o fim do jogo.
Petkovic foi um dos que se mostraram contrariados com a comemoração antecipada por parte do rubro-negro, criticando a atitude dos dirigentes do seu ex-clube:
“O Flamengo desrespeitou o Vasco o tempo todo. Durante a semana já dava a conquista da Taça Guanabara como certa. Acabou pagando um preço alto por isso”.
Vamos relembrar a conquista da 11ª Taça Guanabara da história cruzmaltina !
“Na final da 38ª Taça Guanabara, jogando melhor desde o princípio, a equipe do Vasco trazia problemas constantes à meta do arqueiro adversário, Júlio César. Além disso, o clima tenso da disputa permeava a atitude dos jogadores na cancha.
Com um minuto de jogo, Fábio Baiano, do Flamengo, cometeu falta dura sobre o zagueiro Wellington Paulo, numa dividida da área vascaína. Aos nove, Wellington Monteiro agarrou por trás o rubro-negro Jorginho. Finalmente, aos 20 minutos, o primeiro cartão amarelo do espetáculo. André Gomes, do Fla, tentou dar um chapéu em Wellington Monteiro, mas este se recuperou na jogada, ganhando a dividida. No desespero, André Gomes atingiu o peito do adversário, erguendo por demais o pé no lance, o que ensejou a advertência formal do juiz.
Cinco minutos após, o lateral vascaíno Russo disparou em velocidade pelo lado direito, campo de ataque do seu time, e foi derrubado por trás pelo próprio André Gomes. O árbitro Carlos Jorge Moreira preferiu não mostrar o segundo cartão amarelo ao reincidente infrator, que permaneceria naquele combate até ser substituído no comecinho do segundo tempo.
A melhor postura no gramado premiaria a equipe de São Januário, com a abertura do placar aos 31 minutos, através de Wellington Monteiro, após belo passe de Marcelinho Carioca. O próprio Marcelinho viria a perder ainda duas chances cara a cara com o goleiro para ampliar o marcador: a primeira delas desperdiçada próximo ao término da etapa inicial e a segunda no início do período final , sendo que em ambas errou por pouco o alvo.
O confronto , na etapa complementar, seguia com as duas equipes próximas do gol. O Fla tentando pressionar e o Vasco perigoso a cada contragolpe. Aos 27 minutos, Athirson recebeu em posição legal e marcou aquele que seria o gol do empate rubro-negro, porém, foi erradamente marcado o impedimento. Cinco minutos depois o Fla igualou o marcador, pondo fogo no jogo.
Dali em diante, a partida ganhou em emoção e nervosismo, com duas expulsões aos 43 minutos (uma pra cada lado), invasão do gramado por parte de um torcedor vascaíno, aos 46, paralisando o clássico por um minuto exato, um derradeiro cartão vermelho aplicando sobre outro atleta da equipe vermelho e preta no minuto seguinte, mas sem alteração do escore até o fim.
Embora houvesse a remotíssima chance de o Americano vir a conquistar a Taça Guanabara caso vencesse o Friburguense no jogo a ser realizado quatro dias depois, em Campos, por oito gols de diferença (as duas equipes viriam a empatar em 0x0), a taça de campeão foi erguida pelo Vasco ainda no gramado, junto à farta distribuição de bolinhos de bacalhau, comandada por Eurico Miranda, em resposta às declarações dadas pelo presidente rubro-negro Hélio Ferraz durante a semana. Este vaticinara a vitória do Fla no clássico e já antecipara seu desejo de celebra-la comendo um bacalhau bem saboroso.
Atletas e torcedores invadiram o campo para festejar a conquista e se esbaldaram.”
