Eduardo Maganha
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Luis Manuel Fernandes e a semana da política vascaína

Alô comunidade vascaína,

Tô voltando com a coluna aqui no CASACA depois de muito tempo. Quis escrever sobre como Luis Manuel Fernandes dominou a semana da política vascaína.

A notícia mais relevante dos bastidores da Colina nessa semana foi a confirmação da candidatura de Luis Manuel Fernandes à presidência do Vasco nas próximas eleições, previstas para o mês de Novembro. Por ora, o discurso foi da tão necessária pacificação política do clube. Detalhamento de projetos e realização de campanha somente após o grave período de pandemia que atinge o Brasil.

Também alinhado com o discurso que não é momento para fazer campanha eleitoral, o candidato Julio Brant só apareceu no noticiário vascaíno nesta semana em um vídeo pedindo para os sócio-torcedores renovarem o plano semestral.

Já o candidato Leven Siano, voltou com mais polêmicas para aparecer nas redes sociais, depois de ter prometido um “Vasco dos sonhos” com Ibrahimovic, Balotelli, Souza, Yaya Touré, etc. Passou a semana postergando o anúncio de uma contratação de reforço internacional. Sim, um simples aspirante a presidente do Vasco, sem representatividade ou autorização alguma dos poderes constituídos do clube, querendo anunciar contratação de jogador de futebol para atuar no Vasco. Pode rir, a piada da vez é essa.

A esculhambação com o Vasco não parou por aí. Na quinta-feira, Leven Siano prometeu fazer o anúncio da contratação que estaria 99,9% fechada numa live à noite. Depois publicou uma desculpa que o atleta estava sem papel na impressora em casa para imprimir o contrato. Adiou a live para o dia seguinte.

Calma, ainda vai piorar. Na sexta-feira, adiou novamente o anúncio do reforço e transformou o encanto deslumbrado dos seus apoiadores em revolta generalizada. Deleite dos torcedores que já estavam incomodados com a chacota provocada por promessas de campanha que não correspondem à realidade. Entre eles, João Almirante, que lançou no Twitter uma paródia da música Aquarela ironizando a trapalhada de Leven Siano.

Outra lambança de Leven Siano foi circular a propaganda de um vinho do seu parceiro comercial na campanha eleitoral contendo a marca do Vasco. Sem nenhum contrato de licenciamento firmado com o clube, sem negociação de royalties para o Vasco, nada. Só promessas de reverter a renda para causas beneficentes. Olha, aqui em Niterói o nome disso é pirataria. O departamento jurídico do clube notificou o produtor do vinho. Leven argumentou que o papa Francisco usa a cruz-de-malta na roupa. Pô, candidato, mas o papa não está vendendo roupa ou vinho pra torcida do Vasco, né? Sinceramente, não consigo compreender o torcedor cruzmaltino que leva a sério a candidatura de alguém que ganhou notoriedade no noticiário esportivo por ser advogado de ações contra o Vasco nas décadas passadas.

E o Campello? O atual presidente e provável candidato à reeleição também teve 3 momentos negativos nessa semana.

O 1o foi declarar que não acredita que jogadores não ingressarão na Justiça para se desvincular do Vasco, mesmo estando há 3 ou 4 meses sem receber salários. Eu também não acredito que fariam, mas há risco. É incrível como Campello está atravessando os 3 anos da sua gestão sem fazer o básico do básico, que é pagar salários em dia. Antes mesmo da crise com a pandemia, passou 18 meses consecutivos sem conseguir pagar em dia.

O 2o momento foi em relação à renovação do contrato com o meio-campo Bruno Cesar, que muitos consideravam acabado no Vasco.

O 3o e pior momento de Campello na semana foi a inacreditável assinatura de uma nota da Federação do Rio, junto com os presidentes do Flamengo e demais clubes do RJ, exceto Botafogo e Fluminense. Em um cenário de colapso da saúde pública e recorde de mortes diárias em plena pandemia, doutor Campello & Cia assinaram embaixo de um texto repleto de bla-bla-bla com objetivo de pressionar a volta da prática do futebol.

Deixando de lado o fato que novamente um presidente do Vasco se alia ao presidente do Flamengo, e isso nunca dá certo, Campello foi na contramão do que faria o “verdadeiro Vasco”. Era pro Vasco estar fazendo história mais uma vez, liderando o movimento contrário à volta do futebol, pra fazer sossegar a sanha de quem está disposto a colocar em risco a vida de atletas e funcionários dos clubes.

E nesse contexto da nota da Federação veio o encerramento da semana com chave de ouro para Luis Manuel Fernandes. Ele publicou em seu Facebook um texto com título “Jogador não é gladiador”. O texto critica a nota, critica a assinatura de Campello e dá uma ideia do que o Vasco estaria fazendo nesse cenário de pandemia caso Luis Manuel Fernandes fosse presidente. Vale a pena conferir.

Links para o texto “Jogador não é gladiador” de Luis Manuel Fernandes:

– Ler no Facebook
https://www.facebook.com/fernandesluis1958/posts/142943257291030

– Ler a transcrição aqui no CASACA!
https://casaca.com.br/site/2020/05/08/luis-manuel-fernandes-critica-nota-da-ferj-e-aponta-possibilidades-pros-clubes-durante-pandemia/

“Ok, Maganha, já entendi que você gosta do Luis Manuel Fernandes. Mas quem é esse cara?“

Vou te contar o que sei sobre Luis Manuel Fernandes na próxima coluna. : )

Até lá!

Abração e saudações Vascaínas,
EDUARDO MAGANHA

One thought on “Luis Manuel Fernandes e a semana da política vascaína

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