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Aconteceu em 12 de abril – Vasco vence o Botafogo de virada em briga pela liderança do Brasileiro de 1992

 

No dia 12 de abril de 1992, o Vasco vencia o Botafogo de virada no Maracanã em jogo válido pela 13ª rodada do Brasileiro daquele ano, e assumia a liderança isolada da competição.  Bebeto, grande destaque do clássico, marcava seu 12º gol na competição, e liderava a artilharia. Assim descreveu a partida o jornal “O Globo” do dia seguinte:

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“A torcida do Vasco apostou como nunca em seu ídolo. E ganhou. Foi sempre assim. A menor provocação da torcida do Botafogo, a resposta vinha rápida e tinha um nome só: Bebeto! Bebeto! Bebeto! Começado o jogo, o artilheiro do Campeonato Brasileiro, agora com 12 gols, não deixou por menos e correspondeu.

Embora prejudicado pela ausência de William, vetado pouco antes da partida, e de Geovani, que saíra machucado com apenas 15 minutos de jogo, Bebeto, num esforço incomum, brindou o público com lances que levaram os zagueiros do Botafogo ao desespero e a massa vascaína, ao delírio. E veio o coro musical ensurdecedor: “Ê ô, ê ô, o Bebeto é um terror!”

E foi. Como em todo enredo fechado sob forte emoção, ele deixou o melhor para o fim. A partida estava 1 a 1, aos 37 minutos do segundo tempo, e o Botafogo corria atrás do gol que lhe daria a liderança do campeonato. Só que, além de toda a equipe do Vasco, tinha Bebeto à sua frente.

E ele investiu em direção à área numa corrida fatal.  Nem se pode dizer que a defesa adversária estava desprevenida. O grandalhão Márcio Santos até subiu com ele, Bebeto, porém, conseguiu ir mais alto. O Vasco passou a ser uma festa só.  No campo, no toque de bola de seus jogadores; na arquibancada, na sincronia dos cânticos de torcida; e na tabela, com a liderança folgada no Brasileiro, com 21 pontos.

O gol que decidiu o clássico muito disputado teve a mão do técnico Nelsinho. Ao perceber o maior volume de jogo do Botafogo, ele trocou o cansado Macula pelo lateral Eduardo, deslocado para o meio-campo. Cássio, descansado, e na posição de Eduardo, era o caminho para o gol. E tantos foram os cruzamentos que um chegou na medida para Bebeto.

É verdade que o jogo teve um início favorável ao Botafogo. A começar por um pênalti de Eduardo em Renato, e que Chicão desperdiçou, chutando fraco, nas mãos de Régis. É verdade, também, que teve outro pênalti a seu favor, de Macula em Renato, não marcado pelo árbitro. Mas, no primeiro tempo, foi somente isso. Com Valdeir e Carlos Alberto Dias jogando mais atrás, o Vasco equilibrou as ações, procurando o gol com chutes seguidos e perigosos.

Mas foi o Botafogo que reapareceu melhor na volta para o segundo tempo. Renato, em duas oportunidades, poderia ter chegado ao segundo gol. E, no grito da torcida, apareceu Vivinho em campo, no lugar do ponta,  já cansado.

Mas a festa, que tivera início antes do jogo com uma gigantesca “ola” por todo o anel da arquibancada, parecia talhada para o líder do campeonato. E a torcida, sem se cansar, deixou o Maracanã com um canto incansável: “Ê ô ê ô, o Bebeto é um terror!”

O Vasco tinha na época a melhor equipe do futebol brasileiro, recheada de grandes jogadores como Bebeto, Edmundo, Geovani, Bismarck entre outros.  

Eis as notas dadas aquele grande time e a ficha do jogo:

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VT do jogo na íntegra:

 Outras vitórias do Vasco em 12 de abril:

 

 

Andarahy 0 x 3 Vasco (Carioca 1931)

Vasco 2 x 0 Bonsucesso (Carioca 1934)

Vasco 1 x 0 Portuguesa (Taça Rio-SP 1953)

Vasco 3 x 1 Madureira (Carioca 1973)

Vasco 4 x 1 Confiança (Brasileiro 1978)

Madureira 0 x 4 Vasco (Carioca 1998)

Volta Redonda 0 x 3 Vasco (Carioca 2000)

Vasco 4 x 1 América de Cáli (Taça Libertadores 2001)

Criciúma 1 x 2 Vasco (Copa do Brasil 2006)

Nacional-URU 0 x 1 Vasco (Taça Libertadores 2012)

 

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