Coluna do Torcedor
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Realidade – Coração – Espírito

Dois mil e dezenove, um realismo frustrante para qualquer vascaíno acima dos 30 anos.

Lá se vão 19 anos do último brasileirão, certo que em 2011 tivemos a Copa do Brasil, um lampejo de luz na alma vascaína.

Qualquer vascaíno de fato sabe que é muito pouco, precisamos de mais e mais!

A luta atual é para não cair, pois se cair, pode fechar o clube e entregá-lo aos abutres que lá esperam ansiosos para o trágico fim em um picadeiro boçal.

Claro que acreditamos na força da instituição CRVG para nos mantermos de qualquer maneira na primeira divisão, espero que consigamos!

Mas o fato de viver nessa penumbra já é um rebaixamento moral, jamais pensado em épocas não muito distantes.

Fomos atingidos por um longo processo de apequenamento, onde o que menos importa é quem o criou, na atual crise o importante é todos darem as mãos e seguirem o grande Almirante.

Como sair disso sem encarar a realidade de que nossa marca se desvalorizou, nosso patrimônio se desvalorizou, e até nossos dirigentes não são mais os mesmos.

Mas o que nunca se desvalorizou foi a nossa torcida; com um espírito do grande navegador, continua com sua alma ilibada pronta para novos desafios e sempre exigindo que o CRVG continue na proeminência do futebol brasileiro.

É dever de todo vascaíno continuar na luta diária, alimentar sua alma com a nossa historia.

Tivemos grandes heróis vascaínos, dos mais conhecidos aos torcedores de “radinho”, que nunca saberemos os seus nomes, mas o Almirante certamente sabe, e são esses desconhecidos vascaínos que nesse momento de dor e de vergonha devem manter a instituição CRVG no seu mais alto patamar.

Jamais devemos aceitar menos do que somos!

Pouca importa se o dirigente que lá está é bom ou não, devemos nos importar com qual maneira podemos contribuir para o clube.

É nesse concerto harmônico, de fidalguia, de valentia e com muito amor no coração, que resgataremos nosso lugar no momento atual.

Óbvio que apenas com boas intenções não se muda a trajetória, o clube precisa se profissionalizar, se organizar administrativamente onde exista um departamento comercial forte e competente.

Hoje quem cuida do comercial é o marketing, fato administrativo bizarro para qualquer profissional júnior.

Um clube com o tamanho de arrecadação de valores que em números supera muitos municípios pelo Brasil, não saber se organizar administrativamente é uma vergonha, a ADMINISTRAÇÃO DO CRVG É JUNIOR!

Devemos também ter em nossos quadros dirigentes profissionais e estatutários que não busquem a fama. Caso a queiram, coloquem uma melancia no pescoço, ou façam vídeos amadores com suas respectivas esposas para canais adequados.

O Vasco é o ator principal. Precisamos de anônimos compromissados com o único objetivo de reerguer o Almirante, para isso só com trabalho e mais trabalho.

Onde existe o amor, a mentira jamais poderá permanecer, muito menos um fundo do Aladdin para um clube cristão.

Viva o Vasco!

Hugo Leonardo Cabral

3 comentários sobre “Realidade – Coração – Espírito

  1. Há uma questão dissonante.

    Como a história do Vasco é contada errada pelos que introduzem no torcedor a visão de um fracasso colossal para diminuir o clube, isso o leva a não perceber a dificuldade histórica de conquistas ou emblemas, diminuindo-os, ou não destacando-os quando obtidos.

    A senha para a desvalorização do triênio 2015/2017, que levou o torcedor a resumi-lo por uma queda absurda, fruto de uma roubalheira não admitida na grande mídia, por conveniência, mostra como é fácil trazer para o torcedor aquilo que se quer fazer com que ele engula.

    Assim, muitos engoliriam com orgulho a conquista inolvidável da Série B em 2009, após aplaudirem de pé o time na vexatória eliminação do Estadual diante do Botafogo quando tomamos um sonoro 4 x 0 no mesmo ano, semanas antes do início da competição de acesso.

