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De um outro tempo

Já deixei dito em outras colunas que meu caminho nesta terra é agora relativamente longo. Já passei por muita coisa, por muitos apertos e dificuldades, já estive em muitos lugares, já vi muita coisa. Igualmente, também deixei aqui minha indignação com a realidade nacional. Tudo se repete, praticamente quase sem modificações, não em círculos, mas numa espiral, voltada para baixo, num declínio constante de tudo, especialmente no que se refere aos valores fundamentais, como família, respeito ao próximo, etc.

Aqui se fala em “cidadania” como se fosse algo simples e corriqueiro; como se fosse algo que se conquistasse apenas porque se quer (querer é indispensável, mas não basta). Uma coisa é a palavra “cidadania”, que todo mundo pode e abre a boca para falar toda hora, o dia todo; outra coisa é o seu significado, sua abrangência. A toada, meus amigos, não é bem assim. A cidadania é como uma peça sinfônica de Beethoven. Todos os participantes têm de entender a partitura, têm de ter conhecimento do riscado, ou vira um samba do crioulo doido (perdão, não posso mais falar assim: então direi que vira um “samba do afrodescendente doido” – lógico que isto é uma brincadeira; amo as pessoas negras; embora branco, fui criado com elas, no meio delas, e sempre fui tratado com muito amor e carinho, jamais me senti diferenciado. Eu as amo com todo o meu coração, por isso me sinto à vontade para brincar com elas). Aliás, será que ainda posso dizer Neguinho da Beija-Flor? Ou terei de dizer Afrodescendentezinho da Beija-Flor…? Porra, é tanta babaquice, deixa isso pra lá!

Cidadania é uma condição a ser conquistada e mantida constantemente, adaptando-se continuamente às mudanças. E as mudanças sempre vêm. Sempre se muda tudo para manter a choldra sob o controle da elite. Quando a choldra começa a entender a regra, é hora de mudá-la (a regra): essa é a verdadeira regra. Para se alcançar a cidadania é preciso exigir-se isso dos governantes e das elites; e, e isto é imprescindível, é preciso que se esteja preparado para tal. E este não é o caso por aqui, lamentavelmente. Não é mesmo. Estamos muito longe do que se possa chamar de “cidadania”. É como falar sobre Deus, superficial e levianamente, como se faz todo o tempo. Quando não se tem a menor noção do que significa algo, fica muito difícil – quase impossível – chegar até ou mesmo ansiar por tal coisa. Há ainda um longo caminho, neste “patropi”, até que se atinja aqui tal condição, de cidadania. Aqueles que não quiserem enxergar tal situação estarão apenas enganando a si próprios.

Para se avaliar o grau de cidadania de qualquer povo ou comunidade (falo no termo universal, não no eufemismo utilizado para se referir ao antigo termo “favela”, como se faz aqui atualmente) deste planeta, há um modo relativamente fácil: basta que se veja a forma de atuar e o modelo de suas polícias, e a forma como a população lida com ela, e vice-versa. É fácil ou não? Outra forma de avaliação é ver o modo como funcionam a imprensa e o sistema judiciário: se ambos existirem tão somente para corroborar o poder econômico, em suma, para corroborar os interesses dos poderosos, no primeiro caso, para mentir, para inventar a realidade que lhe convenha, defender os interesses de seus anunciantes (privados ou públicos; estes últimos, apenas quando abrem bem os cofres) e atacar quem lhes atrapalha os interesses, e no segundo caso (o judiciário), se for lento demais e atingir com suas sentenças apenas os pobres, então isso significa que o nível de cidadania de tal povo ou comunidade é baixo. Que acham? Alguma semelhança?

Não é porque se conquistou um celular, internet, televisão a cabo (e geralmente, estes dois últimos, na base do “gato”), e outras maquininhas tais, que se consegue o respeito que o termo “cidadão” carrega consigo. Tanto isso é verdade que qualquer sujeito que possua algum poder transitório neste país faz e diz o que bem quer e entende.
Aqui temos de ouvir e ver, por conta da chamada “delação premiada”, um diretor de uma grande empresa monopolista da área de petróleo dizer que vai “devolver” (pasmem!) 100 milhões de dólares (fora o que ninguém nunca vai encontrar: imagine se um cara que se “dispõe” a devolver – repatriar é mais bonito, concordo – 100 milhões de dólares é alguém burrinho que coloca tudo em seu imaculado nome… Ah, tolinhos!), conseguidos por meio de propinas recebidas de empreiteiras cartelizadas (observem isto: entre um valor de licitação 15% abaixo ou – observem agora isto com muito mais atenção – 20% acima de um chamado “preço técnico”, calculado pela citada empresa, a mesma do diretor ladrão, talvez calculado por alguém tão ladrão quanto ele, ou talvez ainda mais). E vejam que o termo licitação tem a ver com “tornar lícito”. (Bem, não vou dar nenhuma dica quanto ao nome dessa empresa, pois não quero polêmica desta vez; só vou dizer que tal empresa processou, em corte internacional, um famoso jornalista em – que coincidência! – 100 milhões de dólares porque ele disse, sem provas, que os diretores dessa citada empresa recebiam propinas, de dezenas de milhões de dólares, de empreiteiras e afins, e as mantinham em contas no exterior, melhor dizendo, em paraísos fiscais). Prometo que não vou dizer nada, mas, ah, se eu fosse a viúva de tal jornalista… Processava de volta, a tal empresa, na hora! E pediria umas dez vezes mais! Afinal, uma vida não tem preço… E o tal jornalista morreu em decorrência do processo. Ops! Deixe-me ficar calado, que em boca calada não entra mosca.

E pensar que os renomados “famosos quem” e doutores em mercado e assuntos econômicos da mídia passaram os últimos anos dizendo que os preços dos combustíveis no Brasil estavam mantidos fantasiosamente baixos por conta de interesses eleitoreiros da presidente da república. Bem, como vimos, sua vontade foi atendida: os preços dos combustíveis subiram, não tanto quanto desejavam os doutores da mídia e os acionistas da dita empresa (fica claro que os interesses dos citados não estão em comunhão com os nossos, não é verdade? Parece mesmo que a mídia e eles estão de um mesmo lado, e nós, do outro, não é?). E o que foi dito pelo tal diretor, durante audiência na comissão, foi feito na maior cara de pau possível. E ainda houve quem elogiasse sua “coragem”. Meu Deus, contando isso lá fora, ninguém acredita!

Agora, além de tudo isso, vem um aumento de algo próximo de 50% (aguardem e verão!) nos valores de energia elétrica – que, logicamente, junto com o aumento do preço dos combustíveis, irá impactar todos os preços industriais e os demais preços na cadeia de distribuição. E o governo, em vez de fazer um ajuste nas contas públicas (nos gastos), em vez de diminuir de tamanho, faz ajustes fiscais e aumenta os preços que tem sob seu controle (outro absurdo em qualquer chamado sistema de mercado). Aqui se paga multa caso se consuma energia elétrica monopolizada acima de um determinado patamar! Parece piada, mas não é. Imaginem o dono da única quitanda do bairro cobrando multa caso você comprasse acima de dez quilos de batatas por mês! “Gente, vocês estão comendo batatas demais! Vocês têm de aprender a comer menos batatas! Por isso, já que tenho tal poder e prerrogativa, vou multar (cobrar mais de) vocês!”. É dose pra leão. Normalmente, em qualquer dita “economia de mercado”, não se cobra mais, mas, ao contrário, se dá um desconto para qualquer coisa comprada em maior quantidade, ou no atacado, não é verdade? Logo, vivemos um paradoxo capitalista infernal neste país maluco. Os dirigentes, em vez de proverem condições e produzirem conforto para o povo, exploram-no. Mas o que é isso! Onde estamos! Que país é esse?! E ainda querem dizer que vivemos num país capitalista! Deus meu! Eu disse que estávamos em areia movediça, não disse? Assim como aconteceu na gestão do MUV, aí está o pico do monte Everest de merda surgindo na economia do Brasil. E vem mais por aí. Aguardem.

