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Estranhos tempos

Em tempos onde contratações estratégicas se fazem exclusivamente por indicação, o Vasco inicia de fato sua temporada com a Libertadores que se anuncia. Certame cujo ingresso é celebrado por muitos clubes, mas que quando chega ao Vasco, os fatos que fazem desmerecer o feito são cantados por comentaristas de todo tipo, e que infelizmente ecoam entre torcedores, muitos deles vascaínos.

São tempos estranhos, onde não se contrata mais analisando os últimos feitos de profissionais que ocupam cargos de extrema importância e confiança. O clube é desdenhado mesmo disputando as mais importantes competições do continente, campeonatos estes que não contarão com a participação de times com situação financeira muito saudável, casos e Atlético-MG e São Paulo. Estes clubes mostram poder de compra muito além das possibilidades atuais do Vasco. O último deles, inclusive, chegou a contratar os dois atletas de maior nome que tínhamos em 2017. No entanto, o que estes rivais fizeram no ano passado não os credenciaram a participar da Libertadores em 2018. Mas tudo bem, tudo certo, tudo em ordem com eles. Já conosco foi acidente de percurso, onde nos beneficiamos pela profusão de vagas distribuídas pelo inchaço da competição. Para eles, o perdão para a não classificação é garantido. Para nós, o desmerecimento e desdém do feito. Nem mais é lembrado os mandos de campo perdidos, fruto de ações pra lá de suspeitas, e apenas um pênalti marcado durante o longo Campeonato Brasileiro.

Nestes tempos em que para economizar recursos se dobra o número de executivos gerentes/diretores de futebol (vai entender), nós vascaínos devemos seguir caminhando (navegando talvez soe mais apropriado) cientes de que a má vontade com o Vasco é histórica, de todos os tempos, não é exclusiva contra uma pessoa, um dirigente, ou mesmo um charuto. A artilharia se voltará sempre contra aqueles que desafiarem a ordem futebolística traçada há aproximadamente cem anos, com uma mudança aqui ou ali. Vilanizaram alguns ao longo do tempo e trataram de exaltar outros. Mas esta exaltação só seguirá enquanto a subserviência se mantiver. Não se iludam. Se por acaso novos comandantes nossos ousarem desafiar o status quo esportivo brasileiro, sua própria luta o transformará em vilão. Primeiro perante os adversários. Depois, os próprios vascaínos.

Em tempos em que se contrata com extrema rapidez um executivo com grandes acusações em passagem por clube anterior, discursos de reconstrução do Vasco são feitos, sem que se diga de onde veio o processo de destruição. Pelo que se ouve nas últimas declarações, o clube viria de falta de gestão e apenas agora retoma seu curso administrativo. Sabemos que nem de longe é o caso, em virtude da reconstrução que começou em 2014 com a revitalização do patrimônio, recomposição de dívidas e aderência às certidões negativas de débito, que permitiram participar de programas de captação de recursos, o que fez renegociar/quitar dívidas passadas e, com muita responsabilidade, permitiu a formação de times competitivos, não só por nomes, mas também por estrutura e recursos materiais para preparação.

São tempos em que se fala com tranquilidade que o clube tem que ter 30% a 40% de jogadores da base sem mencionar que o processo de formação não muda de um ano para o outro. Vale lembrar, em todas as oportunidades, que após Phillipe Coutinho (que nos rende até hoje), fruto da gestão pré-Dinamite, nossa base desmoronou por completo, chegando ao cúmulo da vergonha que foi o período de Itaguaí. Essa reconstrução, trazendo de volta a base para São Januário, formando os atletas com os valores cruzmaltinos, veio de 2014 pra cá. Em que pese grande parte da base que jogou nos profissionais em 2017 ter ficado na reserva, ainda assim, o percentual chegou em níveis aceitáveis, ainda mais considerando o processo de reconstrução que foi iniciado em 2014.

Estes tempos que se iniciam agora, em que dizem iniciar um processo de reconstrução, tem que ser cuidadosamente explicados, pois reconstrução não se iniciou no último dia 22. A retomada da evolução do Vasco enquanto clube começou antes disso. Pode-se dizer que a reconstrução continua, pois há muito o que fazer, sem dúvida alguma. O que não consideramos correto é dizer que começa agora. Como exemplo final, podemos citar os recursos chegando através de patrocínio nunca antes visto no clube, obra do CASACA!, que trarão os ventos mais que necessários para nossa caravela navegar com êxito em 2018.

Se dizem isso que reconstrução começa apenas a partir de agora, certamente fecharam os olhos para 6 anos em que o Vasco foi abandonado. Estes sim, tempos em que chegamos a temer pela manutenção da existência do nosso clube.

19 comentários sobre “Estranhos tempos

  1. A má vontade com o Vasco e a exprema má-fé com que a imprensa trata o Presdiente Eurico Miranda mostra bem a inconfiabilidade e parcialidade dessa última e enche de razão o Presidente Eurico ao olhar para eles sempre com os olhos da desconfiança e com o pé atrás pronto a se defender e atacar mo que for necessário a preservação da Insituição Vasco da Gama.

  2. As verdades que você abordou são realmente essas. Primeiro, a trabalhosa e complicada reconstrução que começou logo após a administração do Dinamite/amarelos. Esses, que arrasaram o clube. Segundo, de esperarmos que a atual, que começou agora, compreenda com sinceridade e espírito vascaíno, a necessidade de continuá-la com esforço e competência.

    O resto é sacanagem em cima de sacanagem. Os vascaínos espertos e de verdade estarão atentos. O gigantismo do Vasco não aceita outra coisa.

