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Vasco sediou divulgação do Relatório da Discriminação Racial do Futebol em 2015

(Da esquerda para direita) Maurício Corrêa da Veiga, diretor jurídico do Vasco, Marcelo Carvalho, diretor do Observatório Racial, Felipe Belivacqua, procurador do STJ, presidente Eurico Miranda e Luiz Manoel Fernandes, presidente do Conselho Deliberativo – Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

A luta do Vasco contra o racismo é o seu maior título fora dos gramados. Durante toda sua história, o Cruzmaltino é reconhecido pela igualdade no esporte em atos que ressaltam a importância do ser humano, independente de sua raça, credo ou gênero. Na tarde desta segunda-feira (10/10), mais um capítulo desta linda trajetória foi escrito no Complexo Esportivo de São Januário. Na Sala dos Grande Beneméritos, o presidente Eurico Miranda, ao lado do presidente do Conselho Deliberativo, Luis Manuel Fernandes, do diretor jurídico do clube, Maurício Corrêa da Veiga, e do Procurador do STJD Felipe Bevilacqua, divulgou o Relatório de Discriminação do Futebol no ano de 2015, realizado pelo Observatório da Discriminação Racial, representado no evento pelo diretor Marcelo Carvalho.
– Estamos abrindo espaço para esse relatório anual da Discriminação. Essse é um tema que tem muito a ver com o Vasco, o que esse clube representa. Quando fui questionado se podíarmos sediar, prontamente fiquei de acordo. Espero que sirva para demonstrarmos efetivamente o que ocorreu e o que ocorre no nosso país e de que forma podemos contribuir para que a gente acabe definitivamente com a essa coisa chamada discriminação racial. O Vasco tem uma tradição histórica e por isso reafirmo a nossa intenção de colaborar ao máximo com essa questão – afirma o presidente Eurico Miranda.image

Ao lado de Denis Carrega Dias (vice-presidente de Relações Especializadas), Jomar mostra presente recebido de Marcelo Carvalho, diretor do Observatório – Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

Foram identificados 41 casos de racismo no Brasil, sendo 37 no futebol e quatro em outros esportes no estudo realizado pelo Observatório da Discrminação Racial do Futebol, divulgado no evento,  O diretor da ONG, Marcelo Carvalho, ressalta que muitas ocorrências não ganham mídia e as punições acabam não acontecendo.

– O caso de racismo é noticiado, gera repercussão, mas não encontramos informações das punições. Existe lei contra o racismo, mas não há ninguém preso. O problema existe, mas o que a gente faz com esse problema? Se não debater, lutar contra isso, vai continuar existindo. O pior a se fazer é o silêncio – ponderou Marcelo.

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Nezinho deu seu testemunho sobre o racismo no basquete – Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

Atletas do futebol, basquete e atletismo do clube maracaram presença de debate, com destaque para o zagueiro Jomar e o atacante Thalles, além do armador Nezinho, que deu um depoimento forte sobre um caso de racismo que sofreu dentro das quadras.

– Estava disputando a semifinal do Campeonato Paulista pelo Ribeirão Preto, ainda estava estudando nessa época. Tentaram nos desequilibrar. Chamaram o Alex (Hoje no Bauru), de pedreiro, e eu, de macaquinho e negrinho de merda. Quando acabou o jogo, queria parar de jogar basquete. Fui pesquisar a história do Vasco e fiquei muito feliz em ver que o clube que defendo lutou pelos negros e operários em 1924 – ressalta Nezinho.

Jomar relata choro após ser discriminado e diz que aprendeu com a situação. Hoje, no Vasco, o zagueiro afirma que sempre foi bem tratado e nunca sofreu com nenhum problema dentro do clube.

– Já sofri racismo no meu ex-clube, quando fui substituído. Eram um branco e um negro. Me chamaram de macaco. Ali fiquei pensando: “Qual palavra vou dar para ele? Deus te abençoe”. Tomei meu banho tranquilo, e a primeira coisa que fiz foi abraçar a minha mãe, chorando. Não posso levar essa coisa adiante, tenho que procurar esquecer. Temos que dar um basta nisso. Aqui no Vasco sempre fui bem tratado – destaca o zagueiro.

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Sala de Beneméritos lotada para debate sobre a luta o racismo – Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

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Presidente Eurico Miranda falou sobre a luta do Vasco contra o racismo – Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

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Jomar e Thalles acompanham debate – Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

Texto: Matheus Alves e Thiago Moreira

2 comentários sobre “Vasco sediou divulgação do Relatório da Discriminação Racial do Futebol em 2015

  1. Quem é um LEGÍTIMO, GENUÍNO e VERDADEIRO VASCAÍNO e que tem ORGULHO de carregar o DNA TRADICIONAL da ASCENDENCIA LUSITANA dos GRANDES NAVEGADORES e DESBRAVADORES dos MARES também é alguém que se ORGULHA MUITO e AMA o CLUB de REGATAS VASCO da GAMA que é a ÚNICA INSTITUIÇÃO DESPORTIVA BRASILEIRA de ORIGEM LUSITANA, e foi o PRIMEIRO CLUBE a ACEITAR os NEGROS, OPERÁRIOS e os TRABALHADORES BRASILEIROS HUMILDES que abriu as portas para aqueles que eram excluídos da DOMINANTE ARISTOCRACIA ELITISTA e os clubes da RICA ZONA SUL INCORFORMADOS, EXIGIRAM A EXCLUSÃO dos jogadores negros, mulatos e a quem eram descendentes de origem Afro.

    E no dia 07 de Abril de 1923, o CLUB de REGATAS VASCO da GAMA, enviou a AMEA ( Associação Metropolitana de Esportes Athleticos ) ao Senhor Arnaldo Guinle, um OFÍCIO HISTÓRICO assinado pelo PRESIDENTE JOSÉ AUGUSTO PRESTES, comunicando que naquele dia estava se desfiliando da AMEA resolverem a não excluir os seus Atletas de cor, que sempre defenderam com GALHARDIA, HONRA o nosso PAVILHÃO CRUZMALTINO !

    E onde estão mesmo os dois ¨Queridinhos¨, da mídia nessas horas ?
    O MUNDO INTEIRO sabem que o CLUB de REGATAS VASCO da GAMA é o VERDADEIRO CLUBE do POVO e que sempre está e esteve presente nos braços do POVO !
    É por isso que ele hoje em dia tem seus seguidores, FÃS, TORCEDORES VASCAÍNOS por todo o Brasil e são ESPALHADOS pelo MUNDO INTEIRO !

    ヴぁ須個 陀 ガマ!、じょおねつ的 乃 倶楽部!
    CLUB de REGATAS VASCO da GAMA ! JOONETUTEKI no CLUB !
    CLUB de REGATAS VASCO da GAMA! UMA INSTITUIÇÃO APAIXONANTE !

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