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Sub-11 conquista a segunda vitória na Copa Dente de Leite

 

Vencedor do Clássico dos Milhões, o Sub-20 não foi a única categoria da base cruzmaltina que fez bonito no fim de semana. No último sábado (22/04), pela terceira rodada da Copa Dente de Leite, o Sub-11 não tomou conhecimento do Volta Redonda e venceu o adversário por 3 a 0. A partida foi realizada no Centro de Treinamento Deodoro e o resultado manteve o Vasco na liderança do Grupo B.

Atual campeão do Rio na categoria, o Gigante não tomou conhecimento do Voltaço. O rival tentou dificultar a vida cruzmaltina nos primeiros minutos, mas a estratégia caiu por terra aos 11, quando Rayan Vitor cobrou escanteio e Kauã Velon testou para o fundo das redes. No lance seguinte, mais um gol do Almirante. Dessa vez, Matheus Ferreira cruzou para área, Rayan chutou em cima do zagueiro e no rebote Wanison completou.

A vantagem não fez o clube de São Januário diminuir o ímpeto no segundo tempo. Ao sete minutos, Rayan lançou Kauã Velon em profundidade, mas ele acabou sendo travado no momento da conclusão. Esperto, o camisa 11 pegou o rebote e passou para Guilherme Esteves, que encobriu o goleiro com um toque de classe e fechou o placar. Já garantido na segunda fase, o Vasco retorna aos gramados no sábado (29), às 10h30, para enfrentar o Goytacaz.

Jogo na íntegra:

Escalação do Vasco: Gabriel Caldeira, Pedro Henrique, Anderson Garcia, Wanison e Guilherme Esteves; Estevam Riquelme, Matheus Ferreira e Miguel Abreu; Kauã Velon, Rayan Vitor e Paulo Roberto. Suplentes: João Marcos, Arthur Júnior, Ruan Paixão, Yago Lemos, Williver Bruno, Luiz Felipe, Matheus Job, Caio da Silva, Lucas Louback, Kayck André e Nicollas Couto. Treinador: Eduardo Júnior.

Fonte: Site Oficial (Texto) / Facebook Copa Dente de Leite (Vídeo)

Sub-20 dá show e supera o Flamengo em São Januário

Classificado! A equipe sub-20 do Vasco da Gama entrou em campo na manhã deste domingo (23/04) contra o Flamengo, pela semifinal da Taça Guanabara. Apesar da vantagem do empate, o time cruzmaltino não tomou conhecimento do rival, controlou o jogo do início ao fim e venceu o Rubro-Negro pelo placar de 3 a 0. Os gols foram marcados por Mateus Vital, Paulo Vitor e Andrey. Com o resultado, o Cruzmaltino vai enfrentar o Fluminense na final da Taça Guanabara, no próximo fim de semana. O dia e local da partida ainda serão definidos.
 
O JOGO
 
Vasco e Flamengo começaram se estudando nos primeiros minutos. Jogando em seus domínios, o time cruzmaltino procurava ditar o ritmo de jogo. Aos sete minutos, Robinho acabou desperdiçando em chute de longa distância. Dois minutos depois o Almirante abriu o placar. Mateus Vital fez jogada individual pelo lado esquerdo de ataque, chutou cruzado, a bola desviou no defensor rubro-negro e entrou: VASCO 1 x 0. 
 
Com o gol, o Vasco começou a criar mais oportunidades. Aos 14 minutos, Bruno Cosendey arriscou de fora da área e a bola acabou passando por cima do gol. O Cruzmaltino ainda teve duas grandes chances em sequência nos pés de Andrey e Dudu. Do outro lado, o Flamengo não conseguia chegar ao gol de João Pedro. 

Mateus Vital em ação diante do Flamengo
 
Quando o cronômetro marcava 40 minutos, o Gigante da Colina ampliou em São Januário. Robinho lançou para Paulo Vitor. O atacante avançou, deixou o marcador no chão e, cara a cara com o goleiro, só tocou para o fundo da rede: VASCO 2 x 0.
 
Com a vantagem no marcador, além de ter o empate a seu favor, o Vasco procurou manter o ritmo de jogo no segundo tempo. Precisando reverter, o  Flamengo chegou a criar com Vinicius, mas não levou muito perigo ao gol vascaíno. 
 
O Cruzmaltino teve uma grande chance aos 34 minutos. Andrey deu caneta no defensor adversário, driblou o goleiro e só precisou tocar para balançar a rede na Colina Histórica. VASCO 3 x 0. Com o placar, os jogadores rubro-negros acabaram perdendo a cabeça e ainda tiveram dois expulsos. 