Sou do tempo em que o Maracanã era do povo; não este estádio bonitinho, elitizado, feito para uma minoria de torcedores burgueses, que procuram se comportar como se fossem europeus (não o são nem nunca o serão, até porque isso aqui não é a Europa) e estivessem assistindo a partidas da Champions League.

Aqui todas as tendências e ideias que vêm de fora são rápida e completamente absorvidas. Primeiramente a imprensa, representante dos interesses das elites, tanto a nossa quanto as dos países do chamado “primeiro mundo”, especialmente dos Estados Unidos e Europa, prepara o terreno para as “mudanças necessárias” (aquelas a que, quem se contrapõe, é um retrógrado). Depois vêm os governantes e os dirigentes e as implantam. É sempre a mesma cantiga. Vai ser duro de mudar.

E isso tudo ocorre por conta do velho e incorrigível complexo de vira-lata que o Brasil insiste em não perder. Não que eu ache que o torcedor comum não mereça respeito, até porque eu sou um torcedor comum. Não é isso. Banheiros bem aparelhados e limpos, em bom número e com boa distribuição ao longo do perímetro do estádio; lanchonetes bem distribuídas – e com preços honestos – já seria mais do que suficiente; e não esta veadagem e exploração que ora se vê. E eu lá faço questão de me sentar que nem um babaca em uma cadeira acolchoada e ser servido com bebidas e quitutes, pagando uma baba por isso, para permanecer no estádio por apenas duas horas!? Vamos parar com essa conversa pra otário, cacetada, porque vascaíno que é vascaíno não é otário! Porra, eu quero é gramado bom (chovendo ou não!), boa arbitragem e bom futebol! E quero que o meu time possa jogar bem e vencer! Qual o problema de sentar a bunda no cimento por duas horas se o time está jogando bem e deitando e rolando em cima da mulambada!? Já viu algum torcedor do Vasco reclamar da bunda achatada quando o seu time vencia os jogos contra nossos antigos fregueses rubro-negros? Eu nunca vi. A boa, inseparável e velha almofadinha resolvia tudo. Que saudades do também bom e velho Maracanã!

Alegria dos empreiteiros amigos de sempre – e daqueles “outros” que também se beneficiaram com o superfaturamento da tal “modernização” -, este Maracanã atual é mesmo coisa de tricolores! Bonitinho, mas ordinário e caro! No fundo, todo tricolor é um rubro-negro criado pela avó! Não passam de um bando de traíras ingratos, não passam de um bando de frescos! E todo rubro-negro é um soberbo mal-acostumado: no fundo, todo rubro-negro é um vascaíno que perdeu o rumo e a noção das coisas!

Falando da rivalidade com a praga. Eu sempre digo aos rubro-negros que, como tudo nesta vida, essa rivalidade entre Vasco e flamengo tem seu lado bom e seu lado ruim. O lado bom que é o Vasco, e o lado ruim que é o flamengo! Deus do céu, será que alguns nunca vão entender o que busca o Presidente Eurico quando trabalha a (boa e não violenta) rivalidade acirrada com a praga da Gávea? Será difícil entender que a mídia (vide consórcio e outros benefícios históricos) sempre quis e quer colocar o clássico das duas prostitutas coloridas como sendo “o grande clássico carioca”, independente da genética que une as duas moçoilas? Será que não vão entender a genial cabeça do grande vascaíno que luta por um Vasco verdadeiramente gigante, que não aceita ser colocado em segundo plano relativamente ao flamengo e ao Corinthians? Não entendem que é isso o que a Vênus Platinada mais anseia: um pé no Rio, outro em São Paulo? Moçada, acorda! Este é o ponto central: rivalidade entre nós e a praga! Isso é o que acende a nossa torcida, que a fez e continua fazendo gigante por todo o Brasil! Por isso, o Vasco é o clube que a mídia bandida tenta derrubar desde sempre, todo o tempo – exceto quando a mídia tinha ao seu lado o MUV e o Dinamite, pois eles mesmos se encarregavam de tal “serviço”.

O Vasco não tem motivo algum por que temer a praga rubro-negra. Não mesmo! O contrário é que deveria ocorrer! Nossos jogadores têm de ter tal consciência, têm de entrar em campo imbuídos de tal confiança, e tudo passará a ser diferente. Temos fatos e estatísticas que jamais serão alcançadas por eles. Houve um período em que éramos o próprio inferno na vida deles! Daí o ódio instilado no coração dos nossos fregueses de outrora (Roberto Marinho sofreu muito durante esse período, daí seu ódio ao Vasco). Temos a maior goleada (7×0); temos a maior série invicta (foram 23 partidas seguidas, de 13/05/1945 a 25/03/1951, em que os mulambos rubro-negros ficaram sem uma única vitoria sobre nós, e vejam que foram 17 vitórias e 06 empates); e nesse período tivemos – nada mais, nada menos! – 10 vitórias seguidas (isso mesmo, dez vitórias seguidas!). Isso, eles nunca vão conseguir devolver! Por isso, eu sempre digo a eles: “Calados! Conheçam a história antes de vir falar comigo, que isso aqui é o Vasco!”.
Tomamos um gol no domingo que nada tem a ver com a prática do futebol! PQP, isso é futebol, não water polo! Tudo bem, nosso goleiro não se ligou o quanto deveria, mas a filha da puta da bola para na grama encharcada e sobra justamente para um ex-jogador vascaíno meter uma pancada pra dentro do nosso gol! Com damos azar contra essa praga, meu Deus! Durma-se com um barulho desses! Bem, se “roubado é mais gostoso”, “cagado” deve ser ainda melhor. Mas a moleza está acabando. Agora precisam de uma ajuda de São Pedro (involuntária, pois São Pedro é do lado do bem) e, principalmente, da ineficiência da drenagem para nos vencer! Queria ver se tivesse ocorrido o contrário, se o gol fosse contra o queridinho! Todos da imprensa iriam dizer que era uma vergonha jogar num campo naquelas condições! Que o queridinho tinha sido prejudicado pelos administradores do estádio e pela federação! Que tinha dedo do Eurico naquilo ali! Que ele e a federação se mancomunaram com São Pedro! Que a partida deveria ser interrompida e anulada! Que o torcedor merecia respeito e não poderia ficar à disposição pelo tempo que dirigentes, árbitros e cartolas da federação bem entendessem! Que isso jamais aconteceria numa país sério! Que o consórcio era o responsável por aquela vergonha que se via no campo!

