Um dia após a ridícula apresentação da equipe vascaína no primeiro jogo da decisão do Campeonato Carioca, o esclarecimento que se tem por parte da direção do clube diz respeito às escaramuças entre poderes e questões menores.
A gestão se melindra demais com recado de Whatsapp, o que demonstra uma preocupação imensa em brigar com ex aliados de chapa, o que é um problema do presidente do Vasco com seus ex pares, mas não um problema do tamanho daqueles que tenham de ser resolvidos pelo clube.
Foram inconfiáveis os números apresentados no balanço de 2017 – retificados sete meses depois- em 30/04 do ano passado, junto à carta abominável que o precedeu, propositalmente escrita para vitimizar a atual gestão e ao mesmo tempo macular a anterior.
Curiosamente foi exatamente a gestão antecessora quem proporcionou oportunidades de grandes receitas para serem recebidas e usufruídas pelos sucessores em 2018, entre outras que vazam 2019, por exemplo pela promissora base deixada.
Que agora seja diferente e os números sejam confiáveis. Ponto.
As 300 demissões sem pagamento de nada à esmagadora maioria, trazem e trarão claro prejuízo ao Vasco, bem como as execuções que o clube sofre por falta de pagamento daquilo que acordou.
A diminuição de investimentos no futebol e a queda clara de qualidade do elenco levaram o Vasco a sair de sétimo para décimo sexto na tabela do Brasileiro, a eliminações precoces nas três outras competições que disputou no ano passado e à distância absurda de elenco em comparação ao deixado na data em que o atual presidente assumiu o clube.
A exposição do que foi feito com o dinheiro da venda de Paulinho provou que o princípio da continuidade administrativa pouco importou para a atual gestão no que era primordial, bem como os quase 120 dias com dinheiro em conta demonstraram um desrespeito aos funcionários do clube que permaneciam no Vasco em maio de 2018. Eles não tiveram por parte da atual gestão a satisfação de recebimento do salário e gratificação natalina devidos, tendo o Vasco dinheiro em caixa para a efetuação de tais pagamentos.
Ainda sobre a nota da direção cruzmaltina, é um desrespeito ao Conselho Fiscal do clube afirmar em público qual deveria ser a posição dele quanto à aprovação ou não das contas, negativa de parecer ou coisa que o valha. Cabe à administração do clube simplesmente entregar o que lhe é solicitado, independentemente do questionamento, justo se vero, de vazamento das informações a tal poder entregues.
Ocorre que o próprio clube, através de sua direção, joga a público situações como a dos gastos com o dinheiro referente à venda de Paulinho, o que só veio a deflagrar a irresponsabilidade cometida. Foi mantido no banco, rendendo por quase 120 dias, com saques ao longo do período, dinheiro que deveria ter sido utilizado para pagamentos já descritos acima.
A gestão atual encontra-se no clube há 15 meses e se mantém devendo o básico, como os salários de março deste ano e mais uma folha e gratificação natalina de 2017, permanece sem certidões, voltou a inadimplir quanto a pagamentos referentes a funcionários demitidos de maneira irresponsável ou política, ou ambos, há atrasos de direitos de imagem, prêmios, denúncias pululam sobre cortes disso e daquilo, supostas faltas de pagamento das contas mais comezinhas.
Deflagra-se também haver uma péssima gestão do futebol, vide os problemas últimos, que trouxeram à tona um elenco cheio de problemas com técnico, gerente remunerado, minimizada a questão com a escolha de um bode expiatório, afastado, mas evidenciada a grande desarmonia reinante nas quatro linhas, neste último domingo, quando o Vasco, definitivamente, não teve atitude de Vasco em campo.
A hora é de cobranças e reação. Que assim o seja.
Casaca!