Paulo Vitor tem dez gols no Campeonato Carioca – Fotos: Paulo Fernandes/Vasco.com,br
Escalação do Vasco: João Pedro, Rafael França, Mayck, Ricardo (Denilson) e Alan Cardoso; Andrey, Bruno Cosendey, Dudu (Pedro Bezerra), Mateus Vital e Robinho (Léo Couto); Paulo Vitor. Treinador: Marcus Alexandre.
 
Fonte: Site Oficial

Reverência a São Januário

Nasci em resposta à elite preconceituosa. Sou, portanto, símbolo da demonstração de força da luta contra o preconceito. Aliás, os que me desafiaram, não tiveram a capacidade, nesses 90 anos, de ousar em algo como eu.

Nasci como o maior das Américas. Fui o primeiro a sediar jogos noturnos no novo continente. Sediei final de Libertadores, aquela que o Gigante venceu em seu centenário, feito exclusivo de um clube Brasileiro. Mas não sou só futebol.

Fui atletismo, natação e tenho um lugar reservado à fé, além da educação e responsabilidade social, cuja natureza do meu Gigante vem dos primórdios. Aliás, sediei memoráveis discursos presidenciais, como, por exemplo, os de Getúlio Vargas, JK, Eurico Gaspar Dutra e Jango.

Falando em Getúlio, como não destacar a promulgação de minha Tribuna de Honra da CLT e a instituição da Justiça do Trabalho aos trabalhadores do Brasil, independentemente da sua preferência clubística. Servi, também, como concentração às forças armadas em difíceis momentos da história. Minha história, aliás, é diretamente entrelaçada com a do Brasil.

Mas não sou só esporte e história. Sou, também, cultura. Sediei, inclusive, desfiles de escola de samba. Minha arquitetura, revolucionária para época em que nasci, é tombada pela magnitude que representa à história e cultura brasileira. Sou, segundo a BBC Londres, a 7a maravilha em termos de Estádio. Sou indubitavelmente um monumento histórico-cultural Brasileiro. E, no auge dos meus 90 anos, completados hoje, sou, sem duvidas, motivo de orgulho.

Muito Prazer, sou o Estádio Vasco da Gama, mais conhecido como São Januário e agradeço por me reverenciarem!

90 Anos – A Alma de São Januário

Estádios com belas histórias há por aí aos montes. Denominados de Monumentais, Gigantes, Olímpicos, Centenários ou terminados em aumentativos grandiloqüentes, eles procuram simbolizar a imponência de um determinado clube ou de uma cidade. Só que não há nome grandioso nem lendas bem contadas lá dos confins do mundo que se comparem ao que o vascaíno sente diante da sua casa consolidada no subúrbio carioca, feito medalha no peito da cidade.

O Estádio Vasco da Gama começou sua caminhada ganhando um nome adotivo, o honroso “São Januário”, santa denominação para a paixão vascaína. Templo, Catedral, Arena, Campo de Batalha, Prado, metáforas todos já ouviram e repetiram. O espaço em que a bola se relaciona com a humanidade ganha palavras mil que tentam decifrar o que se passa ali. Contudo, a Colina Sagrada ultrapassa, para nós vascaínos, as imagens mais usadas para caracterizar uma praça esportiva. Casa, lar, ancoradouro e porto seguro seriam apostas mais próximas do estilo navegante e desbravador do Almirante. Porém, palavra nenhuma no mundo conseguiria se aproximar da essência que corre por aquelas arquibancadas.

Como conseguir dimensionar o quilate de São Januário, um lugar em que cada centímetro da imensa arquitetura carrega um pouco dos vascaínos do Brasil e do mundo que um dia ali pisaram ou quiseram estar em fantasia? Quantos vivos e mortos passaram por São Januário? Não é de se banalizar ter uma casa que viu passar milhões e milhões de vascaínos diferentes em tempos tão opostos. O mesmo espaço, a mesma terra, a mesma geografia vendo a humanidade crescer e crescer. Um bebê nascido em 21/04/1927 hoje pode ter chegado aos 90 anos, mas beira a nossa corriqueira mortalidade. O estádio que ali sempre esteve segue impávido em direção às lonjuras do tempo, até o instante em que todos os vascaínos hoje vivos já não mais estejam. Os vascaínos passaram, passam e passarão pelas pedras de São Januário. O nosso estádio está em cada um de nós e para sempre estará.

Seria “eterno”, então, a palavra mágica para compreender a essência daquele chão?

