Com mais uma atuação impecável da dupla Donizete e Luizão , no dia 14 de abril de 1998, o Vasco virou em cima do Cruzeiro e deu o primeiro passo rumo às quartas de final da Libertadores. Após sair perdendo no primeiro tempo, o Cruz-Maltino conseguiu chegar à vitória através de seus atacantes.
O “Jornal do Brasil” descreveu assim a estréia do Vasco na fase eliminatória da Libertadores 1998:
“O Vasco derrotou o Cruzeiro por 2 a 1, ontem à noite em São Januário, e vai jogar por um empate em Belo Horizonte, no dia 1° de maio, para classificar-se às quartas-de-finais da Taça Libertadores. Uma vitória do Cruzeiro por um gol levará a decisão da vaga para os pênaltis. Se ganhar por dois gols de diferença, o Cruzeiro classifica-se. No último minuto da partida, Pedrinho torceu o tornozelo esquerdo e dificilmente terá condições de disputar domingo a decisão da Taça Guanabara contra o Flamengo.
Vasco e Cruzeiro fizeram um jogo movimentado desde o início, mas de poucas oportunidades no primeiro tempo. O Vasco mostrou domínio desde o início, com Vagner chamando o jogo e ditando o ritmo do meio campo, ora prendendo a bola, ora soltando-a rapidamente. Mas o time carioca não conseguia concluir com perigo. O Cruzeiro tinha ainda mais dificuldades.
Só que um lance genial acabou criando a primeira chance para o time mineiro. Com um toque de calcanhar, Bentinho deixou Marcelo diante do goleiro Carlos Germano. O atacante cruzeirense foi derrubado por Nélson e o juiz Carlos Eugênio Simon marcou pênalti. O próprio Marcelo cobrou, deslocando Carlos Germano e fazendo o gol do Cruzeiro, aos 21 min.
O Vasco não se abalou, mas passou a pressionar o Cruzeiro e acabou dando espaços. Disto se aproveitou o lateral canhoto Gilberto, que penetrou até a área e só não concluiu com perigo porque não conseguiu acertar o chute com a perna direita.
O susto não impressionou o Vasco, que continuou buscando o empate. Aos 26 min, Felipe cruzou, Donizete subiu mais que Gilberto e cabeceou na trave. No rebote, Luisão corajosamente se antecipou de cabeça a Gottardo e empatou a partida. O restante do primeiro tempo foi de equilíbrio e nenhuma chance de gol.
O técnico Antônio Lopes trocou Nélson por Válber no intervalo e o Vasco voltou mais arrumado no meio campo. Só que o dono do segundo tempo foi Donizete, que arriscou com perigo aos 5 min. Aos 12 min, o próprio atacante recebeu de costas, girou e chutou forte, para marcar o gol da virada. E um minuto depois quase ampliou, de longe, em chute que Dida desviou para córner. O Vasco dominou até o fim do jogo, mas não conseguiu ampliar, nem mesmo aos 45 min, quando Vítor ficou completamente livre, mas chutou em Dida. “O resultado foi importante, principalmente porque foi de virada. Agora temos de defender a vantagem em Belo Horizonte”, comentou o técnico Antônio Lopes.
Vasco: Carlos Germano; Maricá (Vítor), Geder, Mauro Gaivão e Felipe; Nélson (Válber), Nasa, Vagner (Fabrício) e Pedrinho; Luizão e Donizete.
Técnico: Antônio Lopes.
Cruzeiro: Dida; Gustavo, Marcelo Paulista, Gottardo e Gilberto; Valdir, Ricardinho (Caio), Marcos Paulo e Elivélton (Alex Alves); Bentinho (Fábio Júnior) e Marcelo.
Técnico: Levir Culpi.
Local: São Januário. Público: 16.347 pagantes Renda: R$ 77.065,00
Juiz: Carlos Eugênio Simon. Cartão amarelo: Marcelo Paulista.
Gols: No primeiro tempo, Marcelo, aos 17 min, e Luisão, aos 26 min; no segundo, Donizete, aos 12 min.
Outros jogos: Nacional (Uru) 1 x 1 Grêmio (Bra), Barcelona (Equ) 2 x 1 Colo Colo (Chi), Cerro Portenho (Par) 1 x 0 America (Col). “
Os gols do jogo:
Outras vitórias do Vasco em 15 de abril:
Vasco 1 x 0 Botafogo (Torneio Rio-SP 1964)
Vasco 2 x 0 Campo Grande (Carioca 1973)
Vasco 2 x 0 Fortaleza (Brasileiro 1984)
Cabofriense 0 x 2 Vasco (Carioca 1987)
Vasco 3 x 0 América (Carioca 1989)
Vasco 2 x 1 Flamengo (Carioca 1990)
Nacional-AM 0 x 2 Vasco (Copa do Brasil 1995)
Vasco 3 x 1 América (Carioca 2000)
Nova Iguaçu 1 x 3 Vasco (Carioca 2012)