Mas o prejudicado foi o Vasco. Aí, ninguém disse nada. (Repararam como os “imparciais” da imprensa foram buscar com as câmeras, no meio daquela multidão, uma pequena confusão nas cadeiras? Será que era porque o Eurico estava ali próximo, mesmo que apenas de braços cruzados, assistindo passivamente a tudo? Será que esperavam que ele se manifestasse ou se envolvesse de alguma forma? Ainda bem que o Eurico não se envolveu de forma alguma, nem se manifestou, ou teriam dito que era algo deliberadamente provocado por ele para tumultuar a partida e tentar interrompê-la ou até mesmo anulá-la). Parece piada, mas não é.

Porra, agora falando sério, como bem disse o Cosenza, cadê a drenagem de primeiro mundo? E se tivesse chovido assim na final da Copa? Numa final de Copa, a imprensa diria que o campo de domingo estava perfeito para a prática de futebol? Não? Ah, tá!

Por isso eu digo e repito:
Com Eurico Miranda e Casaca! Sempre! Por um Vasco novamente gigante!

Saudações Cruzmaltinas!!!
Dudi Carvalho

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Comando

O jogo de ontem no Maracanã nos deu uma certeza. O Martin Silva pode falhar ou não, a bola pode bater na trave ao invés de entrar, Guiñazu pode ser herói ou vilão, Bernardo pode brilhar ou ser expulso, mas fundamentalmente jogar contra o Flamengo sem comando de arquibancada no Maracanã não dá.

Era visível que o Vasco não aguentaria o ritmo frenético de marcação imposto sobre o adversário no primeiro tempo e que com a entrada de um jogador veloz na segunda etapa do outro lado, o avanço de Madson seria inibido. O jogo, então, caminharia, independentemente do pênalti, para um cenário no qual o Vasco daria mais espaço ao adversário e teria que encontrar maneiras para acelerar seu contra-ataque.

Pois bem, começa a segunda etapa e vem o gol do Flamengo com menos de 10 minutos. A torcida rubro-negra se inflama. Passam-se cinco, 10, 15, 20, 25 minutos, meia hora e onde está a torcida do Vasco? Não há um coro, um canto que realmente levante o time, reerguido por intermédio das corretas alterações feitas pelo treinador Doriva, responsáveis por fazê-lo chegar mais próximo do gol adversário, perdendo chances de igualar o marcador, próximo ao fim da partida.

Ora, o empate era um péssimo resultado para o adversário, pelo posicionamento na tabela. Mas no segundo tempo a torcida do Flamengo não viu adversário nas arquibancadas.

Adianta pouco, em termos de apoio durante o jogo, usar de artifícios visuais e não da voz para reverter os momentos de dificuldade. Creio eu que se organiza uma torcida, com grande número de adeptos, para isso. Caso contrário estamos apenas juntando um grupo que deseja se distinguir dos demais vascaínos presentes ao local. Ok, se o objetivo é esse, também deve ser louvado. Fica lúdico para mostrar um mosaico de performances, faixas, cores. Uma festa bonita, mas ineficiente para o confronto.

E não me venham falar de tamanho da torcida, se comparada a do oponente. Na final de 1982 vi o Cesar da TOV e a sua torcida esgoelarem-se desde que a bola rolou no segundo tempo até o último minuto, mesmo durante a maior pressão do Flamengo no jogo, chamando o torcedor comum a participar. O atleta ouve, sente que tem alguém a empurrá-lo, a jogá-lo para frente, a resistir ao avanço inimigo, a buscar o contra-ataque. Sente-se motivado e até mesmo cobrado para dar mais de si. E num Vasco x Flamengo, um jogo diferente para ambos os lados, tem que dar mais de si para vencer.

Ficar no dia seguinte dos jogos discutindo sorte, azar, competência, incompetência (quando a arbitragem não influencia no resultado) é minimizar a questão. O Vasco precisou da sua torcida no segundo tempo e ela nem empurrou o time nem enfrentou no gogó a do adversário. Omitiu-se. E isso não é responsabilidade do torcedor comum, pois por mais que uma voz faça eco, se há organização de vozes o coro contagia muito mais.

Fugindo da cronologia, vamos ao primeiro tempo do jogo. A torcida do Flamengo xingou a Força Jovem. Finalmente ouviu-se da do Vasco um palavrão: “Vaeeeee tomar no …. Flamengo, eu sou da Força o seu terror!” Isso veio do lado direito da arquibancada, exceto dos organizados, pois não responderiam à provocação entendendo que não foram atingidos, como também não foram atingidos quando os rubro-negros xingaram Eurico, presidente do clube, ocasião em que mais uma vez o torcedor do lado direito das arquibancadas, gritou seu nome enquanto os organizados aquietaram-se.

Houve até um coro, que tinha tudo para ser bem sucedido, entoado pelo espaço oriundo da organizada com bandeirinhas; “Ô,Ô,Ô, Ô, Ô, Ô, Ô estádio de m…”. Uma, duas, três quatro vezes. Houve boa aceitação mas…. parou?! Isso após já se saber ter o Consórcio Maracanã permitido a que o campo virasse uma piscina por economia na bomba responsável pela drenagem (operada à meia bomba) e responsável pela paralisação de quase uma hora do jogo, desrespeitando quem pagou ingresso caro para assistir a um espetáculo ser jogado fora das condições ideais por mais de 20 minutos.

E sobre o time do Vasco? Nenhuma palavra? De forma clara, objetiva e prática. Falta ao Vasco um meia esquerda, que faça jogadas com o lateral do setor a fim de motivá-lo a avançar e revezar nos avanços com o lateral da outra ponta. Cristiano vai sem confiança, porque não vê companhia, pois sabe ser difícil ir e voltar e está sem o devido respaldo em seu setor quando ataca. Por outro lado, carece o Vasco de um atleta com as características do Yago, mas mais confiante, com mais cancha de jogo para saber como se infiltrar pelas laterais e dar opção para o passe, sem medo de partir para cima, mas sabendo a hora, focado na sua importância como válvula de escape para o time. Pode vir a ser o Yago este jogador? Claro que sim. A evolução do atleta, bem treinado, no futebol, normalmente depende dele e de suas habilidades. Crer no seu potencial é fundamental. O apoio vem da comissão técnica, da direção e do torcedor.

Ué? Mas se falta isso então não vai dar para ser campeão, correto?

Todos os clubes grandes da cidade apresentaram defeitos iguais ou maiores que os do Vasco neste campeonato, mas neste momento parece mais prudente nos basearmos naquele adversário “amado amante” das arbitragens do estadual, que lhe auxiliam nos momentos de sufoco e são responsáveis pelo fato de não estarem – mesmo com a vitória de ontem – brigando com o papai Fluminense pela quarta colocação. Está o Flamengo longe de ser um grande time, embora bem organizado. O sistema defensivo possui falhas gritantes e é inferior ao do Vasco. Joga à base de velocidade nas duas pontas e possui um centroavante que já conhecemos de São Januário, banco do limitado Elton. Hoje seria do Gilberto, independentemente do pênalti batido que os diferenciou no quantitativo de gols ontem.

O Vasco, de fato, perdeu quando podia perder. Que a derrota traga lições para a estratégia no próximo jogo, dentro e fora de campo, afinal o grito de Vaaaasco é muito mais potente que Meeeengo, além de mais eufônico.