Dou uma pausa na tentativa de compreender com vãs palavras o nosso estádio nonagenário e me lembro agora de um episódio curioso. Outro dia, numa esquina tijucana, passei por um sujeito vendendo laranjas. Nada mais banal não fosse o cheiro característico que pôs minha memória olfativa a funcionar, me levando a décadas atrás numa fração de segundo. Para minha surpresa, me vi diante dos portões de São Januário lá no início dos anos 80. As frutas descascadas estavam lá com seus vendedores de canivetes em punho. A nitidez da recordação era impressionante. Trazia consigo, de roldão, imagens aos montes do que era para um guri o estádio cruzmaltino. Saudadeei a Capela de Nossa Senhora das Vitórias apontada pelo pai. A sala de troféus vazia, vazia, apenas com um espelho a tornar infinito o panteão de conquistas vascaínas. A pista negra de atletismo em volta do campo. O placar trocado manualmente por um garoto lá longe. As camisas vascaínas de algodão ali tão perto, ao alcance da mão. A dona Dulce Rosalina sentada perto de mim. “Olha o Pai Santana ali ó!”. Em segundos, tinha um São Janu todo pra mim evocado por laranjas.

Todos fomos crianças um dia em São Januário. Como esquecer aquela infância de olhos escancarados para desbravar os segredos da nossa segunda casa? Quantas pequenas coisas descobrimos. O gosto do cafezinho tomado pelo tio angustiado com o resultado do jogo. Ficar olhando lá pra cima e tentar ver os locutores de rádio e televisão nas cabines. Xingar o juiz com palavrões muito maduros para um moleque de sete anos. Vibrar com um gol decisivo. Abraçar aquele grandão desconhecido e ser levantado nos ombros como um troféu. Chegar em casa e imitar as jogadas em peladas intermináveis. Perguntar pro pai sobre o jogo do domingo seguinte. Sonhar com voos sobre as arquibancadas vazias.

A límpida e cristalina verdade é que só os pequeninos cruzmaltinos entendem realmente o lar vascaíno, pois o captam com o encantamento do primeiro olhar. Compreender a história, a arquitetura, os fatos políticos que marcaram o estádio, recordar os grandes jogos, saber quais foram os craques nascidos naquele berço é mais que importante. Entretanto, a alma de São Januário vaga nos desvãos, nos corredores desconhecidos. É o inexplicável que o Homem cisma em tentar entender. A alma de São Januário brincará com cada um que tentar investigar, pesquisar, escarafunchar seus alicerces de tantas epopéias. Nenhuma lógica racional conseguirá um dia dar conta inteiramente do que é tamanha edificação. Para tanto só voltando a ser menino, mesmo que em puro devaneio, entrando no gramado sacrossanto de mãos dadas com craques de camisas vascaínas.

Para todo o sempre, respira em São Januário a alma cruzmaltina de milhões e milhões. E basta ser criança para entender a eternidade.

Rafael Fabro

Os 90 Anos de São Januário

 

Por Centro de Memória do Vasco

O Estádio Vasco da Gama completa 90 anos! Com a sua história de fundação singular e a sua utilização ao longo do tempo como palco de grandes manifestações populares e marcos importantes para o país, a “casa vascaína” escapou da serventia tradicional de arena esportiva e se colocou no decorrer de sua gloriosa existência como parte da história política e cultural brasileira, tornando-se um verdadeiro patrimônio nacional.

O surgimento de São Januário remonta à luta do Vasco em poder colocar em prática a sua política de seleção de jogadores sem distinção de raça ou condição social. No ano de 1923, o Vasco conquistou o seu primeiro título de Campeão Carioca. Com uma equipe recheada de jogadores das camadas populares, conseguiu desbancar um a um os seus adversários. Fazendo uma campanha espetacular, o Clube fez história ao ser o primeiro a conquistar este campeonato com jogadores negros e brancos de baixa condição social, abalando a estrutura do racismo e do preconceito social vigentes no futebol do Rio de Janeiro, então Capital Federal.

A façanha vascaína levou uma mensagem de igualdade para todo o país e revoltou os clubes que comandavam o futebol da Liga Metropolitana e monopolizavam os títulos de “Campeão da Cidade”, o que conhecemos atualmente como Campeonato Carioca. Nos primeiros meses de 1924, ocorreu uma cisão que resultou na criação de outra liga, a Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA), cujos clubes fundadores foram o América FC, o Bangu AC, o Botafogo FC, o CR do Flamengo e o Fluminense FC.