    Hoje os anos 90 são um sonho, mas a ridicularização do Vasco no ano 2000, até dezembro, mostra como se faz e se induz o torcedor a se intimidar diante de uma massificação que diminui seu clube.

    Foi assim durante o início do Brasileiro de 1997, no início do Carioca de 1992, 1993, fora o enxovalhar de piadas tentadas contra o Vasco entre 1995 e o início de 1997

    A história será lida de forma errada se lembrarmos de 2011 e não considerarmos outros anos como 2001, 2003, 2006, 2012, 2015, 2016, 2017.

    O Campeonato Invicto em 2016, o Bi, além da maior invencibilidade da história do clube em jogos oficiais (34 partidas, entre novembro de 2015 e junho de 2016) em qualquer administração seria considerado pelo torcedor vascaíno uma proeza, afinal a geração de 30 anos jamais havia visto o Vasco ser Bi Estadual, fato ocorrido em 1993, nem Campeão Estadual Invicto, o que ocorrera pela última vez em 1992.

    Nenhum clube brasileiro no século superou a marca obtida pelo Vasco, entre 2015 e 2016, quanto à invencibilidade tamanha em jogos oficiais.

    Falei de 2001 pois neste ano, além do título brasileiro citado por você, conquistado em janeiro, o Vasco igualou o recorde de partidas vencidas consecutivamente na Taça Libertadores. Foram 8, tal qual ocorreu com o Cruzeiro em 1976. Isso em mais de 50 anos de disputa da competição, com oito ou mais jogos.

    O ponto referente a 2003 tangencia o fato de que o Vasco venceu o Campeonato Estadual, a Taça GB, a Taça Rio, obteve sua última conquista em decisão de turno contra o Flamengo e venceu as duas partidas decisivas contra o Fluminense, na última delas com um gol espetacular, após cruzamento de letra do Léo Lima.

    Em 2006 batemos na trave para a conquista da Copa do Brasil, chegando pela primeira vez na história à decisão, após 15 disputas e batemos literalmente na trave para chegar à Libertadores, terminando como melhor clube do Rio no Brasileiro, sete pontos à frente do mais próximo adversário deste estado na tabela

    Em 2012 igualamos pela terceira vez a condição de estar entre os oito maiores da América, assim como ocorreu em 1990 e 2001. O Vasco possui um Bicampeonato Sul-americano (1948/1998).

    Depois disso as melhores colocações foram sexto em 1990 e 2001, oitavo em 2012.

    Citei os anos das tais performances de Libertadores porque o Vasco passou 30 Libertadores anteriormente, até 1990, sem se classificar ou passar da primeira fase e ninguém dizia que o clube era menor em função disso.

    Havia a conquista do Expresso da Vitória em 1948 ainda não considerada oficial, conquistas até intercontinentais dos anos 50, mas durante três décadas nada foi relevante e enquanto o Flamengo já era Campeão da Libertadores, o Botafogo já fora à fase de semifinais o Vasco em três oportunidades não conseguira chegar à segunda fase. Aliás a primeira e única vez que o Vasco chegou em primeiro no seu grupo foi em 2001.

    Em 2015 evitamos que o maior tabu sem título de Estaduais de nossa história fosse superado, eliminamos o maior rival de uma competição, em confronto direto eliminatório, o que não acontecia desde 1977, vencemos o Botafogo em uma decisão após 50 anos exatos e ainda eliminamos o Flamengo na Copa do Brasil.

    Em 2017 voltamos à Libertadores e vencemos também a Taça Rio de forma invicta.

    Uma forma de chamar a torcida para acreditar numa melhora começa comparando o que temos hoje e o que tínhamos há três anos.

    Querer mais do que dois títulos e uma classificação para Libertadores num triênio é justo, mas é raro na história de cada três anos de uma gestão dentro do clube, desde que seus dirigentes passaram a ter tal prazo para governar, a partir da parte final dos anos 60.

    O conceito de mudança hoje passa por uma nova realidade na qual o torcedor do Vasco precisa ter satisfação em pontos que serão coincidentes nos projetos de todos os candidatos futuros.