Fonte: Livro “Eurico Miranda – Todos contra ele” – Sérgio Frias
Compacto do jogo:
https://youtu.be/4mv7rys8qPA
A ficha da partida:
Vasco Da Gama 1 x 1 Flamengo (RJ)
Data: 01/03/2003
Campeonato Estadual
Local : Estádio Do Maracanã (Rio De Janeiro – RJ)
Arbitro : Carlos Jorge Lopes Moreira
Público : 25.781
Gols : Wellington (Vasco 31/1ºT) e Zé Carlos (Flamengo 32/2ºT)
Expulsão : Marcelinho (Vasco) e Fernando e Jorginho (Flamengo)
Vasco – Fábio, Russo, Alex, Wellington Paulo, Wellington (Siston), Henrique (Rogério Corrêa), Bruno Lazaroni, Petkovic, Marcelinho, Cadu e Valdir (Léo Lima) Técnico : Antônio Lopes
Flamengo – Júlio César, Alessandro, André Dias, Fernando, Athirson, Jorginho, André Gomes (Jean), Fábio Baiano (Fabiano Cabral), Felipe, Zé Carlos e Fernando Baiano (Andrezinho) Técnico : Evaristo Macedo
A recepção entusiasmada no Aeroporto Santos Dumont ao artilheiro Luis Fabiano teve requintes de festa de título: cânticos, bandeirões, povo transbordando praça, rua, saguão, laje, telhado e levando nos ombros não um mero jogador, mas um símbolo, um troféu. Os vascaínos que ali estavam não gritavam sangrando gargantas por um nome, mas sim pela grandeza do clube. Havia ali um silencioso contrato: estamos aqui em comunhão pelo Vasco, caro Fabuloso, e você é convidado de gala para ver de camarote o que representa a gigantesca torcida cruzmaltina. Faça simplesmente o que bem sabe dentro de campo e terá em retorno o mesmo carinho de hoje multiplicado.
Os sites de imprensa tentaram dar conta do que viam, atarantados que estavam com a presença maciça de cruzmaltinos saindo de todos os cantos da cidade. Numa hora jogaram 300 pessoas, aumentaram para 1.000, depois para 2.000, passearam bêbados para 3.000 e muitos presentes dizem que mais de 4.000 vozes foram ouvidas numa quente manhã de verão carioca.
Brados que sufocam quem ainda crê por má-fé ou estupidez que o clube se apequenou, isso ou aquilo. Balelas velhas já conhecidas de outros tempos escritas e reescritas pela imprensa rançosa de pele rubro-negra e ecoadas, infelizmente, por alguns envergonhados que se dizem vascaínos. Um gigante do porte do Club de Regatas Vasco da Gama continuará eternamente como sua essência desde a fundação o definiu: pioneiro, que supera adversidades impostas por elites, campeoníssimo no que desejar ser e verdadeiramente popular sem benesses governamentais para crescer. E sempre a pedra no sapato, o bico na porta da festa, a mosca na sopa do desejo de unanimidade.
Irão dizer os lógicos e racionais de antolhos: “Oras, mas vocês estão comemorando que feito? Por que essa pompa e circunstância para um veterano atacante? Deviam se envergonhar, abaixar a cabeça”.
Eles não sabem o que dizem, ou pior, sabem muito bem do alto das penas cafajestes. Há quase um século é tarefa diuturna dessa turma, seus pais, avôs e bisavôs, propalar a pequenez do clube do subúrbio, que não está no patamar dos grandes do Rio, que não pode jogar campeonato x ou y por contar com jogadores negros e operários, que não pode participar de certames sem possuir estádio próprio, que tudo que vem vestido com faixa diagonal no peito e sangrado de Cruz de Malta é menor, feio e mal gerido. Luis Fabiano representa o feito vascaíno da vez a ser menosprezado. Por isso e por outras razões, o AeroFabuloso de hoje (como a torcida bem apelidou o evento nas redes sociais) significa mais do que aparenta.
Trazer o bom centroavante da Seleção Brasileira da Copa de 2010 e de tantos momentos em grandes clubes não foi negociação das mais fáceis, costurada pacientemente por algumas mãos e olhares que insistiram por semanas a fio na resolução de conflitos burocráticos. Entraves ultrapassados, juntou-se às demais contratações do time para uma temporada que promete bons ventos, mesmo que os rabugentos contumazes de sempre murmurem entre dentes raivosos que não dará certo. O artilheiro com cerca de 400 gols na carreira é de longe o maior de todos goleadores na Série A do Brasileirão e junto à nau comandada pelo almirante Nenê deve seguir sua toada de marcar gols como quem bebe água. Se as chances criadas aos montes pelo time em campo já eram referendadas pelos sites especializados em estatísticas, o arremate final chegou.