Baseando-se no discurso da necessidade de se ter maior controle sobre “a moral no esporte” (o que encobria o racismo e o preconceito social existentes) e da obrigatoriedade de se defender um futebol que fosse puramente amador (isso, na verdade, não era praticado por nenhum clube da Liga Metropolitana), as elites visavam encobrir a luta pelo controle de uma entidade que regesse o futebol carioca e, consequentemente, administrasse os crescentes recursos financeiros mobilizados em torno da sua prática institucionalizada.

A AMEA convidou o Vasco para participar de seu primeiro campeonato, em 1924. Contudo, as condições para a sua participação eram extremamente desfavoráveis. A principal exigência era a exclusão por parte do Clube de 12 jogadores, dentre eles 7 dos que haviam conquistado o campeonato do ano anterior. Esses homens foram apontados pela Sindicância da nova liga como indivíduos despossuídos de condições morais para a prática do futebol. Foram excluídos com base no critério do analfabetismo e das condições e natureza das suas profissões.

A verdade era que os estatutos da nova entidade tinham por objetivo impedir que clubes montassem equipes competitivas com jogadores das camadas populares e, consequentemente, tivessem condições de conquistar o campeonato, o que o Vasco havia feito. Além disso, privilegiavam-se àqueles clubes que já possuíam melhor estrutura, em detrimento dos demais, pois, era preciso ter uma “praça de exercícios atléticos e desportivos […]” que satisfizessem as exigências da AMEA. Posição esta reforçada pela entidade no dia 06 de abril de 1924, quando emitiu resoluções que obrigavam os clubes não-fundadores como o Vasco a terem que disputar uma espécie de seletiva, na qual seriam rebaixados para a segunda divisão “dous clubs não fundadores menos desenvolvidos em installações materiaes, organização techinica, administrativa e prática de exercicios physicos e esportivos”.

Em resposta às exigências preconceituosas da AMEA, o então presidente vascaíno, José Augusto Prestes, emitiu um ofício comunicando que desistiria de fazer parte da nova entidade por “não se conformar com o processo porque foi feita a investigação das posições sociaes desses nossos consócios, investigação levada a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa” (Ofício nº261, 07 de abril de 1924).

A negativa vascaína em 1924 se popularizou como sendo uma “Resposta Histórica”, que representou e representa o repúdio total da entidade ao racismo e ao preconceito social no futebol e no esporte como um todo. O Vasco, por não acatar as condições que lhe foram impostas, retorna para a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT).

A força da Instituição, baseada no seu corpo associativo e na capacidade do Clube de atrair uma grande massa de torcedores, fazia com que o Vasco não pudesse ser relegado pelos demais. O Vasco conquistaria de forma invicta o Campeonato Carioca, o primeiro dos seis que ostenta atualmente, sagrando-se Bicampeão Carioca. (1923-1924). No ano seguinte (1925), o Vasco seria novamente convidado a fazer parte da AMEA. O Clube aceitou o convite e levou consigo todos os seus jogadores.

Embora na própria “Resposta Histórica” o Vasco faça um protesto quanto à forma que a Instituição era tratada por não possuir melhores “installações materiaes”, ainda havia uma resposta mais taxativa a ser dada: a construção de um estádio próprio. Impulsionados pela tentativa dos ditos “grandes clubes” em enfraquecer o Vasco, os dirigentes vascaínos já debatiam seriamente desde 1924 a compra de um terreno para a construção de um estádio próprio, enxergado como meio de se obter total autonomia para o Clube. O processo de construção da “casa própria” vai tomando corpo, até que no dia 28 de março de 1925, o Vasco adquiria a terreno onde seria erguido o seu Estádio. Os dirigentes vascaínos hastearam o pavilhão do Clube no local, no dia 20 de dezembro de 1925.

Após esse esforço inicial, era preciso angariar recursos para o erguimento do estádio. Iniciava-se, então, uma campanha histórica para a construção da “casa vascaína”. As três principais ações nesse intuito foram: uma gigantesca campanha para atrair novos sócios, que ficaria conhecida como “campanha dos 10 mil”; as contribuições individuais de vascaínos e vascaínas; e o lançamento de debêntures no mercado, ou seja, títulos de créditos ao portador.

No decorrer dessa mobilização vascaína, o contrato entre o Vasco e construtora Christiani & Nielsen foi firmado em 17 de abril de 1926, assinando-o pelo Vasco o então Presidente Raul da Silva Campos, e Harald Broe, pela empresa construtora. A Cristiani & Nielsen, de origem dinamarquesa, teve como fundadores o engenheiro Rudolf Christiani e pelo Capitão de Marinha Aage Nielsen. Anos antes (1923/1924) foi responsável pela construção da sede do Jockey Club Brasileiro.

