ColunasSérgio Frias
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Ao Pesquisador

<strong>Alex do Carmo disse (Sobre o texto “Resposta ao freguês”):</strong>

Mas q texto BIZARRO!!!

Digno de risadas e mais risadas.

Antes de defecarem pelo teclado, estudem a HISTÓRIA DO CKUBE PIONEIRO NO FUTEBOL.

Sem o FLU vcs estrariam remando até hoje!

Tuvemos negros em nossos times desde o início de nossa historia. O tal jogador q passa va pó de arroz, o fazia desde o América e quando se transferiu foi alvo da torcida americana q o chamou de pó de arroz.

Tá Flu o acolheu e ainda o tornou nosso simbolo.

Vcs sim, na maracutaia, quando o futebol era ainda amador, pagavam os jogadores por fora, forçando o Flu, como sempre ao pioneirismo de introduzir o profissionalismo ao Futebol.

-nquanto vcs não tinham estádio, emprestamos o nosso diversas vezes, inclusive se não o fizéssemos vcs nao poderiam participar dos Campeonatos.

Antes de falarem merda pesquisem. Clube q tem Eulixo Pilantra de Presidente devia ter vergonha.

VCS SÃO LIXO!!!
____
Como é, luminar?

Sem o Fluminense?

Conheça a história você.

O Vasco, em 1923, poderia mandar seus jogos para a Rua Ferrer (campo do Bangu), em Figueira de Melo, para qualquer lugar em que foram realizadas partidas no campeonato. Até mesmo para seu próprio campo alugado na Rua Moraes e Silva, caso fosse desejo do clube. Ou você acha que o campo da Rua Barão de São Francisco Filho, do Andarahy, cabia muita gente?

Havia interesse de todos pelo aluguel do campo do Fluminense. Do tricolor, que cobrou e cobrou bem pelo que você ingenuamente chamou de “empréstimo”, para a FMDT, que detinha parte das rendas, e para a torcida do Vasco, que já lotava qualquer campo no qual o Vasco jogasse. Como o clube era popular e não racista e ainda incorporava muitos lusitanos e descendentes radicados no Rio de Janeiro, era algo óbvio o número de torcedores que o Vasco carregava para acompanhar seus jogos.

Mas, Zé, o tricolor ganhou muito nesses aluguéis, diferentemente do que o Vasco fez cerca de 80 anos depois com o teu clube. Emprestou, aí sim, de graça São Januário. E vocês conquistaram no nosso campo um brilhante vice-campeonato, diante do bravo Paulista de Jundiaí, do craque Marcio Mossoró.

Continuando: o Fluminense foi o primeiro a introduzir no futebol a concentração. Desconfia-se que fosse possível pagar ou dar benesses a seus atletas, mas não gostavam de uma mistura de cores em tais concentrações. É bem simples de se entender isso.

Prosseguindo:

Não há como o Fluminense explicar, em 1.000 anos de história, porque permitiu o besuntar de pó de arroz do seu associado. Como não há como o América fazer o mesmo. Como não há como ambos justificarem o porquê de diante do quadro social de seus clubes não terem repudiado o preconceito do adversário, afinal a coloração pó de arroz era um ato de defesa diante de um preconceito sofrido e o referido atleta foi sócio do América e posteriormente do Fluminense. Os associados tricolores e americanos, como rubro-negros, botafoguenses e afins tinham o preconceito na pele, eram geridos por dirigentes que o tinham da mesma forma, vide regulamentos esdrúxulos para aceitação de atletas que pudessem jogar futebol na elite carioca. Uma vergonha para a historia do futebol brasileiro.

Realmente uma grande demonstração de que o Fluminense não tinha nenhum preconceito de ordem social e racial, pode ser comprovado nas fotos dos times tricolores entre 1906 e 1919. Havia muitos negros, não é mesmo?

Sei que hoje vocês carregam a vergonha de torcer por um clube racista na origem, mas isso foi plantado pelos seus ídolos dos anos 10, 20, etc… do século passado. Houve alguns ganhos, como os terrenos dos Guinle, mas o prejuízo histórico é irreparável.

Agora vamos falar de pesquisa. Falta aos pesquisadores tricolores explicarem como era remunerado o treinador J. A. Quincy Taylor.

Falta aos pesquisadores tricolores decifrarem quanto os atletas do Fluminense, nos anos 10, pagavam pelas massagens, refeições e dormitórios dentro do clube. Uma dica: alguns pesquisadores tiveram acesso a números que comprovam um curioso gasto do Fluminense com essas coisas “amadoras”. Há atletas conhecidos na época como “borboletas” do futebol. Quantos passaram pelos clubes da zona sul como borboletas de estação? Pesquise. Lembre-se: estamos falando dos anos 10 do século passado ainda.