  3. A QUESTÃO É SIMPLES..
    CLARO QUE A NOVA DIREÇÃO TEM DE FALAR EM RECONSTRUÇÃO.. É ASSIM QUE É..
    AFINAL A GANG QUE QUERIA RETOMAR DE ASSALTO O CLUBE, ATRAVÉS DO CAVALO PARAGUAIO, TEM AINDA ESSA IMPRENSA DE MERDA QUE CONTROLA O PAÍS E O ESPORTE.
    ESSA GANG NÃO PERDOA O GOLPE DE MESTRE DO EURICO EM NÃO SE CANDIDATAR E DERROTAR A GANG.
    O TEMPO É BOM CONSELHEIRO.. OS SÓCIOS DO CLUBE PUDERAM TORNAR A CONVIVER SOCIALMENTE NAS DEPENDÊNCIAS DAS 3 SEDES DO CLUBE… MESMO AQUELES QUE NÃO GOSTAM DO EURICO.
    O IMPORTANTE É TODOS SABEREM DO PATRIMÔNIO DE HERANÇA QUE O EURICO DEIXOU:
    UMA GAROTADA PROMISSORA QUE VALE MILHÕES DE EUROS.. SÓ ISSO BASTA..
    SAUDAÇÕES VASCAÍNAS

  4. Todo o trabalho do CASACA será sobre a essência de se compreender e não aceitar outra coisa. O Vasco é do Vasco, sem um desvio sequer, tão a gosto dos inimigos, adversários, e desavisados aventureiros.

  5. Por isso que achei um equívoco estratégico esse apoio ao MUV-Verde na eleição da lagoa. Pelo menos os amarelinhos nós sabemos que são inimigos. Esses aí se fingiram pra conseguir os votos dos natos e dos conselheiros do Casaca, mas já começam a mostrar as garras. Pior, com o inevitável fracasso do MUV-Verde, os amarelinhos ainda aparecerão em 2020 como salvadores da pátria. Fred Lopes é piada de mal gosto, só pra ficar no VP de futebol. Era melhor ter deixado eles se destruírem sozinhos para o Casaca voltar em 2020 como alternativa. Ontem o tal do Campelo já estava na fox sports a desrespeitar o Dr. Eurico Miranda. Lastimável.

  6. E o que mais me deixou INDIGNADO foi ter que assistir o Sr. Alexandre Campello e o Fred Lopes dando entrevistas apresentando um executivo de futebol o Paulo Pelaipe ( Aquele diretor executivo da parceria CARACÚ) do Sr. EBM que adora um MASTRO GRANDE e curte um FUMO CUBANO!

    Enquanto perdíamos o NENE, estavam preocupados com um diretor executivo, e o nosso time carece de um jogador que seja uma REFERENCIA dentro do CAMPO!

    Espero que a Nova Diretoria mantenham os PÉS no CHÃO, com AUSTERIDADE, RESPONSABILIDADE na hora de trazerem os REFORÇOS PONTUAIS!

  7. E aí amigos: gostaram do novo nome proposto pelo novo Diretor Executivo e ex mulambo Paulo Pelaipe?
    Hoje à tarde no Datena teremos enquete
    Você aprova ou não ?

    ClubE de Regatas Vasco da GRAma.

    Não percam e votem na pesquisa.

  8. Excelente coluna. Os tempos são estranhos mesmo, onde um candidato a presidente só pode ser considerado bom se odiar outro. Se agir assertivamente ou ainda com – ao menos dito – intuito de pacificação, não presta.

    Eles dizem que são democráticos, que pretendiam “trazer de volta o direito de ir e vir”, mas desde que isto não seja direito da “galera do Eurico”. Ou seja, para alguns torcedores, pacificação no Vasco só é possível se houver execração em praça pública de Eurico Miranda e seus simpatizantes.

    Lamentável

    Eurico neles
    SV

  9. Alguns personagens dessa diretoria nós já conhecemos pois foram partícipes das gestões Dinamite, onde destruíram o clube. Se fossem humildes, sem rabo preso com a imprensa anti-vasco, não saíam fazendo merdas como já começaram a fazer, saindo trocando nomes para mostrar que não tem nada a haver com o Eurico. A base é um exemplo disso, trazendo um alienígena “executivo”, preterindo um trabalho vitorioso e de baixo custo.
    Essa gente não tem bala na agulha e rapidamente vai torrar o que foi deixado de dinheiro e a partir dai volta a espiral de destruição. Quem viver verá.

  10. Esse início de gestão do sr. Campelo está lembrando um pouco o início da indigestão Dinamite….Deus nos livre de tempos como aqueles…vamos rezar para que pelo menos não sejam irresponsáveis com o Club, e que pensem de fato no Vasco, e que não haja um retrocesso do que foi conquistado nos ultimos 3 anos…

  11. Não podemos esquecer da gestão Eurico, que teve muito trabalho diante do que fez o Sr. Roberto com uma “gestão” totalmente irresponsável. Que o novo presidente saiba colher os frutos e que consiga dar prosseguimento com responsabilidade. Um pouco de agradecimento ao Dr. Eurico também cairia bem.

  12. E a vice-presidente que diz que vai iniciar um trabalho junto a comunidade da Barreira do Vasco como se isto nunca tivesse sido feito ?

  13. O que está hilario,no chororo dos perdedores,é o Edmundo batendo no peito se dizendo vascaino,se esquecendo que ja mostrou a genitalia pra torcida vascaina,e tambem se esquecendo que ja disse morrer de amores pelo Palmeiras.

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