Sérgio Frias

Vasco perde invencibilidade no Estadual pro Flamengo em noite de Maracanã alagado

Em jogo marcado pela chuva, Vasco sofre sua primeira derrota no Carioca
Com gols de Alecsandro, Flamengo garante vitória em cima dos vascaínos por 2 a 1. Gilberto descontou para o time de São Januário

Em jogo com estádio lotado e parada por conta da chuva, Vasco perde para o Flamengo por 2 a 1, no Maracanã. O resultado deixa o Vasco na quarta colocação na tabela, com 26 pontos. Botafogo (28), Madureira (26) e Flamengo (26) completam o G4.

O Jogo

Com um clima de grande rivalidade, o clássico agitou o país na noite deste domingo. Nas arquibancadas, um duelo a parte entre as torcidas. Quando a bola começou a rolar, Vasco e Flamengo buscaram criar situações de gols. Até os 15 minutos, nenhum grande perigo para os dois lados.

Se com o campo seco, nada aconteceu, foi só a chuva começar a cair que o jogo tomou outros rumos. Após um grande temporal no Rio de Janeiro, o gramado começou a deixar o futebol impraticável. Mas antes do árbitro parar o duelo, Martín Silva sofreu a consequência do dilúvio e quando repôs a bola aos 17 minutos, uma poça d’água entregou o lance nos pés de Alecsandro, que aproveitou e abriu o marcador para o rubro. Flamengo 1×0 Vasco.

Após as condições do campo se reestabelecerem, cerca de 50 minutos, o técnico Doriva colocou Bernardo no lugar de Dagoberto. Logo na sua primeira chance, o meia chutou com perigo e colocou a bola à esquerda de Paulo Victor. Na sequência, aos 28 minutos, o jogador cobra escanteio, Julio dos Santos desvia e Gilberto cabeceia para o fundo da rede, empatando a partida. Flamengo 1×1 Vasco.

Segundo tempo de muito nervosismo

O segundo tempo começou agitado no Maracanã. O Flamengo mudou o seu esquema de jogo e partiu para cima dos cuzmaltinos. Logo aos 3 minutos, Alecsandro chuta forte de fora da área e obriga Martín Silva a fazer uma grande defesa, jogando a bola para a lateral. Na sequência, o camisa 9 flamenguista bateu à esquerda de Martín Silva e novamente colocou o rival na liderança. Flamengo 2×1 Vasco.

Com a entrada de Paulinho, o Flamengo apostou no contra-ataque, e o Vasco foi com tudo para o ataque. Com o clima elétrico fora e dentro de campo, o árbitro da partida expulsou quatro jogadores após confusão no meio de campo. Bernardo, Guiñazu, Paulinho e Anderson Pico.

Tentando empatar o jogo, o Vasco ainda tentou no tudo ou nada uma pressão no fim Anderson Salles tentou duas vezes no final da partida, mas na primeira oportunidade, Rodrigo cabeceou para fora, e na segunda, Christianno isolou, decretando a derrota no Maracanã.

Próximo jogo

O Gigante da Colina encara o Boavista, na próxima quinta-feira (26/03), às 16h, em Bacaxá. O técnico Doriva não contará com Gilberto, Christianno, Serginho, Guiñazu e Bernardo. Luan e Martín Silva estarão com as seleções nacionais.

FICHA TÉCNICA – FLAMENGO 2X1 VASCO DA GAMA
Local: Maracanã, Rio
Data: 22 de março de 2015
Horário: 18h30
Árbitro: João Batista de Arruda
Assistentes: Wagner de Almeida Santos e Jackson Lourenço Massara dos Santos
Público pagante: 51.085 / Presente: 56.020
Renda: R$2.543.220,00
Cartões amarelos: Marcelo Cirino, Canteros, Alecsandro, Cáceres, Wallace e Everton (Flamengo) / Serginho, Gilberto, Guiñazu, Christianno e Rodrigo (Vasco)
Cartões vermelhos: Paulinho e Anderson Pico (Flamengo) / Bernardo e Guiñazu (Vasco)
Gols: Alecsandro (17/1ºT e 07/2ºT) e Gilberto (28/1ºT)
Flamengo: Paulo Victor, Pará, Bressan, Wallace, Anderson Pico, Jonas (Cáceres), Marcio Araújo, Canteros, Gabriel (Everton), Marcelo Cirino e Alecsandro (Paulinho). Técnico: Vanderlei Luxemburgo
VASCO: Martín Silva, Madson, Rodrigo, Anderson Salles, Christianno, Serginho (Thalles), Guiñazu, Julio dos Santos, Jhon Cley (Yago), Dagoberto (Bernardo) e Gilberto. Técnico: Doriva.

Texto: Matheus Alves

Fonte: Site Oficial do Vasco

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Temores

Quem acompanha um pouquinho, mínimo que seja, da história do Vasco, sabe perfeitamente que nossa caminhada no futebol é atrelada a conquistas irretorquíveis, inquestionáveis, sob o ponto de vista da arbitragem.

Nenhum Campeonato Carioca, eu disse NENHUM, foi conquistado sem que o Vasco tenha feito a melhor campanha no certame. Por 22 vezes isto ocorreu.

Alguns tolos que se emprenham pelos ouvidos da mídia rubro-negra e suas fantasias com charutos insistem na falácia de que com Vasco e Federação juntos há um benefício para os cruzmaltinos e etc… Reverberar tal idiotice ajuda a quem? Ao Flamengo, obviamente. Senão vejamos:

Eurico Miranda assumiu a vice-presidência de futebol do clube em 1986 e segundo os doutos da imprensa, a parte supostamente mal informada, ou quem sabe mal intencionada, uniu-se a Eduardo Viana (o que é verdade) e com isso passou a ter benesses que lhe deram campeonatos e inúmeros benefícios de arbitragem a seu favor nas horas decisivas (o que é mentira).

O Flamengo só tem em seu currículo o título de 1986 por ordem e graça de uma arbitragem desastrosa de Julio Cesar Cosenza (nada a ver com o nosso craque Luiz Cosenza) na partida que os levou às finais, ocasião em que marcou um pênalti a 10 minutos do fim, do tipo que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo, e expulsou Roberto Dinamite após a saída de bola, abrindo espaço para a virada rubro-negra.

Na terceira e última partida da decisão, quando o Vasco precisava ganhar para ser campeão, o árbitro Roberto Costa ignorou um pênalti claríssimo cometido sobre Romário aos 11 minutos da primeira etapa, destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo.

Em 1987 o santinho rubro-negro só chegou ao triangular final, após derrotar o Fluminense de Assis (o próprio teve um gol mal anulado pelo árbitro Aloísio Felisberto da Silva, que além disso marcou falta inexistente no lance que deu origem ao gol do Flamengo no clássico). Na ocasião o comentarista Afonso Soares, da Rádio Globo, apelidou o árbitro de Aloísio Felizmengo da Silva. Tomaram fumo na decisão contra o Vasco, por fim, os rubro-negros.