O Lançamento da Pedra Fundamental do Estádio ocorreu no dia 06 de junho de 1926 e reuniu dentre outras autoridades, os dirigentes do Vasco, torcedores e o então prefeito da Capital Federal, Alaor Prata. Além da assinatura da Ata de Lançamento pelo Prefeito e dirigentes vascaínos, houve a inserção de uma espécie de “cápsula do tempo” no subsolo do futuro estádio, contendo moedas, jornais e outros objetos da época.

O ritmo das obras foi acelerado, apesar das tentativas de dificultarem a façanha vascaína. Uma dessas dificuldades ocorreu quando o Vasco solicitou a importação do cimento belga, que era de melhor qualidade em comparação ao brasileiro. A importação foi barrada e o Vasco se viu obrigado a utilizar o cimento nacional. A solução encontrada para vencer esse obstáculo foi reforçar ainda mais as estruturas do estádio: para cada uma parte de cimento, foram colocadas duas e meia de areia e três e meia de pedra britada. Nada parava o Vasco, o Clube erguia o seu gigante de concreto.

Na tarde de 21 de abril de 1927, o Gigante da Colina dava ao Brasil o maior estádio da América do Sul. O Estádio do Vasco foi todo construído com recursos próprios da Instituição, sem qualquer contribuição de dinheiro público. Os 40 mil torcedores que acompanharam a inauguração ficaram impressionados com a beleza e a imponência do estádio vascaíno.

Coube ao aviador português, Major José Manuel Sarmento de Beires, o ato simbólico de cortar a fita inaugural, ao lado do Presidente do Vasco, Raul da Silva Campos, e do Presidente da Confederação Brasileira de Desportos, Oscar Rodrigues da Costa. O Presidente da República, Washington Luís, também estava presente e assistiu aos eventos do dia da Tribuna de Honra.

A partida de futebol da inauguração, disputado pelo Vasco contra a equipe do Santos, de São Paulo, significou pouco se comparado ao que representava aquele marco histórico. O Vasco, em resposta àqueles que queriam diminuí-lo e enfraquecê-lo, e igualmente, em resposta àqueles que gostariam de ver o futebol marcado pelo racismo e pelo preconceito social, fez surgir um verdadeiro templo do povo.

A “casa do Vasco” também passou a receber partidas de outros clubes e da própria seleção brasileira. A equipe principal do Vasco já atuou em 1475 partidas de futebol, com 965 vitórias, 309 empates e 201 derrotas (não contabilizamos jogos do Torneio Início a título de estatística para partidas de futebol). A equipe vascaína marcou 3419 vezes e sofreu 1372 gols, mantendo um saldo positivo de 2047 gols. Dentre esses 1475 jogos, veja a lista a seguir com os dez momentos esportivos mais marcantes do Vasco no Estádio:

1º – 15/05/1927 – Vasco 3×1 Flamengo/RJ – Primeiro Vasco e Flamengo em São Januário. A equipe vascaína “sobrou em campo”. Mesmo carecendo de reforços, estando em processo de reformulação de seu elenco e ainda sentindo os efeitos de todo o esforço financeiro para erguer o maior estádio da América do Sul, o “Gigante da Colina” venceu a partida por 3 a 1 e conquistou sobre o Flamengo o troféu “O Pregão da Victoria”.

2º – 31/03/1928 – Partida de inauguração dos refletores do Estádio. Primeira partida noturna de São Januário e primeira partida internacional do Vasco no estádio. Mais de 60 mil torcedores estiveram presentes (dados oficiosos);

3º – 09/11/1930 – Vasco 6×0 Fluminense/RJ – Maior goleada da história deste Clássico;

4º – 26/04/1931 – Vasco 7×0 Flamengo/RJ – Maior goleada da história do “Clássico dos Milhões”;

5º – 25/05/1949 – Vasco 1×0 Arsenal/ING (Amistoso Internacional) – O famoso clube londrino, um dos mais tradicionais e populares da Inglaterra, fundado em 1886, havia se sagrado mais uma vez campeão na temporada de 1947/48 e era exaltado como um dos melhores times do mundo. Mais de 60 mil torcedores estiveram presentes (dados oficiosos);

6º – 06/12/1992 – Vasco 1×1 Flamengo/RJ – O Vasco ratifica a conquista do Campeonato Carioca de 1992, ao terminar a campanha de forma invicta;

7º – 12/08/1998 – Vasco 2×0 Barcelona (Equador). Primeira partida da Final da Libertadores. Vasco 2×0 Barcelona (Equador);

8º – 06/12/2000 – Vasco 2×0 Palmeiras/SP. Primeira partida da final da Copa Mercosul, que seria conquistada pelo Vasco.

