Aquele expresso de tantas vitórias vinha da conquista do Campeonato Carioca de 1952, encerrado em janeiro daquele ano, conquistara o Torneio Quadrangular Internacional do Rio de Janeiro, goleando na final o Flamengo por 5 x 2, com show de Sabará, o Torneio Internacional de Santiago, no Chile, era o líder invicto do Torneio Rio-São Paulo e já se encontrava a 32 jogos invicto. Não perdia desde setembro do ano anterior.
O formidável Expresso vivia seus últimos meses de glória e teve na manhã daquele domingo, 10 de maio, mais uma atuação de gala. Ainda sem contar com Ademir o Vasco entrou em campo para enfrentar o Bangu, carente de seu grande destaque, Zizinho e aplicou a goleada no ritmo que quis.
O Globo 11/05/1953
Logo aos 10 minutos Danilo, apoiando o ataque, centrou da direita para Chico, que mesmo apertado pelo banguense Zé Carlos, conseguiu atirar em gol. A bola tocou na trave e chegou às redes. Vasco 1 x 0.
Sete minutos se passaram e em lance construído por Chico, Genuíno invadiu a área pela direita, mas foi aterrado por Zé Carlos. Pênalti marcado e logo em seguida cobrado com firmeza por Maneca. Estava ampliado o marcador.
Aos 30 houve pênalti cometido pelo zagueiro Haroldo, do Vasco, sobre Menezes mas o árbitro Mário Vianna marcou falta fora da área para o Bangu. Mesmo com o erro do árbitro a favor do time cruzmaltino a tendência era de uma vitória folgada, dada a qualidade de jogo apresentada pela equipe de São Januário.
A um minuto do fim da etapa inicial o Expresso marcou o terceiro: Genuíno tabelou com Maneca e bateu em gol. A bola desviou em Zé Carlos, enganando o goleiro Jorge e indo morrer no fundo da rede. Pouco depois terminava a primeira etapa com a vitória parcial do quadro dirigido por Flávio Costa.
O Globo 11/05/1953
No segundo tempo o panorama permaneceu amplamente favorável ao Vasco. Aos 18 minutos surgiria o quarto tento cruzmaltino em falha do arqueiro Jorge, que, adiantado, tentou a defesa num chute desferido por Genuíno – mineiro trazido pelo Vasco junto ao Madureira, substituto de Ademir naquela partida – mas acabou por não evitar mesmo após tocar na bola que a pelota adentrasse sua meta. Vasco 4 x 0.
Para fechar o placar os cruzmaltinos contaram com uma grande jogada individual de Ipojucan, que esticou para Sabará invadir a área em diagonal e fuzilar Jorge, mesmo acossado no lance pelo half esquerdo Edilson. Eram decorridos 32 minutos e estava sacramentado o escore final do jogo: 5 x 0.
O vascaíno Danilo Alvim foi considerado o grande destaque da partida e a renda, superior a Cr$300.000,00 foi considerada uma prova de que o horário matinal dos domingos poderia sim motivar à presença de grandes públicos nos estádios cariocas.
A Noite – 11/05/1953
Outras vitórias do Vasco em 10 de maio:
BONSUCESSO 1X3 VASCO (CARIOCA 1931)
VASCO 5X1 BANGU (CARIOCA 1942)
VASCO 2X0 INTERNACIONAL-RS (BRASILEIRO 1992)
AMERICANO 0X2 VASCO (CARIOCA 2000)