No ano seguinte, com a Federação sob domínio de Eurico Miranda, o Flamengo conseguiu ganhar os pontos de um jogo no qual acabou a luz, sabedores todos que o regulamento ordenava o encerramento da partida após passados 30 minutos de breu. A luz voltou durante 10 minutos, já sem o Vasco em campo, e apagou cerca de 10 minutos depois, mas a imprensa, claro, ficou do lado vermelho e preto e fez questão de pressionar por todos os lados até a vitória vir no STJD, afinal na Federação o Eurico mandava…

No terceiro turno do mesmo ano a situação não estava muito boa para a dupla Fla/Flu. O Vasco ganhara o segundo turno contra o tricolor e no terceiro despontava como favorito. No jogo contra o papai do Flamengo o árbitro Wilson Carlos dos Santos deixou de dar dois pênaltis para o Vasco na primeira etapa (que terminou com a vantagem vascaína por 1 x 0) e no segundo tempo, além de validar um gol no qual Jandir, do Flu, teve ajuda do braço antes do arremate final, ainda marcou um pênalti supostamente cometido por Mazinho sobre Jorginho, meia tricolor. Felizmente Acácio defendeu e o Vasco pôde partir para ganhar o turno e depois o bicampeonato, derrotando por três vezes seguidas o mais queridinho da mídia.

Os isentos jornalistas rubro-negros gostam de falar do empurrãozinho do Mauricio no Leonardo em 1989, ano em que o Botafogo terminou com seu jejum de 21 sem títulos. Esquecem-se, entretanto, que o árbitro, falecido recentemente, Luiz Carlos Felix, terminou o jogo do turno entre as duas equipes no exato momento em que Paulinho Criciúma do Botafogo arrematava para o gol da vitória botafoguense (a peleja estava empatada em 1 x 1). O triunfo alvinegro no clássico daria, com a sequência dos jogos, o turno ao time de Marechal Hermes o que, em tese, nem levaria o Fla às finais da competição.

Em 1990, posicionado como quarto do Rio, a ação do Flamengo foi nos bastidores. Eurico era o dono da Federação, então pressionemos a mídia para reverberação do que é do nosso gosto. E o Vasco foi obrigado a jogar oito vezes, eu disse OITO, em 15 dias, cinco delas no Campeonato Carioca e três pela Libertadores, dando condições ao fujão Botafogo de ir às finais.

Aí a imprensa, useira e vezeira em falar do cumprimento das regras, etc… resolveu que o fato de o Botafogo não ir a campo para disputar a prorrogação prevista no regulamento e pelo árbitro do jogo, no jogo decisivo do campeonato, era o correto.

Uma taça oriunda de uma rádio de Nova Friburgo foi cedida ao Botafogo no gramado e uma caravela vascaína levada a campo, caravela esta que embora fizesse parte de várias conquistas vascaínas anteriores e posteriores àquela decisão, desta vez serviu para chacota da mídia imparcial rubro-negra, ora vestida de preto e branco.

O afável Flamengo, quarto do Rio, ficou do lado alvinegro e não por coincidência a mídia rubro-negra idem. Afinal era uma resposta ao Vasco que, não podemos esquecer, mandava na Federação.

Em 1992, no nosso campeonato invicto, fomos “roubados” duas vezes em São Januário contra os anjinhos da Gávea, que temiam Eurico, o dono da Federação.

No jogo que poderia decidir a Taça Guanabara a falta originária do gol dos visitantes não houve. Empatamos depois e levamos o caneco.

Na partida final do campeonato, quando brigávamos apenas pela invencibilidade, pois já éramos campeões antecipados, houve dois pênaltis (destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo) cometidos por Junior Baiano. Além disso, o gol de empate rubro-negro adveio de uma falta cometida por Nélio sobre Luiz Carlos Winck, no início da jogada, que originou falta e posterior gol de empate rubro-negro a dois minutos do fim, mas o destaque acabou sendo a cabeçada de Junior sobre o árbitro Travassos, motivo pelo qual levou o veterano atleta a ser expulso e acabou por caracterizar uma atuação contrária ao Flamengo, aos olhos imparciais da mídia rubro-negra na ocasião.

No ano seguinte o nosso bi não veio mais cedo porque o conhecido José Roberto Wright (amigão da turma do Atlético Mineiro) resolveu na segunda partida decisiva contra seu time do coração, o Fluminense, deixar de marcar um pênalti claro sobre Valdir e anular um gol legal de Bismarck, compensando em parte seus erros (já quando o Fluminense vencia por 2 x 0), ao validar um gol ilegal de Pimentel após “paredinha” de Valdir sobre o goleiro Nei. Deve ter sido uma bronca de Eurico, dono da Federação, no intervalo, a razão do único erro a favor do Vasco ter ocorrido.

Em 1994 foi uma festa. A mídia em geral não queria o Vasco tricampeão, nem por decreto.

Na partida do turno, um pênalti dado a favor do Vasco, claro, (destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo) foi contestado pela direção flamenga, que invadiu o campo (afinal Eurico mandava na Federação). Resultado? Houve outro pênalti, cometido sobre Dener (não marcado), num lance dois rubro-negros (Valdeir e Charles) cavaram a penalidade e o árbitro acertadamente não os assinalou – o que motivaria novas invasões rubro-negras no intervalo.

Já no final da primeira etapa, Dener, principal jogador do Vasco, foi agredido e mesmo sem revidar acabou expulso com o bravo Gelson. Na segunda etapa, porém, brilhou a estrela de Valdir e o Vasco consolidou a superioridade, vencendo por 3 x 1.

Mas tinha mais.

No quadrangular decisivo, o Vasco se mantinha invicto e só mesmo uma arbitragem para mudar o quadro.

No primeiro Clássico dos Milhões daquela fase decisiva as duas equipes empatavam em 1 x 1 quando Nélio se atirou na área (confessou aos risos depois do jogo) e o árbitro Walter Senra marcou o pênalti que daria a vitória ao rubro-negro e tiraria a invencibilidade do Vasco no campeonato.

Na rodada seguinte, aos 42 do segundo tempo, um gol de Pimentel foi anulado em lance que se discute até hoje se era ou não de mesma linha (engraçado como ninguém discutiu o lance do Alecsandro semana passada, mas esperamos com fé que a mídia rubro-negra fale dele). O árbitro Claudio Cerdeira, auxiliado pelo bandeira Guilherme Gomes, anulou e minutos depois inventou um tiro indireto quando Indio atingiu de raspão (felizmente) a cara de Valdir dentro da área, em pênalti destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo. Como se sabe, mesmo com tudo contra, o tricampeonato veio e, claro, porque Eurico mandava na Federação.

No ano seguinte houve barrigada de Renato (o outro) e o centenário virou “cemternada”.

Em 1996 aquele time caríssimo do já falido Flamengo tinha que ganhar alguma coisa. No último jogo do segundo turno bastava um empate para o título vir de forma invicta, mas o adversário era o Vasco… Perigo à vista. Resultado: um pênalti claro sobre o ponta Alessandro, cometido pelo atabalhoado Ronaldão destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo, não foi assinalado e o título invicto veio, apesar, é claro, de Eurico ser o dono da Federação.

Em 1997, o papelão rubro-negro no Campeonato começou com a perda para os reservas do Botafogo em jogo que poderia levá-lo à final da Taça Guanabara (bastava o empate), continuou com as derrotas consecutivas para o rebaixado Fluminense, dos famosíssimos Nildo e Dirceu, e terminou num W.O. constrangedor, que deu o título do terceiro turno ao Vasco.

E no ano do Centanário vascaíno? Não percamos tempo. Segue o link abaixo para mais detalhes.

http://www.casaca.com.br/home/2015/02/01/sobre-o-campeonato-carioca-de-1998/

Em 1999 estava feia a coisa pro timinho da Gávea. Vasco Campeão Brasileiro, Carioca (no ano de seu Centenário), da Taça Libertadores, do Torneio Rio-SP e recentemente, àquela altura, da Taça Rio vencendo o rubro-negro na decisão com dois gols de Edmundo.