O Fabuloso adentra a família cruzmaltina numa semana em que a imprensa bate no tema Vasco x Flamengo à sua moda antiga: propagando belezas táticas e técnicas do lado de lá, entrevistando um centroavante baratinado rubro-negro que crê ser sempre favorito mesmo sem ter vencido sequer um dos clássicos que disputou e apimentando polêmicas onde não há quando fala sobre jogo com torcida única (nessas horas, ler o óbvio regulamento é secundário para os digníssimos). Por sorte e evolução dos tempos, as redes sociais e seus múltiplos ecos acabam com essas fumaças mais rapidamente do que décadas atrás quando uma “verdade impressa” se fosse negada apenas virava uma nota de rodapé de centímetros ou nem isso. E voam belos gracejos e piadas de volta relembrando os nove jogos de freguesia que, por algum tipo de amnésia, foram apagados das edições dos jornalões.
Porém, infelizmente, há uma nova espécie de vascaíno a ser estudada, que vem crescendo sutilmente na última década e meia: aquele que faz da insatisfação seu mote, sua assinatura. Um vascaíno com melancolia botafoguense, arrogância tricolor e desfaçatez flamengueira. Muitos apenas exalam a reles politicagem travestida de fetiche contra suspensórios e charuto, nem sequer escondem como mal embaralham uma instituição centenária com a ira bíblica a um cidadão. Outros por tolice descomunal se empoleiram feito papagaios na facilidade do discurso midiático de sempre por vergonha, paúra ou tibieza do que os outros vão dizer. Para o azar deles, não poderão dizer ao fim de 2017 os lemas apopléticos e apocalípticos “Eu avisei! Eu disse!”. Que o tempo faça o favor de incendiar as línguas ferinas de hoje.
O que fica para a História é que o Vasco e Luis Fabiano hoje desfilaram triunfais sob olhares assustados e ressentidos dos mesmos de sempre, mas, sobretudo, se irmanaram a milhões de vascaínos que professam a mesma fé nesta comunidade de sentimento Gigante de Norte a Sul do Brasil.
No dia 20 de fevereiro de 1982, o Vasco vencia o Peñarol por 1 a 0, gol de Da Costa no último minuto da prorrogação, e conquistava o Torneio do Uruguai.
Para chegar a final, o Gigante da Colina eliminou o Defensor nos pênaltis por 4 x 3, após empate em 2×2 no tempo normal. Já o Peñarol derrotou o Internacional-RS também nas penalidades máximas (3×1), após empate em 1 a 1 nos 90 minutos.
As equipes uruguaias seriam as representantes do país na Taça Libertadores daquele ano, competição que o Peñarol viria a conquistar após eliminar o Flamengo na fase semi-final em pleno Maracanã.
Vamos recordar mais esta conquista do Vascão !
“O Vasco obteve ontem no Estádio Nacional o primeiro titulo para o futebol brasileiro em 1982 ao vencer o Peñarol por 1 a 0, gol de Da Costa, aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação. Da Costa aproveitou com oportunismo e talento uma bela jogada em profundidade iniciada por Renato Sá e concluída por Roberto, que deixou a bola na medida para o toque sutil de Da Costa. Era o gol do titulo do Torneio Internacional de Verão.”
(Jornal do Brasil – 21/02/1982)
“O Vasco conquistou o Torneio de Verão ontem à noite, ao vencer o Peñarol por 1 a 0, gol do ex-juvenil Da Costa no ultimo minuto da prorrogação — o tempo normal terminou empatado em 0 a 0 — e recebeu um lindo troféu, garantindo ainda o direito de disputar contra o campeão da Recopa (competição entre os campeões das copas nacionais da Europa) um troféu, em agosto, em Tóquio. A delegação do Vasco chega hoje ao Rio, às 13h40 minutos.
O primeiro tempo não foi dos melhores. Os dois times apresentaram-se muito lentos e sem muita inspiração. Mesmo assim surgiram muitas chances de gols para ambos.