9º – 20/05/2007 – Vasco 3×1 Sport/PE. Partida do milésimo gol do Romário;

10º – 01/06/2011 – Vasco 1×0 Coritiba/PR. Primeiro jogo da final da Copa do Brasil. O Vasco dava o pontapé inicial para a conquista do campeonato.

Para além do futebol, São Januário foi sede de eventos culturais e políticos que marcaram o Brasil. No estádio vascaíno, Getúlio Vargas pronunciou vários discursos, especialmente, no Dia do Trabalhador (1º de Maio) e no Dia da Independência (07 de Setembro). Geralmente, na comemoração da Independência, o maestro Heitor Villa Lobos regia corais orfeônicos com milhares de jovens e crianças de escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro. Além de Getúlio, o estádio vascaíno teve a presença de outras figuras importantes da política nacional em eventos históricos, como Luiz Carlos Prestes, Juscelino Kubitschek, Eurico Gaspar Dutra, João Goulart e outros. Na “casa vascaína” também foram realizados desfiles de escolas de samba, em 1945, a Portela sagrou-se campeã. Veja a seguir os dez eventos não-esportivos mais marcantes que ocorreram no Estádio Vasco da Gama:

1º – 01/05/1940 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador. Neste evento houve a assinatura de instituição do Salário Mínimo pelo Decreto-Lei nº 2.162, de 1º de Maio de 1940;

2º – 01/05/1941 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador. Neste evento houve a instalação oficial da Justiça do Trabalho no Brasil. Em 1941, realizou-se a inauguração e o real funcionamento da Justiça do Trabalho no país, estruturada pelo Decreto-Lei nº 1.237/1939;

3º – 07/09/1942 – Comemorações do Dia da Independência; Realização da Hora da Independência. Cerimônia em comemoração ao Dia da Independência, com a presença e discurso de Getúlio Vargas, Presidente da República. A primeira após a entrada oficial do Brasil na Segunda Guerra Mundial. O maestro Villa Lobos regeu grande coral orfeônico formado por jovens e crianças das escolas públicas e particulares;

4º – 07/02/1945 – Desfile Oficial de Carnaval das Escolas de Samba do Rio de Janeiro. A Portela sagrou-se campeã.

5º – 01/05/1945 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador;

6º – 23/05/1945 – Comício de Luiz Carlos Prestes. Semanas após deixar a prisão devido à anistia concedida pelo presidente Getúlio Vargas, o líder comunista Luiz Carlos Prestes falou para cerca de 100 mil pessoas no Estádio de São Januário, em organizado pelo Partido do Brasil (PCB);

7º – 12/08/1950 – Comício de Getúlio Vargas, candidato à Presidência da República;

8º – 01/05/1951 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador;

9º – 01/05/1952 – Discurso proferido pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, por ocasião do Dia do Trabalhador;

10º – 01/05/1957 – Discursos proferidos pelo Presidente da República, Juscelino Kubitschek, e pelo Vice-Presidente da República, João Goulart, por ocasião do Dia do Trabalhador;

No intuito de prestarmos uma homenagem a este monumento à igualdade no esporte e de demonstração da grandeza do Vasco, destacamos fatos históricos que ressaltam a importância do Estádio de São Januário. Ao olharmos para o passado glorioso do nosso Vasco, apontamos para um futuro ainda mais próspero, levando em nossos corações um velho ditado vascaíno: “O Vasco é um clube rico, de adeptos trabalhadores e dedicados”.

Sub-20 vence São Paulo no primeiro jogo das oitavas da Copa do Brasil

Dudu em ação contra o São Paulo na Colina- Fotos: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

O Vasco da Gama largou na frente na briga por uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil sub-20. Pelo jogo de ida das oitavas, o Gigante da Colina venceu o São Paulo por 1 a 0 no Estádio de São Januário. Com o resultado, o Cruzmaltino conquistou o direito de jogar por um empate na partida de volta, que acontecerá na próxima semana em São Paulo, no Centro de Treinamento de Cotia, casa do Tricolor.

 
O JOGO
Como era esperado, o duelo de duas das maiores equipes do Brasil foi bastante equilibrado ao longo de toda a etapa inicial. Mesmo atuando fora de casa, o São Paulo manteve sua característica e ficou mais com a bola no seu pé. O Vasco, como de costume, adotou a estratégia de pressionar a marcação e sair de forma rápida nos contra-ataques. As chances de gol foram poucas no primeiro tempo.