Com a vantagem de dois empates a equipe derrotava o Flamengo no primeiro jogo da decisão por 1 x 0. O que poderia ser feito? Quem poderia salvar o mais queridinho da mídia? Ora, o árbitro. Um gol de Fabio Baiano irregular foi validado por falha de Léo Feldman, interferindo no nome do campeão daquele ano, pois na última partida o Vasco perdeu por 1 x 0 e com dois resultados iguais seria o campeão.

No ano seguinte, com Eurico Miranda firmemente comandando a Federação, o Vasco, campeão invicto do turno, foi vítima da arbitragem contra América, Fluminense e Botafogo, oportunizando a que o mais queridinho da mídia chegasse ao título da Taça Rio.

Com Athirson dopado sem querer (a mídia tentou colocar Eurico como algoz do doping, assim como tentou-se este ano, nela própria, insinuar que torcedores rubro-negros agrediram atletas do Macaé a mando de Eurico), viradas fantásticas rubro-negras foram vistas no returno com gols do herói da hora.

Já na decisão, antes de Athirson marcar o primeiro gol da vitória rubro-negra abrindo o caminho para os 3 x 0 finais, houve um daqueles pênaltis – destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo – sofrido por Romário e, melhor ainda, com aval do Wright, enquanto comentarista de arbitragem da Globo, sobre sua não existência (assim como não entendeu como penalidade a escandalosa cometida sobre Bernardo no turno do Brasileiro de 2011).

Mas, calma, ainda teve mais. Reinaldo do Flamengo foi derrubado fora da área em lance ocorrido minutos depois, ainda no primeiro tempo, buscou a vantagem e depois se jogou na área tentando cavar uma penalidade. Wright comparou os dois lances como similares e elogiou o árbitro, como se tivesse acertado nas duas oportunidades e não apenas na segunda, embora as imagens mostrassem claramente isso.

No segundo jogo da decisão O Flamengo fez 62 faltas contra 28 do Vasco, mas foram expulsos um jogador de cada lado (Felipe e Maurinho por troca de gentilezas) e o segundo gol do Fla na vitória por 2 x 1 foi marcado em completo impedimento.

Na decisão de 2001 o Vasco teve expulso Viola na primeira partida, após marcar o gol de empate em cobrança de pênalti e tirar brevemente a camisa (com outra por baixo). Embora tenha sido amplamente divulgado pela imprensa no decorrer daquela semana a liberação por parte da FIFA de tal atitude, o árbitro Reinaldo Ribas alegou após o jogo que a norma ainda não entrara em vigor, portanto houve a punição. Mesmo assim, com 10, o Vasco virou o jogo e no lance do segundo gol o rubro-negro Juan, que era o último homem e impedira manifesta e clara situação de gol do atacante Euller, não foi expulso.

No segundo jogo decisivo Léo Feldman, que se aposentaria após aquela partida, marcou um pênalti para o Flamengo e ignorou um outro sobre Euller, minutos depois (destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo). Para encerrar, a falta que originou o terceiro gol do Flamengo não houve.

Como o campeonato em 2002 foi quase que largado pelos clubes, vamos para 2003. No primeiro jogo decisivo contra o papai do Flamengo houve pênalti sobre o lateral vascaíno Russo (não marcado) e a falta que originou o único gol do Fluminense não existiu.

Já na segunda partida da decisão, o gol do Fluminense (único dele no jogo) foi irregular, Marcelinho Carioca, melhor jogador do Vasco, foi expulso injustamente com o tricolor Marcão, por não querer papo com o adversário enquanto estava no carreto, após sofrer entrada criminosa do lateral adversário Jadilson. Tudo isso na primeira etapa.

O jornal “O Globo” classificou a final como “da vergonha” e não se mostrou nem um pouco envergonhado com a manchete. O Vasco venceu os dois confrontos contra o Flu por 2 x 1 e o gol último do campeonato surgiu após um cruzamento de letra feito pelo meia Léo Lima.

Em 2004, após o Fla sair na frente no primeiro jogo da decisão com a vitória por 2 x 1 (primeiro gol marcado em posição de impedimento), Eurico – não esqueçamos, o dono da Federação – motivou a torcida cruzmaltina para evitar a avalanche rubro-negra nas arquibancadas ao prometer o título, afirmando que o chopp já estava encomendado.

Algo deveria ser feito. Através de uma câmera escondida no treino estilo “alemão” do Vasco foi vazado áudio no qual o técnico do Vasco Geninho dizia algo como “Não deixa, morde o tornozelo dele”, o que fez a mídia rubro-negra julgar e condenar o treinador, fazer pressão sobre a arbitragem e antever que o “mané Garrincha” (acreditem a imprensa rubro-negra comparou Felipe a Garrincha após o atleta ter passado quatro anos no Vasco sem qualquer alusão a isso) seria caçado em campo por Coutinho, seu marcador.

O jogo começou e o Vasco com dois minutos de luta abriu o marcador (em lance irregular), mas Galvão Bueno logo na primeira falta de Coutinho sobre Felipe afirmou, sem o replay, que o vascaíno fora no tornozelo do adversário. O árbitro imediatamente deu um cartão evidenciado como imerecido quando no repeteco do lance foi visto ter sido apenas um empurrão, valorizado pelo blindado Felipe na ocasião.

Em cinco oportunidades subsequentes Felipe tentou passar por Coutinho, mas não conseguiu. Tentando cavar faltas e sabendo que seu destino já estava traçado pela mídia rubro-negra como herói do jogo, o “mané” fez gestos, para todo o estádio ver, inclusive juiz e bandeirinha, sugestionando que o Flamengo estava sendo roubado, pois as faltas inexistentes forçadas por ele não estavam sendo marcadas.

A arbitragem, pressionada e omissa, nada fez para punir o atleta, que ficou ainda mais à vontade no segundo tempo, quando, em falta para amarelo, Coutinho foi expulso direto pelo árbitro Edilson Soares da Silva, ficando o Vasco com 10 em campo. Por fim o terceiro gol rubro-negro, duvidoso, foi validado e a vitória do mais queridinho da mídia se deu por 3 x 1.

Em 2005, inovação na partida que decidiria quem chegaria à final do returno ou sairia do campeonato.

Há anos um árbitro não mandava voltar uma penalidade máxima em decisão por pênaltis. Na Champions League de 2003, o herói do Milan, Dida, avançou como quis para dar o título contra o também italiano Juventus.

Pois bem, clássico empatado em 1 x 1, decisão por pênaltis, quinto tiro do Fluminense na primeira série de cobranças (4 x 4 no placar e o Vasco bateria depois). Gabriel chuta, Fabiano Borges se adianta e defende! Vasco com a mão na vaga? Não! Vamos cumprir a regra! E o árbitro Marcelo Venito Pacheco mandou voltar a batida.

Muitos pênaltis depois foi a vez de Jean, lateral esquerdo do Vasco desperdiçar sua cobrança. Nada disso! Cumpra-se a regra! O goleiro deu um passo à frente e isso não é permitido! Novamente Jean atira e outra defesa do goleiro, que se adianta como fizera antes. Agora valeu! A regra foi relativizada pelo árbitro que criou a de número 18 no futebol, específica para pênaltis. Quem perder duas vezes a penalidade absolve a irregularidade do goleiro. Relembrando (é sempre bom) que Eurico mandava na Federação.