Sem Ricardo, sacado do time por Antônio Lopes pelas reclamações do apoiador durante a sua substituição, na quinta-feira, e sem Rondineli, vetado pelo medico logo após o almoço, mas com Cláudio Adão no meio campo ao lado de Dudu e Marquinhos — Silvinho entrou na ponta-esquerda —, o Vasco sentiu muita a falta dos titulares e também o piso do estádio (enlameado por causa das fortes chuvas de ontem, que obrigou o retardamento do inicio (das 17 para as 18 horas) e por isto errou muitos passes.
Os erros do Vasco foram mais na defesa e no meio-campo, principalmente na cabeça de área, onde Dudu, muito gordo, não rende o suficiente na marcação ao ataque adversário. E foi por ali que o Peñarol encontrou facilidade, fazendo muitas vezes Mazaropi sair para interceptar a passagem dos atacantes uruguaios, agarrando a bola ou colocando-a a córner. O Peñarol teve pelo menos quatro ótimas chances de marcar: aos 11, com Falero, aos 28 através de Sanjoriato, e aos 32 e 34 minutos por intermédio de Morena. O Vasco teve duas: aos 6, num chute forte de Pedrinho, depois de uma boa triangulação de Silvinho e Roberto, e aos 17 minutos, por intermédio de Adão, que após driblar toda a defesa chutou por cima com perigo.
O segundo tempo foi praticamente a cópia do primeiro, ou seja, os dois times continuaram praticando um futebol feio, sem inspiração e sem nenhuma empolgação, o que levou o público presente a vaiar o jogo, irritado com o mau futebol e com a chuva que caiu ontem à tarde nesta cidade.
Como no primeiro tempo, na etapa final aconteceram alguns lances perigosos de gols para ambas as equipes, mas o placar continuou o mesmo 0 a 0. O Peñarol teve três excelentes chances aos 20, através de Ortiz que chutou forte e à direita de Mazaropi, após indecisão da zaga vascaina. Aos 23 minutos, Jair acertou um chute forte, da ponta-direita obrigando Mazaropi a colocar a córner; aos 25 minutos, Abaldi acertou um chute forte da entrada da área, mas a bola bateu em Ivan indo para córner. O Vasco teve pelo menos duas chances: aos 24 minutos, Roberto deu a Marquinhos que bateu cruzado com perigo para o Peñarol e aos 30 minutos, Roberto iniciou contra-ataque e lançou Adão entre os zagueiros, mas o atacante não foi feliz na conclusão.
A prorrogação – Na prorrogação, ao contrário dos 90 minutos, os dois times praticaram um futebol competitivo e com muitos lances de emoções, procurando o gol. O primeiro tempo terminou empatado em 0 a 0. Veio o segundo tempo e já no ultimo minuto Da Costa foi lançado por Roberto e na saída do goleiro tocou por cima, um golaço.”
(Jornal dos Sports – 21/02/1982)
As atuações da equipe cruzmaltina, segundo o Jornal do Brasil:
Ficha do jogo:
Torneio de Verão do Uruguai 1982
Peñarol 0x1 Vasco da Gama
Local – Estádio Centenário (Montevidéu)
Arbitro – Ernesto Felipe (Uruguaio)
Peñarol — Alves, Oliveira, Diogo, Falero e Morales; Ortiz, Jair e Sanjoirato; Yawson, Fernando Morena e Rodrigues.
Vasco da Gama – Mazaropi, Rosemiro, Marajó, Ivan e Pedrinho; Dudu, Marco António, Rodrigues e Cláudio Adão; Zinho, Roberto e Silvinho.
1° tempo — 0 a 0
2° tempo — 0 a 0
Prorrogação: 1° tempo — 0 a 0
Final: Vasco 1 a 0, gol de Da Costa aos 28m
Substituições:
No Peñarol – Gutierez no lugar de Oliveira e Sanjoirato no de Atalde.
No Vasco – Renato Sá no de Silvinho e Da Costa no de Marco Antônio.
Cartão amarelo — Gutierrez (Peñarol)