Robinho finaliza com perigo durante o primeiro tempo
Aos sete minutos, Paulo Vitor foi lançado na ponta direita, se livrou da marcação e chutou no lado de fora da rede. O Tricolor buscou responder com seu trio ofensivo, composto por Bissoli, Frizzo e Caíque, mas não conseguiu vencer a retaguarda cruzmaltina. A melhor chance do São Paulo foi uma cobrança de falta no derradeiro minuto. O Gigante da Colina, em contrapartida, colocou Lucas Paes para trabalhar, em especial aos 13, quando Mateus Vital puxou contra-ataque e serviu Robinho, que chutou com perigo.
Disposto a conquistar uma vantagem, o Vasco retornou do intervalo com uma outra postura. A pedido de Marcus Alexandre, o time adiantou a marcação e passou a dificultar a saída de bola do São Paulo. A primeira oportunidade, entretanto, foi Tricolor. Aos seis, Caíque cabeceou para defesa de João Pedro. A resposta dois minutos depois, quando Dudu recebeu de Mateus Vital e chutou forte para intervenção de Lucas Paes. O camisa 1 rival nada conseguiu fazer no minuto seguinte, quando Cosendey fez grande jogada e cruzou para Paulo Vitor abriu o placar: VASCO 1 x 0.

Paulo Vitor marcou o gol cruzmaltino contra o São Paulo

Em desvantagem, o São Paulo se lançou ao ataque em busca do empate, mas só levou perigo de fato aos 43 minutos, quando após rápido contra-ataque pela direita, a bola ultrapassou João Pedro e Ricardo salvou em cima da linha. O Gigante da Colina teve boas chances antes do apito final, em especial com Paulo Vitor e Mateus Vital, mas o placar não foi alterado: VASCO 1 x 0.

Escalação do Vasco: João Pedro, Léo Couto, Mayck, Ricardo e Alan Cardoso; Andrey, Bruno Cosendey, Dudu (Moresche), Mateus Vital e Robinho (João Victor); Paulo Vitor. Treinador: Marcus Alexandre.


Mateus Vital disputa a bola com zagueiro tricolor- Fotos: Paulo Fernandes/Vasco.com.br
 
Fonte: Site Oficial

Valeu!

O basquete masculino do Vasco deixou hoje o Novo Basquete Brasil, ao perder por 3×2 a série de playoffs diante do Pinheiros, de São Paulo. 

Foi a volta do clube à principal competição nacional da modalidade, após anos de ausência. Apenas este fato já mereceria ser destacado. 

Nossa homenagem e gratidão ao Presidente Eurico Miranda e ao Vice-Presidente de Quadra e Salão, Fernando Lima, por terem acreditado com sacrifício em um projeto desafiador, mas que segue valendo à pena. 

Vamos adiante, rumo a novas conquistas.

CASACA!

Para informação dos desavisados

“A 17ª Câmara Cível do Rio condenou Eurico Miranda, presidente do Vasco, a mostrar a relação dos participantes da eleição de novembro de 2014 e o livro de assinaturas dos associados que votaram.Trata-se de uma ação feita por Julio Brant, candidato derrotado no pleito. Ele suspeita que teve gente votando mais de uma vez e até usando títulos de falecidos.”

Fonte: Blog do Ancelmo Góes – O Globo

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Nota do CASACA: 

Para informação dos desinformados, por falta de conhecimento ou má fé. Nas eleições de 2014, Eurico Miranda foi mero concorrente. O pleito foi organizado por membros da administração anterior. Lembre-se que foi a chapa de Brant que adiou as eleições de agosto para novembro, oferecendo tempo para que seus pares da então gestão “organizassem” tudo, até o pleito, além de suspeitas confissões de dívidas.

Portanto, é falsa a informação de que “a Justiça condenou Eurico Miranda”. Ela “condenou” o Vasco. Como atual Presidente do Vasco, sim, Eurico deverá apresentar a documentação solicitada pela Justiça. E só. 

No afã de criminalizar o vilão de sempre, tropeços derivados do mau jornalismo poderiam ser evitados com alguma pesquisa. Mas o ódio dá de ombros para a desinformação, ou para a “informação” desprovida de verdade e caráter.

CASACA! 

Vasco bate Botafogo e conquista o 10º título da Taça Rio de sua história

 
Com show da torcida vascaína, o Vasco venceu o Botafogo, por 2 a 0, no Estádio Nilton Santos. Os gols foram marcados por Douglas e Luis Fabiano, que desencantou e garantiu o 10º título da história da equipe da Taça Rio. 

