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Vasco hoje (21/05/1972) – Vitória no swing certo

A semana não havia sido nada boa, a posição na tabela pior ainda e o Vasco, que estreara Tostão duas semanas antes contra o Flamengo, num jogão que terminou empatado por 2 x 2, válido pela primeira rodada do returno daquele Campeonato Carioca, acumulara depois dois empates contra pequenos: 1 x 1 contra o Bonsucesso e 0 x 0 diante do Olaria.

Falta de padrão tático, jogo previsível e um craque, Tostão, sem encontrar melhor entrosamento com os companheiros. Como tradicional no futebol brasileiro, sobrou para o técnico. Zizinho foi demitido junto a outros membros da comissão técnica: Admildo Chirol e Claudio Coutinho, mais voltados para a preparação física da equipe. Coutinho recebera proposta do Flamengo no início da temporada, mas segundo o jornalista Armando Nogueira expôs em sua coluna dominical no Jornal do Brasil, recusou ir para a Gávea por estar apalavrado com o Vasco até agosto daquele ano.

Célio de Souza assumiu provisoriamente o cargo justo para o clássico contra o Fluminense, equipe que o Vasco nos últimos 15 jogos só havia vencido uma vez, no Campeonato Brasileiro do ano anterior.

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No sábado duas surpresas animaram o clássico. Em rodada dupla caíram Botafogo e Flamengo, frente a Bonsucesso e São Cristovão, respectivamente. Com isso os dois acumularam quatro pontos perdidos no turno (junto ao América), contra três do Vasco e 1 apenas do Fluminense, sendo que o tricolor já vencera o Botafogo na segunda rodada por 1 x 0.

O Flu, treinado por Paulo Amaral tinha os desfalques de Félix, goleiro e Lula, ponta-esquerda, jogaria com o zagueiro Silveira na frente, “inventado” naquele setor pelo treinador Paulo Amaral, mas confiava mesmo nas estreias de Ari Ercílio, oriundo do Grêmio, Gérson no meio, fazendo dupla com Denilson, e também na do oportunista Artime, centroavante argentino, que se destacara nos futebóis brasileiro, argentino e uruguaio ao longo da carreira e contava na época com 33 anos.

O Vasco, por sua vez, teria Edson no lugar de Suingue, Jorginho Carvoeiro na vaga de Ferretti e a esperança de gols a cargo mais ainda de Tostão e Silva.

A partida começou cerca de 25 minutos atrasada, mas isso parece ter esquentado o clima do jogo e não o contrário, pois com menos de um minuto Oliveira cruzou da linha de fundo e Artime perdeu gol feito, cabeceando para fora. No lance seguinte, ataque do Vasco e Silva obrigou Jorge Vitório a fazer grande defesa mandando à córner e na cobrança Edson em linda cabeçada obrigou Jorge Vitório a uma defesa sensacional.

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Se Ari Ercílio foi um dos nomes de destaque do tricolor, Gérson e Artime tiveram atuações aquém do esperado, enquanto no Vasco Edson foi importante no bloqueio, mas seu substituto, Suíngue, fundamental na vitória, autor do gol único do jogo.

Foi aos 39 minutos da segunda etapa que tudo se definiu. Moisés recebeu na intermediária, avançou até a área do Fluminense, passando por vários adversários e tocando a Suíngue que atirou em gol. A lama próxima à meta de Jorge Vitório impediu a impulsão para a defesa do arqueiro tricolor, destaque do time no clássico.

Não só pela jogada, mas também pela força defensiva, seriedade e boa colocação no setor de retaguarda vascaíno, Moisés foi tido como o grande nome do Vasco na peleja.

A vitória cruzmaltina, improvável para muitos antes da partida, foi considerada justa pela imprensa em geral após o jogo. Uma grande alegria para boa parte dos mais de 81.000 pagantes e demais presentes no Maracanã naquela data.

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Outras vitórias do Vasco em 21 de maio:

VASCO 10 X 0 BONSUCESSO (AMISTOSO 1944)

KICKERS-ALE 0 X 1 VASCO (AMISTOSO 1961)

VASCO 1 X 0 BONSUCESSO (CARIOCA 1975)

VASCO 2 X 0 VILA NOVA-MG (BRASILEIRO 1978)

VASCO 4 X 0 OLARIA (CARIOCA 1986)

CEARÁ 1 X 3 VASCO (BRASILEIRO 2011)

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