No Campeonato de 2006 parte do time do Flamengo foi parar na delegacia após perder seu campeonato à parte contra o Vasco em jogo que não valia rigorosamente nada, mas tratado pelos rubro-negros da forma como Eurico (o dono da Federação) ordenara por anos.

Em 2007 o Botafogo deixou de ser campeão contra o Flamengo porque o árbitro anulou um gol legítimo de Dodô na última bola do jogo e a referência rubro-negra da época, Bruno, garantiu nos pênaltis o título torto.

Já em 2008 o rubro-negro não quis correr tantos riscos.

Uma vez perdendo a decisão da Taça Guanabara para o Botafogo por 1 x 0 e sem dar pinta de que conseguiria furar o bloqueio alvinegro, era a hora de um daqueles pênaltis (que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo).

Em lance no qual rubro-negro faz falta em botafoguense e o inverso acontece, o olho de lince do árbitro Marcelo de Lima Henrique só viu a falta a favor do timinho da Gávea dentro da área. O gol deu gás ao Flamengo, que depois virou e tratou como “chororô” alvinegro mais uma dentre as muitas dezenas de coincidências a seu favor.

Antes, vale relembrar, na semifinal, um gol irregular de Fabio Luciano foi validado pela arbitragem de Luís Antônio Silva Santos, que ajudou na vitória de 2 x 1 contra o Vasco, classificando o beneficiado pelo apito (mais uma vez) para a final daquele turno, mesmo com Eurico comandando a Federação.

Após mais um título dado pelo herói Bruno em 2009 a favor do rubro-negro nos pênaltis, no ano seguinte parecia mesmo que o Botafogo não iria deixar escapar o caneco.

O Vasco, até então acobertado pela mídia em suas mazelas administrativas, jogaria a semifinal da Taça Rio contra o Flamengo e quem perdesse estaria eliminado do Estadual.

Em lance duvidoso o árbitro João Batista Arruda marca falta impedindo aquele que seria o primeiro gol do Náutico, quer dizer, do Vasco (lembrei da camisa templária) contra o rubro-negro, assinalado por Elton.

Mas no final do jogo não houve dúvida. Williams do Flamengo deu uma cortada, estilo vôlei, dentro da área (destes pênaltis que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo) e Arruda nada marcou.

O Fla venceu por 2 x 1, foi para a final da Taça Rio contra o Botafogo, teve dois pênaltis corretamente marcados contra si e um mal marcado a seu favor na decisão contra o alvinegro (que foi desperdiçado pelo imperador Adriano). Com isso, o campeão, desta vez, foi o Botafogo.

Após o título rubro-negro em 2011, a participação de Vasco e Flamengo nos estaduais de 2012 e 2013 deixou a desejar (embora os cruzmaltinos tenham chegado a finais de turnos) e pouco de relevante ocorreu.

Em 2014, quando nada mais parecia ser possível para tirar o título do Vasco, eis que um gol em impedimento foi validado para o rubro-negro, aos 46 do segundo tempo. Nesta oportunidade, o grupo de oposição ao Vasco, ora no poder ou ajoelhado por migalhas, chegou à conclusão que o prejuízo ao Vasco se deu porque Eurico mandava na Federação e teria gosto em ver o clube prejudicado por questões políticas, estupidez que condiz com a verve deplorável de escribas oligofrênicos e ditos torcedores vascaínos.

O discurso rubro-negro sobre conluios de Federação e etc… para pressionar arbitragens, faz parte do jeito flamenguista de agir há décadas. Cínico, dissimulado, sonso e com o único objetivo, travestido de “n” adjetivos “moraloides”: ter mais uma vez, pela enésima vez, benefícios vindos do apito, pois sem eles essa mentira que é o Flamengo (da forma como pintam) não teria em sua galeria inúmeras conquistas advindas de coincidentes e contínuos erros de arbitragem, sabidos por todos, mas postos para debaixo do tapete sujo que sustenta as falácias proferidas anos a fio (autênticas estórias do boitatá) sobre um clube pronto a passar até mesmo por cima de decisão judicial transitada em julgado, quando ela não o agrada, vide o Campeonato Brasileiro de 1987, vencido pelo Sport e marginalmente dado ao mais queridinho da mídia, por ela própria.

Sérgio Frias

Nota Oficial do Vasco

O futebol brasileiro é muitas vezes terreno fértil para desagregadores e este, infelizmente, tem sido o papel do atual presidente do Fluminense. A forma desrespeitosa como ele se porta não ajuda em nada a relação entre os clubes. E eu preciso ressaltar que tenho mais anos de futebol do que ele tem de vida. Não dou direito a ele de se referir a mim como se estivesse falando com alguém de sua relação.

Eurico Miranda
Presidente do Clube de Regatas Vasco da Gama

Eurico: 'Jogo contra o Flamengo será sempre um campeonato à parte para o Vasco'

Roberto Dinamite, quando assumiu o Vasco, em 2008, pregou o fim dos ânimos acirrados com o Flamengo. Convidou Márcio Braga, então presidente do rival, para sua cerimônia de posse, como um sinal dos novos tempos. Atitude impensável para Eurico Miranda. De novo no poder, ele resgatou a máxima de “campeonato à parte” quando se trata de jogos contra o Rubro-negro. Domingo, terá mais uma chance de levantar seu troféu imaginário.

O estímulo à rivalidade age como uma faca de dois gumes. Aumenta a importância do clássico e, consequentemente, de seus protagonistas, mas em São Januário, já teve efeitos maléficos. A pressão sobre os jogadores para vencer a partida vem da presidência, como se não bastasse a cobrança dos torcedores e a deles mesmos. Quem não tem força psicológica, acaba sucumbindo à forte carga emocional.

Para o dirigente, a partida de domingo será mais uma em que se torna protagonista, mesmo sem entrar em campo. Da torcida rival, vem o xingamento muitas vezes mais forte do que o direcionado ao jogador. Eurico não se importa muito com isso.

– O jogo contra o Flamengo será sempre um campeonato à parte para o Vasco. É porque é. Sempre foi, e continuará sendo, até eu morrer – disse, em tom profético.

Como presidente, Eurico Miranda acumula dois vice-campeonatos contra o maior rival: o do Estadual de 2004 e o da Copa do Brasil de 2006. Em números absolutos, porém, é o principal vencedor da competição da qual é o maior estimulador: são 13 vitórias, sete empates e 12 derrotas, considerando apenas partidas oficiais.

O antagonismo que gosta de criar não fica restrito ao campo. Fora, o Vasco de Eurico se posiciona como a antítese do Flamengo dos gestores com amplos poderes:

– Cada um trabalha como quer. Eu não sei que estilo é o melhor. Mas como eles fazem não é o meu jeito.

Em tempo: quando esteve sob o comando de Roberto Dinamite, entre 2008 e 2014, o retrospecto vascaíno contra o Flamengo despencou. Foram apenas três vitórias, contra nove empates e dez derrotas.