    O futebol será um dos pontos, mas times que agradem mais o torcedor não garantem títulos, vide a comparação do Flamengo com o Vasco de 2015 para cá, com dois títulos para cada lado e mais de 500 milhões de diferença para ambos, apenas nas cotas de TV.

    O texto está muito bom, tocando em pontos que falam sobre a atual direção e os caminhos futuros.

    A questão é usar o século XXI para trazê-lo como se fosse um fracasso total, o que não foi feito pela geração que viveu os anos 60 e 70 e vibrou com três títulos apenas no período mais um Torneio Rio-SP empatado, que viu o Vasco bi lanterna do Campeonato Brasileiro, seis anos consecutivos pior dos quatro grandes no Estadual, relegado à repescagem do Campeonato Brasileiro em 1976, freguês de caderno de Flamengo e Fluminense, vice eterno (à época) deste último, quarto ou terceiro do Rio segundo a imprensa e que virou 1980 valorizando o clube suas poucas conquistas até ali e vislumbrando melhoras com participação associativa e nas arquibancadas, o que só é possível se o discurso a ser usado para esses torcedores, enquanto vascaínos, seja o de se jogar o clube esportivamente para cima quando se conquista algo ou se obtém algum emblema positivo.

    É o papel de quem fomenta para o público o Vasco, sem deixar, claro, de ser duríssimo na crítica a quem faz o que está sendo feito com o clube hoje, assim como aquilo que foi feito pelo MUV, institucionalmente falando.

    Sei que o objetivo do texto é trazer ao torcedor uma esperança por dias melhores dentro da lógica dele, formatada de que nesse século o Vasco foi muito mal, com exceção de 2011, ano em que por sinal cometeu um erro milenar na questão das cotas de TV, mas essa lógica esbarra exatamente na questão institucional.

    O que se vê hoje e desde janeiro de 2018, comparado ao visto entre julho de 2008 até o dia 02/12 de 2014, antes da posse do novo presidente naquela ocasião não se sustenta com um bom resultado eventual no futebol. A prova disso foi ter sido mesmo eventual um bom resultado naquela ocasião.

    Mas o âmago do texto, o olhar pata frente vislumbrando dias muito melhores, com ações de governança mais eficazes e trabalho dos VPs e diretores não remunerados mais focados no clube está perfeito. É o caminho e nele estão apontadas possíveis ações que tragam soluções.

  2. Eu discordo. A torcida se desvalorizou sim. Basta dar uma olhada no fórum Netvasco para ver as barbaridades ditas por certos ” torcedores”. É incrível como muitas sumidades de lá falam bizarrices e atrocidades sobre o presidente Eurico Miranda, só para ficar em um exemplo. Não é admissível que essa massa de torcedores tenha engolido todas as barbaridades produzidas pela mídia sem quaisquer questionamentos. Tudo foi aceito como verdade absoluta sem o mínimo senso critico.
    E, com relação ao ponto união, não dá para se juntar com quem não tem palavra, não honra compromissos e põe interesses pessoais acima da instituição. Muitos sócios deveriam ser expulsos do quadro social por fazerem tudo isso, que nada mais é do que crime de lesa Vasco.
    Acho a situação do Vasco crítica. Muitos grupos surgindo da noite para o dia, com as receitas infalíveis de sucesso em mãos. Muitos candidatos a salvadores da pátria (ou do clube) com discursos vazios e inócuos enquanto o clube agoniza.
    Temo pelo futuro desta, que sem sombra de dúvidas, é a maior instituição esportiva do país, mas que vem sendo perseguida e atacada desde 1923, quando desafiou o clube dos riquinhos e se sagrou campeã estadual. A perseguição sempre existiu, mas no fim da década de 80 se intensificou e foi para além das esferas esportiva e jornalística. A eleição de 2008 e a última eleição são provas incontestáveis disso.

  3. A torcida do Vasco precisa ser pesquisada e estudada.

    Querem Dinamite de Benemérito….

    Querem estátua do Dinamite em São Januário….

    Vai entender…

    Guardada as devidas proporções, estátua do Dinamite em São Januário é mesmo que estátua do Hitler em Berlim.

    Saudações Vascaínas.

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