E a repentina mudança de paixão de associados/atletas de seus clubes para outros. Imagine você: o cara era sócio de um clube e simplesmente decidia jogar por outro, associando-se àquele. Claro que houve situações pessoais mesmo, como a de Marcos Carneiro de Mendonça, mas não vamos imaginar que eram apenas motivações sentimentais. Ou eram, Poliana?

Em 1918 o Botafogo trouxe dois uruguaios para seu clube (Monti e Behegaray), que supostamente, dentro de seu brilhante raciocínio, caíram de amores pelo alvinegro, resolvendo mudar de cidade, país, tornando-se sócios do alvinegro desde então e atuando no clube. Haja amor!

E a história dos paulistas Friedenreich (Paulistano), Amilcar e Neco (Corínthians)? Você conhece?

Eles receberam ou não para participar do Sul-americano de 1919? Devolveram o que receberam? Procure pesquisar…

E a “importação” rubro-negra de cinco atletas em 1919? Junqueira, Campeão pelo Paulistano em 1918, Mesquita , com passagem pela mesma agremiação, Kuntz, Candiota e Sisson, oriundos do… Rio Grande do Sul. Foi amor ao Flamengo?

E sobre a Lei do Estágio, que caiu em 1920 e antes obrigava a que o atleta ficasse um ano sem atuar antes de poder jogar em outra agremiação? Como se resolveu a questão? Vá pesquisar…

Curiosamente, o atleta que marcou o gol da vitória do Vasco contra seu freguês de caderno na primeira partida entre ambos no ano de 1923 foi Arlindo Pacheco, ex-América e Botafogo. Outra “borboleta” do futebol. Mas como? Afinal só o Vasco buscava o profissionalismo não é mesmo? Fla, Flu, Bota e América eram amadores…

A verdade clara e que esbofeteia toda a torcida tricolor é a seguinte: não importava se o cara era “borboleta”, não importava se se “importava” atleta do Sul ou do Uruguai para jogar no seu clube, não importava se um jogador havia atuado em dois, três, quatro clubes diferentes na carreira. O que importava era se estava dentro dos cínicos padrões dos preconceituosos dirigentes da época. E os do Vasco não estavam. Porque eram pobres, eram negros, eram analfabetos e não podiam suplantar com a bola nos pés aquela elite empertigada e pronta a ser vencedora no dia a dia, sabendo que os negros, analfabetos e pobres seriam perdedores natos. Uma partida de futebol não poderia mostrar algo diferente disso, por mais que fosse sabido o brotar de craques nas chamadas “Ligas Suburbanas”. Não podia haver mistura.

Enquanto o Vasco teve um presidente mulato no ano de 1904 e brigou para que seus remadores não fossem afastados das regatas por serem reles empregados do comércio em 1907, o aristocrático Fluminense deixava seu atleta tacar pó de arroz na cara para parecer branco, após hostilizá-lo quando este atuava no ex-clube, exatamente em função da cor de sua pele.

Vá ler um pouco mais sobre a história. Não há como passar pó de arroz nem de giz sobre ela para distorcê-la.

Só para completar: o Fluminense se obrigou a tudo depois do surgimento do Vasco, mas, principalmente, foi obrigado a ver o Vasco olhando para cima, pois está muito abaixo de nós. E não é pelo fato de estar na Zona Sul e nós na Norte. Embora seja fato que na Zona Norte se encontra o maior estádio particular do Rio de Janeiro, desde 1927.

Como tudo foi devidamente respondido e o texto demonstra sua evidente ignorância/arrogância, deduzimos que o lixo em questão cabe ao desbocado e que defecar pelos dedos é prática sua e dos tricolores que evacuam na história para tentar abrandar a prática racista originária do clube para o qual resolveram torcer.

Sérgio Frias

14 comentários sobre “Ao Pesquisador

  1. SIM!
    Sabemos sim!, reutilizar os lixos!
    Os LIXOS são recicláveis e além disso, dá para reverter em DINHEIRO e os RECICLÁVEIS nos Países do PRIMEIRO MUNDO VALE OURO e nada é DESPERDIÇADO!

    Os tricoletes não sabem onde se localiza o ESTÁDIO de SÃO JANUÁRIO, e muito menos conhecem ou sabem onde se localiza a Abadia de Westminter feito para o INGLES VER !
    E o FluminenC , Pó-de-arroz?
    Está mais pra pó-de-mico do que pra pó-de-arroz….!
    E nem ANGLICANO o tricolor das Laranjeiras é….!

  2. Pronto, confirmado o nível dessa turma de filhinhos de papai da zona sul do Rio de Janeiro. Autoritários, querem passar por cima de leis, regulamentos, da história e desfilar com trejeitos efeminados com o nariz pra cima.

    Não falemos mais mal porque afinal são ótimos fregueses.

  3. Dos outros times sei muito pouco. Até porque, quando começamos a conhecer a história, tais times nos enojam.
    Orgulho de ser Vascaíno !