Nenê em ação contra o Botafogo – Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

O JOGO
 
Logo no primeiro minuto, o Botafogo chegou forte no ataque em cabeçada de Sassá. Apesar do susto inicial, o Gigante da Colina não demorou para responder. Aos 5 minutos, Douglas criou contra-ataque e deixou para Luis Fabiano, que finalizou à esquerda do gol de Helton Leite.
Após uma pressão inicial do alvinegro, os vascaínos equilibraram a partida e começaram a chegar mais no ataque. Com uma forte marcação do Botafogo, Andrezinho e Henrique arriscaram chutes de longa distância, mas sem sucesso. Douglas, aos 19 minutos, esboçou talento e entrou driblando dois marcadores na área, mas o chute cruzado não foi forte. 
 
O clássico ficou muito truncado e faltoso a partir da metade do primeiro tempo tempo. Em outra bola aérea, aos 38 minutos, Bruno Silva obrigou Martín Silva a fazer grande defesa para salvar o Vacso e garantir o 0 a 0 no placar. 

Andrezinho é marcado de perto pelo adversário – Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br
 
No segundo tempo, o Cruzmaltino voltou com outra postura, pressionando no setor ofensivo e não dando espaços para o Botafogo. Aos oito minutos, Gilberto lançou na área, e Luis Fabiano cabeceou com muito perigo! 
O técnico Milton Mendes colocou Guilherme no lugar de Andrezinho e deu mais mobilidade a equipe. No primeiro lance do jovem, o meia armou um salseiro na zaga alvinegra, quase marcando o primeiro. Na sequência, Guilherme fez boa jogada pela esquerda e sofreu falta de Marcelo, que recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso da partida. 

Apesar do sufoco e do jogo estar encaminhando para os pênaltis, aos 41 minutos, Nenê cobrou escanteio na área, a bola sobrou para Douglas, que chutou firme para abrir o placar: 1 a 0. Na sequência, em contra-ataque fulminante, Manga deixou Luis Fabiano livre para desencantar e marcar o segundo, garantindo o título!

FICHA TÉCNICA – VASCO 2X0 BOTAFOGO
Competição: Final da Taça Rio 2017
Local: Estádio Nilton Santos
Data: 16 de abril de 2017
Horário: 16h (Horário de Brasília)
Público presente: 20.469 / Pagantes: 17.969  
Renda: R$ 532.900,00
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo
Assistentes: Silbert Faria Sisquim e Jackson Lourenço Massarra dos Santos
Cartões amarelos: Yago Pikachu, Rodrigo, Rafael Marques, Guilherme e Douglas (Vasco) / Matheus Fernandes, Bruno Silva, Marcelo, Dudu Cearense e Fernandes (Botafogo)
Cartão vermelho: Marcelo (Botafogo)
Gols: Douglas e Luis Fabiano
VASCO: Martín Silva; Gilberto, Rafael Marques, Rodrigo e Henrique (Wagner); Jean, Douglas Luiz, Andrezinho (Guilherme), Yago Pikachu (Manga) e Nenê; Luis Fabiano. Técnico: Milton Mendes. 
Botafogo: Helton Leite; Marcelo, Renan Fonseca, Igor Rabello e Gilson; Bruno Silva, Dudu Cearense, Matheus Fernandes e Leandrinho (Pachu); Guilherme (Fernandes) e Sassá (Vinicius Tanque). Técnico: Jair Ventura.
Fonte: Site Oficial

Censura e Pauta

O neto dos Marinho diz que a Globo não censura e nem pauta seus jornalistas. 

Antes do jogo Vasco x Botafogo o comentarista da Globo Juninho disse que é um absurdo que Luis Fabiano seja capitão e quem o escalou deve conhecer muito de futebol. Rancor gratuito. 

Durante a partida, outro não censurado ou pautado, Luis Roberto, o narrador que participou do esquema “a culpa é d’ôrico” em 2008, ficou re-vol-ta-dís-si-mo com o que ele julgou atitude para atrapalhar a partida do zagueiro Rodrigo. Segundo ele, Rodrigo, que já fala demais antes, durante o jogo e depois, atrapalhou o espetáculo ao conversar com o goleiro do Botafogo e ser agredido por jogadores do adversário. 

Os isentos agem assim: enquanto o Felipe Melo traz graça ao futebol com suas espontaneidades , Rodrigo, por muito menos e quase sempre em resposta a provocações, atrapalha o futebol. Um marginal.

Mas é que o jornalismo da Globo não é pautado. 

Agora conta a do português, Globo.

CASACA!