Fonte: Extra Online

Primeira resposta aos rubro-negros (ou roubo-negros) da imprensa

A partida entre Vasco e Nova Iguaçu terminou e a imprensa roubo-negra pôs o seu bloco na rua. Primeiro, com uma matéria do UOL, daquelas plantadas em que se “esconde” o nome de quem deu a declaração (talvez até por ninguém ter declarado nada), na qual se citava que o Flamengo teme que no jogo do próximo domingo diante do Vasco se marque um pênalti contra ele. Velha prática roubo-negra e da mídia roubo-negra, que tem por intenção pautar a arbitragem antecipadamente. Assim, qualquer pênalti – ainda que existente – fará com que o juiz da partida redobre um procedimento corriqueiro em jogos em que está em campo o Flamengo e pense, em vez de duas, quatro vezes antes de qualquer marcação.

Hoje, o capitão do time de colunistas-torcedores-flamenguistas do jornal O Globo entra em cena com o mesmo objetivo. Volta a falar de aliança política entre os presidentes da Federação e do Vasco para pressionar a arbitragem da partida do próximo domingo. Esbraveja com a jogada que resultou em pênalti diante do Bonsucesso e vai além, dizendo que a partir de agora qualquer lance duvidoso a favor do Vasco será vista como “mais uma” manobra da Federação.

Sem ir muito longe. Não foi preciso haver aliança entre o presidente da Federação e o Flamengo para a arbitragem confirmar o gol de empate do Flamengo frente ao Madureira neste campeonato de 2015, em bola que não entrou. Hoje, o Flamengo seria quarto colocado e teria a sua classificação seriamente ameaçada. Não foi preciso haver aliança entre o presidente da Federação e o Flamengo para que a arbitragem não enxergasse, a 3 metros de distância do lance, uma bola que entrou no gol roubo-negro meio metro, na partida entre Vasco x Flamengo da fase classificatória do Estadual 2014. Não foi preciso haver aliança entre o presidente da Federação e o Flamengo para que a arbitragem não enxergasse um gol assinalado por um jogador roubo-negro impedido por um metro e meio, último minuto da final do mesmo campeonato disputado entre Vasco x Flamengo, quando o Vasco vencia por 1×0. Isso sem esquecermos do Brasileiro de 2013, quando o Flamengo deveria cair para a segunda divisão e uma mutreta, com suspeita de pagamento/recebimento de propina, fez com que a queda fosse a da Portuguesa-SP.

Assim sendo, pouco se precisa raciocinar para descobrir que os colunistas-torcedores de O Globo, a imprensa que simpatiza com o roubo-negro e evidentemente os dirigentes do clube acreditam piamente na teoria que entrou para a história em 2014, exposta pelo então goleiro Felipe ao término da partida em que o Flamengo levantou a taça com uma lafranhagem: “roubado é mais gostoso”. Mas só nos olhos dos outros.

Não obstante, tais declarações, matérias, colunas e afirmações devem encher de brios os jogadores do Vasco, pois têm por intenção, também, desvalorizar a bela campanha que o time faz, desmerecer os feitos do (também dito por eles) “time fraco” do Vasco e abrir caminho para mais um campeonato conquistado pelo Flamengo na mão grande, na tunga, no assalto. Assim, tapem a boca dessa gente que os desqualifica: aplicação, garra e demonstração de que o que incomoda este pessoal, na verdade, é o ressurgimento do Vasco como clube de primeira linha.

CASACA!

A retomada do rumo

Teremos no próximo dia 22, a realização da primeira regata do Campeonato Carioca de Remo do Rio de Janeiro. É hora de comparecermos e incentivarmos essa nova fase para o nosso esporte de origem.

Apesar de doloroso, é de bom tom lembrarmos que no Remo, ao sairmos em meados de 2008, éramos campeões (Brasileiro e Estadual) e nossos atletas formavam a base da seleção brasileira. Os salários estavam rigorosamente em dia, flotilha renovada, e estrutura de dar inveja aos rivais, situação diversa ao que existia até o final do ano passado.

De líder a mero coadjuvante nas regatas, sede completamente abandonada, flotilha formada por barcos avariados e atletas sem perspectiva alguma.

Após longo e tenebroso período, quando um tornado passou pelo clube destruindo tudo que lá existia, entramos numa nova era, a da reconstrução, principalmente no que diz respeito ao seu patrimônio e sua credibilidade.

O Remo, esporte fundador do nosso clube é uma das prioridades do Presidente Eurico Miranda. O compromisso está sendo cumprido. Mudanças já foram feitas com a nova política de salários em dia, contratação de remadores renomados, recuperação da flotilha existente (já muito antiga) e ao que tudo indica, em futuro próximo, a compra de uma nova flotilha.

O principal dentro de tudo até aqui narrado é o fato de todos esses investimentos estarem sendo feitos com os pés no chão, sem loucuras.

O Remo como qualquer outro esporte de alto rendimento tem que ser conduzido profissionalmente, com visão de resultados objetivos, de médio a longo prazo. Com um investimento mais forte na capacitação de novos valores, através da escolinha, somado à captação de recursos através dos incentivos governamentais e, quem sabe, a chegada de um patrocinador para a compra de novos equipamentos, podemos chegar muito longe a custos inferiores dos gastos despendidos por nossos adversários.

Mesmo que as notícias tragam esperança à torcida vascaína que acompanha o Remo do clube – sobretudo com a chegada de atletas de peso para a categoria sênior, destacando-se Fabiana Beltrame, Marcos Oscar Alves, Renato Cataldo , o espanhol Xavier Vela Magge e mais recentemente o Samuel Lucas – o déficit material de barcos, remos e ergômetros ainda é grande no Vasco, além do baixo número de atletas nas categorias de base. Tudo isto faz com que seja necessária uma profunda reestruturação, incluindo todos os setores do departamento náutico do clube

Este será um ano atípico para o Remo, pois só teremos quatro regatas no Campeonato estadual, devido à realização da Copa do Mundo de juniores no meio de ano. Sendo assim, temos tempo e uma ótima oportunidade de fazermos um trabalho de reestruturação que obrigatoriamente passará pelo choque de gestão, a fim de que os novos atletas entendam estarem num dos maiores clubes do mundo, notadamente na formação, vislumbrando a consolidação e a importância dessa identidade do atleta com o clube.

Fechando, certamente 2015 será ainda difícil para o Remo vascaíno, mas muito menos do que foram as últimas seis temporadas. Espera-se ver um bom trabalho que, diga-se de passagem, começou de forma brilhante, mas repito haver a necessidade de nos aprofundarmos para que em 2016 o título seja indubitavelmente nosso, proporcionando a que eu, como em tantas outras oportunidades passadas possa, novamente, ir às lágrimas, mas de alegria, pois as de tristeza fazem parte de um passado que os amantes do Remo vascaíno querem esquecer o mais rapidamente possível.

Segue abaixo o calendário com as datas em que serão realizadas as regatas pelo Campeonato Estadual de 2015.

Vascaínos, não deixem de comparecer!

1ª Regata do Campeonato Estadual de Remo no dia 22 de março de 2015,
2ª. Regata do Campeonato Estadual de Remo no dia 20 de setembro de 2015,
3ª. Regata do Campeonato Estadual de Remo no dia 25 de outubro de 2015,
4ª. Regata do Campeonato Estadual de Remo no dia 15 de novembro de 2015.

Saudações Vascaínas

Um grande Casaca a todos,

Gilberto Pinto