  4. Não há o que comentar. Resposta na medida e, por sinal, Frias, sem confete, um dos melhores textos de sua lavra. Parabéns!!!

  5. Orlando Batista dizia na década de 70:
    Era torcedor do fluminense e como repórter designado para cobrir o clube foi barrado na entrada principal da sede.
    À partir de então, por causa disto, passou a ser torcedor do Vasco.
    Orlando Batista, Osvaldo Batista e o filho do Orlando, Luiz Orlando, eram negros.

  6. Se filho feio não tem pai… Imagina a carinha agora do urubuzin filhos feio kkkkk a do tricolor já imagino

  7. Manda o tricolor imbecil ver a entrevista recente, do Paulo Cesar “Cajú” no Canal SPORTV, relatando,por ser negro, como era a sua entrada pelo portão do CLUBE PÓ DE ARROZ, embora sendo atleta.
    A entrada dele no clube, somente era permitida, acompanhado de um diretor.

  8. Sérgio,

    Esse porco, além de analfabeto, não conhece o mínimo da podre e pobre história do troço para o qual ele torce.

  9. Manda o torcedor imbecil, pó de arroz, assistir a entrevista recente do “PAULO CESAR CAJÚ” em um dos canais SPORTV, relatando como era a entrada dele no CLUBE PÓ DE ARROZ, por ser negro, embora sendo atleta do clube.
    “Somente entrava no clube, após um diretor vir à portaria, para autorizar a sua entrada no clube, isto era todos os dias.

  10. A diretoria faz o esforco de trazer o Marcelo Mattos ja que Guinazu e Serginho foram embora. o Casaca defende o Vasco com qualquer situacao, ai vem o treinador que todos consideraram ter feito bom trabalho no campeonato passado e comeca o ano fazendo besteiras na escalacao e no esquema tatico da equipe. O clube gasta dinheiro para fazer uma pre temporada,e um campeonato brasileiro que nao sera facil com campos sem condicoes de jogo. O treinador apesar de receber um leva jovem para a equipe prefere manter os mesmo jogadores na equipe, salvo a entrada do Matheus Vital e nao mais Pet como ate entao era chamado. Poxa voce mantem um equipe com idade avancada para comeca uma temporada e demais, afinal voce podia treinar a equipe mesclando jogadores jovens. Pelas escalacoes recentes existe um erro tatico que me assusta , neste meio de campo nao existe uma pessoa sequer com poder de fogo para defender , aquele cao de guarda que protege a defesa. Julio dos Santos que acabou na reserva no ultimo torneio e titular de cabeca de area, Andrezinho continuara segundo volante que nao e a funcao dele, teremos dois meias atacantes e dois atacantes, todos esses jogadores citados nem com caracteristicas defensivas, afinal uma equipe tem que ter a harmonia de defender e atacar. Comeca os torneios e os resultados ruins comecam a acontecer , logo culpa a diretoria que nao contratou, isentam o treinador que teve a chance durante a pre temporada de fazer experiencias. Logo comecar a tentar novos jogadores no torneio que nao estao entrosados com o resto da equipe, os resultados continuam nao favorecendo , troca-se o treinador que demora a achar a equipe ideal , o campoenato acaba e foi mais um fracasso . Ate quando esses treinadores que conhecem tanto de futebol irao entender.,Qual o motivo de o Andrey nao teve a chance como titular da equipe como segundo volante? Dveria ser testado pois e jovem e mobilidade. Bem o time e o mesmo elenco do ano passado porem taticamente mudou ,nao temos volantes de marcacao e esperar para ver.

  11. ´Caro Sérgio, perfeito, brilhante, elucidativo e irrespondível !!!! Tem que ter muito , mas muito, mas muito mais da típica arrogância (em última análise a arrogância é a burrice na sua forma mais cruel para o arrogante) tricolor, um pouco mais da botafoguense( talvez somente por ser um cachorro viado que nunca ganhou de ninguém como canta a GDA) ou menos da deles, que é o paroxismo do delírio extremo, para dizer tanta sandice com tão poucas palavras. Parabéns!!! Em tempo: liga para meu oi paraibano ou manda um zap para o vivo que já sabe, que estou desde daquele dia para falar contigo. Inquietas saudações vanguardistas, Osvaldo Tatagiba.
    _____
    Grande Osvaldo,

    No dia que você me ligou, segunda retrasada, após a ligação cair meu celular não gravou seu número. Fiquei sem ter como te retornar.

    Abraço,

    Sérgio Frias

  12. Sérgio Frias,
    gostaria de parabenizá-lo pela resposta incontestável. Todavia, mais ainda o felicito pela extrema paciência e piedade ao transmitir conhecimentos a um indivíduo que, pelo nível de sua escrita, muito deles necessitava. Imagino se o beócio teria se encorajado a responder. Não duvido, pois o que mais me espanta nos estúpidos é a falta de autocrítica e a arrogância que, não raro, acompanha a ignorância.

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